quinta-feira, outubro 15, 2009

ARI CUNHA

Exportações brasileiras

CORREIO BRAZILIENSE - 15/10/09


Leio em Profissionais do texto que a Argentina foi o país que mais investigou as exportações brasileiras neste segundo semestre. O desejo do nosso vizinho é constituir defesa comercial contra produtos vendidos pelo Brasil. A informação é do ministro Welber Barral, que discorreu sobre mecanismo de defesa comercial em palestra no Instituto Brasileiro de Direito Público. O ministro se orgulha de ter acabado com 20 mil normas que dificultavam as exportações brasileiras. Barral afirmou que a China usa a prática do dumping e tem sofrido restrições. Nós podemos acrescentar a compra pelo Brasil do alho chinês. Barral destacou o governo brasileiro por manter negociações multilaterais para resolver questões comerciais.


A frase que não foi pronunciada

“A experiência é o aprendizado das exceções.

» Oposição, pensando nas estratégias para 2010.


DNPM

» Está nos planos da ministra Dilma Rousseff transformar o Departamento Nacional de Produção Mineral numa agência para controle do setor mineral. Com 1,2 mil funcionários efetivos, o DNPM elabora relatório para subsidiar a transformação. Dilma conhece a estrutura funcional do órgão, visto ter sido ministra de Minas e Energia.

Queda na arrecadação

» Quando se esperava que o governo reduzisse despesas, quem sofreu foi o povo. Empréstimo bancário para substituir a baixa arrecadação foi instituído pelo presidente Lula e os contribuintes passaram a pagar juros altos em vez de receber lucros nos investimentos.

Denúncia

» Muito interessante o trabalho terceirizado da Secretaria de Saúde para buscar pacientes hemofílicos em casa, para tratamento. Mas chega à coluna notícia de que a Toesa Service, que contrata motoristas, pagou funcionários com cheques que o Bradesco do Núcleo Bandeirante se recusou a descontar. Tentamos ouvir a empresa, mas os números do Rio, São Paulo e Brasília estavam com problemas.

Círio de Nazaré

» A festa religiosa do Pará, Círio de Nazaré, media a devoção do povo pelo catolicismo com o ato de “tocar na corda”. Este ano, na Festa da Chiquita, houve excessos. Gays, lésbicas, bissexuais, transessuais fizeram farra em frente ao Teatro da Paz. Pela primeira vez, a tradição religiosa foi rompida e a cidade sofreu com a perda da tradição.

Coleta de águas

» Muitos anos antes de Cristo, a comunidade de Massada, Israel, construía canais para aparar a água da chuva. Na fortaleza havia uma grande cisterna que servia para os banhos e para o uso doméstico. A citação vem a propósito das lagoas que se formam ao lado de quase todas as pistas renovadas de Brasília. Com as águas, começam a encher.

Em Brasília

» O projeto de aproveitamento da água do Paranoá é voltado para a parte norte da cidade. Terra tirada para a construção do shopping do Lago Norte foi depositada na entrada do Paranoá. Quando chove forte, o asfalto fica marrom e a água leva a terra para o lago. Também na Braguetto e nas pontes da EPPN o assoreamento do lago por falta de planejamento é assustador.

Contrapartida

» Por falar em assoreamento, muitas nascentes que brotavam na área norte da cidade foram bloqueadas por invasões, sem que o GDF tomasse providência para impedir. Estudos da UnB podem auxiliar o governo em uma projeção futura do que acontecerá em razão da extinção das fontes de água do lago. Como dizia o filósofo de Mondubim, “a natureza não perdoa desaforo”.

Macabro

» São muitas as reclamações em torno do preço para se manter um túmulo no Cemitério de Brasília. Na capital do país, custa R$ 372 por ano. Isso, sem qualquer garantia de segurança ou responsabilidade quanto a prejuízos causados por vândalos. Só por curiosidade: em Juiz de Fora, o preço anual é de R$ 90.

Justiça

» É justo dar ao contribuinte a permissão para que use a restituição do Imposto de Renda para quitar débitos com qualquer tributo administrado pela Receita. Bem que o senador Cesar Borges poderia acrescentar em seu projeto uma emenda. Seria igualmente justo para o governo quitar débitos de precatórios com o mesmo modelo.


História de Brasília

É uma justiça que se faz ao Ceará, estado que tanto contribuiu para a construção da nova capital. A nomeação de Perilo Teixeira para a Novacap é nome de valor indiscutível. (Publicado em 11/2/1961)

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