quarta-feira, setembro 02, 2009

TODA MÍDIA

O mundo reage

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 02/09/09

Nas manchetes on-line de "Wall Street Journal" e "Financial Times", "Ganhos industriais indicam recuperação global". Em suma, o setor "cresceu nos EUA pela primeira vez desde 2008", "cresceu na China no ritmo mais rápido em mais de um ano" e "superou as expectativas no Japão". Também na Alemanha e na França. "A recuperação é para valer", avalia o economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais, dos "grandes bancos globais".
A China puxou "particularmente" o Brasil, diz o "WSJ". Mas o país "continua a sentir o impacto da crise em suas exportações", acrescenta outro post no "WSJ", sobre o superavit comercial brasileiro, que subiu devido à redução nas importações.

FIM INEVITÁVEL?
wsj.com

O "WSJ" pergunta, em novo artigo, sobre "O fim inevitável do papel do dólar nas reservas?". Cita de Nicholas Sarkozy a Zhou Xiaochuan, do BC chinês. Não fecha a discussão, mas afirma que "alguma coisa foi iniciada pelo pânico de 2008"

ESTÍMULO...
Nas manchetes de Folha Online e Veja.com à tarde, "Com IPI menor, governo evita 60 mil demissões". Mas "perde R$ 1,8 bi".

DE MÃE
Fim do dia na Folha Online, no portal G1, em novas manchetes, "Governo deve ser uma mãe com recursos do pré-sal, diz Lula".

CABO DE GUERRA
Sobre as regras do pré-sal, a cobertura saiu do governo e foi para o DEM, depois também PSDB. No UOL à tarde, "Contra urgência, oposição vai obstruir votações". Depois, "Fracassa tentativa de barrar urgência".
DEM e PSDB defendem manter as regras como foram estabelecidas por David Zylbersztajn -que comandou a agência de petróleo sob FHC e vem ocupando CBN, Globo News e outras, em entrevistas contra a "operadora única" Petrobras. Que quase virou Petrobrax.

TUPI LÁ
wsj.com

Por "WSJ" e outros, a cobertura em papel foi ainda mais crítica do "Independence Day", seu "novo plano para dominar a indústria", seu "papel muito maior do governo". Prevê "debate quente" no Congresso, devido à reação de "alguns oposicionistas"

PRÉ-SAL, A NOVELA
A novela "Paraíso", duas semanas antes de saírem as regras, tratou do pré-sal, na conversa de uma candidata a prefeita com assessor:
"Essa história de petróleo está na moda e, se promessa não paga imposto... Quanto é que custa para perfurar um poço de petróleo? Uns cem mil postos de saúde?"
"Põe mil nisso."
"E escola?"
"Deve dar para reformar todas e construir mais uma montanha delas."
"Então por que a gente está falando em perfurar poço de petróleo?", encerra ela.

2010, A NOVELA
E causa espécie na blogosfera a entrevista de Audrey Furlaneto com o autor da próxima novela das oito, publicada domingo.
Ele anuncia "capítulos quase quentes", inclusive "adendos no dia da gravação". A personagem de uma comentarista de economia pode entrar ao vivo, "se acontecer alguma coisa grave".
Ele fala em vincular notícias do "Jornal Nacional" com a novela. "É evidente que eu aproveitaria, é tão fácil meter um ator no estúdio e fazer um comentário", diz, citando a crise no Senado.

AINDA O BLOG DO PLANALTO
whitehouse.gov

O blog de Marcelo Tas no UOL e outros comandaram ontem as críticas ao Blog do Planalto, por não se abrir a comentários. Até o "El País" citou criticamente.
O blog de mídia de Tiago Dória também não gostou. Mas lembrou contra a corrente que "a referência" usada foi o blog da Casa Branca (acima), também com "conteúdo oficial... e falta de espaço para comentários". O de Lula até avança em relação ao de Obama, com "trackbacks", os links para posts externos sobre o blog.

"DESPEDIDA"
caderno.josesaramago.org

No alto da home UOL, o escritor "diz adeus aos leitores de seu blog". Durou um ano, com "comentários desligados"

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