sábado, setembro 12, 2009

ARI CUNHA

Contra jornais

CORREIO BRAZILIENSE - 12/09/09


Pior não poderia ser a perseguição ativa contra o jornal El Clarín, de Buenos Aires. Avalanche composta por 200 fiscais da Receita invadiu a sede do maior jornal portenho. Não surgiu a razão de nada disso. Há comentários de que se trata de reação do governo Christina Kirchner. É que os invasores não portavam ordem judicial com autorização. O movimento parece que foi mesmo para intimidar jornal e jornalistas. A Receita nega que tenha autorizado a ação. Para ter ideia, a empresa emprega 15 mil profissionais, dos quais 1.500 trabalham no jornal. A repercussão internacional foi a pior para a Argentina. É que o país condenou ditadores e volta a fazer o mesmo que faziam. Quando um país toma o caminho da democracia e liberdade, dá pena constatar o retrocesso.

A frase que não foi pronunciada

“Eu não minto. O que faço é ficção com a boca.”
  • Discussão durante gravação de programa eleitoral.

  • Preços alterados

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    Atendendo a pedido do governo Lula da Silva, comerciantes no Brasil não deixam de lado o poder de criatividade. É simples. O peso pode baixar. Frutas que eram vendidas por caixas sobem de cotação e baixam de qualidade. Conforme o item, fica melhor vender por unidade ou peso, e ambos serão vantajosos ao vendedor. Há sempre saída para o comerciante ganhar. De um lado ou de outro.

    Tóxico reage com violência

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    Presos de cidades de Mato Grosso e São Paulo estão sendo transferidos para presídios de segurança máxima em outros estados. O fato motivou reação dos traficantes que perderam contato com os colegas. O resultado são tumultos nas cidades como demonstração da unidade entre traficantes.

    Assentamentos

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    Muitas localidades do Distrito Federal estão sendo invadidas em desrespeito à segurança de áreas protegidas. Comunidades deslancham esgotos em estado perigoso a céu aberto. Governo do DF adota posição de indenização aos moradores infratores. Mudam para novo endereço, financiam transporte e premiam com gratificações, reduzindo impostos. O assunto está parecendo propaganda eleitoral.

    Oligarquia maranhense

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    Estado pobre e sofredor é o Maranhão. Primeiro foi o período de Vitorino Freire. Era dono do povo e dos votos. Um dia José Sarney venceu. Assumiu os mesmos poderes. Igualmente, não desejou sair. Atualmente, mesmo com o prestígio do presidente Lula, faz e nomeia quem bem deseja. Apenas, um dia, de tanto ir ao córrego, o cântaro poderá se quebrar.

    Caso sério

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    CPI da Pedofilia está no Pará. A equipe da comissão se informa sobre casos que aconteceram em Altamira, Curralinho e Itaituba. Testemunhas e acusados serão ouvidos. O desembargador Rômulo Ferreira Nunes resume a situação aos parlamentares. Essa CPI não tem nada de pizza.

    Poder

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    Honduras e Brasil estão com as relações diplomáticas em estado de atenção. Os acordos entre os dois países são desde gestão urbana e saúde à agricultura. As cifras em comércio chegam a US$ 250 milhões. O presidente Lula anuncia que não reconhecerá presidente eleito por novo sufrágio. Zelaya quer apoio para permanecer no poder.

    Grandes olhos

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    Sem estardalhaço, o governo chinês prepara o mercado financeiro para a participação estrangeira na Bolsa de Xangai. As multinacionais estão atentas. O passo será seguro já que as notícias são de que Hong Kong estuda a mudança há 30 anos.

    Invasão

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    Há liberdade para os candidatos enviarem correspondência aos eleitores. Os envelopes normalmente são rasgados. Se quiser saber sobre o político, a plataforma, a iniciativa deve partir de quem navega. O que seria bom na terça-feira é o senador Eduardo Azeredo discutir para a nova lei eleitoral a proibição sumária de spam em e-mail, torpedos em celular ou qualquer tipo de invasão de privacidade do eleitor.

    Detalhes

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    A que ponto chegamos. Milhares de habitantes do Brasil conseguiram assinar um documento para impedir a candidatura do ficha-suja. Agora há um impasse no texto da reforma eleitoral. Quem decidirá e como será o critério para definir o ficha-suja. O senador Mercadante quer clareza porque, se o item continuar vago, pode gerar dúvidas e arbitrariedade.



    História de Brasília

    Nós já dissemos aqui que a função do jornalista não é ser delator, por isso o deputado Aluísio Nonô falou na Câmara. Agora, a prova do que eu falava está na primeira página do segundo caderno do Diário de Notícias de ontem, que provavelmente servirá de orientação aos membros do Congresso. (Publicado em 8/2/1961)

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