quinta-feira, agosto 13, 2009

BRASÍLIA - DF

PMDB na moita


Correio Braziliense - 13/08/2009


A crise do Senado virou o centro das preocupações do PMDB na Câmara. De um lado, revelou que a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), está completamente refém do apoio da legenda; de outro, que o desgaste do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), começa a contaminar os demais integrantes da legenda, inclusive governadores.

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O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), querem pôr panos quentes no confronto entre os líderes do PMDB e do PSDB no Senado, Renan Calheiros (AL) e Arthur Virgílio Neto (AM), respectivamente. E pressionam a cúpula do PT para jogar uma pá de cal na crise. Quanto ao apoio à candidatura de Dilma, a legenda prefere ficar na moita e esperar o que ainda vai acontecer.

Barra// A ministra Dilma Rousseff começa hoje a última série do tratamento radiológico contra o linfoma, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Se tudo correr como planejado, terá sessões amanhã, sábado e domingo. E encerrará as aplicações na segunda-feira. Dilma manteve a agenda a meia-marcha, mas sentiu a barra do tratamento.

Mutirões



Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes (foto), pretende intensificar os mutirões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para agilizar a tramitação de milhares de processos pendentes em todo o país. Um apelo emocionado de uma serventuária de Valparaíso (GO), onde o CNJ fez uma grande reunião de juízes e
servidores do Judiciário do Entorno do Distrito Federal, na sexta-feira, deixou ainda mais motivado o presidente do STF. As comarcas da Justiça de Goiás na região funcionam precariamente.


Fria/ O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, passou um aperto ontem, durante um café da manhã com a bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados. Bernardo não foi avisado de que a pauta do encontro previa dar respostas sobre a liberação de emendas parlamentares e foi duramente cobrado pelo deputado Júlio César (DEM-PI). O ministro adotou o silêncio.

Veto/ Apesar dos rumores sobre um iminente veto à indicação de Murilo Marques à presidência da Infraero, os funcionários da estatal permaneciam convidados à cerimônia de posse, prevista para hoje à tarde. O convite circulava na intranet da Infraero enquanto os empregados corriam atrás de informações sobre a confusão.

Dose dupla/ A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou ontem um convite para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fale sobre se houve ou não ilegalidade na manobra tributária que rendeu R$ 1,1 bilhão em créditos tributários à Petrobras. Nem as superintendências da Receita Federal se entendem se a iniciativa atendeu às normas tributárias.

Cobertura


A Telefônica antecipou o programa de metas de expansão do Speedy definido com o Ministério das Comunicações e a Anatel para 488 cidades de São Paulo, o que corresponde a 95% da população, e deve chegar a 591 municípios até o fim do ano. Até junho de 2010, a meta é completar a cobertura de banda larga das 622 cidades paulistas.

Sertões


O Brasil meridional é mesmo o xis do problema da candidatura de oposição à Presidência da República, segundo pesquisas encomendadas pelos líderes tucanos. A Executiva do PSDB concluiu que o partido deve escolher seu candidato até dezembro e intensificar a ação no Nordeste, com a participação dos governadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), tese defendida pelo presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PE). Um seminário sobre cidades e desenvolvimento será realizado na próxima semana, em Aracaju.

Nó cego


Líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP) dá nó em pingo d’água para explicar que não é fiador da permanência no cargo do presidente do Senado, José Sarney. Pressionado pelo presidente Lula a manter o apoio do PT a Sarney, Mercadante insiste na análise criteriosa das denúncias pelo Conselho de Ética. Porém, com o arquivamento da representação contra Arthur Virgílio por Paulo Duque (PMDB-RJ), presidente do Conselho de Ética, ontem, a bancada petista deve endossar o mesmo procedimento em relação ao cacique maranhense.

Minuano



Pesquisa Vox Populi divulgada ontem no Rio Grande do Sul pela revista Voto mostra o resultado da crise no governo Yeda Crusius (PSDB), que aparece com 7% das intenções de voto. A tucana está atrás de Tarso Genro (PT), com 39%, de José Fogaça (PMDB), com 29%,
e empatada com Beto Albuquerque (PSB), com 7%. O efeito colateral foi a pesquisa para presidente. Dilma Rousseff (foto) aparece com 26%, à frente de José Serra, que tem 25%. Ciro Gomes (PSB) tem 16% e Heloísa Helena (PSol), 10%.

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