terça-feira, agosto 11, 2009

ARI CUNHA

Estranho de olho no dinheiro do trabalhador


Correio Braziliense - 11/08/2009


O Fundo de Amparo ao Trabalhador tem patrimônio de R$ 158 bilhões. Orçamento para este ano é da ordem de R$ 43 bilhões. O Ministro Carlos Lupi, do Trabalho, fez crescer a ambição contra a vontade do presidente Lula da Silva. Criou a Federação Nacional dos Serviços. E elegeu seu candidato. Representantes das confederações cancelaram inscrição. Carlos Lupi ficou sem o dinheiro e malvisto pelas organizações. Como dizia o filósofo de Mundubim, “goela grande é para quem engole sapos”.

A frase que não foi pronunciada


“A suprema arte da contenda consiste em vencer o inimigo sem lutar.”

  • Guerreiro, em uma espreguiçadeira pensando enquanto lê o resultado nos jornais.

  • Presença

  • É uma alegria geral cada vez que o senador Adelmir Santana aparece no Sesc do Gama. Dessa vez foi na disputa do caratê. A meninada aproveitou para tirar fotos. Lucas Gabriel, aluno disciplinado do mestre Sobrinho, não hesitou em mostrar a pose no Orkut.

    Alternativa
  • Nos Estados Unidos, o resort Bernardo Inn, em San Diego, promove um pacote turístico para os sobreviventes da crise. A diária é de US$ 19. Sem café da manhã, ar condicionado ou luz. Só para os interessados em se hospedar na própria barraca dentro do quarto.

    Prejuízo
  • José Pauletti protesta contra as ações de indenizações milionárias contra empresas de telefonia. O presidente da Abrafix acha que é demais. Interessante notar é que, nos tribunais de pequenas causas, as empresas não apresentam as fitas com as gravações, apesar de na hora do contato com o cliente haver o aviso.

    Todo o Brasil vibrou
  • Perto do aniversário de 50 anos da capital, é mais do que cívico que Paulo Octávio, ex- aluno, e o governador Arruda, apreciador da boa música, adotassem nas escolas públicas o Hino de Brasília. Seria um presente e tanto para a cidade e para a compositora, Neusa França, ouvir milhares de crianças cantando seu hino com a letra de Geir Campos.

    Febre A (H1N1)
  • A rede privada de hospitais não pode nem deve receber o Tamiflu contra a gripe. Seria descalabro em meio à pandemia, do ponto de vista epidemiológico, diz o chefe da Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público, Jairo Bisol. Negou-se a declarar as exceções que motivariam ciúmes para com hospitais que põem o doente abaixo do faturamento.

    Ternura
  • Nada mais belo do que o senador Suplicy cantar ao microfone do Senado bela canção em inglês sobre o carinho. Valeu. Nos horários de amargura, o homem que não quer vê-la incrustada no coração tem saída. É cantar com amor, como o senador paulista entoou notas e letra de quem ama, é feliz, e quer os outros no mesmo tom.

    Bancos fechados
  • Desde início da crise financeira, o Federal Reserve fechou 72 bancos nos EUA. O fato contracena com o que ocorre no Brasil. Dentro da mesma crise, bancos anunciam rendas superiores a R$ 1 bilhão nos três primeiros meses do ano. O Banco Central não informa aos correntistas as razões do contraste e permanece calado, sem dar satisfação ao cidadão que paga juros absurdos e recebe remuneração mínima nas aplicações.

    Faz tempo
  • Não é de hoje que se fala mal do Brasil nos nossos limites. Ao tempo de Getúlio Vargas na Presidência da República surgiu a expressão segundo a qual o país estava “à beira do abismo”. Não se falava noutra coisa. Foi aí que o Barão de Itararé, de humor claro e lúcido, publicou no seu jornal A Manha: “Roubaram o abismo”. O povo gostou e esqueceu as desgraças que cobriam a cabeça.

    Dinheiro eleitoral
  • A ministra Dilma Rousseff defende o aumento do Bolsa Família. Entra como atividade social. O dinheiro sai do bolso de quem paga imposto. Ao contrário, o presidente Lula apenas “deseja servir”. Não perde eleição nem querendo, embora não tenha candidato.
  • História de Brasília


    Os três atuais diretores da Novacap estão de bola preta para o atual prefeito. O nome escolhido para a presidência deverá ser da confiança total do sr. Paulo de Tarso, que está estudando, detidamente, todas as sugestões apresentadas.(Publicado em 5/2/1961)

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