sexta-feira, agosto 07, 2009

ARI CUNHA

Não é o Senado. Somos nós


Correio Braziliense - 07/08/2009




O que ocorre na Câmara Alta é reflexo do Brasil. Governo faz horrores. Poderes são independentes e conflitantes. Um entra na seara de outros. O Brasil está vivendo como barril furado. Quando respinga de um lado, o dedo fecha o outro. O povo só sabe a metade do que acontece intramuros. As eleições são financiadas. Nós recebemos dinheiro para votar. Não temos consciência em quem votamos. Não lembramos o nome do candidato. Vamos atrás dos nossos representantes para pedir favores pessoais. Se o Senado é dominado pela oligarquia, a Câmara dos Deputados é sustentada pelo mensalão. O povo deve defender pureza para a Justiça. Quando essa falta, país e povo se desalinham. Vêm o sofrimento e o caos.

A frase que não foi pronunciada


“Nem se pense que D. Pedro I ou jornalistas do Império fossem fáceis de manejar, como uma espécie de títere.”

  • Otávio Tarqüínio de Sousa, de onde estiver, em comentário sobre o ontem e o hoje.

  • Liberdade

  • Na Venezuela, Hugo Chávez dita a democracia pessoal. Fecha estações de rádio, prende a oposição. Não se sabe até quando, mas ele é a lei e a vida do país. Lincoln ensinava: parte do povo pode ser enganada por muito tempo. Parte do povo pode ser enganada por todo o tempo. Nunca todo o povo durante todo o tempo.

    Dados
  • Enquanto isso, dados da Secretaria de Pesquisa e Opinião Pública do Senado mostram que 51,77% dos entrevistados, ou 4.199 pessoas, disseram ser favoráveis ao ingresso da Venezuela no Mercosul, contra 48,23%, ou 3.912 pessoas. No total, 8.111 responderam à enquete.

    Lulinha de paz
  • Presidente Lula da Silva não ataca ninguém. Defende Hugo Chávez e fica com o povo no Brasil. Países vizinhos são todos amigos. Burila a política como se fossem, os políticos, “picolos de Podreco”. Faz encenação de mágicas políticas. Corre mundo abrindo embaixadas em países que não conhecemos. De bem com o exterior. Assim é a vida.

    Financiados
  • Quando Geisel visitou a Inglaterra, pessoas que não falavam português acenavam faixas contra o Brasil. À noite, a hora era paga em dobro. Eram mercenários de vários países, pagos para protestar contra o que não conheciam. No Brasil, sindicalistas recebem dinheiro para fazer protesto e criar mais um sindicato que vai render os tubos. Olho gordo no dinheiro do trabalhador.

    Em questão
  • Informativo elaborado pela Presidência da República com edição de Isabela Vilar aos poucos muda o formato da linguagem, substituindo o texto com ar de oficial para o informal. Boa estratégia para o público alvo. Um exemplo é a matéria sobre o Dnit, que socorre motoristas em rodovias federais. Só pecou com a informação de que o serviço é gratuito. Os impostos contradizem.

    Sem prevenção
  • Apesar de ser um grupo benquisto pela comunidade, falta ânimo ao Corpo de Bombeiros durante a seca no Distrito Federal. Mesmo com uma unidade no Paranoá, o fogo que por ali se alastra, seja no pinheiral ou no cerrado, não é apagado a contento. Há demora e desconhecimento dos atendentes do 183 quanto às siglas, áreas e identificações geográficas do DF. Só cinco meses de seca valeriam a prevenção e mais empenho.

    Braba
  • Com goiano não se brinca. Sem saber onde estava pisando, o ministro Lupi perdeu para a senadora Kátia Abreu. CNI, CNC, CNA e CNIF oficializam saída do Codefat. Foi o resultado da tentativa de ingerência do ministro no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

    Sem proteção
  • Emerson Gomes é o nome do garoto de 12 anos que deu a vida pelo amigo de 6. Ao perceber um tiroteio, a criança abraçou o colega. Levou um tiro no quadril e não resistiu. A governadora Ana Julia Carepa e equipe não têm capacidade para diminuir a violência no Pará.

    Estranho
  • Ainda não se sabe a razão de o jornal O Estado de S. Paulo ter demorado tanto para ter a página disponível na internet. As notícias da agência eram acessadas sem problemas, mas, para os assinantes do jornal impresso, no início da manhã, nada.
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