quarta-feira, julho 08, 2009

BRASÍLIA - DF

Os segredos de cada um

Correio Braziliense - 08/07/2009

Desde quando começaram os boletins com os 663 atos secretos do ex-diretor- geral Agaciel Maia, somente escapam da omissão, na Presidência do Senado, os falecidos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL) e Ramez Tebet (PMDB), assim mesmo porque morreram. Nas duas gestões de ACM (de 1998 a 2000), foram 11 boletins com atos secretos, 10 dos quais no segundo mandato; na de Ramez Tebet, sete.

Jader Barbalho, que renunciou ao mandato, editou 10 boletins. Renan, de 2005 a 2007, bateu no teto: 139. Garibaldi Alves chegou perto, com 96. José Sarney, somando os três mandatos, responde por 49 boletins com atos secretos. Tião Viana, quando foi presidente interino, poderia ter lançado luz sobre pelo menos 207 dos 312 boletins registrados de 1995 até hoje, mas não fez nada. E ainda pode ter algum boletim injustamente incluído na cota de Renan em 2007.

Mais gente


A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acertou ontem que serão convocados 180 concursados até o fim do ano. O número será dividido em cotas de 30 futuros servidores por mês, ao longo dos próximos seis meses.

Oxente


O ex-prefeito de Recife João Paulo (foto), do PT, está quase saindo do sério, apesar do estilo zen. Foi encurralado pelo governador Eduardo Campos (PSB), que trabalha uma aliança com o deputado José Armando Monteiro (PTB) e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) na chapa ao Senado. Pelo andar da carruagem, ou João Paulo se lança ao governo ou terá que se conformar com uma vaga de deputado federal.

Titã

Enquanto o governo aumenta seus gastos de custeio, a Petrobras carrega o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas costas. Responde por 10% dos investimentos, 7% das exportações e 12% da arrecadação do país. Este ano investirá US$ 30 bilhões

A propósito

Dorme na gaveta do primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes, o relatório da Petrobras sobre os recursos destinados às organizações não governamentais solicitado pela CPI das ONGs. Trancado a sete chaves, somente será revelado quando a comissão de inquérito voltar a funcionar.

Chique a valer


Diria Dâmaso Salcede, aquele personagem de Eça de Queiroz. A bolsa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (foto), é um objeto de desejo de nove entre 10 madames da Corte brasiliense. Trata-se de uma Birkin da Hermés, com lista de espera de três anos e custo de US$ 6 mil. Victoria Beckham, segundo uma leitora atenta, tem uma coleção de 100 peças. Similar, nem na Feira do Paraguai, aqui no Distrito Federal.

Fora

A Capital Serviços Gerais avisou ontem à Câmara dos Deputados que rescindirá, na sexta-feira, os nove contratos de serviços terceirizados em vigor com a Casa. Gestora dos acordos, a Primeira-Secretaria vai convocar, em caráter emergencial, as três empresas que venceram licitações para substituir a Capital em cinco dos contratos para a TV e a Rádio Câmara e nos serviços de transporte e de informática. A vencedora da concorrência, marcada para amanhã, também será convocada emergencialmente.

Chapa quente

Chapa do deputado federal José Genoino para infernizar a vida do governador José Serra, em São Paulo, na sucessão de 2010. Ciro Gomes (PSB), governador; Emídio de Souza (PT), vice; Aloizio Mercadante (PT) e Aldo Rebelo (PCdoB) para o Senado.

Sertão
O comando do PSDB convidou o ex-governador do Rio Grande do Norte Geraldo Mello para ocupar a vice-presidência regional do partido no Nordeste. Curtindo férias em Miami (USA), o cacique potiguar responderá pela agenda tucana na região onde o presidente Lula nada de braçada. Melo foi dos fundadores da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Acarajé
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), tenta convencer a cúpula do PSB a lançar a candidatura da deputada Lídice da Mata ao Senado. A ex-prefeita de Salvador reluta, pois teme entrar numa fria e ficar sem mandato.

Parado
O senador Cristovam Buarque desconfia que a sua postura a favor da saída de José Sarney (PMDB-AP) da Presidência do Senado está provocando um boicote aos seus projetos. Na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)) devolveu a relatoria do projeto que obriga os filhos dos políticos a estudarem em escola pública, retornando-o à estaca zero. Na Comissão de Assuntos Sociais, o senador Inácio Arruda (PC doB-CE) fez o mesmo com o projeto que regulamenta a profissão de técnico em administração.

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