quarta-feira, julho 01, 2009

BRASÍLIA - DF

Acordo à mineira

LUIZ AZEDO
Correio Braziliense - 01/07/2009


O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), reiterou ontem que é candidato à Presidência da República, mas não a qualquer preço. “Eu digo que a candidatura presidencial não é um ato unilateral de vontade. A disposição, ela existe, mas é uma construção que pode ocorrer — vamos trabalhar pra que ocorra — e pode eventualmente não ocorrer. O mundo não acaba por causa disso”, disse.

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Aécio fica no governo de Minas até 30 de março de 2010 e depois passa o cargo para o vice Antônio Anastasia, que deve concorrer à reeleição pelo PSDB. “Jamais uma candidatura pode ser uma imposição de qualquer parte, seja da minha ou seja de quem quer que seja, pois ela se transformará, mesmo que vitoriosa num primeiro momento, apenas numa candidatura e muito dificilmente se transformará numa vitória eleitoral”, advertiu.

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O governador mineiro avalia que as prévias do PSDB são instrumentos de mobilização e de unidade partidária: “Todos nós teremos compromissos com o seu resultado final, qualquer que seja ele”. Ou seja, Aécio e Serra estão acertados, mas ninguém sabe em que termos. Nem eles.

Boleiros


Estudo preparado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) estima em
R$ 280 bilhões o investimento mínimo para preparar o Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014.

Folha seca

Os projetos da Copa-2014 vão do trem de alta velocidade São Paulo-Rio de Janeiro até a construção de dois aeroportos. É ou não é o país do futebol?

Cana dura


O delegado federal Mauro Spósito (foto) pediu aposentadoria, depois de mais de 30 anos atuando no combate ao narcotráfico. Ele era o coordenador-geral de Operações Especiais de Fronteiras e responsável pela instalação do centro de inteligência da PF em Tabatinga (AM), um dos maiores do país, usado também pelas forças policiais dos países vizinhos.


Degola

Sob fritura no comando da Receita Federal, Lina Vieira partiu para a França no fim de semana em missão oficial na Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em Paris, terra da guilhotina, foi informada da fritura promovida no Palácio do Planalto para substituí-la no cargo.

Queridinho

O senador Gim Argello(PTB-DF) é pato novo no Senado, mas mergulha fundo. Entrou na disputa pelo cargo de ministro das Relações Institucionais, no lugar de José Múcio Monteiro (PTB-PE). Conta que tem o apoio da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).

Galera

Oitenta pessoas, entre parlamentares e assessores, participaram da reunião do colégio de líderes da Câmara, ontem, na Presidência da Câmara. O líder do PSDB, José Aníbal(SP), não gostou de tanto democratismo e sugeriu transferir a discussão para o plenário da Câmara.

Isolado

Irritado com o engavetamento da reforma tributária, o líder do PR e relator da proposta, Sandro Mabel (PR-GO), fez um pedido inusitado, ontem, ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP): levar a matéria ao plenário para retirá-la da pauta após alguns discursos. Temer não o levou a sério.

Curto-circuito


“O governo está dando o silêncio como resposta; depois, não vai reclamar do silêncio do plenário”, desabafou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (foto). O deputado potiguar culpa o Ministério da Fazenda pela não liberação das verbas das emendas parlamentares.


Aparências

Primeiro na linha sucessória no Senado, caso o presidente José Sarney (PMDB-AP) se afaste do cargo, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) pediu à bancada tucana que abaixasse o tom contra o cacique maranhense. Perillo cumpre o roteiro de não deixar transparecer qualquer vontade de assumir o comando do Congresso. Quem pendurou o guizo no pescoço de Sarney foi o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

Cautela

Senadores do PMDB aconselham o líder Renan Calheiros (AL) a não insistir em indicar um correligionário à presidência do Conselho de Ética, apesar de o regimento interno do colegiado garantir o posto para a maior bancada da Casa. A tentativa de blindagem ao presidente José Sarney (PMDB-AP) pode desencadear uma nova frente de desgaste para o Senado.

Racha

O Movimento PT, tendência do ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (SP), não fechou com a candidatura do presidente da BR Distribuidora, Eduardo Dutra, ao comando nacional do PT. Ameaça lançar a candidatura do deputado Geraldo Magela (PT-DF).

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