sexta-feira, junho 26, 2009

BRASÍLIA - DF

Superávit zero em 2010


Correio Braziliense - 26/06/2009


Acabou o tripé do “mais do mesmo” da política econômica: meta de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro do
Planejamento, PauloBernardo, que garanta os recursos necessários aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principalmente em infraestrutura. E não abre mão dos recursos destinados aos programas Minha Casa, Minha Vida e Bolsa-Família. A ordem é trabalhar com a meta de superávit fiscal zero na nova Lei de Diretrizes Orçamentárias, que o Congresso precisa aprovar antes de entrar em recesso, em julho.


O governo já havia reduzido a meta de superávit fiscal de 3,8% do
Orçamento da União de 2009 para 2,51%, por causa da crise econômica. Agora, com a queda da arrecadação, essa previsão não será alcançada. E a meta de 3,3% projetada para 2010 e 2011 virou puro delírio. Lula não está nem um pouco preocupado com isso. Mira os índices de atividade industrial e o nível de emprego para a retomada do crescimento.


Parece a vitória da Fazenda na queda de braços com o Banco Central. Seria, se o presidente do banco, Henrique Meirelles, estivesse brigando contra isso. Não é o caso. Ele continua de olho na inflação, mas encampou a verdadeira meta do governo: a eleição de Dilma Rousseff (PT) em 2010.

Submarino

O comandante da Marinha, almirante de esquadra Julio Soares Moura Neto, acompanha com lupa o desempenho do submarino nuclear francês Emeraude nas operações de busca da caixa preta do Airbus 330 da Air France que caiu no Atlântico, entre o Brasil e a costa da África. É o principal defensor da parceria com a França na construção do submarino nuclear brasileiro.


Passaralho

O Ministério do Trabalho se justifica: demitiu 40 gráficos do órgão devido à extinção dos contratos de “terceirizados”. Por exigência do Ministério Público do Trabalho e do
Ministério doPlanejamento, até julho de 2009 serão dispensados 1.822 funcionários “terceirizados”, sendo 186 administradores, 8 economistas e 1.628 agentes administrativos. A emissão de carteiras de trabalho, porém, não foi prejudicada: a produção já foi “terceirizada”.


Preparem-se


O governador em exercício Paulo Octávio (DEM) prepara a abertura de todas as contas do Governo do Distrito Federal: contratos de obras, de prestação de serviços, aluguéis e salários de secretários e
servidores, a exemplo do que foi feito pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) em São Paulo. Recebeu a missão do governador José Roberto Arruda, que está em viagem oficial ao exterior.


Temer.com

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), quer ampliar a atuação da Agência Câmara, que passaria a produzir spots de rádio e vídeos com pronunciamentos dos deputados para veículos de comunicação do interior.


Radical

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) radicalizou novamente. No começo da crise no Senado, chegou a propor o fechamento do Congresso; ontem, em aparte ao senador Pedro Simon (PMDB-RS), pediu a convocação de eleições gerais. Segundo ele, se as eleições fossem hoje, ninguém se reelegeria.


Brasília, 50 anos

O deputado José Fernando Aparecido (PV-MG), filho do ex-governador do DF José Aparecido de Oliveira, entregou ao deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão Especial que prepara as comemorações dos 50 anos de Brasília, na Câmara dos Deputados, os desenhos originais do projeto urbanístico de Brasília de autoria de Lúcio Costa. Serão expostos na Câmara, durante as comemorações dos 50 anos de Brasília.


Agiotagem

O cheque especial caiu em desgraça no governo Lula. Ontem, foi apontado como principal responsável pelo endividamento das famílias e inadimplência no comércio pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Os bancos cobram em média

167,8%
de juros ao ano.
É a modalidade mais
cara de crédito.


O número
167,8%
de juros ao ano. É a modalidade mais cara de crédito.


Articulação


O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB) (foto) entrou na lista dos cotados para substituir o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB), que deverá ser indicado para o Tribunal de Contas da União. Tem bom trânsito com os líderes do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), velho companheiro de diretoria da União Nacional dos Estudantes (UNE), e do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu amigo desde os tempos de secundarista em Alagoas.


Não deu

Quem continua no sereno é o ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que deixou o posto e não foi aproveitado na Esplanada. Era cotado para o Ministério da Saúde, mas o ministro José Gomes Temporão está firme no galho.

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