quarta-feira, maio 06, 2009

BRASÍLIA - DF

Na gaveta


Correio Braziliense - 06/05/2009
 

Acuado por causa dos focos de rebelião na base aliada, o governo cercou-se de cautela para a votação dos vetos presidenciais prevista na sessão do Congresso Nacional convocada para hoje. Para evitar um novo golpe dos revoltosos, o Poder Executivo acertou com os líderes a retirada de 22 projetos que reúnem cerca de 100 vetos, a maioria com alto potencial de danos. A lista é nitroglicerina pura. Inclui, por exemplo, a proposta que equipara o reajuste dos pensionistas da Previdência Social ao concedido ao salário mínimo, vetado pelo presidente Lula em 2006. O impacto previsto nos cofres é de pelo menos R$ 15 bilhões, caso o veto seja derrubado por deputados e senadores.


Critérios

O comando do Senado está mesmo disposto a reduzir a lista de funcionários terceirizados. Vai começar tirando a turma que é parente de servidor concursado ou comissionado da Casa. É coisa para mais de 500, asseguram aqueles que sabem das coisas. 

Minha casa, meu problema I

O governo passou os últimos dois dias tentando convencer o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) a alterar seu relatório do projeto que libera os R$ 6 bilhões para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Desse total, o peemedebista carimbou R$ 175 milhões para municípios discriminados em emendas parlamentares, muitos dos quais com menos de 50 mil habitantes, mínimo aceito para participarem do programa. 

Minha casa, meu problema II

A ordem do Executivo é seguir o mapa do déficit habitacional apontado pelo IBGE. Ou seja, emendas aprovadas que desobedecerem a esse levantamento não serão liberadas. E se o relator quiser fazer o que o governo chama de “lambança”, vai perder a relatoria. Paciência tem limite. 

Candidato, não

O presidente Lula fez chegar um recado às alas do PT empenhadas em acender uma fogueira sob o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro: se for o caso de substituição, o partido tem que sugerir alguém que não disputará um mandato eletivo em 2010. Lula quer jogar água fria nas pretensões de parlamentares que fazem circular boatos sobre sua vontade de virar ministro com sala no Planalto. 

Depois de Tarso…

O PT do Distrito Federal que se prepare. O presidente do partido, Ricardo Berzoini, já telefonou para o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), para discutir como é possível aproximar os dois partidos em alguns estados considerados problemas. Na lista, está o DF. E, se o PMDB fechar mesmo com o PT no plano nacional, não vai dar para o partido de Lula ficar por aí ensaiando uma prévia entre pré-candidatos sem levar em conta o cenário nacional. Se até o ministro da Justiça, Tarso Genro, já levou uma chamada por causa da disputa gaúcha, ninguém está livre de receber uma descompostura, avisa o comando petista. 

No cafezinho

 
 

Voz da experiência/ Na conversa que teve com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o líder Henrique Eduardo Alves (foto) aproveitou para contar a sua saga contra um tumor nas cordas vocais, há alguns anos, quando teve que tirar 50% de uma delas. “O mais importante é ter vontade de viver e não se deixar abater”, aconselhou o deputado à ministra. 

Operação socorro/ Com os estragos provocados pelas chuvas, os parlamentares vão correr para aprovar os R$ 300 milhões para o Ministério da Integração Nacional. E do jeito que chegou ao Congresso. Ou seja, sem dizer para onde vai o dinheiro. 

Cardápio/ PSB, PCdoB e PDT do Distrito Federal fazem hoje um encontro para conversar sobre uma aliança para 2010. Vão discutir a relação e a vida sem o PT. 

Eu vou!/ O ex-deputado Tilden Santiago (MG) convenceu ontem o secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande (ES), a avalizar a sua candidatura ao Senado. “Posso ser o segundo voto do PT”, comentou ele, esperançoso. Em tempo: Tilden conta ainda com uma discreta simpatia do governador de Minas, Aécio Neves. 

Uma noite com a musa/ Os senadores comentavam ontem animadíssimos que a atriz Cristiane Torloni, uma das estrelas do Brasil, estará na vigília em prol da preservação da Amazônia, na noite de 13 de maio no plenário do Senado. Ela adotou a causa ambientalista desde a minissérie Amazônia.

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