quarta-feira, abril 08, 2009

ARI CUNHA

Afinidade com muçulmanos


Correio Braziliense - 08/04/2009
 

Stanford — O presidente Barack Obama, dos EUA, falou no parlamento de Ancara e lembrou o que os muçulmanos fizeram nos Estados Unidos. Mantiveram tradições de origem e enriqueceram a vida americana. As famílias mantêm respeito a quem não é muçulmano e seguem à risca os preceitos que trouxeram do berço. Obama não falou para elogiar. Foi além. Agradeceu a contribuição vinda de longe. Essas palavras foram pronunciadas no parlamento turco, quando o presidente americano defendia a entrada da Turquia na União Europeia. Explicou a cordialidade que existe entre Washington e Ancara. O presidente americano deixou para falar por último, como sempre fazia no Senado em Washington. E suas palavras foram de estimulo à União Europeia. O parlamento turco exultou. Chegou-se a falar na adoção do Euro. A viagem do presidente norte-americano tem sido atração pelas palavras pronunciadas. Reage forte quando os assuntos ferem a coletividade de outros países e ameniza o coração com a fraternidade que deseja para todos. A peregrinação do presidente tem sido de valor extraordinário. Atenua e respeita a vida. Prega a amizade e o entendimento, como maneira fácil de os povos se entenderem. O que repudia é a hipocrisia. São palavras novas para a união das pessoas. Assegura que o importante é não mentir para agradar. O entendimento é a melhor maneira de manter a calma da vida.


A frase que não foi pronunciada

“Volta e recolhe ao vento as penas do travesseiro”
É como o filósofo de Mondubim ensina como é improvável se recuperar a reputação depois de uma injúria.


Interessante 
Quem acredita que vai receber de volta o objeto perdido em trens que passam pela Grand Central Station de Nova York está certo. Basta telefonar e dar as características do que foi perdido. A porcentagem de recuperação chega a 95%. Um ano depois, guarda-chuva, celular, óculos, casacos e outros pertences são doados a instituições de caridade e projetos sociais. Não precisa ir tão longe. O mesmo acontece nos achados e perdidos no Senado. A informação é de Gorette Brandão. 

Sem fim 
Até hoje ninguém conseguiu resolver o problema da Rodoviária de Brasília. É certo que o GDF conseguiu grande avanço com o comércio local. A incidência de pequenos furtos diminuiu. Menores ainda driblam os policiais, escudados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O lixo, a sujeira e o ambiente sem conforto estão longe de uma solução. 

Arte 
Melhor seria se o Banco do Brasil e a Caixa valorizassem os artistas da cidade com um convite especial para exposições de arte, concertos musicais ou teatro. O certo é que a Caixa é mais aberta para as manifestações culturais. Exposições são para todos. Já o Banco do Brasil prefere as autoridades. 

Futuro 
Marshall Woodbridge, um respeitável senhor, ao ser questionado sobre sua opinião em torno de uma cápsula do tempo foi categórico. Não falou em tecnologia. Creio que o que será mais importante daqui a 50 anos será a cortesia, a humanização e a solidariedade, disse. 

Sisudos 
Filas, um enorme tempo para o atendimento e muita irritação. Esse é o ambiente do consulado português na cidade de Waterbury. O ápice do estresse foi quando um funcionário recusou o atestado de óbito materno de pretendente a dupla cidadania. O documento estava vencido. “Eu só aceito essa recusa com uma condição. Se você provar que minha mãe ressuscitou.” Depois da gargalhada, o cartório manteve a posição. Sem o documento renovado, nada feito. 

Sacudida 
Vem novidade por aí. A assinatura do presidente Lula regulamentando a lei das Zonas de Processamento de Exportação pode dar um novo impulso à economia. Há, por força da legislação, um Conselho formado pelos ministros do Desenvolvimento, Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Casa Civil. Esse é o grupo formado com autonomia para aprovar novas ZPEs. 

Forte 
Ao contrário do asfalto apelidado de Alka Seltzer pelo senador Heráclito Fortes, numa pista de Stanford a camada chega a 12cm. Terra compactada sobre trama de ferro. Caminhões pesados passam e não fazem estragos. Nada de buracos. Uma vez feito, décadas à frente é que se farão reparos. Nota-se que o investimento é alto. Em compensação as estradas estão preparadas para o escoamento da produção.

História de Brasília

Vinte e uma dessas mansões foram vendidas em tempo recorde a parlamentares, sendo que houve alguns que adquiriram duas para a família. (Publicado em 27/1/1961)

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