sábado, setembro 20, 2008


Colunista: Alex Medeiros

E-mail: alex.medeiros1959@uol.com.br


Cala a boca, Odorico!

No velho Hotel Thermas de Mossoró só faltou o "gramu", como diria a personagem Lady Kate. A choldra papa-jerimum rindo das piadinhas sem graça do bufão do Planalto. Sempre foi assim. O Brasil não muda. Antes eram os coronéis dos grotões gargalhando da sabedoria de almanaque dos generais.

Do Oeste, via aérea (não confundir com vias nasais), o teatrinho mambembe de uma arena inculta pousa nos quintais do Potengi. Cada discurso surrado aplaudido como um pronunciamento solene de um vocalista de forró. Um recado eleitoreiro para Natal nos ouvidos de eleitores do interior. Qual é a graça?

Cada dia que passa o homem vai ganhando trejeitos e verborréias do prefeito Odorico Paraguaçu, personagem imortal de Dias Gomes. Junte-se a ele um trio de lideranças provincianas e teremos o quadro completo com as irmãs Cajazeiras e ainda uma espécie de "Dirceu Borboleta" a lançar grunhidos no lugar da fala.

Um palanque com várias arrobas de gordura e outra quantia de músculos para enfrentar uma mulher de um metro e meio. Se Micarla de Sousa ganhar a eleição, melhor enviá-la como vice de Barack Obama para consolidar de vez o desejo de vitória dos que comungam com o democrata americano.

Quanto vômito verbal sem sentido. O clone do Odorico na velha versão de Sucupira lançando na oposição a lama que lhe infecta as entranhas partidárias. Enquanto vociferava contra José Agripino, explodia na imprensa sudestina a notícia de seu genro fazendo lobby para um amiguinho industrial.

É a escola do Lulinha formando novos gênios das finanças fáceis. E o homem ainda tem coragem de dizer que o senador do Rio Grande do Norte "achincalhou minha administração". Quem, cara pálida? Quer dizer que o Jajá é um novo disfarce do Zé Dirceu? Será Agripino o guru de Gushiken, de Delúbio, de Marcelo Sato?

Odorico acha que para Micarla ser uma boa pessoa teria que estar no lado dele. É nesse "lado do bem" que estão corruptos do mensalão, ladrões dos Correios, carregadores de dólares na cueca, sanguessugas do erário, parceiros do narcotráfico, amiguinhos do terrorismo internacional, salteadores das licitações públicas.

A esquerdopatia nacional está pronta para transformar o Brasil numa ditadura barnabesina-sindical, uma Cuba de militantes parasitas e incultos. E no lugar do charuto fidelino, um ridículo cigarrinho Gudang Garam, símbolo maior do avanço petista em três décadas. No começo era apenas um baseado de maconha circulando entre vagabundos intelectuais e comunistas fedorentos. Nunca nesse país... (AM) 

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