sexta-feira, maio 13, 2016

Resgate da credibilidade - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE

CORREIO BRAZILIENSE - 13/05

A retomada da economia é a grande aposta do presidente em exercício Michel Temer para os próximos meses. Ele conclamou o povo brasileiro a se unir para enfrentar os intrincados desafios econômicos do país. Em seu primeiro discurso como o novo presidente do Brasil, após dar posse ao seu ministério no Palácio do Planalto, Temer destacou ser seu dever pacificar a nação com a instalação de um governo de salvação nacional e a participação de todos os segmentos da sociedade brasileira nesse novo projeto.

Acredita que, ao resgatar a credibilidade do país, será possível tirá-lo do profundo poço para voltar a produzir e gerar renda - forma indiscutível de combate ao desemprego. "Nosso maior desafio é estancar a queda livre da economia e o diálogo é o primeiro passo para garantirmos a retomada do desenvolvimento, pois quem sofre com a inflação é o trabalhador", destacou. Suas palavras não deixam qualquer dúvida quanto ao rumo que dará ao seu governo, que se inicia com o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Ao invocar o lema "Ordem e progresso" da Bandeira Nacional, Temer demonstra, claramente, seu total respeito às tradições mais caras ao povo brasileiro. Diante de uma plateia que lotou o Palácio do Planalto, o presidente em exercício demonstrou que está firmemente comprometido com as urgentes mudanças econômicas, políticas e sociais que se fazem necessárias, garantir a retomada das prometidas reformas estruturantes para o país dar um salto à frente. As tão esperadas reformas trabalhista e previdenciária - fundamentais para a retomada do crescimento econômico - serão as primeiras sobre as quais se debruçará a nova equipe ministerial.

O Banco Central também será fortalecido na condução da política monetária e cambial, deixando de ser simples marionete controlada pelo gabinete presidencial, como acontecia nos últimos tempos. O estímulo para a eficiência do serviço público também faz parte do planejamento da nova administração.

O reequilíbrio das contas públicas é outra grande preocupação do governo que hora toma posse, com a eliminação de milhares de funções comissionadas usadas pelo PT e seus acólicos para aparelhar o Estado e, assim, garantir a perpetuação no poder, objetivo maior do grupo agora apeado do governo.

Outra inequívoca demonstração de comprometimento com a mudança de roteiro foi a promessa de revisão do pacto federativo, acalentada por todos os que acreditam no pleno funcionamento de um ente federativo nacional. O resgate da credibilidade do Brasil no concerto das nações também foi prometido por Temer.

O discurso alarmista dos aliados de Dilma Rousseff de que um governo do PMDB cortaria programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Fies, Pronatec e Prouni foi vigorosamente rebatido por Temer. Para ele, enterrar programas que deram certo seria contrasenso. E, para jogar uma pá de cal no palanque armado pelo PT e aliados, o presidente da República afirmou que dará total apoio à Operação Lava-Jato, que tantos benefícios tem trazido ao Brasil.

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