sábado, abril 18, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

PT CONVOCA MILITÂNCIA PARA ‘TEMPOS DE GUERRA’

Resolução da facção Articulação de Esquerda revela os planos do PT para o próximo Congresso Nacional do partido. Dividido em cinco tarefas, o documento batizado de “Um partido para tempos de guerra” define como “golpe” a crise de corrupção que engoliu o partido e ainda defende a “reocupação das ruas”. Segundo o documento petista, o objetivo máximo é “derrotar a direita, mesmo sem a ajuda do governo”.

TUDO MENOS PROTESTO

Segundo a Articulação, os protestos de 15 de março foram uma forma de “criminalizar o PT, os movimentos de esquerda, os sem-terra” etc.

CENSURA NA CABEÇA

Para a facção, o PT deve lutar pela “mídia democrática” e “engajar e orientar seus quadros e militantes” a brigar pela imprensa monitorada.

DISCURSO VELHO

O documento admite que o PT foi incapaz de “retirar do grande capital” o controle da economia e da política. E convoca militantes para a briga.

CHORO VERMELHO

Mencionado sete vezes no documento do PT, Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, é acusado de liderar a “ofensiva da direita”.

PARA CUNHA, ‘PEDALADAS’ É QUE DÃO IMPEACHMENT

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, já afirmou que a Operação Lava Jato ainda não tem elementos para abertura de processo de impeachment contra Dilma. Mas, em conversas com aliados, admite que o fato jurídico capaz de levá-la à cassação está relacionado às “pedaladas fiscais”, crimes previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal. O crime já foi reconhecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

CRIME FISCAL

Com as “pedaladas”, o governo simulou melhoria das contas públicas, para efeito de superávit, usando operações ilegais com bancos oficiais.

REBORDOSA

O Ministério Público Federal, junto ao TCU, denunciou as “pedaladas” e pediu a abertura de processo-crime.

EXPLICAÇÕES

O TCU aumentou de 14 para 17 as autoridades a serem interrogadas sobre as “pedaladas”. O assunto, depois, deve ir para o Judiciário.

NÃO VAI FICAR ASSIM

Apesar de mais discreto, Renan Calheiros não é menos implacável que Eduardo Cunha. Por isso o governo trabalha com uma certeza: vem aí o troco pela demissão do ex-ministro do Turismo Vinícius Lages.

IMPEACHMENT

A prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, colocou gasolina no pedido de impeachment de Dilma. A oposição e até petistas acham que Vaccari não suportará a pressão e logo vai propor delação premiada.

RIQUEZAS DA CÂMARA

Mais conhecida pela riqueza dos integrantes do que pelo valor do acervo histórico, a Câmara expõe, até 26 de julho, sua coleção de obras que chegaram ao Brasil com o imperador D. João VI.

A VEZ DA PUBLICIDADE

Com a prisão de Vaccari, os petistas estão receosos, especialmente, com os contratos de comunicação da Petrobras. Dizem que muitos políticos estão enrolados em contratos de publicidade.

DECLÍNIO MELANCÓLICO

Humilhante para Henrique Alves não foi só suplicar o cargo, mas, após onze mandatos e a presidência da Câmara, virar ministro apenas pela força do apadrinhamento de Eduardo Cunha.

CAÇA AO KASSAB

O PMDB quer reduzir o número de ministérios de 39 para 20, extinguindo inclusive o Ministério das Cidades de Gilberto Kassab, ministro proprietário do PSD e do futuro Partido Liberal (PL).

FORA, CUNHA

Será no domingo, no Aterro de Iracema, em Fortaleza, o ato que pede a renúncia do presidente da Câmara. Lidera o evento o movimento “Eu exijo a renúncia de Eduardo Cunha”.

OSTRACISMO

Marina Silva tenta não cair no esquecimento. Há dias ela perambulava no Congresso fazendo lobby contra o projeto que reduz a maioridade penal. Orlando Silva (PCdoB-RJ) aproveitou para tirar uma foto.

PENSANDO BEM...

O Ministério da Justiça se jacta do combate ao crime “eficiente”, apesar de o Brasil ter a 11ª maior taxa de homicídios do mundo, assim como certamente se orgulha dos indicadores suecos de corrupção.


PODER SEM PUDOR

CONTA DE SOMAR

Homem sério, o líder mineiro Milton Campos nunca foi daqueles políticos que tentam explicar o inexplicável. Ele perdeu para João Goulart, em 1960, a eleição para vice-presidente da República, que na época não era "casada" com a de presidente. Na expectativa de obter uma avaliação profunda do seu próprio insucesso, um jornalista provocou:

- Dr. Milton, por que o senhor perdeu?

- Perdi porque ele teve mais votos - disse, encerrando a conversa mole.

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