domingo, fevereiro 02, 2014

Cada um por si - ILIMAR FRANCO


O GLOBO - 02/02

A presidente Dilma não vai atrelar sua candidatura ao projeto do PT no Rio. O ex-presidente Lula também não planeja entrar de cabeça na eleição. Um interlocutor frequente do ex-presidente diz que, mesmo tendo estimulado Lindbergh Farias, seu foco será São Paulo. E que Lula "é fiel às suas relações afetivas", como as que mantém com o governador Sérgio Cabral e o vice Pezão.

Previsão de tempo bom
O comando da campanha da presidente Dilma continua apostando numa vitória no primeiro turno em outubro. Sustenta que a presidente mantém a curva de crescimento nas pesquisas e que os eleitores desejam mudanças, mas o sentimento predominante seria o de que "é mais factível mudar com a Dilma". Como a campanha será curta devido à Copa, considera que não há espaço, nos 45 dias da reta final, quando o debate eleitoral chega à televisão, para o que chamam de "efeito avalanche". Um comandante político da reeleição chega a afirmar: "é mais provável uma morte súbita (de um dos candidatos da oposição) do que um crescimento súbito (de um deles)".



"O PT ficou no governo Cabral até mais não poder, e agora vai 'mudar' o lado do disco, criticando a gestão da qual participou. Isso é repudiado pelas 'tribos' inquietas das ruas"

 Chico Alencar Deputado federal (PSOL-RJ)

Remanejando
A ministra Eleonora Menicucci (Mulheres) é forte candidata para a Secretaria de Direitos Humanos. Tem apoio dos movimentos sociais, além de ser amiga da presidente Dilma.

Baixou o santo
Vacinado pelo mensalão, o tesoureiro do PT, João Vaccari, está sendo cauteloso diante de pedidos antecipados de recursos por conta da campanha de reeleição da presidente Dilma. Esses gastos têm um período legal para serem feitos e só podem ser pagos pelo comitê financeiro da candidatura. Contam que ele anda dizendo "não".

Plano de voo
Políticos do PROS contam que o projeto do governador Cid Gomes (CE) é ser indicado pela presidente Dilma para uma vice-presidência do Banco Mundial porque quer ficar um período no exterior. A sede do banco é em Washington.

O placar da convenção
Um dirigente do PMDB, experiente nos embates partidários, fez as contas sobre o resultado de uma convenção sobre o apoio à presidente Dilma. Seu prognóstico é o de que a aliança com o PT pela reeleição teria hoje cerca de 564 votos, a bancada da oposição teria por volta de 202 votos, e 92 convencionais estariam indefinidos.

Na lista de espera
O PMDB só espera a presidente Dilma definir o perfil do ministro da Agricultura para apresentar seu nome. A preferência é pelo secretário de Política Agrícola, Neri Geller. Corre por fora Tereza Costa Dias, do Mato Grosso do Sul.

Marcando de cima
A direção petista reafirmou que todas as resoluções eleitorais estaduais terão de ser chanceladas pela Executiva Nacional. Segundo um dirigente: "Se deixar solto, o partido vai ter 27 candidatos a governador". Hoje, há 12 candidatos.

O DEPUTADO BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS) será reeleito líder da bancada do partido na Câmara. Eduardo Campos pediu para o PSB evitar disputas.

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