quinta-feira, janeiro 16, 2014

Soltando o verbo - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 16/01

Para o PMDB, a presidente Dilma é injusta. “O PMDB que elegeu Dilma tinha prestígio, comandava a Saúde, a Integração e as Comunicações”, desabafa o presidente da Câmara, Henrique Alves. “O da reeleição tem visibilidade menor. Diante da força do partido, nossa participação é diminuta. Isso estimula a dissidência e gera uma tensão que nós temos de administrar”, acrescenta.

Abrindo o coração
Um dos participantes da reunião do PMDB ontem no Jaburu, Henrique Alves bate duro: “O PROS, com 18 parlamentares, tem Integração com Sudam, Sudene e Codevasf. O PP, com 45 parlamentares, tem Cidades e toca o Minha Casa Minha Vida, obras de mobilidade e saneamento. O PT, com cem parlamentares, está na Educação e na Saúde. E o PMDB? Somos 97 parlamentares. Temos Turismo, sem Embratur. A Agricultura, sem Conab. A pasta foi mutilada com o programa de distribuição de implementos agrícolas sendo executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.” Mesmo expondo o desconforto e as razões do partido, reconhece: “A decisão é dela.”


“Louvo a preocupação do Aécio, mas cada um no seu quadrado. Nós temos o nosso tempo. Quem tem que interpretar se é bom para o PSB, ou não, somos nós”
Beto Albuquerque
Líder do PSB na Câmara, sobre o apoio ou não dos socialistas à reeleição do governador Geraldo Alckmin (SP)

Sem marola
Independentemente de convite para ocupar ministério agora, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, garante que “está fechado o apoio à reeleição da Dilma”. Ele diz que o alvo é o segundo mandato, mas que, se houver convite agora, “o PSD aceita”.

Daqui não saio
Daqui ninguém me tira. É tró-ló-ló pra cá. É ti-ti-ti pra lá. Mas o chefe de gabinete da presidente Dilma, o ministro Gilberto Carvalho, vai permanecer no governo e no Planalto. Pelo menos, até o final do mandato da presidente. Gilberto comentou ontem, para vários interlocutores, que notícia sobre sua eventual saída do Palácio “é pura bobagem”.

Batido o martelo
Ainda será oficializado, mas o candidato do PSB para suceder Eduardo Campos, em Pernambuco, será o chefe da Casa Civil, Tadeu Alencar. Além de maior apoio político, pesquisas qualitativas o apontaram como a melhor estampa na TV.

Empurrando com a barriga
O PT nacional não quer saber dos petistas do Maranhão apoiando o candidato da oposição à governadora Roseana Sarney (PMDB), o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB). Para evitar que isso ocorra, a cúpula vai aceitar, no máximo, que o PT tenha candidato próprio.

No departamento de cobrança
O apoio do PCdoB ao candidato de Eduardo Campos (PSB) para governar Pernambuco está atravessado na garganta da direção do PT. Eles querem saber se os comunistas farão campanha para a presidente Dilma ou para o socialista.

Reforço no caixa
O PT publicou em seu site recomendações sobre a contribuição dos 1.074 petistas que têm cargos de comissão no governo Dilma. O partido quer que ela seja feita diretamente na conta nacional para não se perder nos escalões inferiores.

CONTAM no PMDB que o senador Vital do Rêgo, preterido para a Integração, negocia aliança com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) na Paraíba.

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