segunda-feira, novembro 11, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 11/11

Grupos constroem shopping no interior da BA
As empresas Deltaville e Marca Empreendimentos, que atuam com projetos imobiliários, irão construir um shopping em Barreiras, no oeste da Bahia. O projeto terá aporte de R$ 150 milhões.

"Barreiras e região têm uma economia que se fortaleceu por causa do agronegócio. Há uma demanda reprimida no comércio local", afirma Antonio Guadagnin, presidente da Deltaville.

O centro de compras, o primeiro investimento da companhia no segmento, ficará ao lado de um bairro que foi implantado pela empresa, com cerca de 5.000 lotes.

Com previsão de entrega para 2016, o shopping terá espaço para 140 lojas, em uma área bruta locável de 17 mil metros quadrados.

"Pelo menos 60% das unidades serão ocupadas por lojistas da própria região", diz Avelino Cortellini Junior, dono da Marca, responsável pela concepção do centro de compras e também sócio do empreendimento.

"Não é o objetivo do projeto se transformar em um concorrente predador [do comércio local]", afirma.

Os aportes no shopping serão feitos com recursos próprios e de investidores, segundo os empresários.

A área onde será erguida a estrutura poderá, no futuro, agregar outros projetos, como um hotel e um centro médico, diz o presidente da Marca.

Além de loteamentos urbanizados na Bahia, a Deltaville atua no mesmo segmento nos Estados do Pará, do Maranhão e do Ceará.

A Marca, por sua vez, trabalhou no desenvolvimento de cerca de 30 shoppings, o último deles em Bauru (SP), de acordo com Cortellini Junior.

TÍTULO IMOBILIÁRIO
O grupo paranaense Barigui, que atua com revenda de veículos e serviços financeiros, decidiu entrar no segmento de securitização.

A nova empresa, com sede na cidade de São Paulo, transforma projetos imobiliários, corporativos ou privados, em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

"É um mercado maduro, que tem muito espaço para crescer. Atualmente 90% das operações se concentram nas mãos de quatro a seis companhias", afirma Paulo Abreu, presidente da Barigui Securitizadora.

Com o objetivo inicial de alcançar 10% de market share em 2014, a empresa pretende figurar entre as quatro maiores do mercado nos próximos anos.

As operações de créditos consignados representam 70% da atuação do braço financeiro do grupo.

O segmento hipotecário, que inclui as operações de securitização, correspondem a apenas 30%.

"A tendência é que invertamos essa relação", acrescenta o executivo.

Pirelli quer ampliar fatia de mercado nos países andinos
Apesar de pretender diminuir de 45% para 35% a participação da América Latina em seus resultados operacionais (Ebit), a Pirelli planeja ganhar mercado nos países andinos e no Chile até 2017.

"Queremos que o Ebit cresça em dois dígitos nessas regiões e que o market share dobre", disse o presidente da companhia na América do Sul, Paolo Dal Pino.

No Chile, por exemplo, a empresa tem cerca de 5% de participação, afirmou o executivo na quarta-feira, após apresentação do plano industrial para o mercado financeiro em Londres.

"Quase 80% do mercado [chileno] é dividido por 140 marcas. É muito pulverizado. Por isso, ganhar 1% ou 2% de market share é uma luta", acrescentou o chefe de operações na América Latina, Gianfranco Sgro.

Na Venezuela e na Argentina, a inflação deve dificultar o trabalho do grupo para atingir metas.

Hoje, a maior parte da receita latino-americana da fabricante de pneus é gerada no Brasil.

VESTINDO O QUIMONO
Com a redução do número de brasileiros no Japão e da operação do Itaú no país asiático, o Banco do Brasil se prepara para atender aproximadamente 30 mil novos clientes, que espera receber do concorrente brasileiro.

A instituição financeira também incrementa a sua atuação com empresas.

"O banco vem se reposicionando e teve um aumento significativo nos negócios de atacado, entre 2010 e 2013, além do fortalecimento na atuação com clientes brasileiros", afirma o vice-presidente Paulo Caffarelli.

O crescimento da captação com empresas no Japão no mesmo período foi de 52%. Com bancos naquele país, por sua vez, o aumento da captação nos últimos três anos alcançou 958%.

Cerca de 58 instituições financeiras aplicam recursos no Banco do Brasil no Japão. A companhia brasileira tem aproximadamente cem mil clientes no país.

O banco passou a atuar naquele país com um veículo, o BB Móvel, que leva o atendimento bancário a regiões que não possuem agências da instituição ou a eventos de grande concentração de brasileiros no Japão.

QUEDA DE BRAÇO
A taxa básica de juros deverá seguir em alta em 2014, mas isso não será suficiente para trazer a inflação para o centro da meta do Banco Central, de acordo com projeção feita pela consultoria EY (antiga Ernst & Young).

A Selic deverá fechar o ano em 9,75%, de acordo com a empresa, o que significa 8,2% em juros reais anuais. Para 2014, a consultoria projeta mais aumento dos juros reais, que devem ficar em 9,7%.

No caso da inflação, o cálculo feito pela companhia aponta uma taxa média de 6,1% em 2014, ainda acima do centro da meta que foi estabelecido pelo Banco Central, de 4,5% ao ano.

O crescimento real do PIB em 2014, por sua vez, deverá ficar em 1,9%.

"Para alavancar mais esse PIB, o país precisa ampliar sua taxa de investimentos", afirma André Ferreira, sócio de mercados estratégicos e emergentes da EY.

Para 2014, a previsão feita pela consultoria sobre o dólar é que a moeda americana deverá oscilar em torno de R$ 2,40.

Surpresa... O ministro Guido Mantega apareceu de surpresa ao encontro de Márcio Holland, secretário de Política Econômica da Fazenda, com economistas-chefes de bancos.

...de Mantega Durante a reunião, na sexta, Mantega disse que os próximos resultados da área fiscal serão melhores.

Meta... O ministro disse que o governo tem condição de cumprir a meta de R$ 73 bilhões (1,5% do PIB). E que pretende reverter desonerações, sobretudo na área de consumo.

...mantida Desonerações da folha de pagamento e do investimento, no entanto, serão mantidas, afirmou.

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