domingo, setembro 08, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Corrupção também se combate com mais educação e cidadania”
Senadora Ana Amélia (PP-RS)


INQUÉRITO CONTRA SABÓIA LEMBRA DITADURA MILITAR

A presidente Dilma reclamou quando o cubículo do senador boliviano na embaixada em Laz Paz foi comparado a cela do DOI-Codi, mas sua atitude de abrir inquérito contra o diplomata Eduardo Sabóia guarda semelhança com o autoritarismo do regime militar. É que, pela primeira vez no Itamaraty, não diplomatas tocarão o inquérito: dois servidores da Receita e um da Controladoria-Geral da União, que o presidirá.

ATO DE CORAGEM

Então encarregado de negócios em La Paz, Sabóia pôs fim, por razões humanitárias, a 452 dias de asilo do senador Roger Molina.

CONTRA A LETARGIA

Eduardo Sabóia não descumpriu ordens (não as tinha) e o Brasil não pressionou a Bolívia a expedir salvo-conduto, previsto na Convenção de Caracas.

LENDO A HISTÓRIA

Consultando a História, para evitar erros, Dilma veria que em 1964 o chanceler Leitão da Cunha impediu militares investigando diplomatas.

IMAGINAÇÃO

Depois do Rede, surgem dois novos partidos “exóticos”: o Nacional Indígena e o Popular de Liberdade de Expressão Afrobrasileira.

CAÇAS DOS EUA: MOEDA DE TROCA NA ESPIONAGEM

É do jogo político: Dilma pode manter a visita de Estado a Washington, em outubro, ainda que não a satisfaçam as alegações do presidente Barack Obama sobre a espionagem dos seus telefones e e-mails. Dilma tem na manga os caças F-18 que os EUA querem vender ao Brasil, e não quer perder a disputa pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. O “degelo” pode ser bom para ambos os lados.

DEIXA COMO ESTÁ

O “degelo” será costurado pelos canais diplomáticos dos dois países, após Obama prometer a Dilma que vai “investigar o episódio”.

AMIGO FRONTEIRIÇO

Espionado pela Inteligência dos EUA, o presidente do México, Enrique Peña Nieto considerou “encerrada” a questão com seu maior parceiro.

SEM SAÍDA

Quando contou piadas a Bush e ouviu de Obama que ele era “o cara”, Lula também era espionado, e antes dele até o finado Vargas o foi.

BRINDE À INCOMPETÊNCIA

Nem a crise diplomática tirou do Ministério das Relações Exteriores o apego a comemorações: antes de sair, o ex-chanceler Antonio Patriota reservou R$ 16,4 mil para comprar 500 garrafas de espumante Brut.

SUCESSO

Que voto aberto que nada. O que causou alvoroço na Câmara esta semana foi o ensaio fotográfico de Maria Thereza Trad, irmã do deputado Fábio Trad (PMDB-MS), publicado na Playboy.

SETEMBRO SANGRENTO

Preocupados com a pauta agitada de setembro no Congresso, policiais legislativos reforçam a segurança. Estão previstas votações de matérias envolvendo policiais militares, bombeiros e agentes de saúde.

FOI POR R$ 0,46

A Petrobras perdeu recurso no Tribunal Superior do Trabalho na ação de uma ex-funcionária porque depositou menos que os R$ 0,46 exigidos e contestou os centavos. Falta de atenção? De grana é que não foi.

CASO DE POLÍCIA

Do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) sobre articulações de José Roberto Arruda e Joaquim Roriz rumo a 2014: “Com tanto candidato respondendo por crime, só a polícia para dar jeito na eleição do Distrito Federal”.

TRÊS PORQUINHOS

Conhecida pela teimosia, a ex-senadora Marina Silva escuta orientações apenas de três fiéis escudeiros: Bazileu Margarido, João Paulo Capobianco e o assessor político Pedro Ivo.

BOICOTE

O ex-governador Íris Rezende e a mulher, deputada federal Íris de Araújo, tem se recusado a participar das reuniões do PMDB de Goiás, presidida pelo jovem deputado estadual Samuel Belchior, 33 anos.

CORRE-CORRE

O vice Michel Temer, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) e os presidentes do PMDB, Valdir Raupp (RO), e do PT, Rui Falcão (SP), trabalham para concluir esta semana o mapeamento das eleições nos Estados, que deve ser apresentado ainda este mês à presidente Dilma.

REPRISE

Com denúncias de compra de votos e até de mortos votando na disputa pela presidência do partido, o PT enfim criou o Mensalão do B.


PODER SEM PUDOR

NOS BRAÇOS DE MORFEU

Em seu primeiro mandato de prefeito de Gurinhém (PB), Jorge Ribeiro Coutinho adotou o saudável hábito de fazer uma "ronda administrativa" durante a madrugada, nos bairros da cidade, e sempre encontrava o único guarda municipal noturno, Antônio Minata, entregue ao que mais gostava de fazer: dormir.

Certa vez, segundo relato do jornalista Heraldo Nóbrega, Minata apareceu na prefeitura para pedir um novo uniforme, e o prefeito foi à forra: entregou-lhe um pijama, cor cáqui.

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