segunda-feira, setembro 30, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

EXPLODEM DESPESAS COM CARTÕES CORPORATIVOS

A conta dos cartões corporativos do governo federal ultrapassou R$ 32 milhões em setembro, mês marcado pela decisão da presidenta Dilma Rousseff de hospedar-se com sua comitiva, em Nova York, esta semana, no luxuosíssimo hotel St. Regis, onde somente sua diária custou R$ 25 mil. Desde agosto foram R$ 6 milhões torrados com cartões. A Presidência é quem mais gastou: R$ 3,6 milhões.


CONTA SECRETA

Sob a surrada alegação de “segurança do Estado”, o Palácio do Planalto se recusa a detalhar as despesas com cartões corporativos.


PRIORIDADES

Enquanto Dilma ocupava no hotel St. Regis, líderes do seu governo negociavam reduzir reajuste salarial dos professores, em todo o Brasil.


NOSSOS ESPIÕES

Gastos com cartões corporativos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) somam R$ 5,8 milhões em 2013. Tudo secreto, claro.


OS ESPIÕES DELES

Estimam-se que os gastos dos Estados Unidos com espionagem e inteligência ultrapassam os R$ 130 bilhões por ano.


INFRAERO PROMOVE RETORNO DOS ‘JABUTIS NO GALHO’

Ato do diretor de administração da estatal Infraero, José Clovis Dattoli, e do diretor jurídico, Francisco José de Siqueira, obtido pela coluna, traz de volta os conhecidos “jabutis no galho”. O ato altera o estatuto da empresa a fim de permitir o retorno dos extintos cargos comissionados: uma porta aberta aos apadrinhados, que chegarão sem ter obrigação de bater ponto, cumprir horário e ganharão mais que os concursados.


FOI INÚTIL

Ao extinguir os cargos, em 2009, o ex-ministro Nelson Jobim (Defesa) chamou os indicados políticos da Infraero de “jabutis no galho”.


‘BOCÃO’ TOMA CONTA

A mudança no estatuto da Infraero coincide com a indicação de André Marques Barros, “André Bocão”, para cuidar da propaganda da estatal.


…DO GALINHEIRO

“Bocão” foi indicado pelo PMDB, como os 98 que o partido indicou para a Infraero, sem concurso, e demitidos apos uma rebelião do partido.


COMENDO POEIRA

Com a produção de soja empacada nos portos, produtores de Mato Grosso do Sul querem usar o porto chileno de Iquique – mais de mil quilômetros atravessando os Andes – para escoar a enorme produção.


CASA DOS HORRORES

Para o ex-prefeito Cesar Maia, que não morou lá, a desgraça do governador Sérgio Cabral está na lenda da “maldição” do palácio Guanabara, onde um escravo torturado antes de morrer lançou.


EM BAIXA

O senador Ranfolfe Rodrigues (AP) se indispôs com ala mais radical do PSOL, após se reunir com a presidente Dilma, e queimou a chance de disputar Presidência em 2014. O nome mais forte é Chico Alencar (RJ).


ESTICA E PUXA

Os servidores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região serão poupados de dores nas costas e nas juntas: terão aulas de pilates garantidas em contrato de R$ 4,7 milhões até setembro de 2014.


HERDEIRA

Joaquim Roriz declara ser candidato ao governo do DF, em 2014, mas seu projeto real é catapultar a carreira política da filha, deputada Liliane (PRTB), que pode ser candidata a vice-governadora do DF.


MALHAÇÃO

O Tribunal de Contas do DF suspendeu concorrência de R$ 20 milhões em equipamentos para mil academias de ginástica em Brasília. Com amenidades e penduricalhos, cada academia custaria R$ 20 mil.


BANDEIRA BRANCA

A Executiva do PMDB designou comissão para tentar conciliar o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda e o deputado Júnior Coimbra, que deixará o comando do partido no Estado no dia 11.


CRUZ OU ESPADA

Favorável a empresários que querem regulamentar a terceirização, o relator Arthur Maia (PMDB-BA) se filiará ao Solidariedade, comandado pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira, contrário ao projeto.


PENSANDO BEM…

…já que não tem autossuficiência em petróleo, o Brasil bate recordes na produção de óleo de peroba.


PODER SEM PUDOR

LIÇÃO DE AUTORIDADE

O ministro do Trabalho, Castro Neves, não gostou quando foi negado um aumento no quilo do açúcar. Jânio Quadros enviou-lhe um bilhete exemplar:

- “Castro Neves: Leio num jornal que recebi, do Ministério do Trabalho, um bilhete enérgico de Vossa Excelência, que é favorável ao aumento dos usineiros. Desminta. O Ministro é educado bastante para não escrever ao Presidente. E o Presidente não é educado bastante para recebê-lo… O Ministro é usineiro! Seja usineiro sem ser ministro. J. Quadros, 09/08/1961.”

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