quarta-feira, maio 29, 2013

Teste de fogo - VERA MAGALHÃES - PAINEL

FOLHA DE SP - 29/05

Embora critique a condução da Caixa Econômica Federal no episódio da antecipação dos pagamentos do Bolsa Família, ainda não há disposição de Dilma Rousseff de promover demissões na direção do banco. Auxiliares do Planalto dizem que, além da conclusão da Polícia Federal acerca do papel do banco na disseminação do boato de que o programa seria extinto, a presidente vai observar se a Caixa conseguirá restabelecer a normalidade no próximo pagamento, em 17 de junho.

Colaborativa Para ajudar a mapear a origem dos boatos, a Caixa repassou à PF uma lista com os 200 primeiros sacadores do Bolsa Família. Desde anteontem, beneficiários estão sendo ouvidos pela PF, que questiona, por exemplo, como as pessoas foram informadas do boato.

Duas coisas As equipes da PF serão deslocadas para vários Estados. A ideia, segundo integrantes do governo, é separar, se possível, a confusão do banco da linha de investigação policial.

Quase lá Após conquistar 400 mil assinaturas, apoiadores da Rede preparam um grande ato para recolher a assinatura de número 500 mil. Com a presença de Marina Silva, o evento, previsto para meados de junho, pode ser em São Paulo ou no Nordeste.

Pé... Aécio Neves vai começar na primeira semana de agosto suas viagens pelo Brasil como presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência. Fará deslocamentos quinzenais até dezembro.

... na estrada O lançamento da versão tucana das caravanas consagradas pelo PT será no interior de São Paulo. Já há outros 15 Estados com datas pré-acertadas para receber o senador mineiro.

Afinidade A despedida do secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, que partirá para período de estudos nos Estados Unidos, contou com a presença de Luís Roberto Barroso, recém-indicado por Dilma para o Supremo Tribunal Federal.

Cálculo Quem acompanha o julgamento do mensalão acredita que o presidente da corte, Joaquim Barbosa, pode levar ao plenário antes da posse de Barroso a discussão sobre se serão ou não aceitos embargos infringentes.

Batuque O secretário paulistano Netinho de Paula considerou "formal" demais a placa que Lula ganhou durante homenagem a ele no Dia da África e resolveu lhe dar também um presente "de mano": um tambor usado para anunciar batalhas de guerreiros africanos.

Marcação Aprovada na Executiva, passou também no diretório paulistano do PSDB resolução contra o acúmulo dos cargos de vice-governador e ministro por Guilherme Afif (PSD). "Há coisas que o governador não pode falar, mas que o partido precisa dizer", diz o presidente municipal, Milton Flávio.

Juntos? Em conversas recentes, o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, e o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) combinaram de manter diálogo entre os dois partidos sobre a eleição para o governo de São Paulo em 2014.

Fora do ringue Anthony Garotinho (PR-RJ) entrou anteontem com representação na Mesa Diretora da Câmara contra o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), alegando que ele usou o mandato para ofender e agredir outro parlamentar "que tem sua vida pública conhecida por todos".

Memória Na votação da MP dos Portos, Caiado subiu à tribuna e chamou Garotinho de chefe de quadrilha. O deputado do Rio pede que o desafeto receba penas previstas no Código de Ética, que vão da censura à cassação.

com ANDRÉIA SADI e LUIZA BANDEIRA

tiroteio
"Esclarecida a culpa da Caixa, agora falta a ministra Maria do Rosário passar óleo de peroba e se desculpar por suas leviandades."
DO DEPUTADO CAUÊ MACRIS (PSDB-SP), sobre a declaração da secretária de Direitos Humanos de que os boatos sobre o Bolsa Família vinham da oposição.

contraponto


Prosódia eleitoral
Durante a posse de Rogério Hamam (PRB) no secretariado paulista, ontem, o governador Geraldo Alckmin fez referência ao vice-presidente José Alencar, morto em 2011, que era filiado ao PRB, como forma de homenagear a entrada da sigla em seu governo.

O tucano contou que, na última vez em que visitou Alencar no hospital, o mineiro brincou que o nome do paulista deveria se pronunciar "Alckmín", com a tônica na última sílaba, e não na primeira.

--Em Minas, palavra paroxítona não ganha eleição. Tem que ser oxítona! --justificou Alencar.

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