segunda-feira, abril 01, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 01/04

Empresas aguardam regras de mercado livre de gás
Além das 28 empresas já autorizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) a comercializarem gás natural, outras companhias estão de olho em novas regras para o setor do gás e a abertura do mercado livre.

Para elas, o desenvolvimento do mercado livre de energia elétrica (para grandes consumidores) vai se repetir no de gás.

A Ecom Energia está abrindo uma outra empresa e também vai pedir à ANP a autorização para atuar na área.

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo já têm um marco legal para o mercado livre de gás.

"A lei do gás ainda depende de regulamentações, mas é uma tendência ter o mercado livre no setor, com o qual temos muita sinergia", diz Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia.

As grandes indústrias poderão comprar no mercado livre e não só no regulado da distribuidora -como ocorre atualmente.

"Queremos preparar o consumidor para daqui cinco ou sete anos", afirma Toledo.

Ainda não há nenhuma negócio de gás por falta de regulamentação.

"A ideia é, quando houver comercialização, comprar gás da Petrobras, hoje é praticamente só ela." Há outros entrantes, como a British Gas, que podem ter sobras e vender no mercado livre.

"O país quer ser competitivo. Precisa abrir para trazer novos players. O governo vai ter de tirar um pouco desse monopólio ou essa mão tão pesada da Petrobras", afirma.

Do outro lado do mundo
A BB DTVM, do Banco do Brasil, vendeu US$ 200 milhões em fundo de dividendos no Japão.

A marca foi alcançada no período inicial de oferta de um mês. O fundo, que capta em moeda japonesa, foi oficialmente aberto na quarta-feira pela Shinko Asset Management, do Mizuho, que administra US$ 58 bilhões.

O Credit Suisse International foi responsável pelo hedge cambial.

A gestão da carteira de ações de empresas boas pagadoras de dividendos ficou com a BB DTVM.

"Não são apenas papéis de grandes empresas", diz o presidente da BB DTVM, Carlos Massaru Takahashi.

"Isso mostra que os japoneses querem coisas novas. Agora pedem informações sobre investimentos em infraestrutura", afirma.

"As negociações com eles são longas. Os japoneses querem entender tudo muito bem", diz Takahashi.

Mudança de fábrica
O grupo Taurus, de armamento, vai investir R$ 25 milhões para centralizar parte de sua produção em São Leopoldo (a cerca de 35 quilômetros de Porto Alegre).

Uma planta em Caxias do Sul e uma segunda de São Leopoldo serão transferidas. As mudanças serão feitas porque os prédios dessas unidades são alugados atualmente.

"Também queremos reduzir custos e aumentar a margem de lucro", diz Dennis Gonçalves, presidente da empresa.

A companhia planeja ainda transferir da capital gaúcha para a mesma cidade sua maior instalação, onde atuam 1.800 trabalhadores.

"Só não sei dizer quando isso vai ocorrer. Temos uma dificuldade por causa dos funcionários. Por outro lado, o local está sofrendo pressão imobiliária", diz.

A Taurus teve um faturamento líquido de R$ 701 milhões em 2012 -alta de 15%. Cerca de 70% de suas armas são vendidas nos EUA.

Imã de capital
A vinda dos fundos de "venture capital" (que investem em empresas iniciantes) estrangeiros ao Brasil começou por volta de 2009, mas tem se intensificado com a globalização dessa indústria.

"Os 'venture capital' de outros países estão vindo ao Brasil -e indo para outros mercados emergentes- por causa do alto grau de competição por negócios em centros como os EUA", diz Cláudio Furtado, diretor do centro de estudos em private equity e "venture capital" da FGV.

Grande parte das pequenas empresas que recebem o aporte copiam um negócio já testado no exterior, adaptando-o ao Brasil, diz Furtado.

O fundo americano Flybridge, por exemplo, já investiu em 65 empresas. Dessas, cinco eram brasileiras.

Companhias de diferentes segmentos receberam capital: de vendedora de materiais de construção pela internet a curso de inglês on-line. Agora, o fundo entrou no Clube Pitzi, que conserta celulares.

"Não são só negócios de tecnologia da informação que recebem investimentos, mas costumam ser empresas de tecnologia aplicada, podendo atuar na área de saúde ou agronomia", diz Furtado.

Jon Karlen, sócio do Flybridge -que tem R$ 1,1 bilhão em fundos-, afirma que procura start-ups que utilizem tecnologia para entrar em grandes mercados.

Para o dono do Pitzi, o americano radicado no Brasil Daniel Hatkoff, sua empresa atraiu capital ao oferecer uma ferramenta que resolve entraves atuais (arruma os celulares). "Investidores buscam pessoas atacando problemas importantes."

Luxo rotativo
O Prime Fraction Club, clube de compartilhamento de bens de luxo, vai investir R$ 40 milhões até o final deste ano para aumentar sua frota de veículos.

A previsão é que mais dois automóveis, três aviões, dois iates e três helicópteros façam parte dos seus novos ativos da empresa.

"Esse modelo de negócio [compra compartilhada] tem grande potencial no país. Metade das novas aquisições já estão comercializadas com nossos clientes", afirma Marcus Matta, presidente da companhia.

Do montante que será investido, 70% virão de recursos próprios e 30% de financiamento, segundo Matta.

A empresa conta atualmente com nove bens, cujo valor é de aproximadamente R$ 72 milhões.

"A tendência é que nosso faturamento cresça entre 30% a 40% neste ano."

Atacado no... A Cielo, de pagamentos eletrônicos, vai entrar no setor de atacado especializado. Um projeto piloto deve ser testado em mais de 2.500 estabelecimentos.

...cartão Bares e redes varejistas poderão pagar o abastecimento de seus estoques com cartão. Apenas 5% dos R$ 160 bilhões movimentados pelo setor passam pelo plástico.

Emprego... Profissionais da área de finanças (35%) e vendas (20%) foram os mais requisitados no serviço temporário no ano passado, segundo pesquisa da Page Interim.

...temporário O setor de tecnologia da informação e de telecomunicações, com 15%, foi o terceiro que mais recrutou em 2012, seguido pelos de logística e healthcare (cuidados da saúde), ambos com 10%.

Novo... O diretor-executivo da Fischer Brasil, Ricardo De Benedetto, vai comandar a divisão Americas (México, Estados Unidos e Brasil) da companhia, que atua nos setores químico e automotivo.

...posto As unidades representam 8% do faturamento global de € 500 milhões.

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