quarta-feira, fevereiro 13, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

"Se o Ricardo Teixeira não é corrupto, o sol não existe"
Alvaro Dias (PSDB-PR), sobre condenação de jornalista por chamar presidente da CBF de corrupto

Gurgel pede pressa no julgamento de onze governadores

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel pretende que o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral julguem até julho os processos de cassação de onze governadores. As ações são por abuso de poder econômico e político, compra de votos e uso indevido dos meios de comunicação. O Ministério Público já pediu a cassação de governadores como Tião Viana (PT-AC) e Anchieta Jr. (PSDB-RR).


Lista negra

Do PMDB, estão na lista Roseana Sarney (MA), André Puccinelli (TO) e Sérgio Cabral (RJ). Já do PSB, Cid Gomes (CE) e Wilson Martins (PI).


Faltaram provas

Dos eleitos em 2010, o TSE só julgou até agora a ação contra Rosalba Ciarlini (DEM-RN), também acusada de gastos ilícitos. Foi absolvida.


Histórico

Em 2008 e 2009, o TSE cassou o então governador da Paraíba, Cássio Cunha, do Maranhão, Jackson Lago, e de Tocantins, Marcelo Miranda.


Era o que faltava

Escolas públicas do DF copiam as privadas e exigem material escolar individual e coletivo. Famílias pobres gastam até R$ 100 com material.


Dilma quer ‘cortar asas’ de Arthur Virgílio no Amazonas

A presidenta Dilma pediu ao senador Alfredo Nascimento (PR) para fazer as pazes com o desafeto Eduardo Braga (PMDB) e unir forças para “cortar as asas” do tucano Arthur Virgílio que, eleito prefeito de Manaus em 2012, certamente planeja retornar a Brasília como senador ou disputar o governo estadual. Dilma, nesse caso, é mais uma “porta-voz” do ex-presidente Lula, que considera Virgílio um inimigo a abater.


Derrotados

Lula e Dilma se empenharam na campanha de 2012 em Manaus, mas não evitaram a derrota de Vanessa Graziotin (PCdoB) para o tucano.


Sem perdão

Sem perdoar o protagonismo dos políticos que se opuseram a seu governo, no Congresso, Lula investiu forte na derrota de todos eles.


Paredão

Lula tentou impedir a reeleição dos senadores Heráclito Fortes (DEM-PI) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). José Agripino (DEM-RN) escapou.


Azedou

A cúpula do PMDB decidiu dar um gelo no deputado Sandro Mabel (GO). Cristão-novo no partido, ele decidiu, de forma isolada, entrar com ação para anular a eleição de líder, na qual saiu derrotado.


Inutilidade

Réu no escândalo “Caixa de Pandora”, o deputado distrital Aylton Gomes (PR-DF) já tem o que fazer na Câmara Legislativa do DF: é dele o projeto de criação do “Dia da Despedida do Servidor Público”.


A Copa é nossa

Tem muita gente rindo à toa no Conselho Nacional de Justiça com a nova missão de “coordenar e fiscalizar obras e litígios” na Copa de 2014: terão viagens, diárias e hotéis nas cidades-sede para o serviço.


Confuso

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ficou em cima do muro, diante da notícia da renúncia do papa Bento XVI. Ele não sabe como classificar a atitude, se como uma “fuga” ou um ato de “coragem”.


Fábrica de linguiça

É febril o movimento de relatórios de chefões a assistentes na Infraero às duas consultorias de “diagnóstico” contratadas pela estatal: têm que justificar o que fazem, em quanto tempo e se sua área é importante.


Canoa furada

A solução do antigo conflito da pesca ilegal na vizinha Guiana esbarra num problemão: a Marinha do Brasil não pode enviar uma fragata de patrulha ao rio Oiapoque até o fim das “negociações diplomáticas”.


Alô, ANS

Clientes da Unimed Brasília sofrem com o péssimo atendimento. Quando não está ocupado o telefone para marcação de consulta, a ligação cai antes de completar a solicitação. Nem a ouvidoria funciona.


Feijoada

A causa é justa para eles e injusta para nós: o Brasil importa feijão da China, após doar quase 12 mil toneladas do produto à Coreia do Norte, Bangladesh e Sri-Lanka, num total de mais de US$6 milhões, via ONU.


Assim não dá

Está descartada a candidatura de Fernando Henrique a Papa: ele é agnóstico.


Poder sem pudor


Para toda a vida

José Paulo Freire era figura folclórica da política paulista. Transitava de Jânio Quadros para os adversários e vice-versa com desenvoltura e nenhum constrangimento. Certa vez, quando o banqueiro Magalhães Pinto articulava a formação do Partido Popular (PP), ele logo aderiu.

- Você no PP, na oposição? – estranhou o amigo mineiro Olavo Drummond.
Ele justificou, dando uma piscadela:

- Partido de governo dura cinco anos. Partido de banqueiro dura a vida inteira...

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