sexta-feira, novembro 09, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 09/11


Novartis e Furp fecham acordo de transferência
A Novartis e a Furp (Fundação para o Remédio Popular) fecharam acordo para a troca da tecnologia de produção de dois medicamentos para o combate à rejeição de órgãos transplantados.

A expectativa é que a entidade, do governo do Estado, fabrique os remédios em três a cinco anos. Serão usadas suas duas fábricas, em Guarulhos e em Américo Brasiliense (a 283 km da capital).

Enquanto a produção dos medicamentos não começar, o Ministério da Saúde irá centralizar a compra e a distribuição dos remédios da Novartis, como contrapartida.

Atualmente, a Furp produz 67 remédios distribuídos para cerca de 3.000 municípios.

Os novos medicamentos são estratégicos tanto para a Novartis quanto para o governo federal, diz Adib Jacob, presidente da empresa no Brasil. "Nosso parceiro direto é a Furp", afirma. "Mas o ministério ajuda no acordo."

"Vamos investir em máquinas e treinamento, mas as duas plantas que já existem são capazes de produzir os novos remédios sem problema", diz Flávio Vormittag, superintendente da entidade.

O nível da queda nos preços dependerá do tamanho da produção e de compras pelo governo, diz Jacob.

ESFERA FEDERAL
Baxter firma convênio com a Hemobrás

A farmacêutica Baxter também fechou acordo para a transferência de tecnologia com uma empresa estatal, a Hemobrás. A expectativa é que a produção de fator 8 recombinante, que combate a hemofilia, comece em no máximo dez anos.

SUPOSTO CARTEL
Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante todo o dia de ontem para coletar documentos e materiais que possam comprovar a prática de cartel no mercado de silicatos.

Derivado do silício,o silicato é utilizado em cimentos e refratários, entre outros.

A operação ocorreu em quatro Estados, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), de Mogi das Cruzes (SP), de Cajamar (SP), de Rio Claro (SP), de Jaboatão dos Guararapes (PE) e de Criciúma (SC), segundo Diogo Thomson superintendente-adjunto do Cade.

"O material apreendido será analisado pelo Cade e, se confirmadas as suspeitas, será aberto um processo administrativo contra as empresas e pessoas físicas envolvidas", afirma Thomson.

Segundo a denúncia que motivou as buscas, as empresas participantes do esquema trocavam informações entre si com o objetivo de dividir clientes e fixar preços. A prática teria começado em 1999 e durado até 2009.

EXECUTIVO ESPECIALIZADO
A maioria das empresas que buscam um executivo atualmente precisa de engenheiros em seus quadros de funcionários, segundo pesquisa da Michael Page.

De mil vagas analisadas, 38% exigem a formação em alguma área de engenharia. Em seguida, aparecem administração e economia.

A procura por engenheiros reflete o início da retomada dos setores da construção e da indústria, segundo o presidente da consultoria no Brasil, Paulo Pontes.

As companhias também deixaram de considerar o curso de MBA como essencial e preferem, agora, pós-graduações específicas na área de atuação do executivo.

"As empresas atuam em ramos mais específicos hoje. Antes um MBA em gestão era suficiente, mas, há um ano, isso começou a mudar."

Encontrar o profissional especializado, no entanto, não tem sido fácil. "Muitas empresas bancam o curso de pós, porque não encontram alguém já qualificado."

TEMPERO AMERICANO
A Hemmer Alimentos vai fabricar produtos da americana Reckitt Benckiser em Blumenau (SC) a partir do próximo ano.

Inicialmente, será produzida a mostarda da marca French's, já distribuída no país pela catarinense.

"Ampliamos nossa planta em 3.000 metros quadrados neste ano, por isso já estamos preparados para fabricar o produto", diz Ericsson Luef, presidente da companhia.

O investimento na ampliação e em maquinário foi de cerca de R$ 3 milhões.

"Aproveitaremos os canais de distribuição da parceira, que já está presente em toda a América do Sul", completa.

A projeção de faturamento para este ano é de R$ 115 milhões, alta de mais de 35% em relação ao ano passado.

ENERGIA HÚNGARA
Uma fabricante de bebidas energéticas da Hungria está com projeto avançado para instalar uma fábrica em São Paulo, segundo informações da Fiesp.

Representantes da empresa estarão na entidade na próxima terça-feira, ao lado de outras 16 companhias húngaras e do secretário de Estado do Ministério da Economia do país, Kristóf Szatmáry, para uma rodada de negócios.

O fluxo comercial entre o Brasil e a Hungria foi de apenas US$ 417,3 milhões (aproximadamente R$ 850 milhões) no ano passado.

Em 2011, as importações brasileiras cresceram 22,85%. As exportações tiveram queda de 17,43%, segundo o Ministério do Desenvolvimento.

NATAL NOS EUA
O número de americanos propensos a gastar mais com as compras de Natal aumentou em relação ao ano passado, de acordo com levantamento da consultoria Ipsos.

Os homens planejam gastar mais do que as mulheres (17% a 9%, respectivamente).

Cerca de metade dos entrevistados (46%) disse que deve desembolsar a mesma quantia que no ano passado e 37% vão cortar as despesas.

O tempo gasto em busca de melhores preços para compras pela internet diminuiu em relação a 2011.

A pesquisa foi realizada com 1.001 adultos maiores de 18 anos nos Estados Unidos.

Como inovar A CNI fechou uma parceria com a Fundação Dom Cabral para realizar uma pesquisa sobre os métodos de inovação usados por 18 grandes empresas brasileiras. Os resultados estão previstos para setembro de 2013.

Beneficente O Itaú substitui o Bradesco no Teleton neste ano. A meta é superar a marca de R$ 25 milhões em doações para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). O evento começa hoje e vai até domingo.

Obras... 
Um quarto dos brasileiros pretende fazer algum tipo de reforma até agosto de 2013 -16,8 milhões do total de 61 milhões de moradias-, segundo pesquisa nacional encomendada pelo Clube da Reforma ao Data Popular.

...para todos 
O gasto médio das obras será de R$ 4.445. Os homens têm expectativa de gastar R$ 3.603, enquanto as mulheres esperam gastos de R$ 5.250. Foram entrevistadas 3.969 pessoas.

Mais bacalhau 
O Pão de Açúcar vai importar para o Natal 2.500 toneladas de bacalhau, alta de 18% ante 2011.

IMAGEM BRASILEIRA
A presença do Brasil na mídia internacional diminuiu entre julho e setembro, ante o trimestre anterior, segundo pesquisa da Imagem Corporativa feita com base no monitoramento de 16 jornais e revistas estrangeiros.

A queda foi considerada normal, pois o país havia recebido ampla atenção em junho por causa da Rio+20.

O número de reportagens negativas sobre o país, porém, aumentou. Elas abordaram a falta de infraestrutura.

O espanhol "El País" resumiu a situação com o título "O Brasil não é para amadores", em reportagem alertando sobre os riscos para quem quer vir ao país na Copa.

1.217 foram as reportagens sobre o Brasil na mídia internacional no terceiro trimestre de 2012

1.450 haviam sido publicadas no trimestre anterior

16% foi o tamanho da queda

*28% das reportagens entre julho e setembro tinham teor negativo

*22% eram as matérias negativas sobre o país entre abril e junho

25% das citações eram sobre o Brasil como um player internacional

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