quinta-feira, outubro 25, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 25/10


Emprego na construção recua em São Paulo
O nível de emprego na construção civil no Estado de São Paulo registrou em setembro sua maior queda mensal do ano, segundo levantamento do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

O saldo entre contratações e demissões ficou negativo em 1.200 postos de trabalho, queda mais intensa que a de 1.055 registrada em junho.

Os números do segundo semestre até agora apresentam cenário pior que os primeiros meses do ano, quando até abril já haviam sido contratados mais de 42 mil trabalhadores, segundo a pesquisa.

O acumulado até setembro mostra que, desde então, o total aumentou apenas para 45 mil profissionais.

Fatores como a temperatura econômica do Brasil e a dificuldade em aprovar novos projetos imobiliários são alguns dos responsáveis pelo ritmo, segundo o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.

"A aprovação de projetos em São Paulo tem sido muito complicada por causa do plano diretor, que precisa de mudanças. O fim do mandato da prefeitura também reduz os projetos públicos na capital", diz o executivo.

"Também vivemos um período, de 2009 a 2010, com demanda por habitação muito grande. Agora está mais estável", afirma.

No fim de setembro, as empresas paulistas somavam 861,3 mil empregados com carteira assinada. Entre as regiões pesquisadas, as que registraram queda no nível de emprego foram São Paulo, Santo André, Campinas, Ribeirão Preto, Santos e Bauru, segundo a pesquisa.

Diferença entre oferta e demanda de escritórios cairá
O descasamento entre a oferta e a demanda por imóveis corporativos na região metropolitana de São Paulo chegou ao seu pico em 2012, considerando os últimos cinco anos, e começará a diminuir em 2013, segundo estudo da Ernst & Young feito com base em dados históricos.

Neste ano, a oferta está maior que a procura em aproximadamente 500 mil m2. Até 2014, esse número deverá cair para cerca de 230 mil m2.

"O que ocorreu é que, há quatro anos, houve um crescimento da demanda, que acabou impulsionando os investidores. Os imóveis planejados naquela época estão sendo entregues agora", diz Adriano Sartori, diretor da consultoria imobiliária Richard Ellis.

Apesar da diferença entre o volume de imóveis demandados e ofertados registrada neste ano, não houve quedas significativas nos preços de aluguéis. "Às vezes, o mercado prefere aceitar a vacância", diz Viktor Andrade, responsável pelo estudo.

Um dos fatores que não permitiu a redução dos valores dos aluguéis foi justamente a taxa de vacância em patamar baixo (4,8%, segundo a Richard Ellis). Em 2004, a taxa se aproximava dos 17%. Nos EUA, ela está hoje em 16%.

"A vacância estava em um nível até irreal. O mercado já esperava que, neste ano, a oferta seria maior que a absorção. Além disso, com o PIB menor, os empresários estão demorando mais para decidir novos investimentos, como o aluguel de um espaço maior", diz o CEO da incorporadora Vitacon, Alexandre Lafer Frankel.

EM QUEDA
A expectativa de crescimento mundial moderado neste segundo semestre, as incertezas da economia europeia e a lenta recuperação dos Estados Unidos devem reduzir os preços das commodities no curto prazo, de acordo com uma análise realizada pela PwC.

O petróleo comercializado na Bolsa de Nova York (West Texas Intermediate) permanecerá estável em US$ 92 (cerca de R$ 186) por barril até o final de novembro, de acordo com o estudo.

Apesar de os preços dos metais terem subido no primeiro trimestre, em parte puxados pela demanda chinesa, há uma tendência de queda com a desaceleração da demanda global, ainda segundo a empresa.

O minério de ferro, por exemplo, caiu 17% nos dois últimos trimestres.

Em contraste com o petróleo e os metais, o preço global dos alimentos subiu cerca de 6% em julho e tende a permanecer elevado devido às más colheitas, principalmente nos Estados Unidos, e aos baixos estoques.

CAFÉ NOVO
A D.E Master Blenders 1753, empresa detentora de marcas como Pilão, Senseo, Café do Ponto e Caboclo, acaba de anunciar Juan Carlos Dalto como novo presidente no Brasil.

O executivo assume as novas funções em novembro.

A mudança faz parte dos novos rumos da companhia no país, que hoje representa 21% do faturamento no mundo e é a maior operação da empresa fora da Europa.

ITALIANA NA REGIÃO SUL
A grife italiana Ermenegildo Zegna irá abrir sua primeira loja na região Sul do país em 2013.

A unidade será no shopping Pátio Batel, em Curitiba, e terá cerca de 180 metros quadrados.

Essa será a sexta butique da marca no Brasil.

O responsável pelo novo shopping da capital paranaense é o grupo Soifer, que tem em seu portfólio o terminal de contêineres de Paranaguá e os shoppings Rio Sul, no Rio de Janeiro, e Mueller, em Curitiba.

O Pátio Batel deverá ser inaugurado em março do próximo ano.

Grifes como Louis Vuitton, Burberry, Tiffany & Co. e CH Carolina Herrera, entre outras, também terão lojas no empreendimento.

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