segunda-feira, outubro 31, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Pequena indústria está longe de tecnologia, afirma CIESP
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 31/10/11

A maior parte dos recursos destinados a pesquisa e desenvolvimento no país ainda tem origem na iniciativa privada e está concentrada nas grandes indústrias, segundo análise do Ciesp (centro das indústrias), com base em dados da Fapesp.

O total injetado na área no Estado de São Paulo foi de aproximadamente R$ 19,8 bilhões em 2010, de acordo com a entidade.

"O volume equivale a 1,64% do PIB estadual. Desses, cerca de R$ 12 bilhões foram feitos por particulares", afirma Pio Gavazzi, diretor de tecnologia do Ciesp.

As pequenas e médias indústrias ainda não se habituaram à "linguagem" dos centros de tecnologia, segundo Gavazzi.

"O primeiro passo é promover esse contato, ligar as duas pontas", diz.

Fiesp e Ciesp reunirão 50 instituições de ciência e tecnologia para apresentar e oferecer serviços tecnológicos para cerca de 2.000 empresas em novembro.

Financiamento e burocracia são dificuldades posteriores, que têm sido combatidas pelo setor por meio de tentativas de diálogo com o governo, segundo Gavazzi.

"Temos essa tentativa, mas é difícil, pois tudo depende de legislação. As empresas que estão no lucro presumido não conseguem acessar a Lei do Bem, por exemplo."

Industrial paulista volta a ficar pessimista após 29 meses
Depois de 29 meses, o empresário industrial paulista está novamente pessimista sobre o futuro de seus negócios, segundo a Fiesp.

Em outubro, o índice de confiança de São Paulo ficou em 48,1 pontos.

É a primeira vez desde abril de 2009 que o índice está inferior aos 50 pontos. Quando isso acontece, a expectativa do empresariado é classificada como pessimista.

No levantamento nacional, apesar de nova queda, o otimismo ainda prevalece, com 54,6 pontos.

"O Estado de São Paulo é marcado pelo pluralismo de atividades econômicas, então o bom momento de um setor não consegue subir a média", afirma Paulo Francini, diretor da Fiesp.

Os índices devem cair ainda mais, segundo Francini. "Deve ficar próximo a 45 pontos. Abaixo disso só se tivermos uma ruptura, como a paralisação do sistema de crédito no final de 2008."

Para os empresários paulistas do setor, as principais dificuldades são a carga tributária, a concorrência, a falta de demanda e o custo da matéria-prima.

SEGURANÇA EM CAMPO
Serão necessários 1.200 vigilantes de segurança privada para a abertura e o encerramento da Copa, segundo cálculos do Sesvesp (sindicato das empresas do setor).

Para os outros jogos, estão previstos de 400 a 600 funcionários. "A primeira e a última cerimônias têm grande afluxo de pessoas e equipamentos", diz João Palhuca, vice-presidente da entidade.

O setor aguarda as diretrizes para o treinamento. "Começaremos após receber as definições da Polícia Federal para o currículo exigido."

Haverá capacitação para atendimento ao público com informações, intervenções em conflitos, apoio para serviços médicos e sociais.

A oferta de mão de obra não preocupa o setor. "Será possível recrutar entre os que já estão empregados para trabalhar em dias de folga."

INADIMPLÊNCIA
O número de letras de câmbio protestadas em São Paulo disparou em setembro.

A quantidade de protestos feitos dessa maneira passou de 35, em agosto, para 1.234, no mês passado, de acordo com o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da Seção São Paulo.

"A rede bancária foi a principal responsável pelo aumento, com o envio de cerca de mil letras de câmbio", afirma o presidente da entidade, José Carlos Alves.

Em setembro, foram protestados 63,7 mil títulos em São Paulo. O total bruto de títulos apresentados chegou a 165,7 mil.

O levantamento foi feito junto aos dez tabeliães de protesto da capital paulista.

PASSO A PASSO
O 4° Congresso Mundial do Calçado, evento da Confederação Europeia da Indústria do Calçado que será realizado no Brasil neste ano, vai debater temas como dumping, questões trabalhistas, cambiais e livre comércio no setor.

"É a primeira vez que acontece fora da Europa, e vamos reunir participantes de mais de 20 países.

Queremos dar uma visão global do setor, da difícil situação da Europa e outros assuntos", diz Francisco Santos, presidente da Couromoda, que organiza o evento.

A produção mundial de calçado está concentrada na Ásia, que representa 87% do volume total. O Brasil vem em segundo.

"A relação com a China é difícil, não só no nosso setor. Quaisquer mudanças no câmbio e nas condições de trabalho ainda não devem gerar equilíbrio pelos próximos dez anos."

Expansão A organização de fomento ao empreendedorismo Endeavor, que tem escritórios em São Paulo, Rio, Curitiba e Belo Horizonte, vai abrir unidades em Porto Alegre e Recife em novembro. A entidade está em outros dez países.

No palco Com investimento de R$ 8 milhões, a Future Group, agência de entretenimento, e a produtora Broadway Brasil montarão o espetáculo Thriller Live, criado por Michael Jackson. A estreia será em julho de 2012.

Logística... Metade dos executivos da área de logística avaliam como baixa ou muito baixa a atual forma de conexão entre os players no Brasil, de acordo com estudo da Amcham. Aproximadamente 26% avaliam a integração como satisfatória.

...em baixa Os modais menos integrados, segundo eles, são o ferroviário (37%) e o aéreo (19%). Com relação a riscos logísticos, os que aparecem com menos conectividade são embarcadores e despachantes (33%), seguradoras (15%) e transportadoras (11%).

Mais bancários Cresceu a demanda das instituições por mão de obra qualificada para atender clientes de alta renda, segundo a consultoria Asap. "Os bancos precisam oferecer atendimento para clientes que deixaram de ser poupadores para ser investidores", diz Dalva Marques, da Asap.

Na mesa A rede de franquias Griletto abrirá 58 unidades até o final de 2012, o que deve movimentar pelo menos R$ 12 milhões. Hoje, a empresa tem 52 lojas abertas. Dessas, 60% estão no interior de São Paulo.

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