sexta-feira, outubro 07, 2011

ILIMAR FRANCO - Expondo Dilma


Expondo Dilma
ILIMAR FRANCO 
O GLOBO - 07/10/11

O governador Sérgio Cabral e os parlamentares do Rio vão continuar puxando a presidente Dilma para o centro do debate dos royalties. É tudo o que ela não quer. A presidente gostaria de atravessar a polêmica como se nada tivesse com isso. Não quer comprometer os 60% de votos que teve no estado em 2010. Os políticos do Rio dizem que elegeram Dilma pensando que o governo Lula ia continuar, mas que agora a realidade é outra.

A Fazenda dá a palavra final Os senadores do Rio relatam que já teriam chegado a um acordo sobre a divisão dos royalties entre produtores e não produtores, não fosse a interferência do Ministério da Fazenda. Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Wellington Dias (PT-PI) fizeram uma proposta que tinha como base o aumento dos royalties de 10% para 20%. O secretário-executivo da Fazenda,Nelson Barbosa, vetou,dizendo que o governo não aceitava nada que atingisse a Petrobras. Desde então, a equipe do ministro Guido Mantega, único autorizado pela presidente Dilma a negociar, monitora os passos do relator, senador Vital do Rego (PMDB-PB).


O Sérgio Cabral não é um bom interlocutor. A Dilma tem ciúme dele com o Lula. Além disso, o Lula convidou o Cabral para ser vice da Dilma e ele não aceitou" - Marcelo Crivella, senador (PRB-RJ)

COMEÇOU BEM. Pré-candidato oposicionista à Presidência da Venezuela, Leopoldo López, na foto, ao centro, veio ao Brasil pedir o apoio do DEM à sua empreitada. O partido sobrevive a duras penas, depois de perder quadros para o novo PSD, criado pelo prefeito Gilberto Kassab (SP). Na foto, López aparece com o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), e a única governadora demista, Rosalba Ciarlini (RN).

Expondo DilmaO governador Sérgio Cabral e os parlamentares do Rio vão continuar puxando a presidente Dilma para o centro do debate dos royalties. É tudo o que ela não quer. A presidente gostaria de atravessar a polêmica como se nada tivesse com isso. Não quer comprometer os 60% de votos que teve no estado em 2010. Os políticos do Rio dizem que elegeram Dilma pensando que o governo Lula ia continuar, mas que agora a realidade é outra.

A Fazenda dá a palavra finalOs senadores do Rio relatam que já teriam chegado a um acordo sobre a divisão dos royalties entre produtores e não produtores, não fosse a interferência do Ministério da Fazenda. Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Wellington Dias (PT-PI) fizeram uma proposta que tinha como base o aumento dos royalties de 10% para 20%. O secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, vetou, dizendo que o governo não aceitava nada que atingisse a Petrobras. Desde então, a equipe do ministro Guido Mantega, único autorizado pela presidente Dilma a negociar, monitora os passos do relator, senador Vital do Rego (PMDB-PB).

Não colouAs mudanças admitidas ontem pelo relator da reforma política, deputado Henrique Fontana (PT-RS), não resolvem o impasse. "Não tem a menor condição. Não sai do canto", disse o líder do PMDB, deputado Henrique Alves (RN).

No scriptAliados da senadora Marta Suplicy (PT-SP) reconhecem que a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo "ganhou corpo". Isso enfraquece Marta e o deputado Carlos Zarattini. Mas alertam: "O jogo não está jogado".

O PMDB COMEMORA. Os senadores emplacaram Fernando Passos na diretoria Financeira do Banco do Nordeste e o deputado Isidro Moraes de Siqueira na diretoria de Controle e Risco.

PARLAMENTARES mineiros estiveram ontem com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), reforçando a indicação da desembargadora Assusete Magalhães para o STJ.

O PT vai transformar a comemoração de seu aniversário, em fevereiro, em uma conferência eleitoral com vistas às eleições municipais. Reunirá os pré-candidatos e atuais prefeitos.

Suando a camisaEm obstrução para tentar impedir a votação da redistribuição dos royalties do petróleo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu verificação de quorum da votação de uma Medida Provisória. O presidente do Senado, JOSÉ SARNEY (PMDB-AP), disse que não, porque não havia o intervalo mínimo de uma hora desde a verificação anterior, o que é exigido pelo regimento. "Tinha visto a votação às 17h45m. São 18h46m", contestou Lindbergh. E Sarney: "O computador nosso dá 17h47m57".

Apoio da oposiçãoO líder da Minoria no Congresso, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), sai em defesa da proposta Dornelles para a redistribuição dos royalties do petróleo: "Ela tira mais da União e distribui melhor os recursos entre os estados".

A Fazenda é contraO PT quer aumentar de 7,5% para 9% a contribuição da União para o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público.
E que a União entre com até 3% no caso de servidor que ganha menos do que o teto do INSS.

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