segunda-feira, agosto 08, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Plano da Petrobras empresta R$ 265 mi a fornecedores
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 08/08/11

Em um mês, o programa da Petrobras de estimular empréstimos com juros menores dos principais bancos do país a seus fornecedores resultou em financiamentos de R$ 265 milhões -valor considerado elevado por se tratar de uma linha de crédito de capital de giro.
Batizado de Progredir, o projeto permite que o contrato de fornecimento à Petrobras sirva como garantia do empréstimo ao seu fornecedor direto e aos demais elos da cadeia. Ou seja, possibilita financiar também o "fornecedor do fornecedor".
As empresas podem tomar emprestados e adiantar recursos que receberiam da Petrobras em até 50% do valor do contrato com a petroleira.
Gestado desde 2010, o Progredir começou a funcionar no mês passado, quando foram fechadas 25 operações.
Os bancos estimam que o custo dos empréstimos foi reduzido em 30% com as garantias da Petrobras.
Para o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, o Progredir alivia o caixa da Petrobras e transfere ao mercado esse tipo de empréstimo, antes feito com recursos próprios da companhia.
Desse modo, diz, sobram mais recursos para investimento -um dos gargalos da empresa, que prevê vender ativos e postergar projetos para cumprir seu plano de negócios de US$ 224,7 bilhões de 2010 a 2015.
Com custo de capital mais baixo, diz, os fornecedores também poderão oferecer produtos e serviços mais baratos à Petrobras.

Operações com moeda local entre Brasil e Argentina crescem 83%

O número de operações pagas em real no comércio entre Brasil e Argentina bateu recorde em maio passado. Foram realizadas 467 transações, crescimento de 83% ante o mesmo mês de 2010.
"É interessante para os dois países incentivar o comércio em moeda local, pois o dólar tem tido uma oscilação muito grande", diz Samy Dana, professor da escola de economia da FGV-SP.
A alta na quantidade de operações, porém, é muito maior nas exportações brasileiras para a Argentina, que representaram 465 das 467 transações no mês.
A aceitação do pagamento em real pelos empresários brasileiros explicita a confiança na economia do país, segundo o cientista político da Universidade Federal Fluminense Thiago Rodrigues.
"O comportamento dos argentinos é previsível, pois eles não querem fazer reserva de uma moeda de um país emergente", diz Rodrigues.
O Sistema de Pagamentos em Moeda Local do Mercosul começou a ser utilizado por Brasil e Argentina em outubro de 2008.
O Brasil também negocia a adoção desse mesmo modelo com o Uruguai.
Para ser implantado, o sistema depende de acordo entre os Bancos Centrais dos países envolvidos.

GÁS NOS EMPRÉSTIMOS
A expectativa dos bancos é que o número de empréstimos cresça rapidamente nos próximos meses. A Caixa e o Bradesco, por exemplo, montaram equipes exclusivas para oferecer a linha de crédito. "Quando as empresas perceberem que o modelo permite a obtenção de crédito com rapidez, haverá grande crescimento. Já financiamos quase R$ 100 milhões", diz o diretor do Bradesco Poder Público, Renan Mascarenhas.
A Caixa fechou R$ 14 milhões em financiamento e tem engatilhados empréstimos de mais R$ 20 milhões.

Terra do sol Projetos entre empresas japonesas e brasileiras serão abordados em encontro da CNI e sua congênere Nippon Keidaren. Participarão os presidentes da Petrobras, Sergio Gabrielli, da Vale, Murilo Ferreira, e do BNDES, Luciano Coutinho.

Joia de bolsa A joalheria Tiffany & Co. passa a vender no Brasil sua linha de objetos de couro, como bolsas e carteiras. A coleção, que usa texturas como crocodilo, cobra, novilho e camurça, foi lançada em Nova York no final de 2010. As primeiras peças já chegaram às lojas. Uma bolsa grande custa R$ 1.690.

SUPLEMENTO PARA CLASSE C
O grupo farmacêutico brasileiro Cimed ingressa no segmento de cosméticos e suplementos alimentares, com foco na classe C, que já atende com medicamentos genéricos. "Queremos aproveitar a força de vendas que temos nas farmácias", diz o presidente João Adibe. A nova divisão deve atingir 12% da produção do grupo, em Pouso Alegre (MG), que está sendo ampliada. Os investimentos são de cerca de R$ 20 milhões e devem levar o faturamento a R$ 420 milhões no final deste ano.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e PEDRO SOARES

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