domingo, julho 10, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

Passos é ‘honesto demais’ para os Transportes
O ministro interino dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, é “honesto demais” para substituir Alfredo Nascimento em definitivo, segundo admitiu a esta coluna um deputado que diz se opor à cúpula do Partido da República. Enciclopédia” do setor, ele conhece todas rodovias e pode citar detalhes de qualquer obra em curso. Mas não é da turma do ex-ministro Alfredo Nascimento no PR, o que o distancia do cargo.

Virtude
Passos também não é da turma de Valdemar Costa Neto (PR-SP), que pode ser condenado a um século de cadeia, no processo do mensalão.

Ingenuidade
No Ministério desde 1973, Paulo Passos virou secretário-executivo, a convite de Lula, para dar feição técnica aos acordos político-eleitorais.

Assim não dá
Casado com Rosa Passos, cantora, Passos é homem simples e, dizem os amigos, jamais compactuou com maracutaias. Por isso não serve.

Xadrez
A pergunta que se recusa a calar, no escândalo de corrupção do Ministério dos Transportes: afinal, o Luiz Pagot ou recebeu propina?

Desempenho da ECT continua ruim, diz estudo
O brigadeiro José Xavier, vice-presidente de Operações dos Correios, ajeitou a peruca e assinou a nota técnica 113/11 apresentando o Indicador de Desempenho Operacional (IDO), que conclui: continua feia a coisa na estatal que foi motivo de orgulho dos brasileiros. Metas de desempenho não foram atingidas e ainda se verifica uma qualidade no serviço interior aos níveis críticos do primeiro semestre de 2009.

Os campeões
O IDO dos Correios mostrou que o desempenho é melhor no Piauí, em Minas, Paraná e Brasília, ainda que representem “situação de atenção”.

Ovelha negra
Fiel “do contra”, Tereza Otília Casa, irmã da ex-primeira-dama Marisa Letícia, assessora em Brasília o deputado William Dib (PSDB-SP).

Triste fim
Apanhado em grampos ilegais para “furos”, o News of the World, maior tablóide do mundo, praticava um new journalism: o “in extremis”.

Sucessão
Deve estar subindo a “taxa de sucesso” nos bastidores do PR, com a raposa, ops, senador Alfredo Nascimento, escolhendo o próprio sucessor no galinheiro, ops, no Ministério dos Transportes.

Jatinho, nunca mais?
O governador Sergio Cabral prometeu nunca mais voar de jatinho de grande empresário. Na próxima de suas constantes viagens a Paris, ele será visto na fila de embarque do Galeão, como qualquer mortal?

Nem aí
A presidenta Dilma baixou decreto escalando doze ministros para trabalhar pelo êxito da conferência ambiental Rio+20, em 2012. Mas, na primeira reunião, só apareceram cinco. A próxima será no dia 8.

Truco ou troco do PT?
A resposta do PT ao seu envolvimento na ladroagem do DNIT será levantar os oito anos em que o ex-deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) foi ministro dos Transportes de FHC. Para os elaboradores do dossiê, a promiscuidade com os políticos começou exatamente nesse período.

Tô fora
Apesar da torcida do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), o ex-deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não aceitaria eventual convite para presidir a estatal de ferrovias Valec. Alega razões pessoais.

Pretérito Quase Perfeito
O embaixador do Brasil na República Dominicana, João Solano Carneiro, acaba de publicar o romance “Pretérito quase perfeito”, que pode ser adquirido pela internet (Amazon - Kindle store). Diplomata e músico admirado, ele é pai do ator Mateus Solano, da TV Globo.

Mãezinha querida
O defenestrado Alfredo Nascimento fez tudo para conquistar Dilma: na inauguração do empacado trecho da Transnordestina em Salgueiro (PE), agradeceu “a sutileza e ternura” da então ministra da Casa Civil.

Já vai tarde
O mexicano Humberto Leal Garcia Jr foi condenado à morte, nos EUA, por estuprar, esganar e matar uma garota de 16 anos. No Brasil, ele estaria livre em seis ou sete anos, graças à cumplicidade do “direito penal mínimo”. Ou sumiria num “saidão” de Natal ou do Dia das Mães.

Pensando bem...
...Blairo Maggi nos Transportes é soja...

Poder sem pudor
A mala de Aristóteles

Aristóteles Atheniense, um dos mais admirados juristas brasileiros, certa vez quase viu sua mala explodida, na Câmara dos Deputados, onde participou de um debate sobre nepotismo. Ele concedia entrevistas quando se deu conta de que perdera a mala, encontrada próximo a uma lixeira. Funcionários já haviam acionado a segurança do Congresso, suspeitando que a mala carregasse bombas. Por um triz, Aristóteles não viu sua maleta ser explodida com celulares, óculos e até a inseparável máquina fotográfica.

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