sexta-feira, junho 03, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Indústria têxtil tem maior queda de produtividade no país, diz Fiesp
MARIA CRISTINA FRIAS

FOLHA DE SÃO PAULO - 03/06/11
A produtividade da indústria brasileira sofreu queda em 13 setores da economia no primeiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2010, segundo estudo que será divulgado hoje pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A produção têxtil foi a mais afetada, com baixa de 13,8%, de acordo com a entidade, que avaliou 19 setores.
"É um setor que não consegue vender a produção, pois sofre muito com a concorrência dos importados", diz o coordenador da pesquisa, André Rebelo.
As indústrias de calçados e couro e de metalurgia básica também diminuíram sua produtividade, em 6,8% e 6,4%, respectivamente.
No trimestre analisado, as horas trabalhadas nas plantas industriais subiram 2,6%, enquanto a produção física cresceu 2,3%.
Com isso, a média da produtividade nacional caiu 0,2% no período, segundo o levantamento da Fiesp.
A reversão desse quadro não deverá acontecer neste trimestre, tampouco até o fim deste ano, segundo Rebelo.
"As medidas de contenção de demanda, como o aumento das dificuldades para obtenção de crédito, costumam fazer efeito após seis meses, o que deverá ocorrer no segundo semestre", diz.
Entre os setores que apresentaram aumento da produtividade no primeiro trimestre deste ano estão o madeireiro e o de refino de petróleo e álcool, com 12,5% e 9,7%, respectivamente.

PEQUENOS FRASCOS
A multinacional francesa SGD, especializada na fabricação de vidros para as indústrias farmacêutica e de perfumaria, vai investir R$ 70 milhões na fábrica em São Paulo.
A capacidade produtiva da empresa vai dobrar, de 1 milhão de unidades por dia para 2 milhões em 2012.
Com tecnologia importada da Alemanha e da Itália, a companhia vai fabricar embalagem "premium".
"Frascos como os usados por Chanel estarão disponíveis no mercado brasileiro", diz André Liberali, diretor-geral da SGD no Brasil.
Com o aumento da produção, a empresa prevê crescimento das vendas também para o mercado externo. "Venderemos para países que hoje compram dos EUA." A companhia já exporta para Argentina, Peru e Colômbia.
O faturamento mundial do grupo foi de 510 milhões no ano passado.
O mercado brasileiro representou 10% e a expectativa é dobrar a fatia em três anos, segundo Liberali.

CRÉDITO
A Agência de Fomento Paulista desembolsou R$ 61 milhões em crédito para pequenas e médias empresas de janeiro a abril deste ano.
No mesmo período do ano passado, foram aproximadamente R$ 49,5 milhões.
O volume total desembolsado pela instituição, desde que teve origem, em março de 2009, chegou a R$ 320 milhões até maio.
O setor de serviços, que registrou um crescimento de 14% nos primeiros quatro meses deste ano, tem hoje participação de 12% no total de crédito para financiamento oferecido pela agência.
A indústria tem 70,5% e o comércio, 12,5%. No setor público, as prefeituras do interior, a parcela é de 4,9%.

CAMINHO DAS ÍNDIAS
Os exportadores brasileiros do Sul terão mais uma rota para o mercado asiático.
Os armadores PIL, NYK, "K" Line e Hyundai farão a nova linha com escala no Portonave, terminal portuário de Navegantes (SC).
No Oriente, as embarcações da nova rota vão atracar nos portos de Ningbo, Xangai, Shenzhen, na China, além de Cingapura e Kelang, na Malásia.

Bebida... 

Coca-Cola Brasil e Walmart lançam em parceria projeto de gerenciamento da categoria de bebidas, para melhorar o fluxo de compra e aumentar a atratividade.

...com gás 

A loja Walmart Tamboré (SP) é a primeira a implementar a solução em fase de teste. Os resultados mostram aumento de 24% no volume de vendas e de 19% no faturamento de janeiro a março.

Inovação 
A Associação Brasileira de Biotecnologia prepara o mapeamento da biotecnologia brasileira, que será apresentado na BIO 2011, em Washington, no final do mês.

Contratação 
O ex-secretário municipal de Desenvolvimento do Rio de Janeiro Felipe Góes é o novo diretor-superintendente da São Carlos Empreendimentos, que administra imóveis comerciais.

CONTRA "BULLYING"

A ACE Seguradora lança no Brasil um seguro para escolas com cobertura para "bullying".
O produto, que fará parte do portfólio de responsabilidade civil profissional da empresa, oferece garantia de recebimento de indenização em caso de condenação por negligência em episódios que envolvem "bullying", desvio de documentos do aluno e violência.
"Instituições de ensino no país começam a demandar esse tipo de solução securitária", de acordo com Daniel Gonzales, da ACE.
O seguro, que poderá ser contratado por universidades, colégios, escolas de idiomas, de música e outros, oferece também cobertura para tratamentos psicológicos dos alunos vitimados, segundo a empresa.
As proteções abrangem perdas financeiras devido a eventos previstos em contrato, custas da defesa e gerenciamento de crise.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION

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