quarta-feira, fevereiro 23, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

“Se eu tivesse um cargo renunciaria e esfregaria isto na cara de vocês”
DITADOR MUAMMAR KADAFI, QUE LULA CHAMOU DE “AMIGO, IRMÃO E LÍDER”, EM 2009 NA LÍBIA

REFORMA POLÍTICA NÃO ANDA: É QUE FALTA CONSENSO 
O presidente do Senado, José Sarney, sonha com o legado de uma reforma política, por isso promoveu ontem o lançamento da comissão que tem 45 dias para estudar o tema. Mas ele sabe que são escassas as possibilidades de êxito, até porque não há consenso sobre aspectos importantes para uma reforma, como lista fechada de candidatos, voto distrital misto, tamanho de mandato e até extinção da Justiça Eleitoral, invenção brasileira considerada tão dispendiosa quanto desnecessária.

PRATELEIRA 
Na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, apesar do caráter terminativo, há 75 projetos de reforma parados por falta de consenso.

USOS E COSTUMES 
Na democracia brasileira, dependendo do escândalo, autoridades em geral só renunciam “a pedido”. Já na ditadura da Líbia...

ELE TEM A FORÇA 
Observação da turma de Lula em Brasília: a influência de Antonio Palocci (Casa Civil) é bem maior que a de José Dirceu na era Lula.

RECESSO 
O restaurante Piantella, de Brasília, um dos preferidos dos políticos, fechará para reforma em julho, por 20 dias.

TEMER LUTA PARA EVITAR A COMPANHIA DE CUNHA 
O vice Michel Temer já não sabe como se livrar do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aquele que “alugava” o sofá de sua casa, dia e noite, quando presidia a Câmara. Temer até criou uma segunda sala de espera, na vice-presidência, para manter Cunha a distância, mas não tem jeito: o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), que tem “passe livre”, sempre introduz o amigo no gabinete do vice-presidente.

DESGASTE 
A defesa dos interesses de Eduardo Cunha desgastou Henrique Alves junto à presidente Dilma. Ela também quer distância do deputado.

QUEM AVISA... 
Michel Temer sempre foi aconselhado pelo ex-presidente Lula a evitar a companhia de Eduardo Cunha, mas, tímido, jamais o conseguiu.

EVOLUÇÃO 
As críticas do chanceler Antônio Patriota ao ditador Gaddafi mostram que há algo de novo e animador, na condução da diplomacia brasileira.

NEGÓCIOS À PARTE 
Em nome de US$ 20 bilhões em negócios e de ideologia anacrônica, a diplomacia Lula-Celso Amorim hostilizou Israel, que é uma ilha de democracia na região, e se omitiu diante de ditaduras em países árabes. O ex-chanceler até ganhou medalha pelo feito.

LULA QUEM? 
Louco por pedra fundamental, Lula foi saudado nos jornais da Guiné, ontem, na cerimônia de reconstrução de ferrovia com apoio do Brasil, como “Loula Dasilva” e “Lula Dasylva”. E batalhou tanto pela África...

DISPUTA PELO DNPM 
Há uma briga de foice pela indicação do diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Uma federação de partidos, incluindo o PT, indicou Sergio Damaso. Seu rival é Claudio Scliar, mineiro do tipo radical, que não tem aval nem mesmo do PT-MG.

NÃO DEU CERTO 
Durante a vigência do contrato (já suspenso) de R$ 60 milhões anuais, entre o governo do DF e a empresa educacional Sangari, do argentino Jorge Werthein, caiu o desempenho dos alunos em exames nacionais. 

A PRAÇA E O BANCO 
Personagem do escândalo do mensalão, o banco BMG – alvo agora de ação de improbidade administrativa envolvendo Lula – acessou em 2006, ilegalmente, dados cadastrais de pensionistas, segundo o TCU. 

LEI NA LATA DO LIXO 
O candidato barrado Jáder Barbalho (PMDB-PA) tem dito que voltará triunfal ao Senado após a posse de Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal. Crê piamente que a Lei da Ficha Limpa irá para a lata do lixo.

O PREÇO COMPENSA 
O valor da conferência de Lula deveria seguir a máxima do ex-ministro Mario Henrique Simonsen sobre obras públicas: é mais barato pagar “comissão” para o ex-presidente não falar. Bom para ambas as partes. 

EXPERTISE 
Uma associação local de pizzaiolos chega em março ao Brasil para difundir a “verdadeira pizza napolitana”, informa a imprensa italiana. Já a verdadeira “pizza” brasileira é coisa nossa, conhecida mundialmente. 

KADAFI 51 
Taí uma boa ideia do bufão sanguinário da Líbia: “Morrerei como um mártir.” 

PODER SEM PUDOR
MENTIR É PRECISO 
Logo após propor um “choque de capitalismo” no Brasil, em discurso redigido por Jorge Serpa sob encomenda de Roberto Marinho, o candidato tucano a presidente em 1989, Mário Covas, foi a uma reunião com 21 capitães da indústria paulista para tentar obter apoio e doações. Falando de improviso, Covas atacou duramente a Zona Franca de Manaus. Um dos presentes, empresário da área, segredou ao então deputado José Serra:
– Sinceridade, assim, não é possível! Ele tem que mentir um pouco...

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