quinta-feira, janeiro 13, 2011

CLÁUDIO HUMBERTO

“Sim, eu o vi com meus olhos matar naquela manhã em Udine”
PIETRO MUTTI, CÚMPLICE DE CESARE BATTISTI, RELATANDO UM DOS CRIMES DO TERRORISTA

ITAMARATY ENROLA E NÃO CONDENA CENSURA NO IRà
O ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores) prometeu “tolerância zero” com países que não respeitam os direitos humanos, mas, já na primeira oportunidade de demonstrar isso, fez um exercício de embromação para não criticar abertamente a decisão do governo do Irã de declarar proscritos os livros de Paulo Coelho, escritor brasileiro que já vendeu mais de seis milhões de livros na terra dos aiatolás. 

EMBROMATION 
Há dois dias o Itamaraty repete a ladainha de que “está em contato com Teerã” para saber se foi censura a Paulo Coelho ou a seu editor.

EUFEMISMO MEDROSO 
Para o Itamaraty, o editor Arash Hejazi “parece ter problemas políticos com o governo do Irã”. Na verdade, ele sofre uma cruel perseguição. 

PERGUNTA NA CHUVA 
Quando a “mãe dos brasileiros” visitará os desabrigados no Rio e no Espírito Santo, amém?

PRIORIDADE 
O ex-presidente Lula se recusava a visitar áreas de desastres, naturais ou não. Temia vincular sua imagem a “notícias negativas”.

AMIGO DE SÉRGIO CABRAL EM APUROS NA JUSTIÇA 
O Ministério Público do Rio denunciou o empresário Arthur Cesar Soares Filho, dono do grupo Facility (maior fornecedor de mão de obra para o governo estadual, no Rio), por crime contra a ordem econômica. O “rei Arhur”, com quem seu grande amigo e governador Sergio Cabral se hospeda em Miami (EUA), tem contratos de terceirização superiores a R$ 1,5 bilhão. Ele está sujeito até a cinco anos de reclusão. 

LICITAÇÕES FRAUDADAS 
Arthur Cesar Spares Filho e seu sócio são acusados de ganhar licitações fraudulentas no Detran-RJ, que chegam a R$ 701 milhões.

REUNIÕES SECRETAS 
Segundo o Ministério Público, “rei Arthur”, o amigo de Sérgio Cabral, conspirava contra a lisura das licitações em “reuniões secretas”.

SEGREDO DE ESTADO 
Continua secreta a agenda do governador do Rio, Sérgio Cabral. Não estava ilhado, em casa. Como nas outras enchentes, viaja ao exterior.

NINGUÉM MERECE 
O País se livrou da droga de ex-ministro de Carlos Minc, aquele das passeatas em defesa da maconha, e ganhou um secretário Antidrogas (Pró-Drogas?), Pedro Abramovay, que prega o fim da punição para “pequenos traficantes”. Fernandinho Beira-Mar não faria diferente.

PÉ DE PATO, MANGALÔ 
Dias antes da chuvarada em São Paulo, o artista plástico Eduardo Cézar Sansin ligou para o cerimonial oferecendo ao prefeito Gilberto Kassab e ao governador Geraldo Alckmin sua obra Barcos Náufragos. 

AGORA VAI 
Heráclito Fortes (DEM-PI), que arruma as gavetas para deixar o Senado, resolveu mostrar serviço, firmeza, coragem e isenção: vai apurar “gastos excessivos” com passagens aéreas. 

RETALIAÇÃO NA POLÍCIA 
A direção da Polícia Civil do DF puniu a delegada Deborah Menezes, pela ousadia de finalmente desvendar o assassinato do ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, de sua mulher e a empregada. A delegada foi despachada para bem longe. Quem mandou cumprir o dever?

DIRETOR ELEITO 
O engenheiro Luiz Carlos Brant recebeu 78% dos votos dos servidores da Finep, a Financiadora de Estudos e Projetos, para o cargo de diretor-fucionário desse órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia.

CANJA DE TENOR 
No almoço do “Mosteiro”, há dias, o tenor brasileiro Thiago Arancam, do Scalla de Milão, interpretou uma ária de Turandot, de Puccini. Do nada. Talvez em tributo às magníficas empadas de José, dono da casa e pai do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. Foi ovacionado.

NOTÍCIAS DE SEMPRE 
Notícia de 2009: 3.605 desalojados no Estado do Rio de Janeiro; governo federal libera R$ 76 milhões para cidades atingidas. Abril de 2010: Cidade parada, caos, cem mortos. Ontem, 114 mortos só em Teresópolis.

PENSANDO BEM... 
os governantes pensam que é apenas histórico o nome Rio de Janeiro. 

PODER SEM PUDOR
TROCANDO AS BOLAS 
A presidente Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia, em 2004, quando numa solenidade chamou de “Eduardo Costa” o então ministro da Saúde Humberto Costa, hoje senador eleito, e tascou um “Humberto Campos”, ao se referir ao então ministro de Ciência e Tecnologia Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco. Ela se desculpou assim, cometendo outra gafe ao insinuar que eram dois folgados:
– Vocês têm que convir que trabalhei demais este ano...

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