sábado, dezembro 11, 2010

CLÁUDIO HUMBERTO

“Estado precisa cuidar dos pobres; ricos não precisam do Estado”
PRESIDENTE LULA AO LEMBRAR QUE OS MAIS POBRES GARANTIRAM O AUMENTO DO CONSUMO

RETALIAÇÃO: DEMITIDO CORONEL SOLIDÁRIO A MÉDICI 
Por “ordem superior”, a Escola de Comando do Estado Maior do Exército exonerou o coronel Paulo Dartagnan, encarregado de assistir Roberto Médici, convidado à cerimônia em que seu pai, ex-presidente Emílio Médici, foi patrono de turma na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), sábado. Roberto abandonou o palanque em sinal de protesto contra discurso do ministro Nelson Jobim e o coronel o seguiu.

MISSÃO CUMPRIDA 
Coronel da arma de Cavalaria, Paulo Dartagnan Marques de Amorim seguiu Roberto Médici porque era sua missão acompanhá-lo na Aman.

ENTERRANDO O PASSADO 
Em seu improviso, o ministro da Defesa exortou o Exército a “esquecer o passado”. Nenhum dos generais presentes o aplaudiu ou apoiou.

PROTESTOS 
Durante a semana, militares do Exército e até civis protestaram contra a “desfeita” à memória de Emílio Garrastazu Médici.

ESCONDE-ESCONDE 
Após o caso ser revelado nesta coluna, o Ministério da Defesa divulgou o discurso de Jobim excluindo o polêmico trecho de improviso. 

CID BRIGA COM PSB E PALOCCI O CHAMA A BRASÍLIA 
O governador do Ceará, Cid Gomes, abandonou o balanço anual com o secretariado e desembarcou em Brasília, ontem à tarde, convocado pelo futuro ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Era uma tentativa de conter a briga aberta com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB, que não indicou Ciro para qualquer cargo no governo Dilma. Cid e o irmão Ciro ameaçam trocar o PSB pelo PRB.

MINISTRO FRANÇA 
Eduardo Campos indicou o deputado Márcio França (PSB-SP) para a Secretaria de Portos, que Dilma havia reservado aos irmãos Gomes.

CONSOLAÇÃO 
Dilma admite nomear Ciro Gomes presidente do Banco do Nordeste ou indicá-lo representante do Brasil no BID, com sede em Washington.

CAPITANIA HEREDITÁRIA 
Cid e Ciro Gomes não querem abrir mão da Secretaria de Portos, que já controlam, através de um preposto, o ministro Pero Brito.

ESCÂNDALO PÕE PADILHA... 
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) foi o único na claque a não sorrir, enquanto Lula desfilava sua catilinária no factoide do PAC, quinta. Estava preocupado com o noticiário do dia seguinte.

...NO CAMINHO DE CASA 
Ofício de Alexandre Padilha ajudou a liberar R$ 3,1 milhões para uma ONG fantasma. A deixar-se enredar nas tramas de uma ex-assessora diabólica, a expressão “Vai pra casa, Padilha” pode se confirmar.

OPÇÃO PELA SOMBRA 
A deputada Marinha Raupp (RO) foi a primeira opção do PMDB para o cargo de ministra do Turismo, mas declinou. Não queria atrair holofotes para o processo do marido, senador Valdir Raupp (RO), no Supremo.

DEUS CASTIGA 
Cassado no TSE em agosto por infidelidade partidária – trocou o DEM pelo PP – o deputado Bispo Rodovalho (DF) presidiu ontem a sessão da Câmara em homenagem ao Dia da Bíblia. Citado no escândalo recente de verbas para ONGs, estava em oportuna viagem ao exterior. 

MAIS PORQUINHOS 
Antes de viajar, Lula recebeu em despacho, talvez o último, seus “três porquinhos”: ministros Luiz Dulci, Márcia Lopes (Desenvolvimento Social), irmã de Gilberto Carvalho, e Samuel Guimarães, o maluquete.

ZONA DE PERIGO 
Na cerimônia de sagração de dom Raymundo Assis no Vaticano, o senador José Sarney (PMDB) viajou com um segurança da presidência da República e respectivas diárias e passagens. De graça, só a hóstia.

SEM CASTANHAS 
O Ministério Público do Piauí ficará sem gratificação de desempenho, adicional de férias e gratificação natalina, que o Conselho Nacional do MP considerou ilegal. Só comprará peru quem entrou na Justiça.

GELO SECO 
Bastou Lula se “emocionar” com a “libertação” da iraniana Sakineh – avisado pelo assessor top-top Marco Aurélio Garcia – “essa mulher” como disse o presidente, voltou ao cadafalso. Por que não se calam? 

PENSANDO BEM...
...Lula saiu em defesa do WikiLeaks porque é líquido. Se fosse sólido...

PODER SEM PUDOR 
PROFESSOR ALOPRADO 
Líder do governo na Câmara, Professor Luizinho adentrava o plenário, certo dia, esbaforido, quando uma jovem repórter se dirigiu a ele:
– Como mestre e líder, gostaria que o senhor me dissesse didaticamente o que está ocorrendo nesta Casa...
Formado em matemática na Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Pires (SP), o deputado abandonou a “cátedra” e escafedeu-se. 

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