quarta-feira, novembro 24, 2010

CLÁUDIO HUMBERTO

“Ainda estou meio nervoso, quase sem palavras”
RODRIGO ALMEIDA, RECENSEADOR APÓS ENTREVISTAR A PRESIDENTE DILMA PARA O CENSO

PORTOS PODEM SER PRIVATIZADOS NA MÃO GRANDE 
Utilizando-se de uma brecha malandra, empresas poderosas tentam privatizar os portos públicos no Brasil. A brecha foi aberta pelo governo, ao permitir portos privativos de grandes empresas, mas elas passaram a burlar a norma que limita a operação, preponderantemente, aos próprios produtos. E agora tentam, na mão grande, atuar como portos comuns, sem licitação, nem pagar pela concessão de terminais. Uma delas é a Odebrecht, sócia do governo de Dubai na Embraport.

TCU EM XEQUE 
O lobby das empresas proprietárias de portos privativos conta com a curiosa simpatia de dois ministros do Tribunal de Contas da União.

DENÚNCIA FORMAL 
A tentativa de privatizar os portos foi denunciada pela Federação Nacional dos Portuários ao TCU, que ainda não decidiu o caso.

PRESSÃO GRANDE 
A maior pressão para privatizar portos é da Odebrecht, dona da empresa Embraport em sociedade com o governo de Dubai.

BAIANADA 
Para alívio da baiana Odebrecht, o ministro baiano Aroldo Cedraz, do TCU, pediu vista do processo antes que fosse derrotado no plenário.

SENADO: DILMA E PMDB QUEREM SARNEY REELEITO 
A presidente Dilma Rousseff torce pela reeleição de José Sarney na presidência do Senado, cuja experiência seria fundamental para a tranquilidade do seu governo. “Não tem outro”, tem dito ela, em conversas sobre o assunto. O problema é o próprio Sarney, que resiste à idéia. Ele chegou a antecipar para esta coluna a decisão de não concorrer mais ao cargo: “Já dei a minha contribuição”, afirmou.

O LÍDER APOIA 
O líder do PMDB, Renan Calheiros, o mais influente “eleitor” na escolha do presidente do Senado, também defende a reeleição de José Sarney. 

ELA NÃO SE METE 
Dilma quer a reeleição de José Sarney, mas decidiu não se meter no assunto. Prefere que os próprios senadores aliados decidam o assunto.

SÍRIO LIBANÊS 
A conversa reservada da presidenta Dilma com três médicos em São Paulo, sábado, foi no Hospital Sírio Libanês e não no Albert Einstein.

SEM CHAMAR PELO NOME 
Parte da imprensa carioca denomina de “ações” os ataques criminosos à população do Rio, assim como substituiu criminalidade por “violência” e acabou com as favelas na cidade rebatizando-as de “comunidades”.

A FORÇA DA ESPUMA 
Quando foi acionada há dois anos para ajudar no combate ao crime no DF, cuja Polícia Militar reúne quase 16 mil homens, a Força Nacional de Segurança enviou duzentos. Não foi nada, não foi nada, não foi nada mesmo. E ainda custou uma fortuna aos cofres públicos.

FARRA IMPARÁVEL 
Servidores que trabalham apenas pela manhã lotam o estacionamento do Senado, à tarde, quando sabem que haverá sessão extraordinária. Assinam o ponto e vão embora, garantindo o “extra” no final do mês.

PANOS QUENTES E... 
O Itamaraty passou o dia, ontem, tentando pôr panos quentes na notícia do jornal Clarín, de que o embaixador do Brasil, Enio Cordeiro, teria sido destratado por um aspone da presidenta Cristina Kirchner.

...COVARDIA EXPLÍCITA 
Em julho de 2008, o embaixador do Brasil em Telaviv, Pedro Motta Pinto Coelho, foi destratado pela imigração israelense, que barrara sua filha que o visitava. Na ocasião, o Itamaraty se fingiu de morto.

BEATLEMANÍACOS 
O ex-presidente FHC foi ao show de Paul McCartney no Morumbi, ocupando um dos camarotes com alguns poucos amigos, entre os quais o ex-governador José Serra.

ANAC É TÃO BOAZINHA... 
Empresas aéreas praticam estelionato há anos, vendendo lugares que não existem em seus aviões. Pegam a grana do cliente trouxa e não entregam a mercadoria. Em vez de meter essa gente na cadeia, a Anac apenas pediu deles o “compromisso” de evitar o overbooking.

DESRESPEITO 
A Sony, do Parkshopping, vendeu em Brasília uma televisão de 52 polegadas com defeito, mas só admitiu isso ontem, quase dois meses depois. Ainda pediu mais vinte dias para realizar a troca.

HOMENAGEM 
O jornalista Cláudio Lessa já prevê o surgimento de algum petista jurando que Paul McCartney prestou homenagem a Dilma, ao cantar... “Lady Mandona”. 

PODER SEM PUDOR
MEMÓRIA DE ELEITOR BEBUM 
Na campanha de 1998, o delegado Onofre de Moraes era candidato a deputado distrital, em Brasília, quando um colega policial disse que havia arranjado um eleitor para ele, no bar da esquina. Diante do homem, que estava bêbado, Onofre tentou um exercício para que ele se lembrasse em quem ia votar:
– Você vai votar no... o... o...
O homem gritou:
– ...O... O... Oriz!
Referia-se, claro, ao governador Joaquim Roriz, que venceria a eleição.

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