terça-feira, maio 25, 2010

CLÁUDIO HUMBERTO

“O outro é feio demais e, pelo visto, não tem muita sorte”
DEPUTADO CÂNDIDO VACAREZZA (PT-SP), SOBRE O ADVERSÁRIO DE DILMA ROUSSEFF, JOSÉ SERRA

LOBISTAS TENTAM INFLUIR EM ESCOLHA PARA O CADE 
Foi deflagrada uma guerra no submundo do lobby, em Brasília, pela indicação do futuro presidente do Cade, o poderoso Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do Ministério da Justiça. O Cade pode, por exemplo, vetar fusões de grandes empresas, a pretexto de impedir concentração ou monopólio, daí o seu poder. Informado de que sua atuação não agrada ao governo Lula, o atual presidente do Cade, Arthur Badin, desistiu da reeleição. Seu mandato termina em setembro. 

LIGAÇÕES PERIGOSAS
Os lobistas que gravitam em torno do Cade, oficialmente, têm ligações com grandes escritórios de advocacia do ramo de fusões e aquisições. 

SABATINA NO SENADO 
Após ser indicado pelo presidente da República, o futuro presidente do Cade precisa ainda ser submetido à sabatina, no Senado. 

OS ELEITORES 
Os ex-ministros da Justiça Márcio Thomaz Bastos (que propôs Badin) e Tarso Genro já têm pencas de candidatos à presidência do Cade.

ROSSO NÃO QUER
Ao presidente do PMDB-DF, deputado Tadeu Filippelli, o governador Rogério Rosso negou mais uma vez a tentação de disputar a reeleição.

EM CARTA A LULA, ENTIDADE ATACA DIRETORIA DA ECT
Os Correios estão no fundo do poço e o governo atual ficará conhecido por promover ou permitir seu 
desmantelamento. A advertência, em carta a Lula, é do presidente da Associação dos Profissionais de Níveis Superior, Técnico e Médio da ECT (ADCAP), Luiz Alberto 
Menezes Barreto. “O menor pecado que a ela pode ser atribuído é o da omissão”, diz, responsabilizando a diretoria pela decadência da ECT.

ATRASOS E QUEIXAS
Na carta a Lula, a ADCAP confirma que cartas e encomendas já não são entregues pela ECT no prazo, gerando queixas e indenizações.

HOSTILIDADE 
O descrédito dos Correios faz os carteiros, antes tão valorizados, hoje serem “hostilizados nas ruas”, diz a carta do dirigente sindical a Lula.

CLIMA DE COPA
A embaixada da Inglaterra em Brasília comemora no dia 8 o aniversário da rainha. O traje sugerido é camisa da seleção do país do convidado.

EMPATE TÉCNICO NO DF 
Empacaram as negociações para a aliança PT-PMDB no DF: petistas exigem que os peemedebistas “limpem” o palanque de seus políticos que guardem proximidade da Operação Caixa de Pandora. O PMDB topa, desde que o PT mantenha seus próprios mensaleiros em casa.

REUNIÃO PARAGUAIA 
O governo do Paraguai vende ilusões sobre o “aumento” dos valores pagos pelo Brasil em razão de Itaipu. O site do governo informa que o tema será “discutido e votado” amanhã, na Comissão de Finanças da nossa Câmara dos Deputados. Lorota. Nem sequer está na pauta.

COMITIVA REAL
A candidata do PT Dilma Rousseff, que retornou ontem de seu passeio a Nova York, levou uma comitiva numerosa de assessores. Levou até a cabeleireira, hospedando-a também no caríssimo hotel Four Seasons.

COMO UM MONARCA
Quando governador de São Paulo, José Serra levava um assessor, em suas viagens internacionais, cuja tarefa era servir a sua excelência, até em jantares reservados, os remédios que toma com regularidade.

CARECA, 52 
Faleceu há dias na Argentina, em desastre de moto, o banqueiro Luís Alberto Rodrigues, 52, o “Careca”, ex-Garantia. Acredita-se que era homem de 1 bilhão de dólares. Deixou viúva e filhos pequenos.

SENADOR MICHEL 
Brizolista histórico, signatário da Carta de Lisboa, Georges Michel foi indicado primeiro suplente de Cristovam Buarque (PDT-DF) para o Senado. Mas só depois que o PT avisou que nem mesmo a indicação de um petista para o posto faria a “cumpanharada” votar em Buarque.

CAMPANHA PIRATA 
Autoridades investigam uma rádio pirata de Brasília usada no Uniceub para fazer propaganda eleitoral do presidente do Diretório Central dos Estudantes, Kaká Guimarães, candidato a deputado distrital pelo PV.

AUTOCRÍTICA IMPROVÁVEL
Se o presidente Lula fosse chegado a livros, ficaria meio constrangido com o seu Bolsa Família lendo, de G. Clark, Um adeus às esmolas: breve história econômica do mundo (Editora Bizâncio, Lisboa).

MP DA VAIDADE
Está na Câmara a MP que muda de “secretário” para “ministro” os titulares de Portos, Mulheres e Direitos Humanos. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo. 

PODER SEM PUDOR
OLHA QUEM VEM
AÍ Então governador paulista, Geraldo Alckmin tranquilizou o seu secretário de Educação, Gabriel Chalita: ele não seria candidato a prefeito, mas poderia disputar o governo de São Paulo, em 2006. Produzindo livros em série (mais de 37), Chalita ganhou espaço no anedotário: percorria o interior pregando uma certa “pedagogia do amor”, e encerrava as palestras, invariavelmente, cantando A noite do meu bem, de Dolores Duran.

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