domingo, fevereiro 21, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Brasileiras perdem contrato para chinesas


Folha de S. Paulo - 21/02/2010

Desonerações tributárias para equipamentos importados prejudicaram a indústria nacional de máquinas, segundo a Abimaq (associação que reúne os fabricantes).
Em dezembro passado, o governo editou a medida provisória nº 472, que reduziu encargos de produtos importados para a indústria petrolífera nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Três empresas associadas à entidade participaram da concorrência para fornecer descarregador de barcaça para a Companhia Docas de Sergipe, mas perderam a compra porque não conseguiram igualar o preço ao de outra companhia, segundo a Abimaq. A empresa vendia o produto fabricado na China por um preço que era aproximadamente 30% menor, segundo Luiz Aubert Neto, presidente da associação.
O contrato era de cerca de R$ 10 milhões.
Aubert Neto diz que fabricantes nacionais, apesar de terem capacidade de produção, enfrentarão problemas para oferecer equipamentos para novas plantas.
"A indústria brasileira tem condições de oferecer cerca de 80% das máquinas e equipamentos que serão demandadas nessas refinarias", afirma.
"Nosso único problema é [igualar] preço", confirma Walter Lapietra, empresário do setor, ligado à Abimaq.
A Petrobras, por meio da sua assessoria de imprensa, informa que inclui em seus contratos de grandes equipamentos e projetos, como refinarias, navios, sondas de perfuração e plataformas, no mínimo, 65% de conteúdo nacional.
Já estão em andamento as licitações para a refinaria de Pernambuco e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

A indústria brasileira tem condições de oferecer cerca de 80% das máquinas e equipamentos que serão demandadas nessas refinarias
LUIZ AUBERT NETO
presidente da Abimaq

Direito GV é tema de livro

A Direito GV acaba de lançar um livro comemorativo dos dez anos da criação da escola. A obra "Construção de um Sonho" (editora FGV, 430 págs.), do vice-diretor Antonio Angarita (coordenação), relata a história da faculdade, cujo projeto começou em 1999.
Entre as qualidades que distinguem a faculdade, o diretor Ary Oswaldo Mattos Filho destaca a exigência de tempo integral para professores e alunos.
Docentes que trabalham em escritórios de advocacia dão apenas oficinas.
A possibilidade de estudantes fazerem um semestre em faculdades no exterior e a metodologia de ensino empregada, com maior participação do aluno, são outras iniciativas bem-sucedidas, segundo Mattos Filho.
E o que é preciso para ser um bom advogado?
"Ter conhecimentos adequados à realidade brasileira; ser propositivo e aprender a linguagem, não apenas a do direito. O aluno vai trabalhar com outros profissionais [de áreas diferentes da sua]", diz.

DE CASA NOVA
A Loducca.MPM, agência que resultou da fusão entre as marcas Loducca e MPM, do Grupo ABC, começou a operar oficialmente após o Carnaval, em nova sede em São Paulo. A união das duas agências de perfis diferentes não gerou conflitos culturais, segundo o publicitário Celso Loducca. "São complementares. A MPM tem visão mais institucional, a Loducca, mais de consumo", diz. Para a integração entre as equipes, foram demitidos 30 funcionários e contratados outros dez. "Otimizamos o trabalho e juntamos departamentos. Já conseguimos fundir toda a parte de TI e a inteligência." A antiga Loducca possuía 11 clientes, a atual agência tem 21. A expectativa é que a agência feche 2010 com quase R$ 1 bilhão em compra de mídia.

COELHO DA PÁSCOA
As indústrias de chocolates inovam e apostam em produtos de Páscoa diferenciados neste ano. As novidades vão de ovos com brinquedos a ovos recheados.

SURPRESAS
A Village investiu em produtos com brinquedos dentro dos ovos de Páscoa. "O maior mercado é o do público infantil e adolescente. Está sempre crescendo", disse Reinaldo Bertagnon, diretor de vendas da Village.

MAIS CACAU
A Kopenhagen irá colocar nas prateleiras desta Páscoa chocolates com alto teor de substâncias antioxidantes. "A tendência é ovos com maior concentração de cacau", diz Renata Vichi, vice-presidente do grupo CRM.

RECHEADOS
A Cacau Show vai investir neste ano nos produtos "premium". "Vamos apostar nos ovos recheados", disse Stefenson Soalheiro, executivo da empresa.

com
JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VERENA FORNETTI

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