terça-feira, novembro 03, 2009

TODA MÍDIA

Mais do que dizem

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 03/11/09


Com o aniversário amanhã da eleição de Obama, a "Economist" avalia que "ele alcançou mais do que dizem seus críticos, mas o melhor ainda está por vir". Em meses, da saúde ao Irã, "a América e o mundo vão começar a ver se ele pode ou não pode". No texto "mais popular" do "Wall Street Journal", na mesma direção, um levantamento das "pequenas mudanças" que já assinou em lei, de novos direitos trabalhistas a maior proteção a mulheres e homossexuais.
Quanto à economia, ontem na manchete on-line do "WSJ", a indústria voltou a crescer nos EUA. No "New York Times", a Ford alcançou um lucro inesperado nos EUA, o primeiro em quatro anos.


HALLOWEEN
Nouriel Roubini, no "Financial Times", atacou ontem a política dos EUA que cria a bolha emergente e previu estouro. E foi para a balada "pós Halloween" com Oliver Stone, de "Wall Street 2"

"SUPER-HOT"
Sob o título "Preocupação em desenvolvimento", a coluna de aplicações do "WSJ" abriu a semana alertando para escapar dos "superquentes fundos de ações emergentes". Porém, "se você estiver especulando, é outra história". E sob o título "Emergentes levam a bolha de títulos" o "China Daily" publicou reportagem da Reuters alertando para o risco no Brasil e na própria China.
Por outro lado, o "Financial Times" destacou avaliação da maior empresa de publicidade do mundo, a WPP, de que o mundo passa por uma recuperação "LUV" ou "love" -em L na Europa, U nos EUA e V nos Brics.

O MAIOR ÊXITO DE OBAMA
Em editorial, o "Washington Post" saudou Thomas Shannon pelo "maior êxito diplomático de Obama", o acordo em Honduras, e cobrou dos republicanos sua aprovação como embaixador no Brasil.
Já o "NYT", cauteloso sobre o acordo, destacou o efeito das sanções e da própria crise política sobre a economia de Honduras, que "ainda aguarda a cura".

IMAGEM
"Brasil Econômico" e iG destacaram levantamento da Imagem Corporativa, mostrando que 85% das reportagens sobre o país no exterior foram positivas, no terceiro trimestre, em notícias como o acordo militar com França ou o golpe em Honduras.

SUPERPOTÊNCIA
O "Cornell Daily Sun", do campus da universidade nos EUA, destacou a palestra "Brasil como potência?", de Leslie Armijo, para quem o país será "a primeira superpotência da América Latina" e "logo teremos duas superpotências no hemisfério".

ALIBABA E A CLASSE C
O site chinês Alibaba.com postou e, entre outros, o americano Seeking Alpha ecoou longa análise sobre a "crescente classe média" do Brasil, onde as pessoas já "pressionam por mais voz", mas o fenômeno "não é uma cura para todos os males sociais".
Ouve uma faxineira brasileira, o brasilianista Thomas Skidmore, um especialista do Council on Foreign Relations e um investidor da BlackRock.

AO SUPREMO
Gary Duffy, da BBC, reportou a persistência da diferença racial no Brasil e a resistência às "cotas". Diz que o STF vai decidir no ano que vem

O DESPERTAR
A AP despachou da Bolívia sobre o "Despertar político dos índios" latino-americanos que "tumultua" a região, Brasil inclusive

MILHÕES
Foi destaque na escalada do "Jornal Nacional". No "SPTV", "a cidade se agita com a Marcha para Jesus". Foi assim também por sites e portais.
Ao fundo, o Radar postou dias atrás que a Renascer, que faz a marcha, "está praticamente fechada com Serra", e a Universal, que participa, "vai de Dilma".

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