sexta-feira, julho 17, 2009

BRASÍLIA - DF

Ciro ataca novamente

Correio Braziliense - 17/07/2009

No encontro com o governador de Minas, Aécio Neves, ontem, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PSB), deputado mais votado do país, atirou de novo nos políticos paulistas. Depois de rasgados elogios ao tucano mineiro, criticou o PT e o PSDB pela histórica confrontação entre ambos em São Paulo. E, de quebra, detonou os aliados do PMDB, o maior partido do país.


Segundo Ciro, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o PT de São Paulo negou diálogo e obrigou o PSDB, com o pretexto da governabilidade, a se aliar “ao Brasil fisiológico, o Brasil que a gente não respeita” (leia-se o PMDB). Depois, Ciro completou: quando o PT chegou ao poder, o PSDB de São Paulo levou os tucanos à oposição radical e o Governo Lula foi obrigado “a confraternizar com os mesmos setores que estavam lá provocando essa âncora que não deixa o Brasil acelerar o seu passo em relação ao progresso” (novamente, leia-se PMDB).

No sal


Pelo menos 200 dos 2.800 comissionados nos gabinetes do Senado, assessores contratados pelos senadores fora do quadro efetivo, foram volatilizados pela revogação dos atos secretos do ex-diretor-geral Agaciel Maia. A polêmica decisão do presidente do Senado, José Sarney, revogou nomeações e exonerações aleatoriamente.

Irrigação


O Vale do São Francisco, com 120 mil hectares irrigados, já é responsável por 42% das exportações de frutas do país, negócio que movimenta US$ 800 milhões por ano. A região responde por 97% das uvas e 95% das mangas vendidas ao exterior. E emprega 240 mil pessoas.

Balanço



O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (foto), do
PMDB-SP, fez um piquenique na sombra do senador José Sarney
(PMDB-AP), que vive seus piores momentos. Graças à interpretação regimental que restringiu o trancamento da pauta da Câmara por medidas provisórias, conseguiu tirar a Casa do foco da crise ética e aprovar 124 matérias em plenário, sendo 93 após 5 de maio, dia em que a nova norma foi colocada em prática.

Pé frio



Foi erro de avaliação a ida do governador de São Paulo, José Serra (foto), do PSDB, ao Mineirão, a convite de Aécio Neves, para assistir à final da Taça Libertadores da América.
O Cruzeiro perdeu por 2 x 1 em casa para o Estudiantes, da Argentina. Seria melhor ter ido ao Maracanã para assistir à vitória do Palmeiras sobre o Flamengo por 2 x 1, mesmo sem convite do governador Sérgio Cabral (PMDB), que é vascaíno. Caso secasse o Verdão, a galera rubro-negra agradeceria.

Gavião


A Polícia Federal está operando, em caráter experimental, um avião não tripulado equipado com potentes binóculos e visão noturna para patrulhar a Tríplice Fronteira no Sul. De fabricação israelense, o aparelho tem 10 metros de envergadura, autonomia para voar durante 20 horas e está sendo testado no Paraná. Mais dois aparelhos serão adquiridos para monitorar as demais regiões de fronteira do país por controle remoto.

Torneira


Na Rocinha, lata d’água na cabeça só existe no samba famoso dos esquecidos Luís Antônio e J. Júnior. A maior e mais famosa favela do Brasil tem 90,6% de seus becos e vielas abastecidos pela rede oficial, segundo censo realizado pela Casa Civil do governo do Rio de Janeiro. Com 38.029 imóveis e 100.818 habitantes, somente 7,5% dos logradouros da Rocinha permitem acesso a automóveis.


Baldeação/Mão Santa (PMDB-PI) sonda os partidos de oposição em busca de uma vaga de candidato ao Senado para concorrer à reeleição. Teme perder a legenda por decisão da cúpula do PMDB, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Diariamente, o peemedebista espinafra o governo Lula.

Estaleiro/Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Wellington Roberto (PR-PB) foi obrigado a acompanhar pela TV Câmara a aprovação de seu parecer pelo Congresso Nacional. O deputado sofreu uma crise de hérnia de disco na segunda-feira e foi impedido de viajar a Brasília para negociar os pontos polêmicos da LDO. Quem tratou do assunto foi o deputado João Leão (PP-BA), no papel de relator ad hoc.

Balão/O senador Flávio Arns (PT) é nome no bolso do colete da oposição para suceder José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado, caso o peemedebista jogue a toalha. A proposta do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) aos dissidentes do PT tinha a intenção de rachar a base governista, mas até agora não colou.

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