sexta-feira, setembro 12, 2014

PT se fortalece como o partido dos grotões - EDITORIAL O GLOBO

O GLOBO - 12/09

Ganhando ou não, o partido terá de repensar propostas, para escapar da imagem da legenda apenas dos pobres, mal instruídos e moradores de cidades pequenas



O cenário trazido pela última pesquisa do Datafolha não é, na essência, grande novidade. A candidata à reeleição, Dilma Rousseff, é forte no Norte e Nordeste, enquanto a oposição domina grandes espaços no Sudeste e Sul, onde se encontram os estados mais ricos. Mesmo que o fator Marina tenha surgido como raio em céu azul, a preferência do eleitorado segue esta tendência, que se firma em relação ao PT desde que o partido, por meio de Lula, chegou ao Planalto pela primeira vez, em 2003.

Mesmo que Marina Silva tenha herdado a legenda do PSB de Eduardo Campos e, instantaneamente, tornado sua chapa muito competitiva na corrida presidencial, Dilma se mantém, até agora, imbatível no Nordeste (48% dos eleitores contra 31% de Marina) e Norte (48% a 32%). O quadro é outro no Sudeste, onde está a maioria do eleitorado, e em que há um empate em 36%.

Pernambuco é emblemático do espaço petista no Nordeste. Terra de Eduardo Campos, governador bem avaliado pela população, o estado acolheu sem dificuldades Marina, e a ela 45% dão seu voto. Mas Dilma, ainda assim, recebe 38% da preferência do eleitorado pernambucano.

A perda de espaço do PT no Sudeste tem como símbolo a dificuldade da legenda no estado mais rico da federação. O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, um dos “postes” de Lula, está com 8%, e o tucano Geraldo Alckmin continua a se reeleger no primeiro turno. Dilma ficou em 26% e Marina, 40%. O partido enfrenta dificuldades históricas na região em que foi fundado.

Esta última pesquisa, analisada por meio dos aspectos da escolaridade, renda e local de moradia dos eleitores, segundo o porte de suas cidades, revela que o PT se sustenta em pessoas de baixa formação escolar, residentes no interior, em cidades de até 50 mil habitantes. Não por acaso, o estado de São Paulo foge deste perfil: tem população escolarizada, renda média alta e congrega cidades maiores.

O PT, portanto, reproduz a trajetória de partidos que também ficaram longo período no poder. Incluindo Arena e, depois, PDS, legendas de sustentação dos generais. Quando começaram a voltar as eleições diretas, os partidos da ditadura só ganhavam no Nordeste, no Norte, nos grotões. Daí o Pacote de Abril, baixado por Ernesto Geisel em 1977, ter criado os “senadores biônicos" e inflado o número de representantes dos estados menos populosos. Onde o regime vencia.

O mesmo fenômeno ocorreu com o PSDB, nos tempos de Planalto. O poder do Executivo federal é tamanho na distribuição de recursos para estados e municípios, e no assistencialismo, que a população dessas regiões, dependente de bolsas, é sempre governista. Por isso são petistas.

Disso tudo resta um dever de casa para o PT: ganhando ou não, o partido terá de repensar propostas, para escapar da imagem da legenda apenas dos pobres, mal instruídos, dos grotões do país. Ou ficará irrelevante à medida que o país se desenvolver.

Inflação para o novo governo - EDITORIAL O ESTADÃO

O ESTADO DE S.PAULO - 12/09


A alta de preços continuará infernizando os brasileiros ainda por um bom tempo, pelo menos até a metade do mandato do próximo governo, segundo os dirigentes do Banco Central (BC). A má notícia foi embrulhada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Esse comitê é responsável pela defesa do poder de compra do dinheirinho de cada família. De acordo com o relatório, a inflação continuará acima da meta no próximo ano e poderá em 2016 convergir para o alvo, de 4,5%, A previsão inclui, como condições, a manutenção dos juros básicos no nível atual, de 11%, e alguma melhora nas contas do governo.

Se alguém quiser uma indicação mais segura de quando a inflação anual chegará a 4,5%, terá de ser paciente e continuar esperando a boa notícia. Cautelosamente, os autores da ata evitaram chegar a esse detalhe. Segundo eles, o começo da "trajetória de convergência" será nos "trimestres iniciais" de 2016. Mencionados assim, no plural, devem ser os dois primeiros trimestres. Mas o texto aponta só o provável início da convergência. O final permanece como um mistério. Os otimistas podem imaginá-lo em 2016.

Pouco mudou no panorama da inflação, segundo a ata, embora a taxa prevista para este ano seja agora menor que a estimada na reunião anterior do Copom, no meio de julho. Também os economistas do mercado cortaram suas previsões para 2014 - de 6,48% para 6,27%, no período coberto pelo relatório. A perspectiva, apesar dessa pequena mudança, continua ruim. Se houve algum sucesso no combate à elevação de preços, foi muito limitado. Os dirigentes do BC permanecem à espera de efeitos mais sensíveis da alta de juros. Essa expectativa tem sido citada há muito tempo, nas atas divulgadas oito dias depois de cada reunião.

A inflação, de acordo com o texto, continua alimentada basicamente pelos mesmos fatores. O aumento de salários continua superando, neste ano, os ganhos de produtividade. Além de pressionar os custos de produção, esse descompasso ainda contribui para manter a demanda à frente da oferta de bens e serviços, desequilibrando os preços. Esse desajuste é também sustentado pelo aumento do crédito, embora mais moderado que nos anos anteriores, e pelo desarranjo das contas públicas. Este ponto é tratado, como de costume, com boas maneiras.

Os autores da ata voltam a mencionar a importância de resultados melhores das contas públicas para o combate à inflação e para a criação de expectativas econômicas mais favoráveis. É uma forma polida de lembrar ao Executivo a necessidade de melhor gestão de receitas e despesas do Tesouro. Mas o documento vai além da polidez. Novamente, como tem feito há muitos meses, a ata menciona a expectativa de um avanço das contas públicas "para a zona de neutralidade". Nessa zona, por enquanto meramente imaginária, a gastança federal estaria controlada e deixaria de contribuir para o aumento de preços.

Não se sabe se a presidente Dilma Rousseff tem lido as atas de reuniões do Copom. Se ler, provavelmente gostará dessa passagem, assim como demonstrou ter gostado da redução dos juros, iniciada no fim de agosto de 2011. Foi uma decisão perfeitamente de acordo com seu discurso político. Essa redução foi lamentavelmente interrompida em 2013. A interrupção ocorreu porque a inflação continuou elevada e com risco de atingir níveis bem mais altos. Naquele momento, em abril do ano passado, a imagem do BC teria descido a níveis historicamente baixos, se o Copom se mantivesse empenhado em cumprir a promessa da presidente de reduzir os juros. Um BC totalmente sem credibilidade seria um desastre a mais para uma economia já desarranjada.

O comentário mais otimista da nova ata veio enrolado: "As taxas de crescimento da absorção interna e do PIB se alinharam" e a economia deve expandir-se menos que em 2013. Traduzindo: com a estagnação econômica, o desajuste entre a demanda interna e a produção tende a diminuir. Com isso, as pressões inflacionárias devem arrefecer. Pode ser. Por enquanto, a economia continua em marcha lenta e a inflação permanece elevada e com sinais de aceleração. É cedo para ser otimista.

Um ataque inusitado à autonomia formal do BC - EDITORIAL VALOR ECONÔMICO

VALOR ECONÔMICO - 12/09

A campanha eleitoral tomou rumos inusitados desde que Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, mostrou-se com potencial para destronar o PT do poder. Uma discussão esotérica - a autonomia institucional do Banco Central - concentra por dias a fio a atenção e a agenda dos candidatos e promete ir longe. O tema é importante, mas colocado na linha de frente dos palanques, produziu mais calor que luz e um festival de bobagens.

Os marqueteiros da presidente Dilma Rousseff não entraram na discussão para esclarecer, mas para confundir - e atacar. Criaram uma peça de rara desonestidade em que, no final, pérfidos banqueiros, que tomaram naturalmente o Banco Central autônomo, roubam a comida da mesa do pobre cidadão brasileiro - adverte-se que podem fazer outros males, como produzir desemprego, queda dos salários etc.

Mas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff mantiveram relações amistosas com a banca, um dos principais financiadores de suas campanhas. O objetivo das peças eleitorais na verdade nada tinha a ver com a proposta de autonomia formal do BC. Visavam deter no desespero a ascensão da candidata do PSB, que tem como conselheira Neca Setubal, herdeira do banco Itaú, associando a imagem de Marina à da parcela mais rica e aristocrática da elite nacional.

Talvez a escolha do tema de ataque tenha surpreendido Marina. Ela não concordava com a proposta que acabou fazendo porque o ex-cabeça de chapa, Eduardo Campos, tinha se comprometido com a bandeira antes de morrer. E também porque nos governos petistas, em especial nos dois primeiros mandatos de Lula, o banqueiro Henrique Meirelles comandou o BC e dispôs de invejável carta branca. Chegou a ganhar status de ministro, livrando-se da subordinação hierárquica à Fazenda. Um governo petista usando bancos como espantalho não combina com o passado.

Setores do PT, e até mesmo do PSDB, sempre torceram o nariz para a autonomia formal do BC. A proposta é polêmica e há bons argumentos contrários e favoráveis a ela. A discussão é complexa. Há modelos diferentes, mas basicamente a autonomia em lei visa evitar interferências políticas na condução da política monetária, com mandatos fixos não coincidentes para os membros do BC, regras para sua destituição, escolha etc.

Um dos pontos fundamentais é que as metas e os objetivos que o BC autônomo perseguirá, à sua maneira, são determinadas fora dele, pelo Executivo com ou sem aval do Congresso. É o Executivo também que deve indicar os escolhidos para o cargo, que serão examinados e aprovados (ou não) pelo Congresso. Da mesma forma, a meta de inflação, ou de crescimento, ou ambas, podem ser fixadas pelo Executivo, ao passo que a prestação de contas costuma ser periódica e é feita ao Congresso. Assim, para que haja um festim de banqueiros com as merendas tiradas da mesa do povo na sede de um novo BC autônomo, como mostra a propaganda petista, é preciso que tudo isso seja feito com o expresso consentimento dos representantes desse mesmo povo.

Tudo isso a presidente Dilma e boa parte dos petistas sabem. Perplexa diante do golpe baixo, Marina Silva sacou uma "bolsa banqueiro" de duvidoso calibre para revidar. Talvez por não se sentir à vontade com uma ideia que não era sua, ela evitou desmontar os argumentos indigentes contra ela apresentados. E exagerou na argumentação, ao sugerir que o país não volta a crescer e os investimentos a se revigorar se a autonomia do BC não virar lei. Mesmos os liberais tucanos não deram prioridade ao assunto - ele não tem apelo eleitoral.

O governo Lula deu-se bem com os banqueiros, que lucraram para valer em seu governo, porque sua política econômica permitiu que milhões de pessoas que nunca haviam tomado crédito batessem às portas dos bancos. E, supondo-se que não gostasse deles, teria de ser amistoso, porque os bancos detinham boa parte da dívida mobiliária federal interna de R$ 623 bilhões, quando Lula assumiu o poder em 2003, e de mais de R$ 1,6 trilhão, quando o deixou no fim de 2010. A presidente Dilma tentou derrubar os juros, mas errou no método, aumentando ao mesmo tempo as dívidas e reduzindo a economia necessária para pagá-las. Os juros voltaram a ser o que eram antes dela chegar ao Planalto. E uma forma de ganhar alguma autonomia em relação aos bancos é não precisar tanto deles.


Dilma sai pela tangente - EDITORIAL GAZETA DO POVO - PR

GAZETA DO POVO - PR - 12/09


Declarações da presidente sobre o novo escândalo da Petrobras não levam a lugar nenhum


A presidente Dilma Rousseff ainda está prospectando as razões pelas quais andam falando tão mal da Petrobras. Disse ela, em sabatina do jornal O Estado de S.Paulo: “Eu não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da empresa”, referindo-se ao bilionário esquema de propina denunciado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. Seu alegado desconhecimento se refere ao suposto esquema que agora é manchete de todos os jornais, mas coincide também com os anos em que a estatal petrolífera brasileira deixou de garantir a autossuficiência na produção de óleo, tão festejada no início do governo Lula, e se envolveu em negócios desastrosos. Dilma, no entanto, não via anormalidades na empresa – nem técnicas, nem administrativas, nem morais.

Nesse período de decadência, em todos os mencionados sentidos, que no conjunto levaram à perda substancial de valor da Petrobras, Dilma sucessivamente foi ministra de Minas e Energia (pasta à qual a petrolífera está vinculada), ministra-chefe da Casa Civil da Presidência, presidente do Conselho de Administração da Petrobras e, finalmente, presidente da República. Mas “não tinha a menor ideia” do que ocorria dentro da empresa.

Claro que não se deve exigir da ocupante daqueles altos postos que conheça minúcias do que ocorre nas entranhas da administração pública. Mas é doloroso ter de admitir que essa ausência de cuidados se tenha estendido à mais estratégica das estatais nacionais – fonte de riqueza incomensurável, detentora de grande potencial de crescimento e, sobretudo, instrumento de garantia e de promoção do desenvolvimento de um país ainda tão carente na exploração de insumos energéticos.

Confrontada, porém, com dados revelados pela imprensa, Dilma preferiu sair-se por uma confortável tangente. Disse ela, na mesma entrevista: “Não quero dar à imprensa um caráter que ela não tem perante as leis brasileiras. A imprensa não tem nenhum foro inequívoco para dizer para mim se uma pessoa é corrupta ou não. Quem vai falar isso para mim é quem investiga, quem tem as provas”. Tem razão a presidente: a imprensa não é a Justiça, mas apresenta fatos que, mais lentamente que o desejável, são depois confirmados por “quem investiga”. Logo, não nos parece razoável o desmerecimento que Dilma Rousseff devota ao papel da imprensa livre – que agora está também no foco de “quem investiga” para se descobrir quem vazou dados colhidos pela Polícia Federal e que não foram desmentidos por “quem investiga”. O esforço por desvendar o vazamento, inclusive, parece tão ou mais intenso que a ânsia por descobrir os detalhes do esquema denunciado por Costa.

A presidente diz estar ainda à espera de dados oficiais para opinar e tomar providências em relação aos supostos desvios na Petrobras – atitude que não deixa de configurar uma contradição em termos, pois, se não são “oficiais” as informações da imprensa, não precisaria esperar que viessem à tona pela via de “quem investiga”. Bastaria-lhe a repetição do mantra com o verbo no presente: “não sei de nada”. Felizmente, preferiu reconhecer uma fumaça de bom conteúdo no que a imprensa já publicou, a ponto de afirmar que “tudo indica que houve” algo de muito errado na Petrobras.

Mas o entorno dessa frase esconde uma profunda contradição. “Se houve alguma coisa [na Petrobras], e tudo indica que houve, eu posso garantir que todas as sangrias que eventualmente pudessem existir estão estancadas”, disse Dilma. É no mínimo curiosa a afirmação: se ela não sabia, e se ainda não sabe (porque não lhe chegaram informações “oficiais”), como ela pode ter certeza absoluta de que as sangrias já foram estancadas? Será essa a única informação oficial que ela deve ter recebido? A de que acabaram com as sangrias, mas não lhe disseram quais eram, nem quem seriam os responsáveis?

É tudo muito surreal.

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Os partidos perderam o vínculo com a sociedade”
Marina Silva, candidata do PSB, prometendo inaugurar no Brasil ‘uma nova política’



JOAQUIM DECIDE GANHAR A VIDA COMO PALESTRANTE

Ministro aposentado no Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa resolveu fixar residência em Brasília. Alugou apartamento na Asa Sul e fechou acordo com empresa agenciadora para faturar com palestras. Não pretende advogar, mas a amigos admite elaborar pareceres em sua área, Direito Público. Tampouco planeja ingresso na política, apesar de boas chances de eleger-se senador pelo DF, em 2018.

ESTREIA DIA 19

A estreia de Joaquim Barbosa como palestrante profissional será na Unisul, universidade em Tubarão (SC), no próximo dia 19.

CACHÊ SECRETO

Joaquim vai falar em Tubarão sobre “O Poder e a Ética no Brasil atual”. Mas a Unisul não revela o cachê que o ministro aposentado receberá.

LIDERANÇA

Alvo de baixarias na TV, Renan Filho (PMDB) segue liderando com folga (43% x 26% de Biu, do PP) a disputa pelo governo de Alagoas.

ESPETACULAR

Armando (PTB), que já posava de governador, anda insone com a virada: Paulo Câmara (PSB) pulou de 13% para 39% em um mês.

EMPREITEIRAS BANCAM CAMPANHA AO GOVERNO DO DF

As empreiteiras financiam fortemente os candidatos a governador, no Distrito Federal. José Roberto Arruda (PR) teve R$ 1 milhão da UTC, enrolada na Lava Jato, e R$ 1,8 milhão da Toyo. Agnelo Queiroz, candidato à reeleição pelo PT, recebeu R$ 2,4 milhões da Andrade Gutierrez, que construiu o Estádio Mané Garrincha, R$ 1,65 milhão da OAS e R$ 1,69 milhão da Via, Odebrecht e Serveng.

SÓ CAPITALISTAS

No DF, o candidato ao governo Rollemberg (PSB) recebeu R$ 369,5 mil do grupo JBS Friboi e R$ 350 mil de Guilherme Leal, dono da Natura.

BANQUEIRA AMIGA

Antonio Reguffe (PDT-DF), que mais parece candidato a canonização e não a senador, recebeu doação generosa da banqueira Neca Setúbal.

IMOBILIÁRIAS

Suspeito de beneficiar imobiliárias, quando secretário no DF, Geraldo Magela (PT) teve doações de duas delas: City Engenharia e Premier.

ESTRANHA ‘DOAÇÃO’

Na prestação de contas do partido à Justiça Eleitoral, Eduardo Campos aparece como doador de R$ 2,5 milhões, em espécie, ao Comitê Financeiro Nacional do PSB, quando já estava morto, em 14 de agosto. O dinheiro foi retirado da sua conta pessoal de campanha.

VANGUARDA DO ATRASO

O Itamaraty resolveu impedir o acesso dos funcionários ao Facebook. Os diplomatas costumam visitar páginas oficiais de outros países para ter acesso a notícias que nem sempre aparecem na mídia tradicional.

TRÂNSITO LIVRE

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, responsável pela compra da refinaria de Pasadena, era figura frequente em gabinetes de senadores ilustres do PT e PMDB, inclusive na presidência da Casa.

LUGAR AO SOL

Há políticos que, de fato, não temem a delação premiada de Paulo Roberto Costa e vão madrugar na CPMI da Petrobras, quarta-feira (17). Estão loucos por cinco minutos de fama.

NÃO DÁ IDEIA...

Com senadores de sorrisos amarelos ou à beira de ataque de nervos, após a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, o Senado aderiu à campanha de prevenção ao suicídio, iluminando a cúpula de amarelo.

MEMÓRIA CURTA

Ao rever Helena Chagas num comício em Jales (SP), há dias, Dilma a abraçou fervorosamente. Parece esquecida da grosseria de demitir a ex-ministra pela imprensa. Os amigos de Helena não esquecem.

OLHO EM 2018

Ex-goleiro do São Paulo e do Sport do Recife e prefeito de Hidrolândia atualmente, Paulo Sérgio de Rezende (“Paulinho”) lançou o governador goiano Marconi Perillo (PSDB) para presidente da República, em 2018.

CÁLICE

A onda gerada pela candidatura de Marina Silva silenciou no PT o antigo movimento “volta, Lula”. A três dias do prazo limite para substituir candidatos, lulistas se recusam até a tocar no assunto.

QUEDA LIVRE

As pesquisas mostram o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT-RJ) em queda livre para o Senado. Mais um pouco e terá votação negativa.


PODER SEM PUDOR

VIVA EU!

Paulo Maluf fazia campanha para presidente, em 1989, quando chegou a Imperatriz (MA). No comício, o prefeito foi só bajulação. No meio do discurso, resolveu pedir "uma salva de palmas" para o candidato. Foi atendido. Mas ficou tão animado com o resultado que não resistiu:

- Agora, quero pedir uma salva de palmas toda especial, carregada de carinho e emoção, para David Alves da Silvaaaa!!!

David Alves da Silva era o próprio.