ZERO HORA - 28/08
Da série “Morro e não vejo tudo”: 165 mil pessoas de mais de 120 países se inscreveram para participar do programa de assentamento em Marte, projeto elaborado pela organização holandesa Mars One. Os brasileiros estão em terceiro lugar em número de inscritos: 8.686 – perdem apenas para americanos e chineses. No próximo sábado, encerram-se as inscrições.
A empresa pretende desembarcar quatro voluntários em 2023, e depois novos cosmonautas a cada dois anos, a um custo de US$ 6 bilhões, parte financiada por um reality show sobre os primeiros anos de existência da colônia. Idade mínima: 18. Taxa de inscrição: de US$ 5 a US$ 75, dependendo da nacionalidade do cidadão, que deve enviar também um vídeo de um minuto falando sobre os motivos de querer viver em Marte para sempre.
Um minuto de motivos? Cronometre aí.
“Desatentos” que continuam jogando lixo na rua – multa para todos, não só para os cariocas. O custo de vida. Fraudes em licitações. Corrupção em todos os setores da sociedade. A demora em concluir obras. A péssima qualidade dos serviços públicos. Gente levando tiro dentro de hospital. Crianças sendo violentadas por parentes. Policiais envolvidos em crimes. Irresponsáveis dirigindo a 150 km/h. Fanáticos religiosos. Impostos que são verdadeiros assaltos.
Burocracia que impede a agilidade de novos negócios. Calçadas em péssimas condições. Estradas que ficam intransitáveis aos primeiros cinco minutos de chuva. Irregularidades em contratos. Violência urbana sem controle. Professores mal pagos. Funcionários mal treinados. Ruas sem placas de identificação. Tornozeleiras eletrônicas que não funcionam. Enchentes a cada temporal. O quê? Já passou um minuto?
Nem deu tempo de falar do que acontece fora do Brasil, como utilização de armas químicas na Síria, os índices de mortalidade na África, o fundamentalismo islâmico, a recessão europeia etc. etc.
E tem ainda as crises pessoais. O que não falta por aí são pessoas desmotivadas, devendo dinheiro, administrando fracassos, sem perspectiva de crescimento, amargando dores de cotovelo, entediados com a vida, aborrecidos crônicos, sem fé no futuro. A oportunidade de em 10 anos partirem em uma expedição inédita e eternizarem seu nome através de um projeto sem precedentes na história da humanidade daria a eles um sentido pra vida. Colonizar Marte – e com cobertura da imprensa!
A viagem durará alguns meses. A espaçonave é estreita. De alimentação, apenas produtos liofilizados e enlatados. Banho, só com toalha úmida. Desistir no meio do caminho está fora de cogitação. Pedir para descer, nem pensar. E a passagem é só de ida.
Ainda assim, 165 mil pessoas se inscreveram, o que me faz chegar a duas conclusões: que a vida na Terra, definitivamente, não está para brincadeira. E que Marte deve ter wifi grátis.
quarta-feira, agosto 28, 2013
Um mundo transparente - ROBERTO DaMATTA
O Estado de S.Paulo - 28/08
Li uma vez uma lenda na qual se contava o seguinte:
Um gênio descobriu o poder da comunicação pelo pensamento. No início, foi uma delícia poder falar sem sons - sem gemidos, lágrimas, sussurros e sorrisos. Como no cinema mudo, as pessoas exultavam com o fato de comunicar-se pelo cérebro. Bastava pensar numa pessoa e, pronto! - fazia-se o contato. Mas logo os homens, com sua habitual incongruência e, como disse Machado de Assis, sua sistemática ingratidão, ficaram infelizes. Pois descobriram o vazio do silêncio (que só existe quando há barulho) e viram como ele era não apenas grato, mas essencial. Se não era fácil viver num mundo ruidoso, no qual os sentimentos e as palavras de ordem superavam a compreensão, não era fácil viver num universo no qual a comunicação era radical, completa e transparente. Pois, com o pensamento, nada ficava oculto, nada permanecia escondido e os mal-entendidos que inventam os ódios e os amores; a fé que produz os milagres e os poemas; os primitivos "acho que você não me entendeu..."; os selvagens "mas essa não era minha intenção..."; os rústicos "eu sempre quis te dizer isso, mas teu marido estava por perto..."; e os contratos desapareceram.
O pensamento - invisível e inaudível, sinuoso, permanente, incontrolável e invasivo como uma enchente - tornava a compreensão entre os seres humanos um ato absoluto. E, justamente por isso, ele impedia tudo, principalmente os sentimentos. Os primeiros a serem liquidados foram atos fundamentais: o fingir, o disfarçar e o mentir. E, sem poder mentir, houve uma tal sinceridade que a individualidade, com suas escolhas e seus planos essencialmente secretos; as paixões, com suas fúrias, inibições e gozos; e as esperanças, com suas expectativas, desvaneceram-se. E assim muita gente se matou, especialmente no governo, nas igrejas e na universidade. Muitos isolaram-se em casas com paredes de chumbo que, descobriu-se, tornavam fracas as ondas mentais, diminuindo, mas infelizmente não impedindo, a telepatia e a tragicomédia de um entendimento total, completo e absoluto.
Em poucos anos, o drama que é justamente o que jaz eternamente entre o dito e o não dito; o que fica encerrado dentro de cada qual sem ruído ou palavra; ou o que se transforma em silêncio ou suspiro reprimido, tornou-se coisa do passado, e as pessoas ficaram muito amargas e tristes porque não havia mais a distinção entre o manifesto e o oculto, de modo que a comédia e o riso ficaram escassos. E, sem riso e comédia, sumiram igualmente as lágrimas e o choro, pois não havia mais o que se poderia exprimir além dos pensamentos. Ou melhor, sem as palavras e os seus sons, não havia mais a vontade de exprimir sentimentos, os quais dependiam exatamente das palavras, pois, como se sabe, nenhuma sentença verbal ou canto traduz uma amizade, um desejo, um perdão, uma bênção, um ódio ou uma esperança. Sem sons, o ato de dar, de receber e de retribuir palavras, músicas, brindes, beijos e presentes sumiu. As descontinuidades entre os sons foram suprimidas pelas continuidades dos pensamentos, o que fez com que a humanidade fosse atingida por um enorme silêncio, pois ninguém precisava produzir sons para implorar, dar, perdoar, perguntar, discutir, rir, protestar ou jogar conversa fora. Viviam todos num silêncio profundo lançando mensagens telepáticas uns aos outros e, quando souberam que seus ancestrais usavam da fala para a comunicação, ficaram intrigados e com inveja. Foram ouvir o mar e os ventos cujos sons lhes pareceram encantadores.
Como todas as portas humanas, a novidade da telepatia também trouxe seus problemas, pois o pensamento decorria de línguas naturais que eram variadas, mas que, com a evolução da comunicação pelo pensamento, perderam seus lastros, suas concretudes e suas diferenças. Agora ninguém podia dizer aquilo que só poderia ser dito em inglês, alemão, russo, português, tupi ou chinês. A universalização absoluta do telepático produziu uma perda irreparável nos modos de dizer porque o pensamento puro se fazia numa só língua: uma espécie de Esperanto que juntava todos os idiomas vivos e mortos, antigos e modernos, mas que não era língua nenhuma. Dizem que a partir da telepatia, a poesia, a literatura, a música e os mitos acabaram.
E os homens, como sempre, arrependeram-se e pediram de volta as suas línguas antigas que permitiam o milagre das compreensões sempre incompreendidas. Mas era tarde demais....
Li uma vez uma lenda na qual se contava o seguinte:
Um gênio descobriu o poder da comunicação pelo pensamento. No início, foi uma delícia poder falar sem sons - sem gemidos, lágrimas, sussurros e sorrisos. Como no cinema mudo, as pessoas exultavam com o fato de comunicar-se pelo cérebro. Bastava pensar numa pessoa e, pronto! - fazia-se o contato. Mas logo os homens, com sua habitual incongruência e, como disse Machado de Assis, sua sistemática ingratidão, ficaram infelizes. Pois descobriram o vazio do silêncio (que só existe quando há barulho) e viram como ele era não apenas grato, mas essencial. Se não era fácil viver num mundo ruidoso, no qual os sentimentos e as palavras de ordem superavam a compreensão, não era fácil viver num universo no qual a comunicação era radical, completa e transparente. Pois, com o pensamento, nada ficava oculto, nada permanecia escondido e os mal-entendidos que inventam os ódios e os amores; a fé que produz os milagres e os poemas; os primitivos "acho que você não me entendeu..."; os selvagens "mas essa não era minha intenção..."; os rústicos "eu sempre quis te dizer isso, mas teu marido estava por perto..."; e os contratos desapareceram.
O pensamento - invisível e inaudível, sinuoso, permanente, incontrolável e invasivo como uma enchente - tornava a compreensão entre os seres humanos um ato absoluto. E, justamente por isso, ele impedia tudo, principalmente os sentimentos. Os primeiros a serem liquidados foram atos fundamentais: o fingir, o disfarçar e o mentir. E, sem poder mentir, houve uma tal sinceridade que a individualidade, com suas escolhas e seus planos essencialmente secretos; as paixões, com suas fúrias, inibições e gozos; e as esperanças, com suas expectativas, desvaneceram-se. E assim muita gente se matou, especialmente no governo, nas igrejas e na universidade. Muitos isolaram-se em casas com paredes de chumbo que, descobriu-se, tornavam fracas as ondas mentais, diminuindo, mas infelizmente não impedindo, a telepatia e a tragicomédia de um entendimento total, completo e absoluto.
Em poucos anos, o drama que é justamente o que jaz eternamente entre o dito e o não dito; o que fica encerrado dentro de cada qual sem ruído ou palavra; ou o que se transforma em silêncio ou suspiro reprimido, tornou-se coisa do passado, e as pessoas ficaram muito amargas e tristes porque não havia mais a distinção entre o manifesto e o oculto, de modo que a comédia e o riso ficaram escassos. E, sem riso e comédia, sumiram igualmente as lágrimas e o choro, pois não havia mais o que se poderia exprimir além dos pensamentos. Ou melhor, sem as palavras e os seus sons, não havia mais a vontade de exprimir sentimentos, os quais dependiam exatamente das palavras, pois, como se sabe, nenhuma sentença verbal ou canto traduz uma amizade, um desejo, um perdão, uma bênção, um ódio ou uma esperança. Sem sons, o ato de dar, de receber e de retribuir palavras, músicas, brindes, beijos e presentes sumiu. As descontinuidades entre os sons foram suprimidas pelas continuidades dos pensamentos, o que fez com que a humanidade fosse atingida por um enorme silêncio, pois ninguém precisava produzir sons para implorar, dar, perdoar, perguntar, discutir, rir, protestar ou jogar conversa fora. Viviam todos num silêncio profundo lançando mensagens telepáticas uns aos outros e, quando souberam que seus ancestrais usavam da fala para a comunicação, ficaram intrigados e com inveja. Foram ouvir o mar e os ventos cujos sons lhes pareceram encantadores.
Como todas as portas humanas, a novidade da telepatia também trouxe seus problemas, pois o pensamento decorria de línguas naturais que eram variadas, mas que, com a evolução da comunicação pelo pensamento, perderam seus lastros, suas concretudes e suas diferenças. Agora ninguém podia dizer aquilo que só poderia ser dito em inglês, alemão, russo, português, tupi ou chinês. A universalização absoluta do telepático produziu uma perda irreparável nos modos de dizer porque o pensamento puro se fazia numa só língua: uma espécie de Esperanto que juntava todos os idiomas vivos e mortos, antigos e modernos, mas que não era língua nenhuma. Dizem que a partir da telepatia, a poesia, a literatura, a música e os mitos acabaram.
E os homens, como sempre, arrependeram-se e pediram de volta as suas línguas antigas que permitiam o milagre das compreensões sempre incompreendidas. Mas era tarde demais....
Bolas no nariz - RUY CASTRO
FOLHA DE SP - 28/08
RIO DE JANEIRO - Se você sempre admirou aquela frase, "Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja" --sim, é o começo de "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa--, e se imaginou reescrevendo o livro a partir daí com suas próprias palavras, saiba que isso logo será possível. É só o Brasil adotar a nova plataforma da Amazon, a Kindle Words, pela qual os fãs de um livro terão o direito de imiscuir-se nele e se apoderar de seus personagens, podendo até vender sua "criação", aliás chamada de "fan fiction".
Para que o autor original ou seus herdeiros não fiquem aborrecidos ou se sintam roubados, a Amazon pensou em tudo. Por um valor xis, o autor ou herdeiros terão "licenciado" o livro para quem quiser meter-lhe o bedelho --e esta será uma maneira de ganhar algum dinheiro com literatura, já que, pelo que a Amazon decidiu, os royalties dos escritores deixarão de existir. No novo mundo digital, o direito de apropriar-se, copiar, reproduzir, parodiar e negociar textos alheios estará assegurado.
Segundo os ideólogos dessa pirataria, a receita de um escritor não virá mais dos livros que ele vender, mas do que estes lhe renderão em aparições pessoais, palestras, programas de TV, mesas-redondas na Flip e "produtos associados" --por exemplo, o escritor só dará entrevistas usando um boné do Gatorade ou do Fosfosol, sendo pago por isso. Autores capazes de equilibrar bolas no nariz levarão vantagem sobre os gagos, os com língua presa ou qualquer dificuldade para falar em público e que prefeririam ficar em casa, quietinhos, escrevendo.
Enfim, é o futuro. O mesmo que os compositores de música popular, que não têm saúde ou disposição para fazer shows, já estão vivendo. Se não cantarem para uma plateia ao vivo, não comerão.
Por via das dúvidas, vou começar a treinar as bolas no nariz.
RIO DE JANEIRO - Se você sempre admirou aquela frase, "Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja" --sim, é o começo de "Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa--, e se imaginou reescrevendo o livro a partir daí com suas próprias palavras, saiba que isso logo será possível. É só o Brasil adotar a nova plataforma da Amazon, a Kindle Words, pela qual os fãs de um livro terão o direito de imiscuir-se nele e se apoderar de seus personagens, podendo até vender sua "criação", aliás chamada de "fan fiction".
Para que o autor original ou seus herdeiros não fiquem aborrecidos ou se sintam roubados, a Amazon pensou em tudo. Por um valor xis, o autor ou herdeiros terão "licenciado" o livro para quem quiser meter-lhe o bedelho --e esta será uma maneira de ganhar algum dinheiro com literatura, já que, pelo que a Amazon decidiu, os royalties dos escritores deixarão de existir. No novo mundo digital, o direito de apropriar-se, copiar, reproduzir, parodiar e negociar textos alheios estará assegurado.
Segundo os ideólogos dessa pirataria, a receita de um escritor não virá mais dos livros que ele vender, mas do que estes lhe renderão em aparições pessoais, palestras, programas de TV, mesas-redondas na Flip e "produtos associados" --por exemplo, o escritor só dará entrevistas usando um boné do Gatorade ou do Fosfosol, sendo pago por isso. Autores capazes de equilibrar bolas no nariz levarão vantagem sobre os gagos, os com língua presa ou qualquer dificuldade para falar em público e que prefeririam ficar em casa, quietinhos, escrevendo.
Enfim, é o futuro. O mesmo que os compositores de música popular, que não têm saúde ou disposição para fazer shows, já estão vivendo. Se não cantarem para uma plateia ao vivo, não comerão.
Por via das dúvidas, vou começar a treinar as bolas no nariz.
Uma forma de censura - ZUENIR VENTURA
O GLOBO 28/08
Censura de natureza artística é constitucionalmente vedada sob qualquer disfarce. E a exigência de permissão prévia está criando um ‘balcão de negócios de valores vultosos’
Como não sou biógrafo e nem pretendo ser, não é em causa própria que defendo a liberdade de um escritor contar a história de uma personalidade pública — político, artista, jogador de futebol, cientista — sem autorização prévia dele ou de seus familiares quando ele não está mais aqui. É o que se faz nas grandes democracias. Só na nossa é que vigora a “biografia autorizada”, um artifício legal que confere ao biografado ou a seus herdeiros o poder de decidir o que deve ou não chegar ao leitor. Assim, no país que lutou tanto para abolir a censura do Estado, pratica-se nos livros a censura privada, já que, como diz o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito, liberdade de expressão é “antes de tudo liberdade de informação”, e a ela tem direito todo cidadão. Alega-se que é para resguardar a intimidade alheia. Tudo bem, mas essa dispensa de consentimento antecipado não concede ao autor imunidade, não o isenta de responsabilidade em casos de informações falsas ou ofensivas à honra. Não se trata de um liberou geral. O que se quer evitar é a proliferação da prática perniciosa de busca e apreensão, ou seja, o recolhimento compulsório de obras literárias para impedir o acesso de terceiros. Essa restrição caracteriza-se como censura, e censura de natureza artística é constitucionalmente vedada sob qualquer disfarce. Outro efeito nocivo é que a exigência de permissão prévia está criando um “balcão de negócios de valores vultosos”, conforme denúncia dos editores de livros, que há anos vêm se movimentando por meio de seu sindicato para derrubar o que consideram ser uma “ditadura da biografia chapa-branca”.
Eles estão lutando em duas frentes: uma no Congresso, onde tramita um projeto propondo a modificação do artigo 20 do Código Civil, que permite a apreensão de biografias não autorizadas. A outra, no STF, no qual ingressaram com uma ação direta de inconstitucionalidade do tal artigo, com o objetivo de acabar com a necessidade de autorização prévia. Afinal, a Constituição de 1988 garante, junto com a liberdade de imprensa e de expressão, o direito à informação. Com pedido de liminar, a ação foi distribuída à ministra Cármen Lúcia, abrindo uma perspectiva de luz no fim do túnel. Por sua sensatez, ela costuma ser chamada de “Carmen lúcida”.
Censura de natureza artística é constitucionalmente vedada sob qualquer disfarce. E a exigência de permissão prévia está criando um ‘balcão de negócios de valores vultosos’
Como não sou biógrafo e nem pretendo ser, não é em causa própria que defendo a liberdade de um escritor contar a história de uma personalidade pública — político, artista, jogador de futebol, cientista — sem autorização prévia dele ou de seus familiares quando ele não está mais aqui. É o que se faz nas grandes democracias. Só na nossa é que vigora a “biografia autorizada”, um artifício legal que confere ao biografado ou a seus herdeiros o poder de decidir o que deve ou não chegar ao leitor. Assim, no país que lutou tanto para abolir a censura do Estado, pratica-se nos livros a censura privada, já que, como diz o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ayres Brito, liberdade de expressão é “antes de tudo liberdade de informação”, e a ela tem direito todo cidadão. Alega-se que é para resguardar a intimidade alheia. Tudo bem, mas essa dispensa de consentimento antecipado não concede ao autor imunidade, não o isenta de responsabilidade em casos de informações falsas ou ofensivas à honra. Não se trata de um liberou geral. O que se quer evitar é a proliferação da prática perniciosa de busca e apreensão, ou seja, o recolhimento compulsório de obras literárias para impedir o acesso de terceiros. Essa restrição caracteriza-se como censura, e censura de natureza artística é constitucionalmente vedada sob qualquer disfarce. Outro efeito nocivo é que a exigência de permissão prévia está criando um “balcão de negócios de valores vultosos”, conforme denúncia dos editores de livros, que há anos vêm se movimentando por meio de seu sindicato para derrubar o que consideram ser uma “ditadura da biografia chapa-branca”.
Eles estão lutando em duas frentes: uma no Congresso, onde tramita um projeto propondo a modificação do artigo 20 do Código Civil, que permite a apreensão de biografias não autorizadas. A outra, no STF, no qual ingressaram com uma ação direta de inconstitucionalidade do tal artigo, com o objetivo de acabar com a necessidade de autorização prévia. Afinal, a Constituição de 1988 garante, junto com a liberdade de imprensa e de expressão, o direito à informação. Com pedido de liminar, a ação foi distribuída à ministra Cármen Lúcia, abrindo uma perspectiva de luz no fim do túnel. Por sua sensatez, ela costuma ser chamada de “Carmen lúcida”.
Desde o início, uma história mal contada - LUÍZ AUGUSTO DE CASTRO NEVES
O ESTADÃO - 28/08
A fuga do senador boliviano Roger Pinto da Embaixada do Brasil em La Paz e uma história mal contada. O que poderia ser um incidente localizado custou o cargo do chanceler Antonio Patriota. Eram três os atores com capacidade decisória envolvidos no caso: o governo boliviano, o Itamaraty e o encarregado de negócios da embaixada na Bolívia, Eduardo Saboia.
A reação inicial de La Paz foi de cautela e moderação. Seus ministros ressaltaram a importância do Brasil como principal parceiro da Bolívia, destacando que o ocorrido não deveria afetar as relações bilaterais.
Saboia assegurou que "o governo boliviano deu sinais de que não atrapalharia". A imprensa publicou declarações atribuídas a integrantes do governo de Dilma Rousseff, segundo as quais foram as autoridades de La Paz que sugeriram a retirada de Pinto da embaixada e a viagem por terra ao Brasil.
Questionado se havia tido autorização do Itamaraty, Saboia desconversou, mencionando que não precisava de autorização para tomar decisões emergenciais. O Itamaraty anunciou que estava examinando o assunto e adiantou que "tomará as medidas administrativas e disciplinares cabíveis", uma advertência implícita à ação de seu encarregado de negócios em La Paz. Sentindo-se alvo das tais medidas, Saboia resolveu botar a boca no trombone e revelou os detalhes da operação, que contou com a participação de fuzileiros navais brasileiros.
Ao chegar a Corumbá, já estavam à espera do senador o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, policiais federais, médicos e um jato executivo para levar o boliviano a Brasília. Custa crer que tamanho aparato logístico foi fruto de uma decisão solitária do chefe interino da embaixada.
Diz-se que Dilma só foi informada dos fatos quando o senador já estava no Brasil. Irritada, ela aceitou o pedido de demissão do chanceler que será designado para representar o Brasil na ONU, em Nova York, um dos postos mais cobiçados do Itamaraty. Se confirmado. Patriota trocará de lugar com o chanceler já anunciado, Luiz Alberto Figueiredo.
Resta saber o que acontecerá com Saboia, que ficou com a batata quente nas mãos. O Itamaraty não parece ter sido feliz nas bizarras operações em que se meteu (ou foi metido) nos últimos anos, como a invasão da embaixada em Tegucigalpa pelo presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o confuso episódio que levou à suspensão do Paraguai do Mercosul e permitiu o ingresso da Venezuela no bloco.
A fuga do senador boliviano Roger Pinto da Embaixada do Brasil em La Paz e uma história mal contada. O que poderia ser um incidente localizado custou o cargo do chanceler Antonio Patriota. Eram três os atores com capacidade decisória envolvidos no caso: o governo boliviano, o Itamaraty e o encarregado de negócios da embaixada na Bolívia, Eduardo Saboia.
A reação inicial de La Paz foi de cautela e moderação. Seus ministros ressaltaram a importância do Brasil como principal parceiro da Bolívia, destacando que o ocorrido não deveria afetar as relações bilaterais.
Saboia assegurou que "o governo boliviano deu sinais de que não atrapalharia". A imprensa publicou declarações atribuídas a integrantes do governo de Dilma Rousseff, segundo as quais foram as autoridades de La Paz que sugeriram a retirada de Pinto da embaixada e a viagem por terra ao Brasil.
Questionado se havia tido autorização do Itamaraty, Saboia desconversou, mencionando que não precisava de autorização para tomar decisões emergenciais. O Itamaraty anunciou que estava examinando o assunto e adiantou que "tomará as medidas administrativas e disciplinares cabíveis", uma advertência implícita à ação de seu encarregado de negócios em La Paz. Sentindo-se alvo das tais medidas, Saboia resolveu botar a boca no trombone e revelou os detalhes da operação, que contou com a participação de fuzileiros navais brasileiros.
Ao chegar a Corumbá, já estavam à espera do senador o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço, policiais federais, médicos e um jato executivo para levar o boliviano a Brasília. Custa crer que tamanho aparato logístico foi fruto de uma decisão solitária do chefe interino da embaixada.
Diz-se que Dilma só foi informada dos fatos quando o senador já estava no Brasil. Irritada, ela aceitou o pedido de demissão do chanceler que será designado para representar o Brasil na ONU, em Nova York, um dos postos mais cobiçados do Itamaraty. Se confirmado. Patriota trocará de lugar com o chanceler já anunciado, Luiz Alberto Figueiredo.
Resta saber o que acontecerá com Saboia, que ficou com a batata quente nas mãos. O Itamaraty não parece ter sido feliz nas bizarras operações em que se meteu (ou foi metido) nos últimos anos, como a invasão da embaixada em Tegucigalpa pelo presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o confuso episódio que levou à suspensão do Paraguai do Mercosul e permitiu o ingresso da Venezuela no bloco.
O eterno masculino - MARCELO COELHO
FOLHA DE SP - 28/08
Quadrinhos clássicos do Fantasma, personagem criado em 1936, voltam às bancas de jornal
É sempre estranho que os heróis de histórias em quadrinhos tenham de usar algum tipo de uniforme. Qual a razão daquelas roupas inteiriças, daquelas capas bandeirosas e sungões tamanho GG?
Corrijo o pensamento, ao imaginar a alternativa absurda. Ninguém de paletó, gravata e chapéu poderia sobrevoar os céus de Metrópolis sem ridículo. Um Super-Homem de azul esvoaçante pode ser absurdo, mas seria ainda mais absurdo em roupagens civis.
Joaquim Barbosa talvez fosse menos implacável se o despojassem da toga de morcego. Verdade que outros ministros do STF, capazes de mostrar larga indulgência frente aos réus do mensalão, usam também a capa protocolar.
Só que, sentados, deixam que predomine o paletó comum, a camisa neutra, a gravata banalíssima. Os males da coluna forçam Barbosa a manter-se de pé. Pior que isso. Apoiado no espaldar da poltrona giratória, o presidente do STF parece uma águia no alto do penhasco, pronto para a arremetida fatal.
Não me estendo na comparação. Concluo que a roupa ajuda e volto ao tema dos uniformes dos super-heróis.
Nenhum mais absurdo, pensando bem, que o do meu preferido na infância. Tratava-se do Fantasma, "o espírito que anda". Em plena selva do interior da Índia, ou talvez na África Equatorial, ele não tirava nunca a malha roxa, que lhe cobria a cabeça inclusive.
Por cima, o maiô de listras pretas em diagonal, do qual pendia o prosaico acessório de uma pistola automática, no coldre antigo. O mais estranho era a máscara, sumária como a parte de cima de um biquíni, mas que por alguma razão velava seus olhos atrás de uma borracha branca.
Naquela indumentária grudenta, meio de mergulhador, meio de Fanta Uva, o Fantasma sentava-se sozinho no Trono da Caveira, afagando seu lobo Capeto, e dava audiência a seus súditos --uma tribo de pigmeus, dotada de rei próprio, a quem distinguia um chapéu cônico de galhos secos, à guisa de coroa.
Com tudo isso, o Fantasma me parecia mais interessante do que Mandrake, Tarzã, Super-Homem e mesmo o Batman. Seria, provavelmente, mais "sexy" que todos esses rivais.
Tinha, também, aparência mais maligna. Cercava-se de caveiras; longe do ambiente urbano, na escuridão da jângal, cultivava a própria lenda.
Ao mesmo tempo, não tinha nenhum poder sobrenatural. Apenas a credulidade dos nativos --sempre ela-- cuidava de aumentar suas façanhas. Era tido por imortal. Mas não; representava apenas o último descendente de uma dinastia que há 400 anos, com o mesmo uniforme, jurara combater os malfeitores daquelas bandas.
Teria voado até as nuvens para derrotar um gigante de dez andares. Não, não. A própria narrativa dos quadrinhos ironizava a licença poética dos selvagens. No máximo, esmurrara um gângster grandalhão.
Claro que, destituído de superpoderes, o Fantasma se tornava ainda mais formidável aos olhos de um menino. Representava o luxo de uma completa autonomia; era realista em seu delírio; não tinha nada com que contar, exceto a imaginação dos pigmeus que o seguissem.
Sai nas bancas, pela editora Pixel, um livro com as primeiras histórias do Fantasma. Com história de Lee Falk e desenhos de Ray Moore, a saga dos "Piratas do Céu" foi publicada pela primeira vez em fins de 1936.
Embora a publicação da Pixel se apresente como o primeiro volume de uma série, já pegamos a aventura pela metade. Nessas 126 páginas, em quadrinhos bem pequenos, o herói está às voltas com uma quadrilha composta exclusivamente de belíssimas aviadoras.
Eu tinha a impressão --mas pode ser devido a versões posteriores-- que os desenhos do Fantasma fossem menos primitivos. Os movimentos do herói são rígidos, os enquadramentos se prendem ao convencional, as expressões faciais caem no tosco e no amadorístico.
Eram só isso aqueles quadrinhos? Não. A aventura tem boas reviravoltas, e todas devido a um só fator: a inconstância do sexo feminino. Várias vilãs --sempre lindas-- se apaixonam sucessivamente pelo herói. Ele as manipula como quer, mesmo que na maior parte do tempo algemado e atrás das grades.
As aviadoras se dividem, brigam, reconciliam-se, traem-se umas às outras. Não apenas um colonizador levando paz às tribos primitivas, o Fantasma também triunfa, intacto, sobre tantas sedutoras. É o eterno masculino. Talvez por isso mesmo não dispense o collant roxo e o maiô listradinho.
Quadrinhos clássicos do Fantasma, personagem criado em 1936, voltam às bancas de jornal
É sempre estranho que os heróis de histórias em quadrinhos tenham de usar algum tipo de uniforme. Qual a razão daquelas roupas inteiriças, daquelas capas bandeirosas e sungões tamanho GG?
Corrijo o pensamento, ao imaginar a alternativa absurda. Ninguém de paletó, gravata e chapéu poderia sobrevoar os céus de Metrópolis sem ridículo. Um Super-Homem de azul esvoaçante pode ser absurdo, mas seria ainda mais absurdo em roupagens civis.
Joaquim Barbosa talvez fosse menos implacável se o despojassem da toga de morcego. Verdade que outros ministros do STF, capazes de mostrar larga indulgência frente aos réus do mensalão, usam também a capa protocolar.
Só que, sentados, deixam que predomine o paletó comum, a camisa neutra, a gravata banalíssima. Os males da coluna forçam Barbosa a manter-se de pé. Pior que isso. Apoiado no espaldar da poltrona giratória, o presidente do STF parece uma águia no alto do penhasco, pronto para a arremetida fatal.
Não me estendo na comparação. Concluo que a roupa ajuda e volto ao tema dos uniformes dos super-heróis.
Nenhum mais absurdo, pensando bem, que o do meu preferido na infância. Tratava-se do Fantasma, "o espírito que anda". Em plena selva do interior da Índia, ou talvez na África Equatorial, ele não tirava nunca a malha roxa, que lhe cobria a cabeça inclusive.
Por cima, o maiô de listras pretas em diagonal, do qual pendia o prosaico acessório de uma pistola automática, no coldre antigo. O mais estranho era a máscara, sumária como a parte de cima de um biquíni, mas que por alguma razão velava seus olhos atrás de uma borracha branca.
Naquela indumentária grudenta, meio de mergulhador, meio de Fanta Uva, o Fantasma sentava-se sozinho no Trono da Caveira, afagando seu lobo Capeto, e dava audiência a seus súditos --uma tribo de pigmeus, dotada de rei próprio, a quem distinguia um chapéu cônico de galhos secos, à guisa de coroa.
Com tudo isso, o Fantasma me parecia mais interessante do que Mandrake, Tarzã, Super-Homem e mesmo o Batman. Seria, provavelmente, mais "sexy" que todos esses rivais.
Tinha, também, aparência mais maligna. Cercava-se de caveiras; longe do ambiente urbano, na escuridão da jângal, cultivava a própria lenda.
Ao mesmo tempo, não tinha nenhum poder sobrenatural. Apenas a credulidade dos nativos --sempre ela-- cuidava de aumentar suas façanhas. Era tido por imortal. Mas não; representava apenas o último descendente de uma dinastia que há 400 anos, com o mesmo uniforme, jurara combater os malfeitores daquelas bandas.
Teria voado até as nuvens para derrotar um gigante de dez andares. Não, não. A própria narrativa dos quadrinhos ironizava a licença poética dos selvagens. No máximo, esmurrara um gângster grandalhão.
Claro que, destituído de superpoderes, o Fantasma se tornava ainda mais formidável aos olhos de um menino. Representava o luxo de uma completa autonomia; era realista em seu delírio; não tinha nada com que contar, exceto a imaginação dos pigmeus que o seguissem.
Sai nas bancas, pela editora Pixel, um livro com as primeiras histórias do Fantasma. Com história de Lee Falk e desenhos de Ray Moore, a saga dos "Piratas do Céu" foi publicada pela primeira vez em fins de 1936.
Embora a publicação da Pixel se apresente como o primeiro volume de uma série, já pegamos a aventura pela metade. Nessas 126 páginas, em quadrinhos bem pequenos, o herói está às voltas com uma quadrilha composta exclusivamente de belíssimas aviadoras.
Eu tinha a impressão --mas pode ser devido a versões posteriores-- que os desenhos do Fantasma fossem menos primitivos. Os movimentos do herói são rígidos, os enquadramentos se prendem ao convencional, as expressões faciais caem no tosco e no amadorístico.
Eram só isso aqueles quadrinhos? Não. A aventura tem boas reviravoltas, e todas devido a um só fator: a inconstância do sexo feminino. Várias vilãs --sempre lindas-- se apaixonam sucessivamente pelo herói. Ele as manipula como quer, mesmo que na maior parte do tempo algemado e atrás das grades.
As aviadoras se dividem, brigam, reconciliam-se, traem-se umas às outras. Não apenas um colonizador levando paz às tribos primitivas, o Fantasma também triunfa, intacto, sobre tantas sedutoras. É o eterno masculino. Talvez por isso mesmo não dispense o collant roxo e o maiô listradinho.
Metáfora do voo cego - TUTTY VASQUES
ESTADÃO - 28/08
A situação de Antonio Patriota em seus últimos movimentos à frente do Ministério das Relações Exteriores lembrava um pouco a do instrutor de parapente que nesse meio tempo virou hit na internet perdido nas nuvens em voo duplo no Rio. A presidente Dilma demitiu o chanceler, salvo engano, quando ele sugeriu que rezassem juntos a "Ave-maria"!
Num país em que a metáfora do voo cego é cada vez mais frequente nas entrelinhas do noticiário, o descontrole de quem estava no comando daquele parapente traduz em desespero no YouTube o que o ministro Guido Mantega jamais deixará transparecer em entrevistas: "Ai, meu Deus, não sei onde estou! Deixa eu ver alguma coisa, meu Pai, mostra o caminho pra mim!".
Impávido até quando o piloto, do nada, perguntou se ele sabia nadar, o turista de carona no pânico que sobrevoava São Conrado deu o exemplo de como a gente deve se comportar nessas circunstâncias: não deu um pio quando tudo parecia irremediavelmente perdido!
Falar o que, né não? Reze!
Desequilíbrio ambiental
Já tem cisne negro do Ibirapuera chamando urubu de meu louro depois que funcionários do parque passaram a alimentar as aves ornamentais do lago com ração de camundongo.
Pela estrada afora
Dá gosto ver a empolgação dos médicos estrangeiros que chegam ao Brasil para trabalhar nas regiões mais carentes do País. Parece até que não sabem o que os espera!
Nanico
Depois do advento do "PIBinho", Guido Mantega inventou agora a "minicrise". É o Brasil na era da nano economia!
Só o que faltava!
Entreouvido nos corredores do Ministério das Relações Exteriores: "Não falei que um dia agente ia sentir saudades do Celso Amorim?".
Elas por elas
O Itamaraty está virando uma caixinha de surpresas! Corre por lá agora a ideia de sugerir à diplomacia boliviana que leve Renan Calheiros para La Paz do mesmo jeito que o senador Roger Pinto, opositor de Evo Morales, foi parar em Brasília. Ainda que não esteja muito claro o que o estado bolivariano ganharia com isso, não custa nada tentar!
Perda maior
E a fuga espetacular do botafoguense Vitinho, maior revelação do Brasileirão 2013, para o futebol russo, hein?
Por muito menos caiu o chanceler Antonio Patriota!
A situação de Antonio Patriota em seus últimos movimentos à frente do Ministério das Relações Exteriores lembrava um pouco a do instrutor de parapente que nesse meio tempo virou hit na internet perdido nas nuvens em voo duplo no Rio. A presidente Dilma demitiu o chanceler, salvo engano, quando ele sugeriu que rezassem juntos a "Ave-maria"!
Num país em que a metáfora do voo cego é cada vez mais frequente nas entrelinhas do noticiário, o descontrole de quem estava no comando daquele parapente traduz em desespero no YouTube o que o ministro Guido Mantega jamais deixará transparecer em entrevistas: "Ai, meu Deus, não sei onde estou! Deixa eu ver alguma coisa, meu Pai, mostra o caminho pra mim!".
Impávido até quando o piloto, do nada, perguntou se ele sabia nadar, o turista de carona no pânico que sobrevoava São Conrado deu o exemplo de como a gente deve se comportar nessas circunstâncias: não deu um pio quando tudo parecia irremediavelmente perdido!
Falar o que, né não? Reze!
Desequilíbrio ambiental
Já tem cisne negro do Ibirapuera chamando urubu de meu louro depois que funcionários do parque passaram a alimentar as aves ornamentais do lago com ração de camundongo.
Pela estrada afora
Dá gosto ver a empolgação dos médicos estrangeiros que chegam ao Brasil para trabalhar nas regiões mais carentes do País. Parece até que não sabem o que os espera!
Nanico
Depois do advento do "PIBinho", Guido Mantega inventou agora a "minicrise". É o Brasil na era da nano economia!
Só o que faltava!
Entreouvido nos corredores do Ministério das Relações Exteriores: "Não falei que um dia agente ia sentir saudades do Celso Amorim?".
Elas por elas
O Itamaraty está virando uma caixinha de surpresas! Corre por lá agora a ideia de sugerir à diplomacia boliviana que leve Renan Calheiros para La Paz do mesmo jeito que o senador Roger Pinto, opositor de Evo Morales, foi parar em Brasília. Ainda que não esteja muito claro o que o estado bolivariano ganharia com isso, não custa nada tentar!
Perda maior
E a fuga espetacular do botafoguense Vitinho, maior revelação do Brasileirão 2013, para o futebol russo, hein?
Por muito menos caiu o chanceler Antonio Patriota!
Ueba! Pinto derruba Patriota! - JOSÉ SIMÃO
FOLHA DE SP - 28/08
Acho que essa rede da Marina é do Paraguai. Rede paraguaia. Ela vai vender rede na 25 de Março
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Por que tudo no Brasil tudo tem que ser engraçado? Por que o senador boliviano tinha que se chamar Pinto? Pinto Molina. Ops, Pinto Molinha!
"Fuga de senador boliviano derruba ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota." Ou seja, um pinto derrubou um patriota.
Esse pinto fez um estrago! E aí perguntaram pro Pinto: "Como foi a fuga?" Resposta: "Mole! Mole!". Rarará.
E um leitor quer saber se o Pinto fugindo da Bolívia passou por Cochabamba! Pinto passa por Cochabamba e Cuiabá!
E agora, com todo respeito: o que a Dilma vai fazer com esse Pinto? Ela vai gritar: "Maaaaantega, bota esse Pinto pra lá". Devolve o Pinto pro Evo! Rarará!
Então, estamos assim: 400 médicos cubanos e um pinto boliviano!
E a Marina? Com aquele partido não partido, a Rede? Marinárvore declara: "A Rede é o anseio da sociedade". Errado.
A rede é o meu anseio quando entro em férias. A rede é o anseio de todo estressado. A rede é o ESTEIO da sociedade. E é mesmo!
E as assinaturas do partido fraudadas? Acho que essa rede da Marina é do Paraguai. Rede paraguaia. Ela vai vender rede na 25 de Março. "Rede do Paraguai! Rede do Paraguai!"
E a manchete do Piauí Herald: "Partido da Marina importará 3.000 correligionários cubanos". Trinta iguanas, 12 rãs, sete morcegos, centenas de pássaros-mosca e comunistas em extinção!
A Marina tem que chamar os gremlins pro partido dela. Só assim ela alcança as assinaturas necessárias.
Ela pega um gremlin, joga um copo d'água, ele se multiplica e formam um partido. O Partido dos Gremlins! Rarará.
É mole? É mole, mas sobe!
Os Predestinados! É que o prefeito interino de Marituba, no Pará, se chama Francisco BESTEIRO.
E um vereador de Meridiano, interior de São Paulo: Claudio Tranqueira! Rarará.
Podiam formar uma nova dupla sertaneja: Besteiro e Tranqueira. Rarará!
Informação de última hora: o Pinto é pastor!
Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Acho que essa rede da Marina é do Paraguai. Rede paraguaia. Ela vai vender rede na 25 de Março
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Por que tudo no Brasil tudo tem que ser engraçado? Por que o senador boliviano tinha que se chamar Pinto? Pinto Molina. Ops, Pinto Molinha!
"Fuga de senador boliviano derruba ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota." Ou seja, um pinto derrubou um patriota.
Esse pinto fez um estrago! E aí perguntaram pro Pinto: "Como foi a fuga?" Resposta: "Mole! Mole!". Rarará.
E um leitor quer saber se o Pinto fugindo da Bolívia passou por Cochabamba! Pinto passa por Cochabamba e Cuiabá!
E agora, com todo respeito: o que a Dilma vai fazer com esse Pinto? Ela vai gritar: "Maaaaantega, bota esse Pinto pra lá". Devolve o Pinto pro Evo! Rarará!
Então, estamos assim: 400 médicos cubanos e um pinto boliviano!
E a Marina? Com aquele partido não partido, a Rede? Marinárvore declara: "A Rede é o anseio da sociedade". Errado.
A rede é o meu anseio quando entro em férias. A rede é o anseio de todo estressado. A rede é o ESTEIO da sociedade. E é mesmo!
E as assinaturas do partido fraudadas? Acho que essa rede da Marina é do Paraguai. Rede paraguaia. Ela vai vender rede na 25 de Março. "Rede do Paraguai! Rede do Paraguai!"
E a manchete do Piauí Herald: "Partido da Marina importará 3.000 correligionários cubanos". Trinta iguanas, 12 rãs, sete morcegos, centenas de pássaros-mosca e comunistas em extinção!
A Marina tem que chamar os gremlins pro partido dela. Só assim ela alcança as assinaturas necessárias.
Ela pega um gremlin, joga um copo d'água, ele se multiplica e formam um partido. O Partido dos Gremlins! Rarará.
É mole? É mole, mas sobe!
Os Predestinados! É que o prefeito interino de Marituba, no Pará, se chama Francisco BESTEIRO.
E um vereador de Meridiano, interior de São Paulo: Claudio Tranqueira! Rarará.
Podiam formar uma nova dupla sertaneja: Besteiro e Tranqueira. Rarará!
Informação de última hora: o Pinto é pastor!
Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Hoje é dia de bons jogos - TOSTÃO
FOLHA DE SP - 28/08
Fora Marcelo Oliveira e Oswaldo de Oliveira, sempre elogiados, a cada semana, outro técnico é festejado
Nesta semana, os técnicos mais badalados do Brasileirão são Renato Gaúcho, do Grêmio, e Vágner Mancini, do Atlético-PR. Em outros períodos, foram Cristóvão Borges, Caio Júnior, Marquinhos Santos, Dunga e outros. Os preferidos costumam mudar a cada rodada. Bastam duas ou três derrotas seguidas para o que era "ótimo trabalho" ser esquecido. Como Cruzeiro e Botafogo se mantêm na frente desde o início, Marcelo e Oswaldo são sempre elogiados. Nestes dias, Marcelo mais que Oswaldo.
Cruzeiro e Botafogo têm jogado um futebol eficiente, com muita troca de passes e triangulações. Outra qualidade das duas equipes é não depender de um único artilheiro. O Cruzeiro, mesmo sem ter um craque, possui um elenco maior e melhor que o do Botafogo, ainda mais sem Vitinho.
Fluminense, São Paulo e Inter não seguem o modelo atual, jogado pela maioria dos times brasileiros e de todo o mundo, com meias e atacantes pelos lados, que atacam, marcam e fazem duplas com os laterais, na defesa e no ataque. Preferem um modelo de dez a 15 atrás, período em que o futebol brasileiro ficou para trás.
São Paulo x Fluminense foi um bom exemplo de um mau jogo coletivo, com o ataque embolado pelo centro, dependendo demais dos avanços dos laterais. Nas últimas quatro vitórias seguidas do Grêmio, não vi, coletivamente, nada convincente. Obviamente, há várias maneiras de vencer. Mais importante que o sistema tático é a qualidade dos jogadores e a competência na execução do que foi planejado.
Hoje e amanhã, teremos jogos decisivos pela Copa do Brasil. O Flamengo, ao contrário do que se esperava, regrediu nos últimos jogos. O Cruzeiro é muito melhor, mas, com o Maracanã lotado, o Flamengo pode fazer uma partida heroica, como é frequente em times e seleções que jogam em casa. O mesmo pode ocorrer no Independência. O Atlético- -MG, além de ter um bom time, quer reviver as viradas da Libertadores, com o estilo Galo Doido, de muita pressão e de jogadas aéreas.
Outro clássico, na sexta-feira, será entre Chelsea, dirigido por Mourinho, e Bayern, sob o comando de Guardiola, o melhor time do mundo, pelo que jogou na última temporada. A única mudança é que, com Guardiola, o time joga com um volante e dois meias, em vez de dois volantes e um meia. Já o estilo continua o mesmo, com mais troca de passes em velocidade e jogadas aéreas da linha de fundo. O que define o estilo de uma equipe não é somente o técnico. São, principalmente, os jogadores.
Encerro com minhas homenagens a Deco, um craque, que encerrou a carreira, e a De Sordi e Gylmar, campeões do mundo, que morreram no fim de semana. Na Copa-66, eu começava, e Gylmar terminava a carreira da seleção. Foi o maior goleiro da história do futebol brasileiro.
Fora Marcelo Oliveira e Oswaldo de Oliveira, sempre elogiados, a cada semana, outro técnico é festejado
Nesta semana, os técnicos mais badalados do Brasileirão são Renato Gaúcho, do Grêmio, e Vágner Mancini, do Atlético-PR. Em outros períodos, foram Cristóvão Borges, Caio Júnior, Marquinhos Santos, Dunga e outros. Os preferidos costumam mudar a cada rodada. Bastam duas ou três derrotas seguidas para o que era "ótimo trabalho" ser esquecido. Como Cruzeiro e Botafogo se mantêm na frente desde o início, Marcelo e Oswaldo são sempre elogiados. Nestes dias, Marcelo mais que Oswaldo.
Cruzeiro e Botafogo têm jogado um futebol eficiente, com muita troca de passes e triangulações. Outra qualidade das duas equipes é não depender de um único artilheiro. O Cruzeiro, mesmo sem ter um craque, possui um elenco maior e melhor que o do Botafogo, ainda mais sem Vitinho.
Fluminense, São Paulo e Inter não seguem o modelo atual, jogado pela maioria dos times brasileiros e de todo o mundo, com meias e atacantes pelos lados, que atacam, marcam e fazem duplas com os laterais, na defesa e no ataque. Preferem um modelo de dez a 15 atrás, período em que o futebol brasileiro ficou para trás.
São Paulo x Fluminense foi um bom exemplo de um mau jogo coletivo, com o ataque embolado pelo centro, dependendo demais dos avanços dos laterais. Nas últimas quatro vitórias seguidas do Grêmio, não vi, coletivamente, nada convincente. Obviamente, há várias maneiras de vencer. Mais importante que o sistema tático é a qualidade dos jogadores e a competência na execução do que foi planejado.
Hoje e amanhã, teremos jogos decisivos pela Copa do Brasil. O Flamengo, ao contrário do que se esperava, regrediu nos últimos jogos. O Cruzeiro é muito melhor, mas, com o Maracanã lotado, o Flamengo pode fazer uma partida heroica, como é frequente em times e seleções que jogam em casa. O mesmo pode ocorrer no Independência. O Atlético- -MG, além de ter um bom time, quer reviver as viradas da Libertadores, com o estilo Galo Doido, de muita pressão e de jogadas aéreas.
Outro clássico, na sexta-feira, será entre Chelsea, dirigido por Mourinho, e Bayern, sob o comando de Guardiola, o melhor time do mundo, pelo que jogou na última temporada. A única mudança é que, com Guardiola, o time joga com um volante e dois meias, em vez de dois volantes e um meia. Já o estilo continua o mesmo, com mais troca de passes em velocidade e jogadas aéreas da linha de fundo. O que define o estilo de uma equipe não é somente o técnico. São, principalmente, os jogadores.
Encerro com minhas homenagens a Deco, um craque, que encerrou a carreira, e a De Sordi e Gylmar, campeões do mundo, que morreram no fim de semana. Na Copa-66, eu começava, e Gylmar terminava a carreira da seleção. Foi o maior goleiro da história do futebol brasileiro.
Não é da Cora - ANCELMO GOIS
O GLOBO - 28/08
O poema "Saber viver': que diz "Não sei... se a vida é curta/Ou longa demais pra nós'; é tão difundido na internet como sendo de Cora Coralina (1889-1985) que Manoel Carlos, o querido dramaturgo e fã da poeta, por um momento acreditou.
Pretendia usar um trecho na abertura de sua próxima novela, "Em familia':
Segue...
Mas a filha de Cora, Vicência Bretas Tahan, garante que o poema não foi escrito por sua mãe.
— Estou há tempos querendo falar com o Manoel Carlos. Esse poema é muito bonito, mas não foi minha mãe que fez. Na internet, as pessoas escrevem o que querem e não dizem quem são.
Aliás...
Maneco já estava ciente do problema.
Vai selecionar outro poema.
O discurso do chanceler
A exemplo do rei George VI, da Inglaterra, o novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo, figura querida no Itamaraty, teve problema de gagueira
Varig, Varig, Varig
Este interminável julgamento do mensalão faz com que outros importantes processos fiquem na fila do STF.
Um deles é o dos aposentados da Varig, parado desde que o ministro Joaquim Barbosa pediu vistas.
Cabe numa Kombi
Corre no território livre da internet uma piada envolvendo o Botafogo e o Mais Médicos. É por conta da venda do atacante Vitinho
Diz que, com o dinheiro da negociação, o clube vai poder importar milhares de... torcedores cubanos. Maldade!
Retrovisor no cinema
Mauro Mendonça Filho, diretor-geral de 'Amor à vida'; vai dirigir seu primeiro longa-metragem no ano que vem.
É uma adaptação de "No retrovisor'; peça escrita por Marcelo Rubens Paiva. No elenco, Marcelo Serrado e Otávio Muller.
Vinicius na China
O filme "Vinicius',' de Miguel Faria, vai ser exibido na China, com legendas em mandarim.
É mais uma homenagem ao Poetinha no ano do seu centenário.
Clube do milhão
A comédia cearense "Cine Holliúdy", a grande surpresa do nosso cinema, pode alcançar, quando chegar ao "sul maravilha'; um milhão de espectadores, segundo seus distribuidores Downtown/Paris.
Há três semanas em cartaz em Fortaleza, onde fez 133 mil espectadores, vai estrear, sexta agora, em outras cidades do Nordeste.
É o tal filme falado em "nordestinês" e que traz legenda em... português.
O Maraca é nosso
O Flamengo pediu uma audiência com Sérgio Cabral. Deseja apresentar um modelo de operação do Maracanã compartilhada entre os clubes.
Nela, o governo receberia dos clubes as taxas de utilização do estádio e contrataria um prestador de serviço para cuidar da manutenção do Maraca.
E mais...
Os clubes seriam responsáveis pelos jogos e por entregar o Maracanã nas mesmas condições que receberam antes da partida.
Digno de piedade
O desembargador Siro Darlan encaminhou ao MP denúncia sobre a situação de 72 presos do manicômio judiciário Heitor Carrilho, no Rio.
— Tem gente há mais de 40 anos lá dentro. Todos já cumpriram a pena, mas continuam presos porque não há para quem devolvê-los — diz Darlan.
Lei Paulo Delgado...
Em 2011, o CNJ aprovou recomendação para que os presos com transtornos mentais, que já cumpriram suas penas, fossem soltos com base na chamada Lei Antimanicomial. Só que estes pobres coitados perderam o vinculo com a família.
Ameaça de morte
A promotora de Tutela Coletiva de Niterói, Renata Scarpa, foi ameaçada por causa das investigações do caso Lúcio do Nevada, vereador eleito da cidade, assassinado em 2012. Ela pediu escolta ao MP.
Agora, o inquérito cível, aberto contra o vereador Carlos Macedo, suspeito do crime, passou para outros promotores.
Só dá Saboia
O diplomata Eduardo Saboia, que ajudou o senador boliviano a fugir para o Brasil, virou celebridade. Receberá a Medalha Pedro Ernesto do vereador César Maia. Acaba na Ilha de Caras.
Pretendia usar um trecho na abertura de sua próxima novela, "Em familia':
Segue...
Mas a filha de Cora, Vicência Bretas Tahan, garante que o poema não foi escrito por sua mãe.
— Estou há tempos querendo falar com o Manoel Carlos. Esse poema é muito bonito, mas não foi minha mãe que fez. Na internet, as pessoas escrevem o que querem e não dizem quem são.
Aliás...
Maneco já estava ciente do problema.
Vai selecionar outro poema.
O discurso do chanceler
A exemplo do rei George VI, da Inglaterra, o novo chanceler Luiz Alberto Figueiredo, figura querida no Itamaraty, teve problema de gagueira
Varig, Varig, Varig
Este interminável julgamento do mensalão faz com que outros importantes processos fiquem na fila do STF.
Um deles é o dos aposentados da Varig, parado desde que o ministro Joaquim Barbosa pediu vistas.
Cabe numa Kombi
Corre no território livre da internet uma piada envolvendo o Botafogo e o Mais Médicos. É por conta da venda do atacante Vitinho
Diz que, com o dinheiro da negociação, o clube vai poder importar milhares de... torcedores cubanos. Maldade!
Retrovisor no cinema
Mauro Mendonça Filho, diretor-geral de 'Amor à vida'; vai dirigir seu primeiro longa-metragem no ano que vem.
É uma adaptação de "No retrovisor'; peça escrita por Marcelo Rubens Paiva. No elenco, Marcelo Serrado e Otávio Muller.
Vinicius na China
O filme "Vinicius',' de Miguel Faria, vai ser exibido na China, com legendas em mandarim.
É mais uma homenagem ao Poetinha no ano do seu centenário.
Clube do milhão
A comédia cearense "Cine Holliúdy", a grande surpresa do nosso cinema, pode alcançar, quando chegar ao "sul maravilha'; um milhão de espectadores, segundo seus distribuidores Downtown/Paris.
Há três semanas em cartaz em Fortaleza, onde fez 133 mil espectadores, vai estrear, sexta agora, em outras cidades do Nordeste.
É o tal filme falado em "nordestinês" e que traz legenda em... português.
O Maraca é nosso
O Flamengo pediu uma audiência com Sérgio Cabral. Deseja apresentar um modelo de operação do Maracanã compartilhada entre os clubes.
Nela, o governo receberia dos clubes as taxas de utilização do estádio e contrataria um prestador de serviço para cuidar da manutenção do Maraca.
E mais...
Os clubes seriam responsáveis pelos jogos e por entregar o Maracanã nas mesmas condições que receberam antes da partida.
Digno de piedade
O desembargador Siro Darlan encaminhou ao MP denúncia sobre a situação de 72 presos do manicômio judiciário Heitor Carrilho, no Rio.
— Tem gente há mais de 40 anos lá dentro. Todos já cumpriram a pena, mas continuam presos porque não há para quem devolvê-los — diz Darlan.
Lei Paulo Delgado...
Em 2011, o CNJ aprovou recomendação para que os presos com transtornos mentais, que já cumpriram suas penas, fossem soltos com base na chamada Lei Antimanicomial. Só que estes pobres coitados perderam o vinculo com a família.
Ameaça de morte
A promotora de Tutela Coletiva de Niterói, Renata Scarpa, foi ameaçada por causa das investigações do caso Lúcio do Nevada, vereador eleito da cidade, assassinado em 2012. Ela pediu escolta ao MP.
Agora, o inquérito cível, aberto contra o vereador Carlos Macedo, suspeito do crime, passou para outros promotores.
Só dá Saboia
O diplomata Eduardo Saboia, que ajudou o senador boliviano a fugir para o Brasil, virou celebridade. Receberá a Medalha Pedro Ernesto do vereador César Maia. Acaba na Ilha de Caras.
Alckmin quer o PMDB - ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 28/08
Candidato à reeleição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) costura um amplo apoio partidário. Sua prioridade nessa fase é atrair o PMDB. Alckmin já se reuniu com prefeitos e deputados estaduais do partido e recebeu a sinalização que eles não apoiam Paulo Skaf para o governo estadual. O tucano tem a vaga do vice, ocupada por Afif Domingos (PSD) e a candidatura ao Senado para negociar.
Roger, Battisti e o refúgio
O destino do senador Roger Pinto será decidido pelo Comitê Nacional para os Refugiados. Roger, a exemplo de Cesare Battisti, recorreu ao pedido de refúgio, que tem regras mais elásticas que as do asilo para sua concessão. O caso do adversário do presidente Evo Morales só chegará à mesa da presidente Dilma se o Conare negar o refúgio. Foi o que ocorreu no caso Battisti, gerando recurso ao então ministro Tarso Genro (Justiça), que o concedeu para posterior ratificação ou não do presidente da República. O então presidente Lula permitiu que Battisti ficasse no país mesmo após o STF julgar que ele não se enquadrava, nos acordos com a Itália, na condição de refugiado.
"Fizemos uma prévia em Pernambuco. Ela implodiu o partido. Não entrem nessa. Ficam feridas e cicatrizes"
Fernando Ferro (PT-PE), em conversa com o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro
Experiência em desastres naturais
O Brasil assinou acordo com o Japão e vai implantar projetos-piloto para prevenção de desastres naturais. Petrópolis (RJ), Nova Friburgo (RJ) e Blumenau (SC) recebem, no mês que vem, uma equipe de peritos japoneses.
Sempre alerta
A ministra Ideli Salvatti consultou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), minutos antes de a presidente Dilma sair do Planalto para sessão solene na Casa. Sondou sobre o humor dos senadores e se seria questionada sobre a fuga do senador boliviano e a queda de Antônio Patriota. Braga avisou que o céu era de brigadeiro.
Língua solta
Os políticos gostam dos arroubos verbais do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Dizem que ele não iria longe como candidato ao Planalto. Eles comparam seu "destempero" ao de Ciro Gomes, candidato do PPS em 1998 e 2002.
As coisas como elas são
No governo Lula, o problema era o Senado. No governo Dilma, o enrosco é na Câmara. Na equipe da presidente, existe uma avaliação de que o drama está no PMDB, cuja relação degringolou com a eleição do deputado Eduardo Cunha (RJ) para líder da bancada. Esse fato teria contribuído para reduzir o controle sobre a bancada do vice Michel Temer e do presidente da Casa, Henrique Alves.
Dança das cadeiras
Desafetos, os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Augusto Carvalho (PPS-DF) fizeram as pazes. Durante jantar, Carvalho avisou que está de malas prontas para o Solidariedade.
Expectativa
Depois de Marina Silva, ontem o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) foi ao TSE conversar com o relator da criação do Solidariedade, ministro Henrique Neves da Silva. Ele aguarda a liberação do registro oficial de seu partido.
O PT gaúcho diz em nota que é contra as emendas parlamentares. Adversários, de fora e de dentro, esperam que esses petistas abram mão das suas.
Roger, Battisti e o refúgio
O destino do senador Roger Pinto será decidido pelo Comitê Nacional para os Refugiados. Roger, a exemplo de Cesare Battisti, recorreu ao pedido de refúgio, que tem regras mais elásticas que as do asilo para sua concessão. O caso do adversário do presidente Evo Morales só chegará à mesa da presidente Dilma se o Conare negar o refúgio. Foi o que ocorreu no caso Battisti, gerando recurso ao então ministro Tarso Genro (Justiça), que o concedeu para posterior ratificação ou não do presidente da República. O então presidente Lula permitiu que Battisti ficasse no país mesmo após o STF julgar que ele não se enquadrava, nos acordos com a Itália, na condição de refugiado.
"Fizemos uma prévia em Pernambuco. Ela implodiu o partido. Não entrem nessa. Ficam feridas e cicatrizes"
Fernando Ferro (PT-PE), em conversa com o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro
Experiência em desastres naturais
O Brasil assinou acordo com o Japão e vai implantar projetos-piloto para prevenção de desastres naturais. Petrópolis (RJ), Nova Friburgo (RJ) e Blumenau (SC) recebem, no mês que vem, uma equipe de peritos japoneses.
Sempre alerta
A ministra Ideli Salvatti consultou o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), minutos antes de a presidente Dilma sair do Planalto para sessão solene na Casa. Sondou sobre o humor dos senadores e se seria questionada sobre a fuga do senador boliviano e a queda de Antônio Patriota. Braga avisou que o céu era de brigadeiro.
Língua solta
Os políticos gostam dos arroubos verbais do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Dizem que ele não iria longe como candidato ao Planalto. Eles comparam seu "destempero" ao de Ciro Gomes, candidato do PPS em 1998 e 2002.
As coisas como elas são
No governo Lula, o problema era o Senado. No governo Dilma, o enrosco é na Câmara. Na equipe da presidente, existe uma avaliação de que o drama está no PMDB, cuja relação degringolou com a eleição do deputado Eduardo Cunha (RJ) para líder da bancada. Esse fato teria contribuído para reduzir o controle sobre a bancada do vice Michel Temer e do presidente da Casa, Henrique Alves.
Dança das cadeiras
Desafetos, os deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) e Augusto Carvalho (PPS-DF) fizeram as pazes. Durante jantar, Carvalho avisou que está de malas prontas para o Solidariedade.
Expectativa
Depois de Marina Silva, ontem o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) foi ao TSE conversar com o relator da criação do Solidariedade, ministro Henrique Neves da Silva. Ele aguarda a liberação do registro oficial de seu partido.
O PT gaúcho diz em nota que é contra as emendas parlamentares. Adversários, de fora e de dentro, esperam que esses petistas abram mão das suas.
Dois à mesa - VERA MAGALHÃES - PAINEL
FOLHA DE SP - 28/08
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), receberá o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) para jantar em sua casa amanhã, no Recife. Na conversa, os dois potenciais presidenciáveis devem discutir o cenário de 2014. O último encontro ocorreu na casa do tucano, há cerca de um mês. Embora não vislumbrem acordo no primeiro turno, não descartam composição caso um deles avance na disputa, e discutem palanques comuns em Estados como São Paulo e Paraná.
Respiro Pesquisas que chegaram ao PT e ao Palácio do Planalto mostraram que a avaliação de Dilma Rousseff atingiu 41% de ótimo e bom.
Redinha À espera do registro da Rede, Marina Silva respondeu na segunda-feira a perguntas sobre sua vida na gravação do quadro "Crianças Curiosas'' do "Programa Raul Gil", do SBT. A participação da ex-senadora vai ao ar no dia 14 de setembro.
Wally A assessoria do Planalto só decidiu na última hora convidar o ministro Antônio Andrade (Agricultura) para acompanhar Dilma na visita a Belo Horizonte. O peemedebista estava em São Paulo e teve de se desdobrar para embarcar a tempo.
Resta um O senador Álvaro Dias, que já nutriu esperança de se candidatar à Presidência pelo PSDB, diz que agora é tarde para essa empreitada. "O partido já assumiu sua candidatura. É preciso aceitar o fato consumado."
Santo... Paulo Maluf rasgou elogios a Dilma na festa de aniversário de um dirigente do PP organizada dentro da CDHU, companhia de desenvolvimento habitacional do governo Geraldo Alckmin (PSDB), na última sexta-feira. Tucanos não gostaram.
... de casa "Estão chateados com o quê? Com a minha sinceridade?", rebate Maluf. Ele diz que o PP não assumiu "nenhum compromisso" para 2014 em São Paulo.
Sob nova... Dilma dará carta branca ao novo chanceler Luiz Figueiredo para mexer na estrutura do Itamaraty, principalmente em Brasília. Para turbinar a gestão, a presidente pode transferir a agência de cooperação para a África, que seria no Planalto, para o ministério.
... direção Segundo assessores palacianos, o teste do novo ministro será durante visita da presidente a Washington, em outubro.
Veja bem Ministros tentaram até as 18h de anteontem convencer a presidente a não demitir Antonio Patriota, alegando que a decisão ampliaria a repercussão da fuga do senador boliviano Roger Molina para o Brasil.
Redução... O ministro Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral) comunicou ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que a União vai apoiar a ação direta de inconstitucionalidade contra a criação de quatro Tribunais Regionais Federais.
... de danos O recado de Adams foi para não melindrar o Congresso, que promulgou a emenda constitucional que criou os TRFs.
BBB Paulo Bernardo reforçou à Anatel que aplique as regras do código de conduta do Executivo para seus conselheiros e diretores. A medida tem o objetivo de evitar que conselheiros da agência se encontrem com representantes de empresas a sós.
Indeferido O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro tentou novamente no STF desbloquear os bens de Duda Mendonça, absolvido no mensalão. O gabinete de Joaquim Barbosa respondeu que isso só será decidido após os embargos.
com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN
tiroteio
"Serra está bombardeando uma candidatura de seu próprio partido. Ele sabe que não será candidato, mas atrapalha o projeto do PSDB."
DE XICO GRAZIANO, assessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre a demanda de José Serra por prévias contra Aécio Neves no PSDB.
contraponto
O dobro ou nada
No início do almoço de Guido Mantega (Fazenda) com cerca de 400 empresários, anteontem em São Paulo, João Doria Jr., do Lide, anunciou que seria feita uma pesquisa expressa sobre expectativas para a economia.
Quanto Mantega terminou sua exposição, comentou:
--Você passou a pesquisa antes de eu falar. Agora que eu expliquei poderia melhorar um ponto e meio...
--Podemos fazer uma pesquisa pré e uma pós, se o senhor topar o risco... --replicou Doria.
O ministro preferiu deixar como estava.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), receberá o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) para jantar em sua casa amanhã, no Recife. Na conversa, os dois potenciais presidenciáveis devem discutir o cenário de 2014. O último encontro ocorreu na casa do tucano, há cerca de um mês. Embora não vislumbrem acordo no primeiro turno, não descartam composição caso um deles avance na disputa, e discutem palanques comuns em Estados como São Paulo e Paraná.
Respiro Pesquisas que chegaram ao PT e ao Palácio do Planalto mostraram que a avaliação de Dilma Rousseff atingiu 41% de ótimo e bom.
Redinha À espera do registro da Rede, Marina Silva respondeu na segunda-feira a perguntas sobre sua vida na gravação do quadro "Crianças Curiosas'' do "Programa Raul Gil", do SBT. A participação da ex-senadora vai ao ar no dia 14 de setembro.
Wally A assessoria do Planalto só decidiu na última hora convidar o ministro Antônio Andrade (Agricultura) para acompanhar Dilma na visita a Belo Horizonte. O peemedebista estava em São Paulo e teve de se desdobrar para embarcar a tempo.
Resta um O senador Álvaro Dias, que já nutriu esperança de se candidatar à Presidência pelo PSDB, diz que agora é tarde para essa empreitada. "O partido já assumiu sua candidatura. É preciso aceitar o fato consumado."
Santo... Paulo Maluf rasgou elogios a Dilma na festa de aniversário de um dirigente do PP organizada dentro da CDHU, companhia de desenvolvimento habitacional do governo Geraldo Alckmin (PSDB), na última sexta-feira. Tucanos não gostaram.
... de casa "Estão chateados com o quê? Com a minha sinceridade?", rebate Maluf. Ele diz que o PP não assumiu "nenhum compromisso" para 2014 em São Paulo.
Sob nova... Dilma dará carta branca ao novo chanceler Luiz Figueiredo para mexer na estrutura do Itamaraty, principalmente em Brasília. Para turbinar a gestão, a presidente pode transferir a agência de cooperação para a África, que seria no Planalto, para o ministério.
... direção Segundo assessores palacianos, o teste do novo ministro será durante visita da presidente a Washington, em outubro.
Veja bem Ministros tentaram até as 18h de anteontem convencer a presidente a não demitir Antonio Patriota, alegando que a decisão ampliaria a repercussão da fuga do senador boliviano Roger Molina para o Brasil.
Redução... O ministro Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral) comunicou ontem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que a União vai apoiar a ação direta de inconstitucionalidade contra a criação de quatro Tribunais Regionais Federais.
... de danos O recado de Adams foi para não melindrar o Congresso, que promulgou a emenda constitucional que criou os TRFs.
BBB Paulo Bernardo reforçou à Anatel que aplique as regras do código de conduta do Executivo para seus conselheiros e diretores. A medida tem o objetivo de evitar que conselheiros da agência se encontrem com representantes de empresas a sós.
Indeferido O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro tentou novamente no STF desbloquear os bens de Duda Mendonça, absolvido no mensalão. O gabinete de Joaquim Barbosa respondeu que isso só será decidido após os embargos.
com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN
tiroteio
"Serra está bombardeando uma candidatura de seu próprio partido. Ele sabe que não será candidato, mas atrapalha o projeto do PSDB."
DE XICO GRAZIANO, assessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre a demanda de José Serra por prévias contra Aécio Neves no PSDB.
contraponto
O dobro ou nada
No início do almoço de Guido Mantega (Fazenda) com cerca de 400 empresários, anteontem em São Paulo, João Doria Jr., do Lide, anunciou que seria feita uma pesquisa expressa sobre expectativas para a economia.
Quanto Mantega terminou sua exposição, comentou:
--Você passou a pesquisa antes de eu falar. Agora que eu expliquei poderia melhorar um ponto e meio...
--Podemos fazer uma pesquisa pré e uma pós, se o senhor topar o risco... --replicou Doria.
O ministro preferiu deixar como estava.
LEGIÃO URBANA - MÔNICA BERGAMO
FOLHA DE SP - 28/08
Novo round na disputa de Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que integraram a Legião Urbana com Renato Russo (1960-1996), e o herdeiro do líder da banda, Giuliano Manfredini: a Justiça negou há alguns dias a segunda tentativa dos dois de usar a marca com o nome do grupo. O mérito da questão ainda será analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio.
PRETÉRITO PERFEITO
E o dinheiro arrecadado com as músicas de Russo será doado, em parte, para um instituto contra o alcoolismo batizado com o nome do cantor, criado por Manfredini. Que alfineta: "É lamentável ver a obra do meu pai ligada ao álcool". Marcelo Bonfá lançou uma cachaça com o nome "Perfeição", igual ao de uma canção que fez em parceria com Russo.
SUBJUNTIVO
"A palavra perfeição' não pertence a ninguém. É um substantivo da língua portuguesa", diz Bonfá. "O problema não está no produto, mas nas pessoas. Eu não sou alcoólatra. Até amor em excesso faz mal". Para o baterista, que diz defender moderação ao beber, alcoolismo é questão "pessoal".
SEM CHORO
Dilma Rousseff há tempos se queixava do chanceler Antonio Patriota. A oportunidade de demiti-lo por causa da crise com a Bolívia não foi lamentada por ela.
JOGO DURO
As relações do Brasil com a Bolívia atravessam fase tão turbulenta que, na negociação para a libertar os corintianos, um dos mediadores foi o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ele falou com Evo Morales sobre o caso.
JOGO DURO 2
Um dos argumentos usados por outros interlocutores do presidente da Bolívia também acionados foi o de que os milhares de bolivianos que vivem no Brasil poderiam sofrer algum tipo de hostilidade, já que o Corinthians é o time mais popular do país.
CAMINHO LIVRE
Propostas para dispensar do rodízio de carros advogados, cirurgiões-dentistas, policiais militares e civis e guardas civis metropolitanos serão analisadas hoje pelos vereadores de SP. Os projetos tentam acrescentar as categorias à lista de liberadas. Hoje, medida administrativa já isenta deficientes e médicos.
ALVO
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi furtado de novo. Ele teve o GPS surrupiado no domingo, quando deixou seu carro estacionado na rua Jaceguai, entre 18h e 23h30, para assistir à peça "Cacilda!!!", no Teatro Oficina. Quando voltou, encontrou o vidro do passageiro quebrado. "Por sorte não viram o celular", que também estava no veículo.
TRAVESSEIRO
Um espetáculo de teatro com 12 horas de duração. É o tempo que vai durar "Vigília", montagem com ingressos gratuitos que estreia em setembro, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. O espectador tanto poderá assistir a toda a peça de uma vez quanto ver algum tempo, sair, descansar e voltar para seguir o restante do enredo. O texto, de Cássio Pires, fala sobre a noite de um insone, com quem a plateia vivenciará a experiência.
CANETA E BISTURI
O cirurgião plástico Ivo Pitanguy já colocou o ponto final na sua biografia. Prevista para ser lançada pela editora Casa da Palavra, a obra foi escrita por ele mesmo, com a ajuda da escritora Lilian Fontes.
REGISTRO MUSICAL
As apresentadoras Mariana Weickert e Astrid Fontenelle assistiram à pré-estreia do documentário "Na Trilha da Canção", projeto dos irmãos Sarah Oliveira e Esmir Filho, para o GNT. Também estiveram no MIS, anteontem, as atrizes Mariana Ximenes e Gabriela Duarte e os cantores Otto, Marina Lima e Wanderléa.
QUASE CENTENÁRIO
O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, recebeu autoridades e esportistas no jantar de comemoração dos 99 anos do clube, anteontem, no Spaço Quatá. Entre eles, o presidente da CBF, José Maria Marin, o governador de SP, Geraldo Alckmin, e Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol.
EM TRÊS ATOS
A pesquisadora Sonia Guarita do Amaral esteve no lançamento do livro "1889", do jornalista e escritor Laurentino Gomes, anteontem, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A obra é o terceiro volume de uma trilogia que conta a história do Brasil. "1808" e "1822" são, respectivamente, o primeiro e o segundo volumes.
CURTO-CIRCUITO
A School of Rock, escola de rock para crianças, foi aberta ontem, na rua dos Chanés, 263, em Moema.
Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula, lança hoje, na feira PhotoImage Brasil, o Portal Fotos Públicas, banco de imagens com atualização diária.
Emerson Fittipaldi e Paulo Skaf realizam jantar hoje, na Fiesp, para celebrar a corrida Le Mans 6 Horas São Paulo.
A Fundação Energia e Saneamento lança hoje, no Museu da Energia, o livro "Transformações Urbanas: São Paulo 1893 a 1940".
PRETÉRITO PERFEITO
E o dinheiro arrecadado com as músicas de Russo será doado, em parte, para um instituto contra o alcoolismo batizado com o nome do cantor, criado por Manfredini. Que alfineta: "É lamentável ver a obra do meu pai ligada ao álcool". Marcelo Bonfá lançou uma cachaça com o nome "Perfeição", igual ao de uma canção que fez em parceria com Russo.
SUBJUNTIVO
"A palavra perfeição' não pertence a ninguém. É um substantivo da língua portuguesa", diz Bonfá. "O problema não está no produto, mas nas pessoas. Eu não sou alcoólatra. Até amor em excesso faz mal". Para o baterista, que diz defender moderação ao beber, alcoolismo é questão "pessoal".
SEM CHORO
Dilma Rousseff há tempos se queixava do chanceler Antonio Patriota. A oportunidade de demiti-lo por causa da crise com a Bolívia não foi lamentada por ela.
JOGO DURO
As relações do Brasil com a Bolívia atravessam fase tão turbulenta que, na negociação para a libertar os corintianos, um dos mediadores foi o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ele falou com Evo Morales sobre o caso.
JOGO DURO 2
Um dos argumentos usados por outros interlocutores do presidente da Bolívia também acionados foi o de que os milhares de bolivianos que vivem no Brasil poderiam sofrer algum tipo de hostilidade, já que o Corinthians é o time mais popular do país.
CAMINHO LIVRE
Propostas para dispensar do rodízio de carros advogados, cirurgiões-dentistas, policiais militares e civis e guardas civis metropolitanos serão analisadas hoje pelos vereadores de SP. Os projetos tentam acrescentar as categorias à lista de liberadas. Hoje, medida administrativa já isenta deficientes e médicos.
ALVO
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi furtado de novo. Ele teve o GPS surrupiado no domingo, quando deixou seu carro estacionado na rua Jaceguai, entre 18h e 23h30, para assistir à peça "Cacilda!!!", no Teatro Oficina. Quando voltou, encontrou o vidro do passageiro quebrado. "Por sorte não viram o celular", que também estava no veículo.
TRAVESSEIRO
Um espetáculo de teatro com 12 horas de duração. É o tempo que vai durar "Vigília", montagem com ingressos gratuitos que estreia em setembro, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. O espectador tanto poderá assistir a toda a peça de uma vez quanto ver algum tempo, sair, descansar e voltar para seguir o restante do enredo. O texto, de Cássio Pires, fala sobre a noite de um insone, com quem a plateia vivenciará a experiência.
CANETA E BISTURI
O cirurgião plástico Ivo Pitanguy já colocou o ponto final na sua biografia. Prevista para ser lançada pela editora Casa da Palavra, a obra foi escrita por ele mesmo, com a ajuda da escritora Lilian Fontes.
REGISTRO MUSICAL
As apresentadoras Mariana Weickert e Astrid Fontenelle assistiram à pré-estreia do documentário "Na Trilha da Canção", projeto dos irmãos Sarah Oliveira e Esmir Filho, para o GNT. Também estiveram no MIS, anteontem, as atrizes Mariana Ximenes e Gabriela Duarte e os cantores Otto, Marina Lima e Wanderléa.
QUASE CENTENÁRIO
O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, recebeu autoridades e esportistas no jantar de comemoração dos 99 anos do clube, anteontem, no Spaço Quatá. Entre eles, o presidente da CBF, José Maria Marin, o governador de SP, Geraldo Alckmin, e Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol.
EM TRÊS ATOS
A pesquisadora Sonia Guarita do Amaral esteve no lançamento do livro "1889", do jornalista e escritor Laurentino Gomes, anteontem, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. A obra é o terceiro volume de uma trilogia que conta a história do Brasil. "1808" e "1822" são, respectivamente, o primeiro e o segundo volumes.
CURTO-CIRCUITO
A School of Rock, escola de rock para crianças, foi aberta ontem, na rua dos Chanés, 263, em Moema.
Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula, lança hoje, na feira PhotoImage Brasil, o Portal Fotos Públicas, banco de imagens com atualização diária.
Emerson Fittipaldi e Paulo Skaf realizam jantar hoje, na Fiesp, para celebrar a corrida Le Mans 6 Horas São Paulo.
A Fundação Energia e Saneamento lança hoje, no Museu da Energia, o livro "Transformações Urbanas: São Paulo 1893 a 1940".
Pacto com os bancos - LUIZ CARLOS AZEDO
CORREIO BRAZILIENSE - 28/08
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez ontem um pacto com os presidentes dos grandes bancos privados do país para que financiem o programa de concessões do governo Dilma Rousseff, que corre risco de ir a pique se não mobilizar a iniciativa privada. É a contrapartida da política de elevação de juros que está sendo empreendida pelo Banco Central (BC), que hoje deve aumentar a taxa Selic para 8,75% ou 9%. Os bancos públicos também vão entrar no consórcio financeiro.
Participaram da reunião os banqueiros Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Bradesco; Roberto Setubal, do Itaú; Jesús Zabalza Lotina, do Santander; e André Esteves, do BTG. Os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine; da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda; e do BNDES, Luciano Coutinho, também estavam presentes.
O consórcio financiará os grupos vencedores dos leilões de concessões. Nenhuma instituição financeira isoladamente tem condições de bancar as concessões de ferrovias, rodovias, portos, aeroportos e exploração de petróleo. Mantega aposta todas as fichas no acordo. Precisa reverter as expectativas pessimistas do mercado, que colocam em xeque o sucesso do programa de concessões. Houve muito desentendimento entre a Fazenda e as empresas interessadas, por causa das taxas de retorno das concessões estabelecidas pelo governo.
Riscos
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, considerou a reunião positiva e está otimista com o acordo. “O Brasil, comparado com o bloco dos países emergentes, tem taxa de risco e de retorno dos mais adequados. Num momento como este, as concessões têm tudo para dar certo, pois o Brasil tem escala, mercado interno forte e emprego, e isso o torna atraente para os investidores globais”, disse.
Estão na muda
Roger Pinto cancelou a entrevista coletiva ontem porque teme a retaliação do Planalto, principalmente depois da demissão do ministro Antonio Patriota pela presidente Dilma Rousseff. O diplomata Eduardo Saboia, que trouxe o político boliviano para o Brasil, também cancelou a participação na reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Saboia responderá a um inquérito administrativo e, se depender da presidente Dilma Rousseff, será expulso do serviço público.
Radicalização
O debate sobre as relações do Brasil com a Bolívia está se radicalizando. Ontem, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou o governo. “Ao expor à execração pública o diplomata Eduardo Saboia, o governo brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas. Mais grave ainda, abandona as melhores tradições da nossa diplomacia”, disparou. O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, parabenizou Saboia. “Cumprimos uma tradição, própria do povo latino e brasileiro, que é abrigar. Tenho, por dever de consciência, que cumprimentar o diplomata que fez isso.”
Não gostou
A presidente Dilma Rousseff está irritadíssima com o caso Roger Pinto desde sábado, quando tomou conhecimento da chegada do boliviano ao Brasil. No domingo, com o vazamento da informação, decidiu defenestrar o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A demissão foi consumada na terça-feira, depois de o ministro da Defesa, Celso Amorim, comunicar ao chanceler que deveria pedir demissão e aceitar o cargo de novo representante do Brasil na ONU, no lugar de Luiz Alberto Figueiredo Machado, o novo ministro, a ser empossado hoje.
Garimpo/ O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) protestou ontem contra a repressão aos 7 mil garimpeiros de Serra Pelada que se manifestaram contra a empresa canadense Colossus Minerals no último domingo. “Foi uma das cenas mais brutais e injustas que vi nos últimos tempos”, disse. Os garimpeiros recebem 25% da extração de ouro e outros minérios da mina. Os 75% restantes ficam com a empresa.
Maracutaia/ Concurseiros ameaçam pedir na Justiça a anulação do concurso para o Ministério da Fazenda, aplicado no domingo passado. Segundo eles, a prova favorecia os petistas. Uma das questões exigia que o candidato conhecesse a posição do PT sobre financiamento de campanha.
Verdade
O governo deve preencher as duas vagas abertas na Comissão Nacional da Verdade até quinta-feira. Enfrenta uma fogueira de vaidades no próprio colegiado e entre militantes dos movimentos de defesa dos direitos humanos. A comissão, que investiga os casos de tortura durante a ditadura militar, pretende ouvir mais 400 pessoas
Plebiscito já// O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), está exultante: conseguiu ultrapassar as 171 assinaturas necessárias para apresentar a proposta de decreto legislativo convocando imediatamente um plebiscito sobre a reforma política, para que vigore já nas eleições de 2014. Tem apoio de mais de 200 parlamentares.
Participaram da reunião os banqueiros Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Bradesco; Roberto Setubal, do Itaú; Jesús Zabalza Lotina, do Santander; e André Esteves, do BTG. Os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine; da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda; e do BNDES, Luciano Coutinho, também estavam presentes.
O consórcio financiará os grupos vencedores dos leilões de concessões. Nenhuma instituição financeira isoladamente tem condições de bancar as concessões de ferrovias, rodovias, portos, aeroportos e exploração de petróleo. Mantega aposta todas as fichas no acordo. Precisa reverter as expectativas pessimistas do mercado, que colocam em xeque o sucesso do programa de concessões. Houve muito desentendimento entre a Fazenda e as empresas interessadas, por causa das taxas de retorno das concessões estabelecidas pelo governo.
Riscos
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, considerou a reunião positiva e está otimista com o acordo. “O Brasil, comparado com o bloco dos países emergentes, tem taxa de risco e de retorno dos mais adequados. Num momento como este, as concessões têm tudo para dar certo, pois o Brasil tem escala, mercado interno forte e emprego, e isso o torna atraente para os investidores globais”, disse.
Estão na muda
Roger Pinto cancelou a entrevista coletiva ontem porque teme a retaliação do Planalto, principalmente depois da demissão do ministro Antonio Patriota pela presidente Dilma Rousseff. O diplomata Eduardo Saboia, que trouxe o político boliviano para o Brasil, também cancelou a participação na reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Saboia responderá a um inquérito administrativo e, se depender da presidente Dilma Rousseff, será expulso do serviço público.
Radicalização
O debate sobre as relações do Brasil com a Bolívia está se radicalizando. Ontem, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou o governo. “Ao expor à execração pública o diplomata Eduardo Saboia, o governo brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas. Mais grave ainda, abandona as melhores tradições da nossa diplomacia”, disparou. O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, parabenizou Saboia. “Cumprimos uma tradição, própria do povo latino e brasileiro, que é abrigar. Tenho, por dever de consciência, que cumprimentar o diplomata que fez isso.”
Não gostou
A presidente Dilma Rousseff está irritadíssima com o caso Roger Pinto desde sábado, quando tomou conhecimento da chegada do boliviano ao Brasil. No domingo, com o vazamento da informação, decidiu defenestrar o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A demissão foi consumada na terça-feira, depois de o ministro da Defesa, Celso Amorim, comunicar ao chanceler que deveria pedir demissão e aceitar o cargo de novo representante do Brasil na ONU, no lugar de Luiz Alberto Figueiredo Machado, o novo ministro, a ser empossado hoje.
Garimpo/ O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) protestou ontem contra a repressão aos 7 mil garimpeiros de Serra Pelada que se manifestaram contra a empresa canadense Colossus Minerals no último domingo. “Foi uma das cenas mais brutais e injustas que vi nos últimos tempos”, disse. Os garimpeiros recebem 25% da extração de ouro e outros minérios da mina. Os 75% restantes ficam com a empresa.
Maracutaia/ Concurseiros ameaçam pedir na Justiça a anulação do concurso para o Ministério da Fazenda, aplicado no domingo passado. Segundo eles, a prova favorecia os petistas. Uma das questões exigia que o candidato conhecesse a posição do PT sobre financiamento de campanha.
Verdade
O governo deve preencher as duas vagas abertas na Comissão Nacional da Verdade até quinta-feira. Enfrenta uma fogueira de vaidades no próprio colegiado e entre militantes dos movimentos de defesa dos direitos humanos. A comissão, que investiga os casos de tortura durante a ditadura militar, pretende ouvir mais 400 pessoas
Plebiscito já// O líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), está exultante: conseguiu ultrapassar as 171 assinaturas necessárias para apresentar a proposta de decreto legislativo convocando imediatamente um plebiscito sobre a reforma política, para que vigore já nas eleições de 2014. Tem apoio de mais de 200 parlamentares.
FLÁVIA OLIVEIRA - NEGÓCIOS& CIA
O GLOBO - 28/08
Nova lei anticorrupção já mobiliza empresas
Punição mais severa fez aumentar procura de companhias brasileiras e estrangeiras por escritórios de advocacia
A Lei Anticorrupção, sancionada no início do mês, só entra em vigor no fim de janeiro de 2014, mas a corrida de empresas brasileiras e estrangeiras por escritórios de advocacia já começou. "Os clientes querem saber qual a abrangência da lei e como precisam adequar seus códigos internos", diz Renato Poltronieri, sócio do Demarest Advogados, onde as consultas saltaram 30% nas últimas semanas. A nova lei, que responsabiliza companhias envolvidas em irregularidades contra a administração pública e outros atos ilícitos, movimentou também o Veirano Advogados. A banca recebeu cerca de 40 consultas em 20 dias. "As multinacionais querem saber se precisam modificar ou ampliar seus programas de compliance . As nacionais que não têm já solicitaram elaboração", afirma Luiz Navarro, sócio do Veirano Advogados e ex-secretário-executivo da Controladoria-Geral da União. Para Shin Jae Kim, sócia do Tozzini Freire, a lei acendeu a luz das empresas sobre a necessidade de esclarecer quais os riscos do negócio, qual comportamento esperam dos funcionários e como responderão às infrações. Ela diz que a nova regra deve também aquecer o mercado de consultores da área.
Duas consultas por dia
É a média de demandas que o Veiranos Advogados tem recebido. Quinze empresas procuraram o escritório pedindo serviços como programas de compliance e treinamento, desde o início do mês.
Antecipado
O Banco do Brasil bateu R$ 1 bilhão na linha de crédito de antecipação do 13º salário. Só em julho, emprestou R$ 160 milhões, o dobro do mês anterior. Os juros começam em 2,59% ao mês.
Consumo
A Saphyr, administradora de shoppings, lança um par de empreendimentos no Norte do país, hoje e amanhã.
Apresenta a lojistas, em São Paulo, os shoppings Manaus ViaNorte e Pátio Roraima. A empresa tem dez shoppings e planeja mais cinco nos próximos quatro anos.
Fotográfico
Levantamento da feira PhotoImage Brasil aponta que credenciados planejam investir R$ 130 milhões no mercado de imagem nos próximos seis meses. O evento vai de hoje a sexta, em SP. Terá 500 expositoras e cerca de 34 mil visitantes.
Têxtil
A Costura Rio, feira do setor têxtil, deve girar R$ 80 milhões em negócios. A previsão é do Sindcon, que reúne indústrias de confecções de Petrópolis. O evento será na cidade, de 10 a 14 do mês que vem. Deve receber três mil pessoas.
Encostas
A Geo-Rio, da prefeitura, fez vistoria em 1.355 encostas da cidade no 1º semestre.
O número equivale a 70% do total de 2012, de 1.943. Os motivos vão de fiscalização de obras a emergências.
Criançada
O comércio carioca espera alta de 5% nas vendas para o Dia da Criança 2013.O CDL-Rio ouviu 500 lojistas. Mais da metade (57%) prevê resultado melhor que o de 2012.O preço médio dos presentes deve ser de R$ 130. Brinquedos (38%) e roupas (34%) estão no topo da lista.
McDia
O McDonald’s prevê alta de 8% na receita de venda de Big Mac, sábado, no McDia Feliz. Em 2012, foram R$ 18,3 milhões. A rede separou 141 mil dúzias de pães e 151 mil quilos de carne. A renda é em prol de crianças com câncer.
Vôlei
A Prefeitura de Itaboraí (RJ) vai destinar R$ 100 mil à implantação de cinco núcleos do Viva Vôlei. Vão beneficiar mil crianças. O projeto da CBV soma 75 núcleos no país, com 250 mil assistidos.
Capitalização
A Brasilcap abocanhou 30% do mercado fluminense de capitalização até junho. A empresa é líder no Rio. No país, faturou R$ 3,1 bilhões no 1º semestre, alta de 67%.
LIMPEZA
A Souza Cruz aderiu à campanha Lixo Zero. Em parceria com a Comlurb, vai orientar fumantes sobre o descarte correto de filtros de cigarros. A ação será lançada dia 5 de setembro. Em outubro, cinco mil pontos de venda serão adesivados.
SEM PRECONCEITO
A discriminação contra pessoas portadoras de deficiência é tema da campanha que a Z+, do grupo Havas, criou para a AACD. Em close, um jovem negro lista problemas que enfrenta no dia a dia. No quadro amplo, se vê que ele é cadeirante. Os cineastas Heitor Dhalia e Pedro Coutinho dirigiram. O filme entra no ardia 1º, na TV Globo.
LINGERIE
A Duloren põe no ar hoje o novo site.
A marca de lingerie quer conquistar os internautas, com uma atmosfera de mistério e sensualidade. Madame D é a personagem fictícia, que dará dicas às usuárias. A coleção masculina terá link específico. O ambiente também estará disponível em tablets e smartphones. A fabricante estima alta de20%em vendas. A Blender assina.
Nova lei anticorrupção já mobiliza empresas
Punição mais severa fez aumentar procura de companhias brasileiras e estrangeiras por escritórios de advocacia
A Lei Anticorrupção, sancionada no início do mês, só entra em vigor no fim de janeiro de 2014, mas a corrida de empresas brasileiras e estrangeiras por escritórios de advocacia já começou. "Os clientes querem saber qual a abrangência da lei e como precisam adequar seus códigos internos", diz Renato Poltronieri, sócio do Demarest Advogados, onde as consultas saltaram 30% nas últimas semanas. A nova lei, que responsabiliza companhias envolvidas em irregularidades contra a administração pública e outros atos ilícitos, movimentou também o Veirano Advogados. A banca recebeu cerca de 40 consultas em 20 dias. "As multinacionais querem saber se precisam modificar ou ampliar seus programas de compliance . As nacionais que não têm já solicitaram elaboração", afirma Luiz Navarro, sócio do Veirano Advogados e ex-secretário-executivo da Controladoria-Geral da União. Para Shin Jae Kim, sócia do Tozzini Freire, a lei acendeu a luz das empresas sobre a necessidade de esclarecer quais os riscos do negócio, qual comportamento esperam dos funcionários e como responderão às infrações. Ela diz que a nova regra deve também aquecer o mercado de consultores da área.
Duas consultas por dia
É a média de demandas que o Veiranos Advogados tem recebido. Quinze empresas procuraram o escritório pedindo serviços como programas de compliance e treinamento, desde o início do mês.
Antecipado
O Banco do Brasil bateu R$ 1 bilhão na linha de crédito de antecipação do 13º salário. Só em julho, emprestou R$ 160 milhões, o dobro do mês anterior. Os juros começam em 2,59% ao mês.
Consumo
A Saphyr, administradora de shoppings, lança um par de empreendimentos no Norte do país, hoje e amanhã.
Apresenta a lojistas, em São Paulo, os shoppings Manaus ViaNorte e Pátio Roraima. A empresa tem dez shoppings e planeja mais cinco nos próximos quatro anos.
Fotográfico
Levantamento da feira PhotoImage Brasil aponta que credenciados planejam investir R$ 130 milhões no mercado de imagem nos próximos seis meses. O evento vai de hoje a sexta, em SP. Terá 500 expositoras e cerca de 34 mil visitantes.
Têxtil
A Costura Rio, feira do setor têxtil, deve girar R$ 80 milhões em negócios. A previsão é do Sindcon, que reúne indústrias de confecções de Petrópolis. O evento será na cidade, de 10 a 14 do mês que vem. Deve receber três mil pessoas.
Encostas
A Geo-Rio, da prefeitura, fez vistoria em 1.355 encostas da cidade no 1º semestre.
O número equivale a 70% do total de 2012, de 1.943. Os motivos vão de fiscalização de obras a emergências.
Criançada
O comércio carioca espera alta de 5% nas vendas para o Dia da Criança 2013.O CDL-Rio ouviu 500 lojistas. Mais da metade (57%) prevê resultado melhor que o de 2012.O preço médio dos presentes deve ser de R$ 130. Brinquedos (38%) e roupas (34%) estão no topo da lista.
McDia
O McDonald’s prevê alta de 8% na receita de venda de Big Mac, sábado, no McDia Feliz. Em 2012, foram R$ 18,3 milhões. A rede separou 141 mil dúzias de pães e 151 mil quilos de carne. A renda é em prol de crianças com câncer.
Vôlei
A Prefeitura de Itaboraí (RJ) vai destinar R$ 100 mil à implantação de cinco núcleos do Viva Vôlei. Vão beneficiar mil crianças. O projeto da CBV soma 75 núcleos no país, com 250 mil assistidos.
Capitalização
A Brasilcap abocanhou 30% do mercado fluminense de capitalização até junho. A empresa é líder no Rio. No país, faturou R$ 3,1 bilhões no 1º semestre, alta de 67%.
LIMPEZA
A Souza Cruz aderiu à campanha Lixo Zero. Em parceria com a Comlurb, vai orientar fumantes sobre o descarte correto de filtros de cigarros. A ação será lançada dia 5 de setembro. Em outubro, cinco mil pontos de venda serão adesivados.
SEM PRECONCEITO
A discriminação contra pessoas portadoras de deficiência é tema da campanha que a Z+, do grupo Havas, criou para a AACD. Em close, um jovem negro lista problemas que enfrenta no dia a dia. No quadro amplo, se vê que ele é cadeirante. Os cineastas Heitor Dhalia e Pedro Coutinho dirigiram. O filme entra no ardia 1º, na TV Globo.
LINGERIE
A Duloren põe no ar hoje o novo site.
A marca de lingerie quer conquistar os internautas, com uma atmosfera de mistério e sensualidade. Madame D é a personagem fictícia, que dará dicas às usuárias. A coleção masculina terá link específico. O ambiente também estará disponível em tablets e smartphones. A fabricante estima alta de20%em vendas. A Blender assina.
MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP- 28/08
Tarifas aéreas subirão cerca de 40% até o final do ano, prevê consultoria
O preço das passagens aéreas deverá subir cerca de 40% até o final de 2013, de acordo com a projeção da consultoria LCA.
A alta será consequência da desvalorização do real, que ampliará os custos das companhias, em especial com combustível.
"Parte desse aumento também poderá ser atribuído à sazonalidade. As passagens no fim do ano, principalmente em novembro e dezembro, costumam vir mais caras", diz Fernando Sampaio, sócio da empresa.
"Se fosse depender da demanda, que continua fraca, não haveria alta", acrescenta o economista.
A queda de 26% no preço das tarifas registrada desde o início do ano até este mês, porém, deve suavizar o resultado anual.
Com o avanço dos valores das tarifas, o setor deve fechar 2013 com um crescimento menor do que o previsto, segundo a consultoria.
No mês passado, a LCA projetava uma expansão de 3% no volume de passageiros no acumulado deste ano.
Esse número foi revisto agora para 2,5%.
O crescimento deverá ser o menor registrado nos últimos anos pelo setor. Em 2012, a alta foi de 5,2%.
No primeiro semestre, a elevação já havia sido fraca, de 1,2%, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O segmento doméstico avançou apenas 0,1%.
LENTE DE AUMENTO
A Shamir, empresa israelense especialista em lentes oftálmicas corretivas, deve começar a fabricar seus produtos no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2014.
A companhia vai investir cerca de R$ 30 milhões na compra de laboratórios no Estado de São Paulo para poder iniciar a produção.
O grupo atua no país desde agosto do ano passado, mas a fabricação das lentes é feita, desde então, por meio de empresas parceiras.
O CEO da companhia, Amos Netzer, esteve no país nos últimos dois dias para fechar os negócios. Os detalhes devem ser divulgados em até dois meses.
"Estrategicamente, o Brasil é muito importante para nossos planos de expansão. O país tem um mercado crescente e maduro para lentes progressivas [para perto e longe]", afirma.
Uma das apostas da empresa entre os brasileiros é a ampliação do segmento de lentes adaptadas para armações curvadas, que tem público sobretudo entre praticantes de esportes.
US$ 200 MILHÕES
foi o faturamento global da empresa no ano passado
US$ 270 MILHÕES
é a estimativa de faturamento do grupo para 2013
2.000
é o número de funcionários da companhia
Valor financiado no 1º semestre por agência de fomento recua
O primeiro semestre fechou com queda de 14,5% nos financiamentos para pequenas e médias empresas e prefeituras feitos pela Desenvolve SP, na comparação com o mesmo período de 2012.
De janeiro a junho deste ano, a agência de fomento do governo do Estado de São Paulo desembolsou R$ 149,6 milhões, ante R$ 175 milhões nos primeiros seis meses do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses, a instituição ainda registra alta de 13,4%.
A queda no primeiro semestre revela, segundo a agência, mudança de postura dos empresários sobre seus projetos de expansão.
Os motivos são a situação econômica, como a questão inflacionária, a volatilidade do câmbio e outros fatores que geram um ambiente de incerteza para novos investimentos, segundo o órgão.
Dos financiamentos liberados neste ano, 72% foram destinados a projetos de longo prazo e 28% para capital de giro. A maior parte (56%) dos desembolsos foi para o setor industrial.
COSMÉTICOS À VISTA
O grupo farmacêutico Porto Bianco investe R$ 20 milhões para ampliar o seu parque industrial em São Carlos, no interior paulista.
A unidade deverá ser concluída em janeiro de 2014. Ela será dividida em três segmentos de produção: medicamentos fitoterápicos, cosméticos e alimentos funcionais.
"A planta terá 5.000 metros quadrados no total, mas o terreno é maior. É próprio para uma nova expansão, pois o mercado está crescendo muito", diz Maria Paula Porto Bianco, presidente da empresa.
Antes do projeto de ampliação do parque industrial, o grupo fabricava seus produtos em uma unidade de 200 metros quadrados.
A expectativa é que a produção passe de 60 mil unidades por mês para 300 mil unidades nos primeiros meses após a inauguração.
Investimento... A construção da ponte estaiada de Fortaleza (CE) foi incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A obra receberá recursos de R$ 259 milhões do Tesouro federal e de R$ 79 milhões do Estado.
...nas alturas O projeto está em fase de licitação. A ponte terá 850 metros e dois mastros de sustentação. A estrutura ligará o bairro Cidade 2.000 ao Centro de Eventos do Ceará, com a proposta de desafogar o trânsito na região.
Agenda atualizada
Operadoras de telefonia registraram uma alta no final de semana passado na quantidade de downloads de aplicativos que inserem o dígito nove antes de números de celular.
No último domingo, os aparelhos do interior de São Paulo ganharam o dígito por determinação da Anatel.
O aplicativo da Telefônica Vivo foi baixado cerca de 70 mil vezes no período. O da Oi teve 3.900 downloads.
A Embratel também fornece o serviço. A companhia, porém, não divulgou o balanço do final de semana.
A Claro não possui o aplicativo, assim como a TIM, que afirmou que está desenvolvendo o programa.
Tarifas aéreas subirão cerca de 40% até o final do ano, prevê consultoria
O preço das passagens aéreas deverá subir cerca de 40% até o final de 2013, de acordo com a projeção da consultoria LCA.
A alta será consequência da desvalorização do real, que ampliará os custos das companhias, em especial com combustível.
"Parte desse aumento também poderá ser atribuído à sazonalidade. As passagens no fim do ano, principalmente em novembro e dezembro, costumam vir mais caras", diz Fernando Sampaio, sócio da empresa.
"Se fosse depender da demanda, que continua fraca, não haveria alta", acrescenta o economista.
A queda de 26% no preço das tarifas registrada desde o início do ano até este mês, porém, deve suavizar o resultado anual.
Com o avanço dos valores das tarifas, o setor deve fechar 2013 com um crescimento menor do que o previsto, segundo a consultoria.
No mês passado, a LCA projetava uma expansão de 3% no volume de passageiros no acumulado deste ano.
Esse número foi revisto agora para 2,5%.
O crescimento deverá ser o menor registrado nos últimos anos pelo setor. Em 2012, a alta foi de 5,2%.
No primeiro semestre, a elevação já havia sido fraca, de 1,2%, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O segmento doméstico avançou apenas 0,1%.
LENTE DE AUMENTO
A Shamir, empresa israelense especialista em lentes oftálmicas corretivas, deve começar a fabricar seus produtos no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2014.
A companhia vai investir cerca de R$ 30 milhões na compra de laboratórios no Estado de São Paulo para poder iniciar a produção.
O grupo atua no país desde agosto do ano passado, mas a fabricação das lentes é feita, desde então, por meio de empresas parceiras.
O CEO da companhia, Amos Netzer, esteve no país nos últimos dois dias para fechar os negócios. Os detalhes devem ser divulgados em até dois meses.
"Estrategicamente, o Brasil é muito importante para nossos planos de expansão. O país tem um mercado crescente e maduro para lentes progressivas [para perto e longe]", afirma.
Uma das apostas da empresa entre os brasileiros é a ampliação do segmento de lentes adaptadas para armações curvadas, que tem público sobretudo entre praticantes de esportes.
US$ 200 MILHÕES
foi o faturamento global da empresa no ano passado
US$ 270 MILHÕES
é a estimativa de faturamento do grupo para 2013
2.000
é o número de funcionários da companhia
Valor financiado no 1º semestre por agência de fomento recua
O primeiro semestre fechou com queda de 14,5% nos financiamentos para pequenas e médias empresas e prefeituras feitos pela Desenvolve SP, na comparação com o mesmo período de 2012.
De janeiro a junho deste ano, a agência de fomento do governo do Estado de São Paulo desembolsou R$ 149,6 milhões, ante R$ 175 milhões nos primeiros seis meses do ano passado.
No acumulado dos últimos 12 meses, a instituição ainda registra alta de 13,4%.
A queda no primeiro semestre revela, segundo a agência, mudança de postura dos empresários sobre seus projetos de expansão.
Os motivos são a situação econômica, como a questão inflacionária, a volatilidade do câmbio e outros fatores que geram um ambiente de incerteza para novos investimentos, segundo o órgão.
Dos financiamentos liberados neste ano, 72% foram destinados a projetos de longo prazo e 28% para capital de giro. A maior parte (56%) dos desembolsos foi para o setor industrial.
COSMÉTICOS À VISTA
O grupo farmacêutico Porto Bianco investe R$ 20 milhões para ampliar o seu parque industrial em São Carlos, no interior paulista.
A unidade deverá ser concluída em janeiro de 2014. Ela será dividida em três segmentos de produção: medicamentos fitoterápicos, cosméticos e alimentos funcionais.
"A planta terá 5.000 metros quadrados no total, mas o terreno é maior. É próprio para uma nova expansão, pois o mercado está crescendo muito", diz Maria Paula Porto Bianco, presidente da empresa.
Antes do projeto de ampliação do parque industrial, o grupo fabricava seus produtos em uma unidade de 200 metros quadrados.
A expectativa é que a produção passe de 60 mil unidades por mês para 300 mil unidades nos primeiros meses após a inauguração.
Investimento... A construção da ponte estaiada de Fortaleza (CE) foi incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A obra receberá recursos de R$ 259 milhões do Tesouro federal e de R$ 79 milhões do Estado.
...nas alturas O projeto está em fase de licitação. A ponte terá 850 metros e dois mastros de sustentação. A estrutura ligará o bairro Cidade 2.000 ao Centro de Eventos do Ceará, com a proposta de desafogar o trânsito na região.
Agenda atualizada
Operadoras de telefonia registraram uma alta no final de semana passado na quantidade de downloads de aplicativos que inserem o dígito nove antes de números de celular.
No último domingo, os aparelhos do interior de São Paulo ganharam o dígito por determinação da Anatel.
O aplicativo da Telefônica Vivo foi baixado cerca de 70 mil vezes no período. O da Oi teve 3.900 downloads.
A Embratel também fornece o serviço. A companhia, porém, não divulgou o balanço do final de semana.
A Claro não possui o aplicativo, assim como a TIM, que afirmou que está desenvolvendo o programa.
Guerra e bombas no mercado - VINICIUS TORRES FREIRE
FOLHA DE SP - 28/08
Espera-se que crise síria acabe rapidamente, para o bem dos sírios e da economia mundial
UMA SEMANA de confusão na Síria não vai ser capaz de fazer ainda mais estragos na economia brasileira do que o revertério das taxas de juros dos Estados Unidos e a decorrente escalada do dólar têm provocado. Nem de longe. Mas:
1) Quem pode dizer que vai durar uma semana?
2) Quem pode dizer que uma semana de confusão na Síria determina o que ocorre nos mercados financeiros, no brasileiro em particular?
Sim, o preço do petróleo subiu bastante ontem, seguindo uma reação entre razoável e estereotipada dos povos do mercado. Mas o dólar ficou mais baratinho ontem no Brasil, na direção contrária de outras moedas de emergentes importantes. Essas seguiram a direção "normal" dos momentos de faniquito ou suposto faniquito, quando se vendem ativos de risco (Bolsa, moedas de países mais pobres etc.) e se compram ativos americanos (títulos da dívida), moedas de país rico, ouro.
O pessoal do mercado brasileiro dizia que o dólar caiu porque entrou dinheiro grosso, ontem. A Bovespa seguiu a manada mundial. Mas sempre pode haver desculpas furadas no mercado. De qualquer modo, não precisávamos de mais incerteza e, em seguida aos prováveis ataques à Síria, de mais riscos.
Não se sabe quando os ataques começam (se a tensão vai ser prolongada, afora o tempo do bombardeio em si). Não se sabe se haverá um bombardeio "cirúrgico", durante dois ou três dias. Se, depois da primeira onda de bombas, haverá necessidade de completar o estrago ou de convencer mais decisivamente Assad de restringir a carnificina ao "business as usual", à rotina, por assim dizer.
Não se sabe se as bombas "cirúrgicas" vão acabar, como de costume, matando um monte de gente inocente, causando revolta adicional pelo Oriente Médio. Segundo os entendidos, nem é possível saber agora se os EUA e companhia pretendem dar uma balançada mais decisiva na ditadura síria.
A opinião convencional é que os EUA não querem forçar a barra, pois podem acabar com um governo islâmico doidivanas no colo. Mas há especialista no assunto para quem um piparote mais forte em Assad não é carta fora do baralho. Enfim, uma consequência impremeditada do ataque pode ser uma reação contra Assad vinda do próprio regime.
E daí?
Daí que não se pode descartar desdobramento mais longo para a crise. Pode haver reação doidivanas de Assad. Pode haver reação maluca de seus amigos no Iraque (grande petroleiro) ou alhures, nas zonas de transporte de petróleo. Quanto mais duradoura a confusão, pior para o preço do petróleo, óbvio, mais ainda se coajduvada por uma alta rápida e adicional do dólar.
Ainda assim, seria preciso algo parecido com uma guerra, série feia de atentados ou crises sérias entre países da região para que o desarranjo provocasse danos duradouros no mercado de petróleo.
Duas semanas de crise vão colocar um dedo na ferida, mas não vão fazer muita diferença na toada principal da mudança pela qual vamos passar, que depende dos juros americanos e da ordem das nossas contas (públicas, externas, inflação). Claro, guerra no Oriente Médio e petróleo em disparada causam recessão até nos Estados Unidos. No entanto, ainda não há guerra.
Espera-se que crise síria acabe rapidamente, para o bem dos sírios e da economia mundial
UMA SEMANA de confusão na Síria não vai ser capaz de fazer ainda mais estragos na economia brasileira do que o revertério das taxas de juros dos Estados Unidos e a decorrente escalada do dólar têm provocado. Nem de longe. Mas:
1) Quem pode dizer que vai durar uma semana?
2) Quem pode dizer que uma semana de confusão na Síria determina o que ocorre nos mercados financeiros, no brasileiro em particular?
Sim, o preço do petróleo subiu bastante ontem, seguindo uma reação entre razoável e estereotipada dos povos do mercado. Mas o dólar ficou mais baratinho ontem no Brasil, na direção contrária de outras moedas de emergentes importantes. Essas seguiram a direção "normal" dos momentos de faniquito ou suposto faniquito, quando se vendem ativos de risco (Bolsa, moedas de países mais pobres etc.) e se compram ativos americanos (títulos da dívida), moedas de país rico, ouro.
O pessoal do mercado brasileiro dizia que o dólar caiu porque entrou dinheiro grosso, ontem. A Bovespa seguiu a manada mundial. Mas sempre pode haver desculpas furadas no mercado. De qualquer modo, não precisávamos de mais incerteza e, em seguida aos prováveis ataques à Síria, de mais riscos.
Não se sabe quando os ataques começam (se a tensão vai ser prolongada, afora o tempo do bombardeio em si). Não se sabe se haverá um bombardeio "cirúrgico", durante dois ou três dias. Se, depois da primeira onda de bombas, haverá necessidade de completar o estrago ou de convencer mais decisivamente Assad de restringir a carnificina ao "business as usual", à rotina, por assim dizer.
Não se sabe se as bombas "cirúrgicas" vão acabar, como de costume, matando um monte de gente inocente, causando revolta adicional pelo Oriente Médio. Segundo os entendidos, nem é possível saber agora se os EUA e companhia pretendem dar uma balançada mais decisiva na ditadura síria.
A opinião convencional é que os EUA não querem forçar a barra, pois podem acabar com um governo islâmico doidivanas no colo. Mas há especialista no assunto para quem um piparote mais forte em Assad não é carta fora do baralho. Enfim, uma consequência impremeditada do ataque pode ser uma reação contra Assad vinda do próprio regime.
E daí?
Daí que não se pode descartar desdobramento mais longo para a crise. Pode haver reação doidivanas de Assad. Pode haver reação maluca de seus amigos no Iraque (grande petroleiro) ou alhures, nas zonas de transporte de petróleo. Quanto mais duradoura a confusão, pior para o preço do petróleo, óbvio, mais ainda se coajduvada por uma alta rápida e adicional do dólar.
Ainda assim, seria preciso algo parecido com uma guerra, série feia de atentados ou crises sérias entre países da região para que o desarranjo provocasse danos duradouros no mercado de petróleo.
Duas semanas de crise vão colocar um dedo na ferida, mas não vão fazer muita diferença na toada principal da mudança pela qual vamos passar, que depende dos juros americanos e da ordem das nossas contas (públicas, externas, inflação). Claro, guerra no Oriente Médio e petróleo em disparada causam recessão até nos Estados Unidos. No entanto, ainda não há guerra.
As incógnitas do Copom - CELSO MING
O Estado de S.Paulo - 28/08
O mais difícil para a decisão a ser tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira não será aumentar os juros básicos (Selic), providência que está na previsão geral, mas projetar duas variáveis importantes da economia brasileira: o novo patamar das cotações do dólar e a inflação futura.
Não há segurança de que as decisões tomadas na semana passada sejam suficientes para segurar o câmbio à altura em que está, aí por volta de R$ 2,35 ou R$ 2,40. Até mesmo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, um dos defensores do real desvalorizado, já avisou que considera essa cotação alta demais.
A aposta declarada do Ministério da Fazenda é a de que as atuais pressões sobre o dólar são "passageiras". Baseiam-se no pressuposto de que sua principal causa eficiente seja a já anunciada reversão da política monetária fortemente expansionista do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que estaria provocando expectativas exageradas demais de escassez de dólares no mercado global. Assim, tão logo a operação desmonte seja colocada em prática, a crise (aliás, "minicrise", como prefere chamar o ministro Mantega) deverá dissipar-se. É um jeito de dizer que não é preciso fazer nada. Ou melhor, é um jeito de dizer que o governo Dilma não quer enfrentar nenhum problema de fundo da economia, porque acredita em que esta seja a melhor postura para dar cumprimento ao calendário eleitoral.
Essa postura de deixar rolar não é inteiramente partilhada pelo Banco Central, hoje mais empenhado em recuperar credibilidade. Seus dirigentes vêm reconhecendo as debilidades da economia e já deixaram claro que a atual condução da política de despesas públicas não está ajudando a empurrar a inflação para a meta; que a falta de confiança dos agentes econômicos é fatal; e que o rombo crescente nas contas externas é fator que concorre para provocar a corrida em direção à proteção (hedge).
O Banco Central sabe que é difícil inverter uma tendência firme do câmbio, especialmente quando nada de eficaz se faz para reverter o pessimismo que prevalece sobre a atividade econômica. Mas, aparentemente, esperava que a nova estratégia do câmbio, baseada na "ração diária" de US$ 500 milhões em leilões de swaps de segunda a quinta-feira mais os leilões de linha de US$ 1 bilhão às sextas-feiras, fosse suficiente para empurrar as cotações do dólar para baixo. Não é certo que seja.
Por essas e outras, o Banco Central terá de trabalhar em estrada sinuosa, barrenta e carregada de neblina para projetar o comportamento futuro do câmbio e seu impacto sobre a inflação.
Mas essa não é hoje a única incógnita que impede uma boa avaliação da inflação que vem vindo aí. O aquecimento desigual do mercado de trabalho é uma delas. A necessidade premente de corrigir as tarifas dos combustíveis é outra. E, dependendo para a que alturas for o reajuste do óleo diesel, será inevitável, também, que se revejam as tarifas dos transportes urbanos - e aí sobram as pressões das manifestações de junho e o que já veio depois disso.
O mais difícil para a decisão a ser tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira não será aumentar os juros básicos (Selic), providência que está na previsão geral, mas projetar duas variáveis importantes da economia brasileira: o novo patamar das cotações do dólar e a inflação futura.
Não há segurança de que as decisões tomadas na semana passada sejam suficientes para segurar o câmbio à altura em que está, aí por volta de R$ 2,35 ou R$ 2,40. Até mesmo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, um dos defensores do real desvalorizado, já avisou que considera essa cotação alta demais.
A aposta declarada do Ministério da Fazenda é a de que as atuais pressões sobre o dólar são "passageiras". Baseiam-se no pressuposto de que sua principal causa eficiente seja a já anunciada reversão da política monetária fortemente expansionista do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que estaria provocando expectativas exageradas demais de escassez de dólares no mercado global. Assim, tão logo a operação desmonte seja colocada em prática, a crise (aliás, "minicrise", como prefere chamar o ministro Mantega) deverá dissipar-se. É um jeito de dizer que não é preciso fazer nada. Ou melhor, é um jeito de dizer que o governo Dilma não quer enfrentar nenhum problema de fundo da economia, porque acredita em que esta seja a melhor postura para dar cumprimento ao calendário eleitoral.
Essa postura de deixar rolar não é inteiramente partilhada pelo Banco Central, hoje mais empenhado em recuperar credibilidade. Seus dirigentes vêm reconhecendo as debilidades da economia e já deixaram claro que a atual condução da política de despesas públicas não está ajudando a empurrar a inflação para a meta; que a falta de confiança dos agentes econômicos é fatal; e que o rombo crescente nas contas externas é fator que concorre para provocar a corrida em direção à proteção (hedge).
O Banco Central sabe que é difícil inverter uma tendência firme do câmbio, especialmente quando nada de eficaz se faz para reverter o pessimismo que prevalece sobre a atividade econômica. Mas, aparentemente, esperava que a nova estratégia do câmbio, baseada na "ração diária" de US$ 500 milhões em leilões de swaps de segunda a quinta-feira mais os leilões de linha de US$ 1 bilhão às sextas-feiras, fosse suficiente para empurrar as cotações do dólar para baixo. Não é certo que seja.
Por essas e outras, o Banco Central terá de trabalhar em estrada sinuosa, barrenta e carregada de neblina para projetar o comportamento futuro do câmbio e seu impacto sobre a inflação.
Mas essa não é hoje a única incógnita que impede uma boa avaliação da inflação que vem vindo aí. O aquecimento desigual do mercado de trabalho é uma delas. A necessidade premente de corrigir as tarifas dos combustíveis é outra. E, dependendo para a que alturas for o reajuste do óleo diesel, será inevitável, também, que se revejam as tarifas dos transportes urbanos - e aí sobram as pressões das manifestações de junho e o que já veio depois disso.