quarta-feira, julho 25, 2012

CONTA-CORRENTE - MÔNICA BERGAMO

FOLHA DE SP - 25/07

A Prefeitura de SP estuda processar o alemão Deutsche Bank por perdas e danos no escândalo em que Paulo Maluf (PP-SP) é acusado de desviar recursos da administração. A instituição transferiu dinheiro de empresas do ex-prefeito do Brasil para paraísos fiscais. Os advogados trabalham com um prejuízo de mais de
US$ 200 milhões que teria que ser ressarcido pelo banco.

CONTA VAZIA
A prefeitura pretende acionar o Deutsche caso a Justiça de Jersey determine que recursos em contas de empresas ligadas a Maluf devam ser devolvidos ao Brasil. O ex-prefeito nega as acusações e diz que não tem contas no exterior. O Deutsche não se manifestou até o fechamento da coluna.

SÓCIO FORÇADO
E, caso vença a ação em Jersey, a prefeitura pode virar sócia da Eucatex, empresa de Maluf. É que os recursos no paraíso fiscal foram transformados em ações da companhia. A administração paulistana precisaria converter novamente os papéis em dinheiro, leiloando a sua parte na sociedade.

ESCALADA
O governo de SP divulga hoje novo balanço da violência no Estado. Os índices de homicídio estão entre os piores do levantamento.

CHAMADO DE DEUS
O pastor Silas Malafaia, um dos principais adversários do bispo Edir Macedo, procura terreno para abrir a primeira filial de sua igreja, a carioca Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em São Paulo. Ele diz que tem planos de inaugurar mil templos no país até 2022.

QUEBRA TUDO
A produtora Hungry Man usará leis de incentivo na captação de R$ 1 milhão para fazer um documentário sobre Rodrigo Minotauro, com roteiro de Pedro Bial. O diretor, Fernando Serzedelo, está há um ano na cola do lutador de MMA (artes marciais mistas), inclusive quando ele teve de colocar 17 parafusos após quebrar o braço, num campeonato no Canadá.

DOBRADINHA
O rapper americano Kanye West pediu autorização ao compositor brasileiro Marcos Valle para usar um trecho da canção instrumental "Bodas de Sangue" (1972) em seu novo disco. A mistura poderá ser ouvida na faixa "New God Flow", que já está na internet.

SALDÃO
Promotores de venda com camisetas da TIM abordavam pessoas na frente da estação Consolação do metrô, ontem pela manhã, oferecendo chips gratuitos de linhas pré-pagas e R$ 10 de crédito. A Anatel suspendeu a venda de chips da Claro, operadora concorrente, na capital paulista. A TIM afirma que orienta seus revendedores a cobrarem R$ 10 pelo chip e que qualquer valor diferente praticado é um caso isolado.

IH, FORA!
O público pediu bis, e Criolo e sua banda até voltaram ao palco do Central Park em Nova York (EUA), em show apresentado no sábado no festival Summer Stage. Mas a produção do evento não deixou e cortou o som do microfone do rapper.

HERDEIROS BRIGAM POR 'PAGADOR DE PROMESSAS'

Esquenta a disputa entre herdeiros do diretor Anselmo Duarte, de "O Pagador de Promessas", e o produtor Aníbal Massaini, que administra a obra e tem direitos exclusivos sobre a sua exibição. O filme é um ícone, já que é o único da história do cinema brasileiro a ganhar a Palma de Ouro em Cannes, em 1962.

"Vamos à Justiça para cancelar esse contrato e exigir informações. Desde que me conheço por gente, não vejo uma prestação de contas", diz Ricardo Duarte, filho do diretor, morto em 2009.

As declarações foram dadas à coluna depois que Massaini anunciou que tentaria impedir a exibição do filme no MIS (Museu da Imagem e do Som) nesta semana, em SP, porque não teria sido consultado sobre a sessão.

"Nossa empresa já distribuiu 300 filmes e é enaltecida pela transparência na prestação de contas. 'O Pagador de Promessas' não seria uma exceção", diz Massaini. "Qualquer pessoa pode entrar com a ação que quiser. Mas a primeira coisa que eles [herdeiros de Anselmo] deveriam fazer é respeitar um contrato que existe há 50 anos."

O produtor Oswaldo Massaini, pai de Aníbal, foi sócio de Anselmo Duarte no filme. Cada um detinha 50% dos direitos da obra, e a empresa de Massaini, CineDistri, a exclusividade na distribuição.

A disputa envolve até o troféu da Palma de Ouro. Na década de 80, os prêmios do filme ficavam em exibição num armário na CineDistri. Os sócios tiveram uma rusga. Um belo dia, Anselmo "levou todos os prêmios embora de lá, num saco de lixo", diz o filho.

Anos mais tarde, Anselmo Duarte entregou os prêmios para um centro cultural de Salto (SP), sua cidade natal. Aníbal Massaini questiona: "Ele não podia doar o que era também do meu pai".

Aníbal Massaini conta que o pai não apenas se associou a "O Pagador de Promessas" como ainda bancou a parte do diretor. "O Jânio Quadros [então presidente] prometeu ao Anselmo que o financiaria. Mas, no meio do filme, renunciou", diz. "Meu pai então emprestou dinheiro a ele." "O Aníbal conta essa história, mas na verdade meu pai, quando se associava ao filme, não cobrava o cachê de diretor", diz Ricardo Duarte.

O filho de Anselmo resume: "Se ele [Aníbal Massaini] quer fazer da minha vida um inferno, eu vou fazer o mesmo com ele". Massaini diz que não recua um milímetro: "Vamos ver se o Ricardo tem competência para isso. Pela forma que coloca, desconfio que não vai ter êxito algum".

BATUQUE PREMIADO
O primeiro Prêmio Contigo! MPB Brasil de Música aconteceu anteontem na casa Miranda, no Complexo Lagoon, no Rio. O músico Wilson das Neves levou o troféu de melhor instrumentista. Entre os convidados da cerimônia, a atriz Camila Pitanga e a modelo Daniella Sarahyba.

LEGADO CULTURAL
O livro "Ensaios sobre Cultura e o Ministério da Cultura", com textos de Celso Furtado, foi lançado anteontem no teatro Eva Herz, no Conjunto Nacional. A obra é o quinto volume da coleção "Arquivos Celso Furtado", organizada por Rosa Freire D'Aguiar, viúva do ex-ministro. Foram ao evento o museólogo Fabio Magalhães e a produtora Lulu Librandi.

CURTO-CIRCUITO

O fotógrafo João Musa abre hoje mostra na galeria Luciana Brito, na Vila Olímpia, das 10h às 19h.

A sommelière Mariana Passos participa hoje de jantar no Quattrino.

A peça "Donka - Uma Carta a Tchekhov" estreia amanhã, às 21h, no Teatro Sérgio Cardoso. Livre.

A festa Javali, do publicitário Mano Vilar, acontece nesta sexta. Na praça Almeida Júnior, 86, na Liberdade, às 23h. 18 anos.

A artista Iara Freiberg expõe nas vitrines do Ritz da alameda Franca até agosto.

Ueba! Carminha pro Flamengo! - JOSÉ SIMÃO

FOLHA DE SP - 25/07


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta: "Homem ganha na Justiça do Rio direito a prótese peniana, garante o juiz Plínio PINTO".

Dilma nomeou um advogado para os direitos do consumidor: Bruno Miragem!

Manchete do Piauí Herald: "Serra se fantasia de lebre e convida Haddad para uma disputa de rolimã". Haddad aceita, mas só se for no Minhocão do Maluf. Rarará!

O Serra Vampiro com Cólica precisa parar com essa vida louca e desvairada: dança o tchu, veste quimono, cai do skate!

E o Joel Santana? "HÉUP". O Joel Santana virou purê. Foi demitido. Em inglês: "You're fired". "O quê? Eu tô pegando fogo?".

E o Joel Santana filosofando no CornetaFC: "Quando não é pra 'to be', não é pra 'to be'". E o que o Joel Santana vai fazer agora? Tomar uma Pepsi e virar intérprete da seleção em Londres!Joel Rumo a Londres: "Happy Days! Happy Days! O jogo tá muito morning". Tradução: "Rapidez! Rapidez! O jogo tá muito morno".

E eu sei qual é a nova técnica do Flamengo: Carminha! Acabou a farra! Não treinou, enterra vivo. Quero ver conseguir enterrar o Adriano. Só se for no buraco do metrô! Rarará!

E "Avenida Brasil"? Olha esta: "Tufão deixa cem feridos em Hong Kong". "E eu achando que a Carminha que era ruim", escreveu um amigo no Twitter!

A mania da novela: aquelas imagens congeladas dos atores no final! A novela devia se passar na gôndola dos congelados do Carrefour!

Elenco de Avenida Barraco: Congelados! Aí você pergunta prum atendente: "Ah, por favor, onde eu encontro a Nina?". "Na seção de congelados." Rarará! Avenida dos Congelados!
É mole? É mole, mas sobe!

Ereções 2012! A Galera Medonha! A Turma da Tarja Preta! Candidato direto de Alfenas: Elvis Não Morreu! E a Odete Roitman também não morreu. É candidata em Barueri! A Volta dos Mortos Vivos!

E em Bezerros, Pernambuco: Mikhail Gorbachiov! Esse ainda não morreu! Rarará!

Votem em mim! Pelo PGN! Partido da Genitália Nacional! Prometo abolir a lei da gravidade. Que ainda nos prende ao chão. Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

Fácil matar - RUY CASTRO

FOLHA DE S.PAULO - 25/07


RIO DE JANEIRO - Nos EUA, o homem armado e de máscara entrou em um cinema, na estreia do novo "Batman". Atirou gás na plateia e, em meio à confusão, abriu fogo. Matou 12 e feriu 58. Nem todos perceberam de saída que era uma chacina -acharam que a bomba e o tiroteio faziam parte do lançamento do filme.
Nos primeiros 70 anos do cinema, até 1966, tal equívoco não seria possível. Sempre se matou na tela, mas era uma morte asséptica, de cinema: não se mostrava no mesmo take o tiro e a bala atingindo o alvo. Num take, o disparo; no outro, o sujeito levando a mão ao peito, estrebuchando e caindo morto. Sangue, então, nem pensar. Esse código era seguido também pelos gibis -raro o tiro e o alvo recebendo a bala no mesmo quadrinho.
Tudo isso se tornou passado quando, em "Uma Rajada de Balas" (1967), Warren Beatty disparou no rosto do homem que se enfiou pela janela do seu carro tentando impedir sua fuga -sequência logo superada pelo "balé de sangue" final, com Bonnie e Clyde metralhados com centenas de tiros em câmera lenta. Balé este que se tornaria o "Lago dos Cisnes" diante do morticínio de "Meu Ódio Será Tua Herança" (1969). E, a partir daí, não haveria mais limite.
O cinema logo se tornou uma extensão da indústria de explosivos. Com o incremento dos efeitos especiais e a avassaladora infantilização dos filmes, matar deixou de ter a carga dramática que caracterizava o cinema adulto. Fuzilar, explodir, reduzir a pó tornaram-se atos banais, levianos, quase um desenho animado.
Certo que chacinar inocentes será sempre uma decisão individual. Mas o farto cardápio de amostras no cinema, na TV, nos games, tablets e smartphones está levando à banalização do ato de matar. Daí o choque quando, sem aviso, a vida se apossa do faz de conta e se descobre que a morte não é um efeito especial.

O mundo rosa de Tombini - EDITORIAL O ESTADÃO


O Estado de S.Paulo - 25/07


Espalhar otimismo e alegria é a nova função do Banco Central (BC) do Brasil. Talvez seja essa a maior inovação introduzida por seu atual presidente, Alexandre Tombini, convertido em propagandista da política econômica. Segundo ele, a economia crescerá mais de 4% no próximo ano, a inflação continuará controlada e as famílias terão recursos para ampliar seu consumo, graças à expansão do emprego e da renda. Não se trata, nesse discurso, apenas de alimentar e administrar expectativas, um papel normalmente exercido pela autoridade monetária. O presidente do BC é hoje um funcionário plenamente integrado na equipe ministerial, como era em tempos mais remotos, quando a gestão da moeda era subordinada, sem reservas, à orientação central da política econômica.

O presidente do BC está certo, provavelmente, quando anuncia uma reativação da economia brasileira no segundo semestre e um retorno, em 2013, a um crescimento em torno de 4,5%. A economia continua, de fato, criando empregos e a renda salarial cresceu mais uma vez no primeiro semestre. Tudo isso favorece o consumo, único fator de sustentação da economia neste ano. Mas há um evidente irrealismo no cenário cor-de-rosa apresentado por Tombini.

Os estímulos de crédito e o aumento de renda ainda observados neste ano podem favorecer a reativação econômica no segundo semestre, depois de meses de estagnação. Falta saber se a economia terá fôlego para um crescimento mais que efêmero, ou mesmo para uma expansão em ritmo superior a 4% nos anos seguintes. A criação de empregos formais em junho - 120,4 mil - foi 53% menor que a de um ano antes. No primeiro semestre houve 1 milhão de contratações com carteira assinada. Quase metade - 469,7 mil - foi no setor de serviços. A expansão dependeu principalmente da geração de empregos de qualidade inferior ao do setor manufatureiro.

A deterioração do quadro estendeu-se, portanto, pelo menos até o fim do primeiro semestre. Isso foi confirmado também pela nova sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem. Segundo o relatório, a demanda ficou mais fraca, as margens de lucro foram insatisfatórias e os entrevistados apontaram uma situação financeira ruim. O acesso ao crédito permanece difícil, afirmam os autores do levantamento. De acordo com as informações coletadas, a produção industrial diminuiu pelo quarto mês consecutivo e os estoques se elevaram em cinco dos primeiros seis meses do ano.

"A estratégia de crescimento via estímulos ao consumo dá claros sinais de esgotamento", segundo o relatório. No segundo trimestre, o problema da falta de demanda tornou-se mais importante para empresas de todos os portes, de acordo com os informantes consultados. Ainda assim, esse problema continuou como o terceiro mais grave na lista elaborada com base nas respostas. A carga tributária continuou no primeiro lugar. No segundo posto ficou a competição acirrada - um item refletido, sem dúvida, no acelerado aumento das importações de bens industriais. A taxa de juros só aparece em sétimo lugar, entre as reclamações, seguida pela falta de capital de giro e pela falta de financiamento de longo prazo.

Os consultados manifestaram menor otimismo quanto à evolução da demanda interna e das exportações nos próximos seis meses. Diante disso, parece irrealista esperar uma retomada significativa dos investimentos.

Os números do comércio exterior confirmam o diagnóstico de uma indústria estagnada, com muita dificuldade para exportar e também para manter sua participação no mercado interno.

As previsões otimistas do presidente do BC podem ser confirmadas, no curto prazo, mas o impulso de crescimento será certamente limitado. As medidas de estímulo tomadas até agora são de curto alcance. Os benefícios fiscais são dirigidos a setores selecionados e insuficientes para neutralizar as distorções provocadas pela péssima tributação. Do investimento público pouco se pode esperar como contribuição à eficiência da economia. O governo insistirá em lançar novos pacotinhos, tão inócuos quanto os anteriores, e o discurso otimista será mantido.

Continuam chegando - CELSO MING


O Estado de S.Paulo - 25/07


Enquanto os investimentos do governo federal patinam e os do empresário brasileiro seguem semiparalisados, os do estrangeiro continuam chegando aos borbotões.

As Contas Externas divulgadas ontem pelo Banco Central apontam, em junho, entrada líquida de Investimentos Estrangeiros Diretos (IEDs) de pouco mais de US$ 5,8 bilhões. No primeiro semestre foram US$ 29,7 bilhões (2,6% do PIB) - 9,4% a menos do que nos primeiros seis meses do ano passado. E, no período de 12 meses terminados em junho, somaram US$ 63,9 bilhões - algo 7,2% abaixo do total no período anterior (veja o gráfico).

É um volume de capitais mais do que suficiente para cobrir o rombo das demais contas externas, de US$ 25,3 bilhões no semestre e de US$ 51,8 bilhões em 12 meses.

Como é constituído de recursos de longo prazo, o IED deve ser considerado cobertura de excelente qualidade para o atual déficit nas contas externas. Seria ruim se fosse um financiamento feito preponderantemente com capitais especulativos, que chegam, mordem e batem logo depois em retirada.

Não há como evitar um déficit nas contas externas. O Brasil tem uma poupança interna muito baixa, de não mais que 16% do PIB. Isso torna a economia dependente, sobretudo, de investimentos externos. E eles seguem chegando.

O Brasil é dependente de investimentos externos por quê? É que, para que essa forte entrada de capitais de investimento não provoque excessiva valorização do real (alta do dólar) no câmbio interno, a economia brasileira tem de permitir algum déficit estrutural em conta corrente.

Há meses, alguns economistas brasileiros advertiam que a crise internacional e a paradeira interna afugentariam os investimentos estrangeiros ou, pelo menos, provocariam seu adiamento. Até agora, isso não aconteceu.

Ontem, o chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, avançou que somente neste mês de julho o IED deve ultrapassar os US$ 7 bilhões.

Isso sugere que, ao longo de todo o ano de 2012, as projeções do Banco Central nesse item (US$ 50 bilhões) se mantêm conservadoras. As dos analistas auscultados semanalmente pelo Banco Central pela Pesquisa Focus são um pouco mais altas, de US$ 55 bilhões.

Enfim, enquanto o empresário brasileiro lamenta "o semestre perdido", como apontou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI), e ainda engaveta projetos de expansão, o estrangeiro, aparentemente, vem fazendo o contrário. Demonstra ter mais confiança do que o empresário brasileiro.

Até quando contar com esse afluxo de capitais? Não dá para saber. De um lado, os custos internos vão aumentando, sem que se note no coração do governo disposição séria de assegurar a recuperação da competitividade do setor produtivo. E, de outro lado, a administração da economia baseada na expansão do consumo dá sinais de esgotamento. Enquanto isso, o governo Dilma vai passando a percepção de falta de renovação estratégica.

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 25/07

Indústria vê com ressalvas mercado de genérico animal

A aprovação da venda de medicamentos genéricos para animais, cuja lei foi sancionada na última semana, é vista com ressalva pela indústria.

O novo mercado, até então inexistente no Brasil, pode ser menos interessante do que o de genéricos humanos devido às diferenças dos custos dos testes, segundo a Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).

A exigência de testes de resíduo, obrigatórios para os genéricos que serão usados em animais destinados ao consumo, onera o processo.

"Precisamos ter certeza da eficácia e da segurança da carne nos bovinos. Para aves, também temos de saber dos ovos e, no caso dos animais de leite, também", diz Maria Angélica Ribeiro de Oliveira, do Ministério da Agricultura.

"O advento do genérico tem de trazer um atrativo para o empresário e ser uma boa oportunidade com redução no custo de produção e registro. Nos humanos, os estudos de bioequivalência, que substituem os clínicos, são mais baratos. Mas, nos animais, há pouca diferença", diz Henrique Tada, diretor técnico-executivo da Alanac.

Outra preocupação é o tempo de espera. "O ministério tem poucos funcionários para atender os pedidos de análise de registro. Se os empresários considerarem que há oportunidade e quiserem registrar muitos remédios, a roda não vai girar", diz Tada.

O órgão, porém, tem previsão de contratar mais pessoal, segundo Oliveira.

OPÇÃO ECONÔMICA

A rede de hotéis Marriott trará para o Brasil uma nova marca, mais econômica.

A companhia está em fase final de negociação para o anúncio da construção das primeiras unidades.

"Esperamos ter três ou quatro hotéis da marca Fairfield no Brasil até 2014", afirma Gil Zanchi, da Marriott.

Entre as cidades que devem receber hotéis da bandeira estão São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre, Curitiba e Campinas.

A companhia ainda realiza reformas nos seus cinco hotéis em operação no Brasil, com investimento total de R$ 35,6 milhões.

No início de 2012, a Accor também anunciou a vinda de nova marca para o país.

LIMPEZA RÁPIDA

A Bombril investirá R$ 20 milhões neste ano para aumentar a capacidade de sua fábrica em Recife.

Com o aumento das vendas da companhia nas regiões Norte e Nordeste, a planta quase dobrou sua produção nos últimos dois anos.

"Estamos com alguns gargalos nessa unidade. Precisamos ter maior capacidade e melhorar a parte logística", afirma Marcos Scaldelai, diretor da Bombril.

Para os próximos anos, a companhia também pretende adquirir algumas empresas locais das duas regiões.

"Buscaremos soluções rápidas de crescimento e esse tipo de empresa tem uma boa penetração nos dois mercados", diz Scaldelai.

avaliação executiva

Dos diretores dos setores bancário e financeiro na América Latina, 50% dizem que recebem menos que a média de mercado; entre gerentes, são 37%, segundo pesquisa da Michael Page com 6.500 executivos.

"Um dos motivos é a remuneração variável dos últimos dois anos. Os bônus diminuíram", diz Sérgio Sabino, diretor da empresa.

Apesar da insatisfação, apenas 12,1% dos diretores ouvidos disseram que trocariam de empresa por um salário melhor. Entre os gerentes, 10,5% deixariam o trabalho nessa situação.

Cerca de 50% dos entrevistados afirmaram que mudariam de empresa se tivessem uma boa oportunidade para a carreira ou um projeto para desenvolver.

GUERRA FRIA

Durante a Guerra Fria, o governo dos EUA enviou professores americanos e milhões de dólares a instituições acadêmicas para influenciar teorias de administração do Brasil, segundo novo estudo de Rafael Alcadipani e Carlos Bertero, da FGV-Eaesp. Práticas de gestão de eficácia, eficiência e maximização de resultados da época nos EUA foram exportadas ao Ocidente.

Foram influenciadas a Eaesp e as escolas das universidades federais do RS e da BA. "Na disputa pela supremacia, a ideologia foi a arma. Para os EUA era importante manter nações na esfera de influência e liderar o Ocidente na defesa do capitalismo."

Novo jogador A Buck Consultants, braço de RH do grupo Xerox, começa a atuar no Brasil com escritório em São Paulo. A empresa trabalha nas áreas de benefícios de aposentadoria, programas de saúde e bem-estar, entre outras.

Água limpa A Beraca desenvolve novo projeto de tratamento de água para o setor sucroalcooleiro, com o uso de dióxido de cloro. A empresa espera fechar contrato com 90 usinas e faturar R$ 40 milhões até o fim de 2013 com a iniciativa.

Filiação A Organização Internacional das Cooperativas de Saúde se reúne hoje em SP para discutir a entrada de entidades no grupo. O evento, coordenado pela Unimed, terá representantes de Espanha, Argentina, Japão, Suécia e Polônia.

O desbalanço externo - ROLF KUNTZ


O Estado de S.Paulo - 25/07


Todas as grandes crises da economia brasileira, nos últimos cem anos, estouraram quando se perdeu o controle das contas externas. Talvez por falha de memória, a presidente Dilma Rousseff e seus ministros da área econômica vêm menosprezando os sinais de alerta no balanço de pagamentos. Há uma clara tendência à erosão do saldo comercial, causada pela estagnação do valor exportado e pelo rápido aumento das despesas com importações. As projeções mais otimistas indicam para este ano um superávit de US$ 18 bilhões na conta de mercadorias, 39,6% menor que o do ano passado. Nova redução é prevista para 2013. A médio prazo, isso pode levar a uma perigosa expansão do déficit em conta corrente (US$ 51,8 bilhões nos 12 meses terminados em junho), até agora financiado com alguma folga pelo investimento estrangeiro direto. As transações correntes são formadas por três contas: 1) balança comercial de mercadorias; 2) balança de serviços (onde se incluem turismo, fretes, assistência técnica, royalties, lucros e juros); 3) transferências unilaterais (onde aparecem, por exemplo, remessas de trabalhadores no exterior).

O Brasil é tradicionalmente superavitário no comércio de mercadorias e nas transferências unilaterais e amplamente deficitário em serviços. Um grande superávit comercial é geralmente necessário para equilibrar o conjunto ou para manter o déficit em conta corrente dentro de limites seguros. Financiado com poupança externa, um pequeno buraco nas transações correntes pode favorecer o investimento produtivo e o crescimento econômico. Mas o financiador estrangeiro tende a sumir, quando o rombo cresce muito e aumenta a necessidade de recursos de fora. O Brasil passou por essa experiência várias vezes.

Em anos recentes, o grande aumento de preços dos produtos básicos, explicável em boa parte pela demanda chinesa, garantiu ao País uma situação relativamente confortável. Mas as cotações de vários produtos são hoje menores do que em 2011 e essa tendência pode acentuar-se. Apesar de sua ampla base industrial, o Brasil é hoje muito dependente do mercado de commodities. Com a alta dos preços de matérias-primas e bens semielaborados, os termos de troca ficaram muito favoráveis ao País.

Se a relação entre os valores de exportações e de importações voltasse ao nível de 2005, o déficit brasileiro na conta corrente, em 2011, teria chegado a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nos 12 meses até junho, esse déficit ficou em 2,2%, de acordo com o Banco Central (BC).

Aquele cálculo do FMI, semelhante a alguns divulgados nos últimos dois anos, mostra como o País se acomodou numa relação semicolonial com a China - uma das consequências da política terceiro-mundista em vigor a partir de 2003. Com uma estratégia mais adulta, o Brasil teria abastecido os chineses de matérias-primas e ao mesmo tempo ampliado o comércio com os mercados do mundo rico, muito mais receptivos aos manufaturados brasileiros, como comprovam as estatísticas oficiais.

Com base nas tendências recentes, os técnicos do FMI projetaram a evolução das contas externas até 2017. As estimativas apontam um saldo comercial de US$ 9,9 bilhões para este ano e uma erosão constante nos anos seguintes, até um déficit de US$ 3 bilhões dentro de cinco anos. Nesse período, o valor exportado aumentará 32% em relação ao registrado em 2011 e chegará a US$ 338 bilhões em 2017. O valor importado crescerá 50,7% e atingirá US$ 341 bilhões. O déficit em conta corrente alcançará 3,3% do PIB.

São projeções, como sempre, sujeitas a erros importantes, até porque há muita insegurança quanto aos resultados do projeto de exploração do pré-sal. Os autores do relatório chamam a atenção para os fatores de incerteza. Mas enfatizam, também, os riscos embutidos na política em vigor, muito mais voltada para o estímulo ao consumo do que para a formação de poupança interna, para o investimento e para o ganho de eficiência. A análise das perspectivas de médio prazo é a parte mais importante do relatório do FMI divulgado na semana passada. Os detalhes sobre as contas externas foram a parte menos explorada nos meios de comunicação.

O governo insiste, no entanto, em manter a estratégia seguida até agora, como se os principais obstáculos ao crescimento brasileiro fossem conjunturais. Não são. O pessoal do FMI sabe disso e projeta, para os próximos cinco anos, um crescimento médio de apenas 4,1%. Para romper esse limite será preciso aumentar o potencial de crescimento, muito menor que o de outros Brics e de muitos países menos industrializados. No Brasil, o investimento público permanece em torno de 2,5% do PIB, menos de metade do observado nos demais emergentes. Um exame da qualidade desse investimento mostraria um quadro ainda mais feio. Também isso o governo prefere deixar para lá.

Com vento e sol - MIRIAM LEITÃO

O GLOBO - 25/07


A necessidade de energia para o Brasil em dez anos será revista para baixo, porque a previsão era de um crescimento de 5% ao ano. Mesmo assim, o Brasil precisa de mais de quatro Itaipus. Em termos absolutos, a maior oferta de energia nova virá das hidrelétricas. A fonte com maior crescimento percentual será a eólica, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. "Eólica está bombando" .

- O vento no Brasil é melhor do que nos Estados Unidos, que é melhor do que na Europa. Aqui, o vento é unidirecional e de baixa turbulência - afirma .

Tolmasquim fez uma conta: se todos os países elevarem sua geração de eólica em 2013 no mesmo percentual que em 2012, o Brasil, que hoje está em 20 lugar em capacidade instalada dessa fonte de energia, pode pular para o 10. Vão entrar em operação os parques que foram contratados há quatro anos .

- Os primeiros leilões foram vazios, depois iniciamos um diálogo com o setor. Hoje, há oito empresas de equipamentos instaladas no Brasil. Nem todas passaram na sindicância que o BNDES fez para verificar o cumprimento da norma de comprar aqui dentro, pelo menos, 60% do equipamento, mas estão se ajustando. Uma das empresas de equipamentos, a Tecsis, de Sorocaba, está exportando para o mundo todo .

O investimento no setor acabou criando mais oportunidade, porque o preço da energia ofertada no leilão caiu a um terço nos últimos anos, de R$ 300 por MW para R$ 100. Segundo Tolmasquim, a energia solar ainda está cara, mas a tendência tem sido a queda do preço dos painéis e das células fotovoltaicas. A ideia da EPE é que no solar, o Brasil estará investindo mais fortemente no final da década, mas alguns pontos estão sendo discutidos agora .

- A Aneel autorizou o medidor bidirecional que permite ao consumidor que tiver instalado painel, eventualmente, mandar para a rede o excedente. Assim, ele teria um desconto em sua conta de luz equivalente ao que ele fornecesse. Está no começo, mas existem já dez áreas de concessão. Hoje, o painel é caro, mas se houvesse isenção de PIS/ Cofins como tem em outros setores, se houvesse a possibilidade de descontar no Imposto de Renda parte do custo do investimento e até se o BNDES financiasse da mesma forma que faz com eficiência energética, haveria interesse crescente .

Vento e sol são as chamadas novas renováveis, ou renováveis alternativas. São as que mais têm potencial de crescimento na matriz brasileira. O mapa do país feito pela EPE com as cores indicando a intensidade da potencialidade da energia solar é impressionante. As cores que representam chance alta de produção, com alto fator de capacidade, se esparramam pelo mapa do país. Na eólica, o que já foi medido também impressiona .

- Em terra, o Brasil tem 143 mil MW de potencial eólico, ou seja, dez Itaipus, e isso com torres de 50 metros. Hoje, já estão sendo instaladas torres maiores com maior capacidade. O potencial offshore não foi nem estudado, porque custa três vezes mais, apesar de produzir duas vezes mais - disse .

Não há fonte sem impacto ambiental, mas algumas têm impacto menor. No caso das eólicas, no Rio Grande do Norte, quando elas estão perto das dunas, há preocupação dos órgãos ambientais. Há linhas de transmissão que ainda não têm licença, apesar de a distância desses parques aos centros consumidores ser bem menor do que no caso das hidrelétricas da Amazônia.

Uma fonte na qual se tinha muita esperança está estagnada: a biomassa, conta Tolmasquim. As PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) também não estão aumentando. Mesmo assim, as alternativas vão pular em dez anos de 8% para 16% de toda a capacidade instalada brasileira. Em relação às polêmicas termelétricas a carvão, tudo está parado desde a COP 15 .

- A conferência foi um marco. Antes de Copenhague, foram aceitas no leilão três térmicas a carvão. Uma de carvão nacional e duas da OGX de carvão importado. Depois de Copenhague, no entanto, alguns projetos conseguiram licença, mas não aceitamos mais térmicas a óleo ou a carvão. Olhando para o futuro, vemos mais as hídricas e as novas renováveis.

Mesmo sendo a fonte que mais vai crescer em termos absolutos, a hídrica vai cair como percentual da matriz. Dos 47 mil MW contratados - dos 61 mil MW necessários - até 2020, a fonte hídrica responde por 51% e vem das polêmicas hidrelétricas da Amazônia, principalmente Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. Teles Pires está em construção também. As do rio Tapajós ainda são projeto. Hoje, já se derrubou a ideia de que se for hídrica é boa. Depende de inúmeros fatores como, por exemplo, o impacto na construção. Há hidrelétricas melhores e outras piores. O debate público tem aperfeiçoado alguns projetos e mitigado agressões ao meio ambiente .

Do contratado, a eólica representa 16%, biomassa 6% e PCH 1%. Entre as fontes não renováveis, o óleo está na frente com 13%, gás natural 7%, carvão 3% e urânio 3% .

O Brasil deve se esforçar para diversificar sua matriz, intensificando o investimento nas novas fontes de baixo impacto ambiental. O movimento recente mostrou que é possível aumentar a presença das alternativas. Em pouco tempo, o país encontrou a direção do vento; deveria se esforçar agora para encontrar a luz do sol .

CLAUDIO HUMBERTO

“Neste momento o STF passa a ser julgado pela opinião pública”
Ministra Eliana Calmon, do CNJ, sobre as expectativas para o julgamento do mensalão

GOVERNO SÓ PAGOU 13% DA VERBA CONTRA DESASTRES

O governo federal liberou por meio de Medidas Provisórias mais de R$ 1,7 bilhão em créditos extraordinários para combater seca e enchentes, mas até agora só pagou R$ 235,8 milhões, o que corresponde a 13% do valor total. Segundo levantamento feito pela liderança do PSDB na Câmara, o valor empenhado também é mínimo: R$ 402,8 milhões. O restante fica à disposição do governo para gastar como bem entender.

PARA INGLÊS VER

Aprovada no último dia 10, a MP 566 garante R$ 281 mil a agricultores que perderam na safra com a seca. O valor sequer foi empenhado.

NÃO SAI DO PAPEL

A mesma medida liberou R$ 424,6 mil para atendimento a vítimas da seca. Nem um quarto da verba foi liberado: até agora, só R$ 94,9 mil.

PURA ENGANAÇÃO

A MP 569, que garante R$ 688 mil a emergências, só teve R$ 140 mil pagos. Já os R$381 mil liberados pela MP 572 nem foram empenhados.

POVO É QUE SOFRE

Também não foi empenhado “um centavo” dos R$ 238 mil para manter a Educação Infantil em municípios atingidos pela seca.

RJ: candidata do PV avalia desistir da disputa

Abandonada pela ex-senadora Marina Silva, a deputada estadual Aspásia Camargo (PV) cogita renunciar candidatura à prefeitura do Rio para apoiar Marcelo Freixo (PSOL), que ocupa segundo lugar nas pesquisas, com 10%, atrás do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tem 54%. Apesar da disparidade, especialistas avaliam que Freixo pode puxar votos do eleitorado do PT e levar as eleições a segundo turno.

IMPACTO CACHOEIRA

O PSOL também aposta no desgaste que Eduardo Paes pode sofrer com as denúncias envolvendo a Delta e a prefeitura do Rio.

NARIZ EMPINADO

A chefe de gabinete do chanceler Patriota arranja inimigos por onde passa: Fátima Ishitani escolhe quem receber. E são raríssimos.

FATOS NOVOS

Os membros da CPMI do Cachoeira conseguiram acesso aos sigilos da Delta Construções referentes aos bancos Bradesco e HSBC.

SEM LIMITES

Dos oito desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (MS), sete receberam, só em julho deste ano, uma média de R$ 309 mil cada. Dos 24 juízes, 16 receberam cerca de R$ 265 mil cada, bem acima do teto constitucional do funcionalismo público.

CAPÍTULO AÉREO

O Ministério da Justiça instaurou processos contra a TAM e a Gol, para apurar possíveis irregularidades na venda de passagens. A Gol se manifestará “nos autos do processo”. A TAM, só quando notificada.

CONTRADIÇÃO

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) um agente da Polícia Federal dizer que o procurador Demóstenes Torres “não tinha relações com o jogo” contradiz todo o processo investigado na CPMI.

CAÇA-FANTASMAS

O Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar denúncia de batalhão de “fantasmas” no Dnocs, de obras contra as secas. Eles, que têm água, só apareceriam para assinar o ponto e receber o salário.

REFRESCO NOS OUTROS

O Chile, do presidente “de direita” Sebastián Piñeira, cobrou mais informações de Cuba sobre a morte do dissidente Oswaldo Payá, num acidente de carro. Lá, igual ao Brasil, também teve ditadura.

PEZÃO FRIO

Virou rotina: o governador Cabral (PMDB-RJ) sai do País, vem tragédia: o assassinato de uma PM por traficantes no complexo do Alemão foi notícia no Washington Post. Mas ele só lê o francês Le Monde.

QUEM DÁ MAIS?

O futuro leilão judicial da sede da Bancoop, suspeita de desviar fundos para campanhas do PT, não cobrirá as dívidas de R$ 22 milhões com os mutuários. O imóvel em São Paulo foi avaliado em R$ 1milhão.

BODUM

A administração pública gastou, de janeiro a junho deste ano, R$ 146,7 milhões com serviços de água e esgoto. Em 2011, foram R$ 401,8 milhões, revela a ONG Contas Abertas. Mas 18 milhões de brasileiros continuam sem serviços de saneamento básico.

PLANTÃO TANTÃ

A PF atestou que Cachoeira não está maluco e pode depor na Justiça Federal, amanhã. Doido é quem pensa que ele vai dedurar alguém.

PODER SEM PUDOR

COBRAS À ESPREITA

Jânio Quadros nunca teve muito apreço por jornalistas. Considerava-os como serpentes. No final dos anos 80, prefeito paulistano, ele foi à casa do deputado estadual Fauze Carlos (PTB) para se encontrar com o presidente nacional do partido, Paiva Muniz. Deparou-se com dois jornalistas, que, claro, logo pediram uma "conversa rápida".

- Ah, são só dois?...

Os repórteres se animaram, mas só até ele completar, às gargalhadas:

- ...e não dá para um comer o outro, e ficar um só?

QUARTA NOS JORNAIS


Globo: Nunca antes… – Lucro de bancos cai pela primeira vez em 10 anos
Folha: Governo quer plano de teles para Copa e Olimpíada
Estadão: Arrecadação cai em junho e Receita já revê projeções
Correio: Delúbio faz piada a dez dias de o STF julgar o Mensalão
Valor: Estados terão compensação para cortar ICMS da energia
Estado de Minas: A receita da morte
Zero Hora: Greve dos caminhoneiros – Justiça proíbe os bloqueios em estradas federais no RS