domingo, março 07, 2010

TEM PETISTA? TEM ROUBO

BANCOOP: MINHA CASA MEU PESADELO


MAIS UM TRAMBIQUE COM A CHANCELA PETISTA

A MUTRETA DO ZÉ DIRCEU E GUSHIKEN


Gushiken ofereceu Eletronet para operadoras privadas de telefonia

O ESTADO DE SÃO PAULO - 07/03/10
Governo sondou Telefônica para comprar empresa de Nelson dos Santos, cujo controle havia sido adquirido por R$ 1

O governo ofereceu a Eletronet para operadoras privadas, depois de o empresário Nelson dos Santos, que tem negócios com o ex-ministro José Dirceu, comprar o controle da companhia por R$ 1. Fernando Xavier Ferreira, que comandava o Grupo Telefônica no Brasil, teve um encontro em Brasília com Luiz Gushiken, então responsável pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da presidência da República.

Em seu blog, o ex-ministro José Dirceu confirmou na semana passada ter recebido R$ 620 mil pelo pagamento de uma consultoria à empresa Adne, do empresário Nelson dos Santos, entre março de 2007 e setembro de 2009. Ele argumentou que, quando Nelson dos Santos adquiriu 51% da Eletronet, em 2005, nem conhecia o empresário. Se Gushiken tivesse obtido sucesso em negociar a Eletronet com alguma empresa privada, acabaria beneficiando Nelson dos Santos.

PARA HIHIHI


Fax Libanês


Lula e Palocci enviaram um fax para o Governo do Líbano, solicitando uma doação para o programa Fome Zero. No dia seguinte receberam a resposta, que dizia:


BL... MB... VBB... 6... 2...

Palocci não conseguiu decifrar e foi até Lula que, com seus profundos conhecimentos de gramática, analisou o documento e chegou a mais uma de suas magníficas conclusões de que:

BL = Beleza,


MB = Muito Breve,


VBB = Via Banco do Brasil,


6... 2... = US$ 62.000.000,00 (sessenta e dois milhões de dólares)!!!!

Verificada se existia a tal conta no BB nada foi encontrado.
Ordenou então que procurassem em todos os bancos BB:Banco Bradesco, Banco de Boston, etc. Nada!
Foi aí que alguém sugeriu, que fosse convocado para decifrar a correspondência o Samirzinho, um funcionário descendente de libanês do terceiro escalão do Planalto (o Maluf foi padrinho dele)...

Samirzinho olhou para o documento:


BL... MB... VBB... 6... 2...
e em menos de 30 segundos traduziu:

"Brezidente Lula... Ministra Balofi...


Vai Buda Bariu...


Seis Dois!!"

DANUZA LEÃO

A felicidade dura pouco


FOLHA DE SÃO PAULO - 07/03/10




Com alguém ao lado falando num celular, lendo os e-mails, não se pode nem ao menos pensar. É a solidão total




HÁ MUITOS, muitos anos, havia uma musica de Zé Rodrix que nos emocionava. Os primeiros versos diziam "eu quero uma casa no campo, onde eu possa compor muitos rocks rurais"; e continuava dizendo coisas lindas, como "eu quero a esperança de óculos e um filho de cuca legal, eu quero plantar e colher com as mãos a pimenta e o sal". Era com isso que sonhávamos, mesmo sem saber, ou era o que gostaríamos de querer; belos tempos.
Os anos passaram, e os sonhos, no lugar de se ampliarem, encolheram.
O que é que se quer hoje em dia? Menos, acredite, pois querer um celular novo que faz coisas que até Deus duvida é querer pouco da vida. Meu maior sonho é bem modesto.
Nada me daria mais felicidade do que um celular que não fizesse nada, além de receber e fazer ligações. Os gênios dessa indústria ainda não perceberam que existe um imenso nicho a ser explorado: o das pessoas que, apesar de conseguirem sobreviver no mundo da tecnologia, têm uma alma simples.
As duas mais dramáticas novidades trazidas pelos celular foram as odiosas maquininhas fotográficas e a impossibilidade de uma conversa a dois. Quando duas pessoas saem para jantar, é inevitável: um deles põe o celular -às vezes dois- em cima da mesa. O outro só tem uma solução: engolir, mesmo sem água, um tranquilizante tarja preta.
No meio de uma conversa palpitante, o telefone toca, e a pessoa faz um gesto de "é só um minuto". Não é, claro. Vira um grande bate-papo, e não existe solidão maior do que estar ao lado de alguém que te larga -abandona, a bem dizer- para conversar com outra pessoa. No meio de um deserto, inteiramente sós, estamos acompanhados por nossos pensamentos. Com alguém ao lado falando num celular, lendo os e-mails ou checando as mensagens, não se pode nem ao menos pensar. É a solidão total, pois nem se está só nem se está acompanhado. Tão trágico quanto, é estar falando com alguém que tem um telefone com duas linhas; no meio do maior papo, ele diz "aguenta aí que vou atender a outra linha" e frequentemente volta e diz "te ligo já" -e aí você não pode usar seu próprio telefone, já que ele vai ligar já (e às vezes não liga). Não dá.
Raros são os que atendem e dizem "estou com uma amiga, depois te ligo" -nem precisavam atender, já que o número de quem chama aparece no visor, e as pessoas têm todos eles de cor na cabeça, como eu não sei.
Eu juro que tentei, já troquei de celular três vezes, mas desisti. Recebia contas que não entendia, entrei, de idiota, num "plano", e quase enlouqueci quando quis sair. Hoje tenho um que praticamente não uso, mas é pré-pago, e só umas quatro pessoas conhecem; ponho 20 reais de crédito, se não usar não vou à falência, mas pelo menos não recebo aquelas contas falando de torpedos e SMS, coisas que prefiro nem saber que existem. Ah, e meus telefones fixos são com fio.
Do carro já me livrei: há cinco anos não procuro vaga, não faço vistoria, não pago IPVA, nem seguro, e sou louca por um táxi. Até ontem me considerava uma mulher feliz, mas sempre soube que a felicidade dura pouco: hoje ganhei um iPod. Uma quase tragédia, eu diria.

PS - Lula não resistiu e foi fazer campanha no Chile. Michelle Bachelet teve que largar o que estava fazendo para recebê-lo no aeroporto, e como se fosse pouco, ainda ouvir um discurso. Nele, Lula disse essa pérola: "graças a Deus, não houve vítimas entre os brasileiros". A presidente, com a expressão devastada pelos 800 mortos perdidos no terremoto, só fez olhar para o chão.

MARIO VARGAS LLOSA


A decepcionante visita de Lula

O ESTADO DE SÃO PAULO -  07/03/2010


Minha capacidade de indignação política atenua-se um pouco nos meses do ano que passo na Europa. Suponho que a razão disso seja o fato de que, lá, vivo em países democráticos nos quais, independentemente dos problemas de que padecem, há uma ampla margem de liberdade para a crítica, e a imprensa, os partidos, as instituições e os indivíduos costumam protestar de maneira íntegra e com estardalhaço quando ocorrem episódios ultrajantes e desprezíveis, principalmente no campo político.

Entretanto, na América Latina, onde costumo passar de três a quatro meses ao ano, esta capacidade de indignação volta sempre, com a fúria da minha juventude, e me faz viver sempre temeroso, alerta, desassossegado, esperando (e perguntando-me de onde virá desta vez) o fato execrável que, provavelmente, passará despercebido para a maioria, ou merecerá o beneplácito ou a indiferença geral.

Na semana passada, experimentei mais uma vez esta sensação de asco e de ira, ao ver o risonho presidente Lula do Brasil abraçando carinhosamente Fidel e Raúl Castro, no mesmo momento em que os esbirros da ditadura cubana perseguiam os dissidentes e os sepultavam nos calabouços para impedir que assistissem ao enterro de Orlando Zapata Tamayo, o pedreiro pacifista da oposição, de 42 anos, pertencente ao Grupo dos 75, que os algozes castristas deixaram morrer de inanição - depois de submetê-lo em vida a confinamento, torturas e condená-lo com pretextos a mais de 30 anos de cárcere - depois de 85 dias de greve de fome.

Qualquer pessoa que não tenha perdido a decência e tenha um mínimo de informação sobre o que acontece em Cuba espera do regime castrista que aja como sempre fez. Há uma absoluta coerência entre a condição de ditadura totalitária de Cuba e uma política terrorista de perseguição a toda forma de dissidência e de crítica, a violação sistemática dos mais elementares direitos humanos, de falsos processos para sepultar os opositores em prisões imundas e submetê-los a vexames até enlouquecê-los, matá-los ou impeli-los ao suicídio. Os irmãos Castro exercem há 51 anos esta política, e somente os idiotas poderiam esperar deles um comportamento diferente.

DESCARAMENTO

Mas de Luiz Inácio Lula da Silva, governante eleito em eleições legítimas, presidente constitucional de um país democrático como o Brasil, seria de esperar, pelo menos, uma atitude um pouco mais digna e coerente com a cultura democrática que teoricamente ele representa, e não o descaramento indecente de exibir-se, risonho e cúmplice, com os assassinos virtuais de um dissidente democrático, legitimando com sua presença e seu proceder a caçada de opositores desencadeada pelo regime no mesmo instante em que ele era fotografado abraçando os algozes de Zapata.

O presidente Lula sabia perfeitamente o que estava fazendo. Antes de viajar para Cuba, 50 dissidentes lhe haviam pedido uma audiência durante sua estadia em Havana para que intercedesse perante as autoridades da ilha pela libertação dos presos políticos martirizados, como Zapata, nos calabouços cubanos. Ele se negou a ambas as coisas.

Não os recebeu nem defendeu sua causa em suas duas visitas anteriores à ilha, cujo regime liberticida sempre elogiou sem o menor eufemismo.

Além disso, este comportamento do presidente brasileiro caracterizou todo o seu mandato. Há anos que, em sua política exterior, ele desmente de maneira sistemática sua política interna, na qual respeita as regras do estado de direito, e, em matéria econômica, em vez das receitas marxistas que propunha quando era sindicalista e candidato - dirigismo econômico, estatizações, repúdio dos investimentos estrangeiros, etc. -, promove uma economia de mercado e da livre iniciativa como qualquer estadista social-democrata europeu.

Mas, quando se trata do exterior, o presidente Lula se despe de suas vestimentas democráticas e abraça o comandante Chávez, Evo Morales, o comandante Ortega, ou seja, com a escória da América Latina, e não tem o menor escrúpulo em abrir as portas diplomáticas e econômicas do Brasil aos sátrapas teocráticos integristas do Irã.

O que significa esta duplicidade? Que Lula nunca mudou de verdade? Que é um simples mascarado, capaz de todas as piruetas ideológicas, um político medíocre sem espinha dorsal cívica e moral? Segundo alguns, os desígnios geopolíticos para o Brasil do presidente Lula estão acima de questiúnculas como Cuba, ou a Coreia do Norte, uma das ditaduras onde se cometem as piores violações dos direitos humanos e onde há mais presos políticos.

O importante para ele são coisas mais transcendentes como o Porto de Mariel, que o Brasil está financiando com US$ 300 milhões, ou a próxima construção pela Petrobrás de uma fábrica de lubrificantes em Havana. Diante de realizações deste porte, o que poderia importar ao "estadista" brasileiro que um pedreiro cubano qualquer, e ainda por cima negro e pobre, morresse de fome clamando por ninharias como a liberdade? Na verdade, tudo isto significa, infelizmente, que Lula é um típico mandatário "democrático" latino-americano.

Quase todos eles são do mesmo feitio, e quase todos, uns mais, outros menos, embora - quando não têm mais remédio - praticam a democracia no seio dos seus próprios países, mas, no exterior, não têm nenhuma vergonha, como Lula, em cortejar ditadores e demagogos, porque acham, coitados, que desta maneira os tapinhas amistosos lhes proporcionarão uma credencial de "progressistas" que os livrará de greves, revoluções e de campanhas internacionais acusando-os de violar os direitos humanos.

Como lembra o analista peruano Fernando Rospigliosi, em um artigo admirável: "Enquanto Zapata morria lentamente, os presidentes da América Latina - entre eles o algoz cubano - reuniam-se no México para criar uma organização (mais uma!) regional. Nem uma palavra saiu dali para exigir a liberdade ou um melhor tratamento para os mais de 200 presos políticos cubanos." O único que se atreveu a protestar - um justo entre os fariseus - foi o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera.

De modo que a cara de qualquer um destes chefes de Estado poderia substituir a de Luiz Inácio Lula da Silva, abraçando os irmãos Castro, na foto que me revoltou o estômago ao ver os jornais da manhã.

Estas caras não representam a liberdade, a limpeza moral, o civismo, a legalidade e a coerência na América Latina. Estes valores estão encarnados em pessoas como Orlando Zapata Tamayo, nas Damas de Branco, Oswaldo Payá, Elizardo Sánchez, a blogueira Yoani Sánchez, e em outros cubanos e cubanas que, sem se deixarem intimidar pelas pressões, as agressões e humilhações cotidianas de que são vítimas, continuam enfrentando a tirania castrista. E se encarnam ainda, em primeiro lugar, nas centenas de prisioneiros políticos e, sobretudo, no jornalista independente Guillermo Fariñas, que, enquanto escrevo este artigo, há oito dias está em greve de fome em Cuba para protestar pela morte de Zapata e exigir a libertação dos presos políticos.

O curioso e terrível paradoxo é que no interior de um dos mais desumanos e cruéis regimes que o continente conheceu se encontrem hoje os mais dignos e respeitáveis políticos da América Latina

EDITORIAL - FOLHA DE SÃO PAULO


Vítima farsesca

FOLHA DE SÃO PAULO - 07/03/10

Com tese de que a "mídia" o persegue, PT mantém figurino autoritário e se faz de injustiçado para encobrir falência moral

O TRUQUE é velho, e sua repetição só indica o hábito petista de afetar ares de pureza em meio ao pragmatismo mais inescrupuloso. Em documento oficial, a Executiva Nacional do PT reeditou, quinta-feira, a tese de que há uma "guerra de extermínio" contra o partido. Posteriormente, amenizou os termos. A promover tal "guerra" estariam "amplos setores do empresariado, particularmente a mídia".
Mídia, no jargão corrente, significa todo jornal ou empresa de comunicação que não defenda figuras notórias do partido.
Como, por exemplo, o ex-ministro José Dirceu, beneficiário de uma contribuição de R$ 620 mil pela assessoria prestada a um grupo com interesse na reativação da Telebrás. Ou como os mensaleiros denunciados por quem era então aliado do governo, o deputado Roberto Jefferson; ou ainda os "aloprados" -termo que o presidente Lula foi o primeiro, aliás, a empregar- da campanha eleitoral de 2006. Como, também, aquele assessor de um deputado petista, que foi preso ao tentar embarcar num avião com cerca de U$ 100 mil dólares na cueca.
Aliás, se noticiar esse sistema de transportar dinheiro sonante fosse sinal de "guerra de extermínio", seria agora o DEM, e não o PT, a principal vítima de uma suposta conspiração.
Mas nem mesmo os sequazes do governador Arruda arriscaram-se a ir tão longe no cinismo. É que a capacidade petista para a mentira tem origens diferentes, e mais antigas, do que a simples charamela lacrimosa dos espertalhões de voo curto.
Pois o PT, no clássico figurino stalinista, sempre pode dar uma interpretação "de classe" às críticas que venha a merecer. Como o partido se julga o representante místico dos "trabalhadores", o financiamento escuso que receba de empreiteiras, as alterações legais casuísticas que promova em favor de uma empresa de telecomunicação, não representarão escândalo jamais.
Ao contrário: aliar-se financeiramente a "setores do empresariado" que vivem à sombra das benesses do governo, e aliar-se politicamente à escória do Legislativo brasileiro, torna-se um sinal de esperteza política na linha dos fins justificam os meios.
Autoabsolvido pelo venerável espírito hegeliano-marxista da História, o petismo pode fazer tudo o que condenava em seus adversários, e apresentar-se ainda assim como detentor das virtudes mais cristalinas.
Quem apontar a farsa será tachado de inimigo dos trabalhadores -e, na tese de uma imaginária "guerra de extermínio", o PT mostra apenas a sua própria tentação totalitária.
Nessa lógica, que não admite críticas, faz-se de perseguido aquele que se apronta para perseguir; faz-se de vítima quem pretende ser algoz; faz-se de democrata o censor, de honesto o corrupto, de inocente o bandido. O PT perdeu a moral que tantas vezes ostentava quando na oposição. Perdeu a moral, mas não perde o autoritarismo, a mendacidade e a arrogância.

ARI CUNHA

Terremoto na política


CORREIO BRAZILIENSE - 07/03/10

Sempre vivemos calmaria. O Brasil nunca teve terremotos. Existe, mas na política. O julgamento de José Roberto Arruda pelo Supremo saiu da metástase institucional. O mal está sendo cortado pela raiz. Plantada em terras impróprias, a Câmara Legislativa não brotou dignidade. O 
Supremo Tribunal Federal reconheceu o engano dos eleitores e deseja que Brasília crie compostura. O resultado foi de nove votos a favor da prisão e um contra. Este, de autoria do ministro José Antonio Dias Toffoli. A favor votaram os ministros Ayres Britto, Carmem Lucia, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello (relator) e Ricardo Lewandoski. Vitória do povo enganado.


A frase que não foi pronunciada

“Devemos, ao partir, deixar sempre um ambiente melhor do que quando chegamos.”
» Recado de Thomas Edson a todos os governantes



Lé com lé

» Com decisão confirmada pelo TRE, a ministra Carmem Lucia negou o recurso que pedia a cassação do prefeiro Gilberto Kassab, de São Paulo. Nada indicou abuso ou desrespeito à lei.

Autonomia

» Muita discussão se faz em torno do trabalhador doméstico. Quem banca é a classe média. Não são os benefícios sociais que estão diminuindo o número desse segmento. Cartões-gás, leite, pão, Bolsa Família, não precisar gastar com transporte, não correr risco de morrer ao sair de casa e passar tempo integral com a família são razões suficientes para exterminar o trabalho doméstico remunerado.

Peroba

» Deputados do Pará recebem salário integral para trabalhar só na terça e quarta. Airton Faleiro disse que a produtividade será a mesma. De toda a assembleia, só o deputado Joaquim Passarinho foi contra.

Pontual

» Trabalho árduo da CPI da Pedofilia no Senado, coordenada pelo senador Magno Malta. Agindo com mais firmeza, o Senado determinou que o Google transfira o sigilo de 1.200 dados e fotos do site YouTube, postados em páginas do Orkut. Depois de dois anos de discussões, os parlamentares vão chegar à localização dos computadores que geraram a postagem.

Começo

» Todo sindicato deve receber contribuição de seus filiados. Mas o imposto sindical é uma afronta ao trabalhador. Retira parte do salário do trabalhador sem que o dono do dinheiro concorde com isso. Se não fosse necessário trabalhar cinco meses só para pagar impostos, seria justo. Mas, nesse caso, não é.

Fim

» A revolta contra o Imposto Sindical reaparece porque o dinheiro não é usado para melhorar as condições do empregado sindicalizado.

É gasto com passagens aéreas, aluguel de salas, viagem de dirigentes para acompanhar conferências internacionais, compra e reforma de sedes regionais. Pior disso tudo é que não há prestação de contas. Se o STF não se manifestar sobre o assunto, em 2010 a contribuição valerá novamente.

Algodão

» Nada macia a conversa entre a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O assunto foi o subsídio do algodão. O ministro marcou data: 30 dias para que os EUA analisem e resolvam a questão. Em jogo no tabuleiro de interesses, estão restrições ao ingresso de bens norte-americanos. Com taxações e retaliação comercial. Até propriedade intelectual pode ter a forma de negociação diferente da atual.

Dói

» Dona Lindaura de Menezes percorreu a L2 Norte procurando lugar para doar roupas. Todas as igrejas cercadas e fechadas. Ninguém recebia e ninguém podia doar. Teve a ideia de procurar os voluntários do HUB. Novamente fechado. Ela tenta entrar na lojinha dos voluntários há uma semana, mas está sempre de portas cerradas.

Sensato

» Quem passa pelos anexos dos Ministérios pode perceber a diferença.
A coluna alardeou contra o desperdício. Madeiras, móveis, ferros, material de escritório, papéis, tudo era levado ao aterro sanitário. Hoje leilões são realizados com o material inservível gerando economia.


História de Brasília

Salvem o plano de ensino das escolas do governo. É uma beleza. (Publicado em 24/2/1961)

ELLEN GRACIE NORTHFLEET


Patentes de invenção e monopólio

FOLHA DE SÃO PAULO - 07/03/10

A Suprema Corte prepara-se para decidir um caso que deverá dar conformação nova à proteção conferida à propriedade intelectual

LOGO CHEGARÁ ao Brasil um assunto que suscita grande interesse nos meios jurídicos e econômicos norte-americanos. A Suprema Corte prepara-se para decidir um caso que deverá dar conformação nova à proteção que tradicionalmente é conferida à propriedade intelectual, redefinindo aquilo que pode ou não ser objeto de patente de invenção.
Dois empresários, Bernard Bilski e Rand Warsaw, requereram o registro de patente de um método pelo qual as empresas, os particulares e inclusive os fornecedores poderiam elaborar previsão mais acurada dos custos de energia, até mesmo em condições de variações climáticas extraordinárias.
A negativa desse registro pelo Departamento de Patentes e Marcas Registradas desencadeou a ação que agora alcança o mais alto grau de jurisdição.
O direito de requerer uma patente de invenção está previsto na Constituição norte-americana, que estabelece a proteção de autores e inventores de modo a "promover o progresso da ciência e das artes", atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial como forma de retribuição de sua iniciativa e criatividade. Essa proteção deve prevalecer durante um período limitado de tempo, após o que a invenção cai no domínio público.
No entanto, algo que, em sua origem, foi altamente positivo, estimulando efetivamente a inovação, tem assumido em tempos recentes aspectos abusivos, como é o caso de patentes novas requeridas tão somente para prorrogar o monopólio de produtos farmacêuticos meramente "maquiados", aos quais nada de efetivamente novo foi agregado.
Além disso, inicialmente os pedidos diziam respeito a objetos tangíveis, tais como novas máquinas ou componentes químicos. Ao longo do tempo, todavia, as regras relativas ao que poderia ser patenteado passaram a incluir cada vez mais métodos de trabalho abstratos ("business methods") -vale dizer, maneiras novas de realizar determinada tarefa.
O divisor de águas ocorreu em 1998, numa decisão da US Court of Appeals for the Federal Circuit (a única corte federal de apelação com competência sobre matéria de patentes). Nela ficou estabelecido que um método para processamento de dados referentes a fundos mútuos de investimento poderia ser patenteado.
A solução dada ao caso State Street Bank vs Signature Financial Group resultou na expedição de milhares de patentes relativas a métodos de trabalho. O "Financial Times" rotulou essa onda de deferimentos de "pandemia de patentes".
No caso Bilski, entretanto, o Departamento de Patentes denegou o registro e o mesmo tribunal (US Court of Appeals for the Federal Circuit) manteve essa negativa ao afirmar que as patentes devem estar "vinculadas a alguma máquina ou aparato determinado" ou transformar algo "em outra coisa ou alterar-lhe o estado" (""machine-or-transformation" test").
O caso despertou enorme interesse e perto de 70 "amici curiae" (terceiros sem interesse direto no desate da controvérsia, mas, sim, no esclarecimento da matéria) apresentaram memoriais à Suprema Corte. Entre eles, Microsoft, Google, Bank of America, inúmeras universidades e associações dedicadas ao direito da propriedade intelectual.
Empresas de biotecnologia, a indústria farmacêutica e outros que utilizam tecnologia de ponta advogam uma interpretação ampliada da lei, para que ela abranja os instrumentos de engenharia financeira e outros métodos em desenvolvimento. Mas há também quem pense que já é hora para que a Suprema Corte desestimule a corrida por patentes em áreas em que elas não são necessárias, como no caso de meros métodos de trabalho.
A inclinação do tribunal nesse sentido pareceu ficar evidenciada nos questionamentos feitos ao advogado dos requerentes pelos ministros, durante a sessão de 9/11/09.
O ministro Antonin Scalia sugeriu que, a partir do raciocínio defendido pelos autores, dever-se-ia conceder patente a quem escrevesse um livro sobre "o método de fazer amigos e influenciar pessoas". O ministro Stephen G. Breyer fez o auditório cair na gargalhada quando indagou se, de acordo com os mesmos parâmetros, seu método infalível de ensinar as sutilezas da Lei Antitruste, evitando que 80% dos alunos dormissem em sala de aula, também seria patenteável.
Raras vezes uma obscura questão de patentes desperta tanta atenção, afirma a professora Pamela Samuelson, da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, Berkeley. E o professor John F. Duffy, da Faculdade de Direito da Universidade George Washington, por sua vez, considera essa a questão do século em matéria de direito de patentes, reporta John Schwartz, do "New York Times".
Aguardemos os resultados, pois eles certamente terão reflexos em outras jurisdições e no comércio internacional de bens imateriais, a grande "commodity" do século 21.
ELLEN GRACIE NORTHFLEET é ministra e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.

MÍRIAM LEITÃO


Destruir a obra

O GLOBO - 07/03/10


É a temporada. Tempo de sofismas e argumentos tortos. Tempo das mesmices repetidas com ares de descobertas recentes. Hora de escapar do debate sobre a questão racial brasileira.

Não precisava ser assim. Podia ser um tempo de avanços. Mas os que negam o racismo brasileiro preferem esse cerco à inteligência, ao óbvio, ao progresso.

Num ambiente negacionista, foi um alívio ouvir as explicações simples e diretas da secretária de Estado americana Hillary Clinton na Faculdade Zumbi dos Palmares, onde escolheu debater com estudantes. Hillary defendeu as ações afirmativas dizendo que, com elas, os EUA estão deixando para trás os vestígios da escravidão: — Temos feito um grande progresso com as ações afirmativas em aumentar as oportunidades na educação, no emprego para os afro-americanos. Elas são o reconhecimento de que as barreiras históricas criam um funil que impede o acesso do grupo discriminado a níveis superiores de educação.

É preciso alargar a entrada e deixar mais gente entrar. O talento é universal, mas as oportunidades, não. O acesso na universidade não é, no entanto, a garantia da graduação.

Hillary contou que, como professora de Direito, percebeu que muitos alunos que entraram por ação afirmativa tiveram dificuldades maiores pelas falhas da educação anterior. Ela se dedicou a esses alunos no sistema tutorial: — Simplesmente não podemos aceitar os estudantes na universidade para deixar que eles falhem. Eles têm que ser ajudados.

O sistema americano é diferente do nosso, mas discriminação é parecida em qualquer país do mundo. Ela barra com obstáculos sutis ou explícitos, negados ou assumidos, a ascensão de grupos discriminados por qualquer motivo, racismo, sexismo, ou outras intolerâncias.

Lá, eles não têm cotas, não têm vestibular; o sistema, como se sabe, é o de application, o de se candidatar a uma vaga apresentando suas credenciais escolares. Ao avaliar quem entra, as escolas dão pontuação maior a quem vem de um grupo discriminado.

Cada universidade tem um critério, um método e uma meta diferente, mas todas buscam um quadro de alunos com diversidade.

Os alunos com menos chance de estar lá têm preferência nas bolsas para as caríssimas universidades privadas americanas.

— Estou muito orgulhosa das conquistas dos últimos 50 anos do movimento dos direitos civis, pelos que lutaram como Martin Luther King e outros, mas não posso dizer que o meu país não tem racismo, não tem sexismo — disse a mulher que comanda a mais poderosa diplomacia do mundo e é chefiada por um negro, que preside o maior país do mundo. Ela não vê a sua ascensão, nem a do presidente Obama, como provas de que não há barreiras para negros e mulheres.

Essa sinceridade é encantadora porque é rara no Brasil.

Esse reconhecimento da existência do problema, e de que ele é vencido por ações concretas de políticas públicas e de empresas, dá esperança.

No Brasil, o esforço focado nos negros é chamado de discriminação. E os brancos pobres? Perguntam.

Eles estão também nas ações afirmativas, e nas cotas, mas o curioso é que só se lembre dos brancos pobres no momento em que se fala em alguma política favorável a pretos e pardos.

É temporada da coleção de argumentos velhos que reaparecem para evitar que o Brasil faça o que sugeriu Joaquim Nabuco, morto há 100 anos, em frase memorável: “Não basta acabar com a escravidão. É preciso destruir sua obra.” Diante de qualquer proposta para reduzir as desigualdades raciais, principal obra da escravidão, aparece alguém para declamar: “Todos são iguais perante a lei.” E são. Mas o tratamento diferenciado aos discriminados existe exatamente para igualar oportunidades e garantir o princípio constitucional.

O senador Demóstenes foi ao Supremo Tribunal Federal com um argumento extremado: o de que os escravos foram corresponsáveis pela escravidão. “Todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para a Europa.

Não deveriam ter chegado na condição de escravos, mas chegaram. Até o princípio do século XX, o escravo era o principal item de exportação da pauta econômica africana.” Pela tese do senador, eles exportaram, o Brasil importou.

Simples. Aonde o crime? Tratava-se apenas de pauta de comércio exterior.

Por ele, o fato de ter havido escravos na África; conflitos entre tribos; tribos que capturavam outras para entregar aos traficantes, e tudo o mais, que sabemos, sobre a história africana, isenta de culpa os escravizadores.

Trazido a valor presente, se algumas mulheres são vítimas de violência dos maridos, isso autoriza todos a agredi-las. Ou se há no Brasil casos de trabalho escravo e degradante, isso permite aos outros povos que façam o mesmo conosco. Qual o crime? Se brasileiros levam outros brasileiros para áreas distantes e, com armas e falsas dívidas, os fazem trabalhar sem direitos, qualquer povo pode escravizar os brasileiros.

O senador Demóstenes é um famoso sem noção e com ele não vale a pena gastar munição e argumentos. Que ele fique com sua pobreza de espírito. O que me incomoda é a incapacidade reiterada que vejo em tantos brasileiros de se dar conta do crime hediondo, do genocídio que foi a escravidão brasileira.

Não creio que as ações afirmativas sejam o acerto com esse passado.

Não há acerto possível com um passado tão abjeto e repulsivo, mas feliz é a Nação que reconhece a marca dos erros em sua história e trabalha para construir um futuro novo. Feliz a Nação que tem, entre seus fundadores, um Joaquim Nabuco, que nos aconselha a destruir a obra da escravidão.

ELIANE CANTANHÊDE


"Efeito profilático"
FOLHA DE SÃO PAULO - 07/03/10


BRASÍLIA - Ao justificar o seu voto a favor de manter na cadeia o governador afastado do DF, José Roberto Arruda, o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, comemorou o "efeito profilático" da prisão.
"Dói na alma e no coração ver um governador sair direto do palácio para a cadeia, mas há quem chegue às maiores alturas para cometer as maiores baixezas", disse Britto.
Arruda transforma-se, assim, num símbolo de poderoso que levou o que merecia, pois exagerou na dose na campanha, ao assumir o governo e ao se ver sob investigação. Chegou às alturas do poder, para tentar cometer até a baixeza de corromper testemunhas.
O ministro manda, dessa forma, um aviso a atuais e futuros governadores e homens públicos: ponham as barbas de molho. Faltou acrescentar: "a partir de agora". Porque não tem sido bem assim, e o caso Arruda abre um precedente em momento ideal: no ano das eleições presidenciais e gerais.
Ele não está preso (ainda) pelo dinheiro em meias, cuecas e bolsas, e sim por obstrução da Justiça. Mas não custa lembrar que seu filme de horrores começa exatamente em 2006, com um provável caixa dois de campanha que, como o próprio presidente da República já disse, todo mundo faz. Só que, dali para o governo e para a corrupção pura e simples, foi como costuma ser: um pulo -e de gato.
A decisão do Supremo corrobora a prisão preventiva do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e foi no dia seguinte à decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que obriga os partidos a detalhar a origem e o destino das doações de campanha -neste caso, condenada em uníssono por todos os partidos, do PT ao DEM, do PSDB ao PTB.
Não deveriam. O TSE tenta evitar que o STJ seja acionado e que o Supremo, mais uma vez, ou dezenas de outras vezes, tenha de aplicar o tal "efeito profilático". E sob aplausos dos eleitores de norte a sul.

GAUDÊNCIO TORQUATO


Serra e o ''rebolation'' lulista
O ESTADO DE SÃO PAULO - 07/03/10

A possibilidade de um guerreiro ser derrotado está em suas próprias mãos, porém a alternativa de vencer o inimigo é propiciada pelo próprio inimigo. A lição tática, de autoria do general Sun Tzu, leva a um beco sem saída: uma pessoa pode até saber como conquistar o adversário sem, porém, ter a capacidade de fazê-lo. José Serra, governador do Estado mais poderoso da Federação, encontra-se nesse embaraçoso espaço. Seu perfil agrega contundentes armas para vencer uma batalha: larga experiência política, capacidade administrativa, urnas eleitorais sempre fartas de votos, militância plena de episódios vibrantes, traços que marcam as lutas nos bastiões da esquerda, enfim, uma alentada história de sucesso que deverá ser posta ao crivo público num dos mais disputados pleitos de nossa contemporaneidade. Mas os olhos de Serra parecem embaçados por densa fumaça pré-eleitoral, que o tem deixado entre a cruz e a caldeirinha, na dúvida entre manter a tática defensiva, prevenindo-se contra a derrota, ou ir logo à ofensiva e, assim, evitar aproximação do adversário. Hesitar, como se sabe, é um grave erro na guerra. Guerreiro bom vence combates não cometendo erros.

Se perfil fosse arma mortal na arena dos pleitos, José Serra, paulistano da Mooca, filho de calabrês que vendia frutas no Mercado Municipal, candidato a presidente da República, seria eleito. Trata-se de uma gorda biografia política e administrativa à disposição dos eleitores, eis que coleciona experiências como secretário de Estado, deputado, senador, prefeito, governador e candidato a presidente da República, cargo este que disputou com o atual mandatário, tendo obtido, no segundo turno, 33 milhões de votos, em 2002, contra 53 milhões de Lula. Não é um neófito. Sua trajetória é longa. O País muito deve ao constituinte de 1988 que mais emendas aprovou (130 das 208 apresentadas), tendo sido ainda o criador do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), de outros impactantes projetos e relator da comissão que reformulou o sistema tributário. A política, porém, nem sempre é medida pela régua de coisas bem feitas, mas por dobras das circunstâncias. O destino reservou a esse homem público a condição de enfrentar uma adversária que tende a galgar alto patamar eleitoral por conta de ventos extremamente favoráveis. E quando o vento sopra para um lado, reza o ditado, não há montanha capaz de detê-lo.

O que o governador paulista representa na paisagem institucional? Ele preenche os requisitos da boa política: planejamento, organização, gestão fiscal eficaz, expansão dos investimentos, rígido controle de despesas. A identidade reúne mãos fortes para controlar, atitudes enérgicas para cobrar e visão sistêmica para acompanhar e avaliar o conjunto. É um governante duro. Por isso, algumas decisões, fruto do modelo de gerir, provocam reações negativas, como se pode ouvir de setores produtivos queixosos diante da ávida política tributária de seu governo. Ou de contribuintes indignados com pedágios sequenciais que oneram as viagens pelo interior do Estado. Mas, de um modo geral, Serra é bem avaliado pela população, que o considera um administrador do naipe de Franco Montoro e Mário Covas, considerados ícones dos tucanos no capítulo da seriedade administrativa. Fosse esse o escopo a ser posto na balança eleitoral, seria mais fácil para ele ser bem-sucedido na arena da disputa. O governador, porém, corre o risco de ser vítima do "rebolation" político que as massas dançam em todos os cantos do território. Essa mescla de axé com pimenta eleitoral é tocada há muito tempo pelos tambores do presidente Luiz Inácio e sua trupe, que perambulam pelo País vendendo bordões, fazendo graça com imagens populares, sob o painel catártico de programas de impacto popular. Gigantesca estrutura de consolação social foi montada para operar a equação: grana no bolso, comida no fogão, estômago cheio e urnas jorrando votos. Moços e velhos, homens e mulheres, convidados ao banquete do lulismo, mentalizam o V da vitória. E ele, que conhece como ninguém a alma do povo, faz o delírio da galera quando, por exemplo, arremata a peroração recitando os quatro elementos para ganhar uma campanha: casa, carro, computador e uma mulher bonita. Deixa implícito que três foram plantados e colhidos na roça dele.

Não haverá, portanto, comparação entre Serra e outros candidatos. Nem mesmo a história de um menino pobre que dormia na sala da pequena casa de apenas um quarto e ajudava o pai a vender frutas causará comoção. Luiz Inácio apropriou-se do roteiro. Ademais, o "rebolation" lulista quer fazer a comparação entre os tempos tucanos e os atuais. O jeitão professoral do governador não ajuda. Não passa emoção. Apesar da sólida argumentação que fundamenta seus pontos de vista, ele parece o mestre que não gosta de ser contrariado. A índole serrista é pouco afeita ao chiste. Sua comunicação é descendente, dele para os outros. Projeta a estampa de São Paulo, Estado com a maior força eleitoral e poderio econômico. Ao lado da imagem de fortaleza inexpugnável, São Paulo passa também a ideia de cadeira presidencial perpétua. Posição bastante questionada.

Os elementos que poderiam diferenciar valores, capacidades e qualidades de cada candidato serão deixados em segundo plano. Se dessem o tom da campanha, Dilma seria ofuscada. Mas o artifício de driblar perfis deverá ser usado pelo PT. Como os tucanos conseguirão enfrentar mensagens subliminares que deverão elevar o Brasil às alturas de Shangri-lá? Mostrando os rombos nas áreas da saúde, segurança pública e educação? Ora, tal discurso corre o perigo de ser inócuo. Lembrar que Serra foi um bom ministro da Saúde? Para aguentar o tranco o filho de calabrês vai ter de surpreender. Superar-se. Coisa que, aliás, conseguiu, nos idos de 1960, quando foi ator principal de uma peça dirigida por José Celso Martinez Corrêa. Nome da peça: Vento Forte para um Papagaio Subir. O tucano precisará muito desse vento. Para subir e para vencer.
Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP e consultor político e de comunicação

AUGUSTO NUNES



VEJA ON-LINE

Que venha a eleição plebiscitária

6 de março de 2010

A divulgação do Programa Nacional de Direitos Humanos confirmou que a eleição de 2010 será mesmo plebiscitária. O Brasil que pensa entendeu que terá de escolher entre a democracia representativa e o stalinismo farofeiro, entre a liberdade e o autoritarismo , entre o mundo civilizado e as cavernas onde conspiram os pastores do atraso.
A reportagem de capa da edição de VEJA, outra reafirmação do mergulho sem volta do PT no pântano, é a prova definitiva de que o desejo de Lula (”Gostaria que fosse nós contra eles, olho no olho”) será atendido. O governador José Serra é um homem sem prontuário. Basta que vire ostensivamente as costas aos pecadores do PSDB e do DEM ─ uma tribo diminuta se confrontada com a imensidão de companheiros fora-da-lei ─ para que os eleitores entendam que estarão escolhendo entre a honestidade e a roubalheira, entre a honradez e a corrupção.
Serra vencerá se compreender que a oposição brasileira é muito maior, mais tenaz, mais corajosa e mais combativa que a oposição formal. Ele precisa ser mais que o candidato de uma aliança partidária assustadiça, excessivamente cautelosa. Tem de transformar-se no porta-voz do Brasil decente, que não teme porque não deve, que respeita a lei e exige que todos sejam obrigados a respeitá-la, que lutou pela restauração do regime democrático e dele não admite abrir mão.
“A oposição não tem programa, a Dilma tem”, vangloriou-se em Cuba o ministro Franklin Martins, ainda com o olhar de quem viu o homem que quer ser quando crescer. “Qual é programa do Serra?” O candidato do PSDB acha que ainda é cedo para apresentar um plano de governo. Mas já passou da hora de apanhar a luva atirada por Lula, aceitar o repto lançado por Franklin e desfraldar o quanto antes as duas bandeiras que o PT jogou no lixo. O partido que reivindicava o monopólio da ética caiu na vida. O partido que se fingia de libertário ama Fidel Castro e flerta com Hugo Chávez.
Serra, ex-militante da Ação Popular, converteu-se num genuíno democrata. Dilma jamais renegou o script de coadjuvante da Polop e Var-Palmares, organizações comunistas que recorreram à luta armada para substituir a ditadura militar pela ditadura do proletariado. Serra não tem contas a acertar com a Justiça. Dilma foi escolhida por um presidente que acoberta todos os delinquentes de estimação, é candidata pelo partido do mensalão e entregou a coordenação da campanha a José Dirceu.
Só faltava Delúbio Soares. A reportagem de VEJA mostrou que não falta mais nada: João Vaccari, o novo tesoureiro da direção nacional do PT, é um Delúbio piorado. A sucessão presidencial de 2010 não passará ao largo de critérios políticos e morais. Eleger Dilma Rousseff é entregar o poder aos carrascos da liberdade. É entregar a chave do cofre à bandidagem que, por ter perdido de vez o medo do xerife, já nem usa lenço para esconder o rosto.

ANCELMO GÓIS

Somos tão jovens


O GLOBO - 07/03/10


 
A cantora Leila Pinheiro está na reta final de um novo CD, só com músicas de Renato Russo.
É para festejar seus 50 anos de vida, 30 de carreira e os 50 que Renato também faria agora.
Herbert Vianna gravou guitarra na faixa “Quando você voltar”.
Liberou geral
Dia 24 agora, o STJ julga um caso que pode acabar com a patente do Viagra no Brasil — o que permitiria a venda de genéricos do medicamento entre 50% e 30% mais baratos.

O tema excita o setor, mas não por se tratar de droga para disfunção erétil. É que envolve muita grana. Só com o Viagra, o braço brasileiro da Pfizer faturou R$ 170 milhões em 2009.
Segue...
O Viagra é apenas um entre cerca de 80 medicamentos cujos laboratórios se esforçam na Justiça para esticar ao máximo o vencimento da patente, enquanto o Instituto Nacional de Propriedade Industrial tenta liberar a fabricação por terceiros.
‘El País’ deslulou? 
Chama a atenção a quantidade de referências negativas a Lula feitas pelo jornal espanhol “El País”, o mesmo que, no fim do ano passado, homenageou o presidente brasileiro como personagem de 2009.
O apoio a Cuba na morte do dissidente Orlando Zapata não foi digerido pela imprensa europeia.
O cargo é meu 
O ministro Juca Ferreira, verde histórico, vai se licenciar para fazer campanha de sua candidata.

Licenciar-se do PV para ir ao palanque de Dilma, bem entendido. No governo, quer ir até o fim.
No mais 
Como faltam às sessões alguns ministros do STF.
Com todo o respeito.
O DOMINGO É, mais uma vez, de Carol Castro, a linda atriz que completa 26 anos quarta-feira agora. Sua personagem Mariana, de “Escrito nas estrelas”, nova novela das 18h da TV Globo, tem sido um grande desafio. Para interpretar o papel, Carol precisou ler muito sobre psicologia.

É que Mariana é uma estudante da área. A musa também adotou este novo visual com franja, que não usava, diz, desde os 7 anos de idade.
Ficou linda
Aceita um gourde? 
A Casa da Moeda do Brasil vai imprimir de graça toda a moeda do Haiti (gourde).
É o que prometeu Lula ao presidente René Préval no encontro dos dois, semana passada.
O breu de Chávez 
Lula está ajudando Chávez a enfrentar o racionamento de energia na Venezuela.
Mandou para lá técnicos que atuaram aqui no racionamento de 2001, 2002, durante o governo FH.
No ar 
O ministro Nelson Jobim decidiu nomear o economista Marcelo Guaranys secretário de Aviação Civil, cargo atualmente ocupado pelo brigadeiro Jorge Godinho.

Guaranys, hoje diretor da Anac, seria reconduzido, mas vai para o ministério porque o brigadeiro, há quase dois anos num cargo civil, precisa voltar à atividade militar.
ZONA FRANCA
O coleguinha Fernando Molica lança o livro “11 Gols de placa”, quarta, na DaConde, no Leblon, com grandes reportagens sobre futebol feitas, entre outros, pelos nossos João Máximo, Marcos Penido e Marceu Vieira.
Mostra multimídia no CCJE homenageia João Cabral de Melo Neto.
O psiquiatra Osvaldo Luiz Saide coordena curso anual sobre álcool e drogas que começa amanhã, na Uerj.
Dia 15, Denilson Albuquerque, da Uerj, recebe o fellow do Colégio Americano de Cardiologia, em Atlanta.
Liziane Costa lança site de bombons e arranjos para Páscoa (tilili.com.br).
É hoje a entrega dos troféus do carnaval mageense, no Mage TC.
Gaudêncio Thiago de Mello participa do Long Island Winterfest, EUA.
Tolstoi gay 
Quem diria? O genial escritor russo Leon Tolstoi (foto) vai acabar na Lapa. O clássico “Guerra e Paz” ganhará uma adaptação encenada por... travestis.

Os atores gays, que dividirão o palco com a Cia. Studio Stanislavski, tiveram aulas dois anos com a diretora Celina Sodré, no projeto Damas em Cena, na Lapa. A montagem, ainda sem data de estreia, é patrocinada, claro, pela Petrobras.
Templo é dinheiro 
O juiz Marcelo José Duarte Raffaele, da 65ª Vara do Trabalho do Rio, condenou a Igreja Universal a pagar R$ 100 mil a um ex-empregado de por danos morais.
O ex-funcionário diz que foi mantido em cárcere privado na Catedral da Universal, em Del Castilho.
Vick na novela
Vick Muniz, o artista plástico, convidado pela TV Globo, vai fazer a abertura da próxima novela das oito, “Passione”, de Sílvio de Abreu.

Será ecologicamente correta, com reaproveitamento de lixo.
Devo, não nego 
É dura a vida do artista. O grupo Fundo de Quintal fez um show no Terreirão do Samba em 20 de novembro de 2009, Dia de Zumbi, e, até agora, não recebeu da prefeitura do Rio.
As voltas que o mundo dá 
José Mindlin, o empresário e grande bibliófilo que Brasil perdeu estes dias, recusouse, como se sabe, a contribuir financeiramente para a montagem da Operação Bandeirante, a famigerada Oban, criada em 1969 e que se transformou num centro de torturas contra opositores da ditadura militar no Brasil.

Na época, boa parte da plutocracia paulista bancou sua instalação. Ford e Volkswagen, por exemplo, doaram carros, como lembrou Elio Gaspari em seu livro “A ditadura escancarada”.
Mas veja como o Brasil melhorou em muitos aspectos.

Segunda passada, Lula, cujo governo está recheado de gente torturada pela Oban, foi homenageado com uma placa pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (veja na foto) por ter adotado medidas que permitiram, em plena crise econômica, um crescimento de 11% em 2009 na venda de veículos no mercado interno.

A VOLTA DAS obras da Cidade da Música, na Barra, é uma grande notícia para o Rio. A imagem de quem passava por lá nos últimos 15 meses era pavorosa: uma construção monumental inacabada, uma catedral fantasma, e um monte de dinheiro (meu, seu, nosso) jogado fora. São Sebastião permita que agora a coisa ande, amém

COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, MARCEU VIEIRA, AYDANO ANDRÉ MOTTA E BERNARDO DE LA PEÑA

ELIO GASPARI


As masmorras de Hartung aparecerão na ONU

FOLHA DE SÃO PAULO - 07/03/10

O economista bem educado governa no ES um sistema prisional que envergonharia o soba do Uzbequistão

NA PRÓXIMA segunda-feira, dia 15, o governador Paulo Hartung (PMDB-ES) tem um encontro marcado com o infortúnio. Depois de anos de negaças, o caso das "masmorras capixabas" será discutido em Genebra, num painel paralelo à reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Hartung tem 52 anos, um diploma de economista e a biografia de um novo tipo de político. Esteve entre os reorganizadores do movimento estudantil no ocaso da ditadura. Filiou-se ao PSDB, ocupou uma diretoria do BNDES, elegeu-se deputado estadual, federal, e senador.
Na reunião de Genebra estará disponível um "dossiê sobre a situação prisional do Espírito Santo". Tem umas 30 páginas e oito fotografias que ficarão cravadas na história da administração de Hartung. Elas mostram os corpos esquartejados de três presos. Um, numa lata. Outro em caixas e uma cabeça dentro de um saco de plástico. Todos esses crimes ocorreram durante sua administração. Desde a denúncia da fervura de presos no Uzbequistão o mundo não vê coisa parecida.
As "masmorras capixabas" são antigas, mas a denúncia teve que ser levada à ONU porque as organizações de defesa dos direitos humanos não conseguem providências do governo do Espírito Santo, nem do comissariado de eventos de Nosso Guia. Sérgio Salomão Checaira, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, demitiu-se em agosto do ano passado porque não teve apoio do Ministério da Justiça para reverter o quadro das prisões de Hartung. Há um mês, uma comitiva que visitava o presídio feminino de Tucum (630 presas numa instituição onde há 150 vagas) foi convidada a deixar o prédio. Se quisessem, poderiam conversar com as prisioneiras pelas janelas.
O Espírito Santo tem 7.000 presos espalhados em 26 cadeias, com uma superlotação de 1.800 pessoas. Há detentos guardados em contêineres sem banheiro (equipamento apelidado de "micro-ondas"). Celas projetadas para 36 presos são ocupadas por 235 desgraçados. Alguns deles ficam algemados pelos pés em salas e corredores.
Os governantes tendem a achar que os problemas vêm de seus antecessores, que as soluções demoram e que, em certos casos, não há o que fazer. Esquecem-se que têm biografias.
O relatório com fotos dos esquartejados está no seguinte endereço:
http://www.estadao.com.br/especiais/
2009/11/crimesnobrasil_if_es.pdf

Aviso: é barra muito, muito pesada.

A TEORIA NEGREIRA DO DEM SAIU DO ARMÁRIO

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é uma espécie de líder parlamentar da oposição às cotas para estimular a entrada de negros nas universidades públicas. O principal argumento contra essa iniciativa contesta sua legalidade, e o caso está no Supremo Tribunal Federal, onde realizaram-se audiências públicas destinadas a enriquecer o debate.
Na quarta-feira o senador Demóstenes foi ao STF, argumentou contra as cotas e disse o seguinte:
"[Fala-se que] as negras foram estupradas no Brasil. [Fala-se que] a miscigenação deu-se no Brasil pelo estupro. Gilberto Freyre, que hoje é renegado, mostra que isso se deu de forma muito mais consensual".
O senador precisa definir o que vem a ser "forma muito mais consensual" numa relação sexual entre um homem e uma mulher que, pela lei, podia ser açoitada, vendida e até mesmo separada dos filhos.
Gilberto Freyre escreveu o seguinte:
"Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime".
"O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com a sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do sinhô-moço. Desejo, não: ordem."
"Não eram as negras que iam esfregar-se pelas pernas dos adolescentes louros: estes é que no sul dos Estados Unidos, como nos engenhos de cana do Brasil, os filhos dos senhores, criavam-se desde pequenos para garanhões. (...) Imagine-se um país com os meninos armados de faca de ponta! Pois foi assim o Brasil do tempo da escravidão."
Demóstenes Torres disse mais:
"Todos nós sabemos que a África subsaariana forneceu escravos para o mundo antigo, para o mundo islâmico, para a Europa e para a América. Lamentavelmente. Não deveriam ter chegado aqui na condição de escravos. Mas chegaram. (...) Até o princípio do século 20, o escravo era o principal item de exportação da economia africana".
Nós, quem, cara-pálida? Ao longo de três séculos, algo entre 9 milhões e 12 milhões de africanos foram tirados de suas terras e trazidos para a América. O tráfico negreiro foi um empreendimento das metrópoles europeias e de suas colônias americanas. Se a instituição fosse africana, os filhos brasileiros dos escravos seriam trabalhadores livres.
No início do século 20 os escravos não eram o principal "item de exportação da economia africana". Àquela altura o tráfico tornara-se economicamente irrelevante. Ademais, não existia "economia africana", pois o continente fora partilhado pelas potências europeias. Demóstenes Torres estudou história com o professor de contabilidade de seu ex-correligionário José Roberto Arruda.
O senador exibiu um pedaço do nível intelectual mobilizado no combate às cotas.

ACEITA OU DESCE
Na banda do alto tucanato inquieta com o silêncio de José Serra em relação à sua candidatura, admite-se a possibilidade de ele vir a ser confrontado com um ultimato público.
Se o governador quiser disputar, tudo bem. Se não quiser, precisa avisar, porque o PSDB poderá ser surpreendido pelo desinteresse de Aécio Neves de substituir o mestre-sala numa escola de samba atravessada.

INTERVENTOR
O nome do controlador-geral da União, Jorge Hage, passou a ser uma hipótese para o lugar de interventor federal em Brasília, encarregado de limpar a metástase de suas instituições.

FALA, ARRUDA
Na cadeia, José Roberto Arruda deu-se conta de que as ameaças feitas aos seus comparsas não tiveram efeito. Ele sabe que sua carreira política acabou. A biografia pública oferece-lhe dois caminhos: o silêncio, acompanhado pelo vilipêndio, inclusive por coisas que não fez sozinho, ou a abertura do arquivo de sua memória. Só assim terá a "alma lavada".

ELEFANTE VOADOR
Em política, elefante voa. Mesmo assim, é mais fácil elefante voar do que o senador Tasso Jereissati vir a aceitar a Vice-Presidência na chapa de José Serra.

OS PATOS
Karl Rove, o principal conselheiro de George Bush, escreveu um livro de memórias e contou que seu chefe não teria invadido o Iraque se soubesse que lá não havia armas de destruição em massa. Essa conta acabará no colo dos jornalistas que escreviam a respeito do arsenal de Saddam Hussein.

JOSÉ SIMÃO


Ueba! Oscar para melhor pipoca!

FOLHA DE SÃO PAULO - 07/03/10

Acho que a estatueta do Oscar frequenta a The Week! Marombada, dourada e depilada!


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
Hoje é dia de dormir em pé! Dia do Oscar! Do OSCARETA! Ganha um Oscar quem assistir ao Oscar até o fim! E aquele monte de discurso de obrigado?! O Oscar devia ser entregue no drive-thru do McDonald's. O ator pegava o Oscar, passava o ketchup e ia embora pra casa!
E a grande atração da noite: "Avatar"! O Arruda vai ganhar o Oscar com três versões de "Avatar": AFANAR, ABAFAR E AH VAI TARDE! Do mesmo diretor de "Panetonic"! E o Kassab vai ganhar o Oscar de melhores efeitos especiais com "ALAGAR". Em 3D! E o filme do Lula? O Lula não vai ser INDICIADO pro Oscar? O "Filho do Barril". Melhores defeitos especiais: o ator não tem um dedo e ainda tem que beijar a dona Marisa. E ainda acaba mal: vira presidente no final! Rarará!
E o "red carpet" devia se chamar "brega carpet"! E duas categorias importantes pro Oscar: Oscar de melhor DVD pirata e Oscar de melhor pipoca! A pipoca é sempre melhor que o filme. No ano passado, o Oscar de melhor pipoca foi pro Ailton, do Kinoplex. Empatado com o Severino, da calçada do Unibanco! E um Oscar pra melhor banca de DVD pirata: "Temos "Shrek" dubrado, "Ídulos" e "Galfield'". E eu acho que a estatueta do Oscar frequenta a The Week! Marombada, dourada e depilada! E Oscar sem a Meryl Streep é como televisão sem tela, bule sem bico e mulher sem perereca!
E amanhã é o DIA DELAS! Dia Internacional da Mulher. O Pererecas Day. Day, dou e darei! E um restaurante em Portugal vai comemorar o Dia da Mulher oferecendo um jantar. Sabe como é o nome do restaurante? TROMBA RIJA! "O grupo Tromba Rija quer comemorar o Dia da Mulher oferecendo um jantar para cada grupo de quatro mulheres."
E sabe como uma amiga minha vai comemorar o Dia da Mulher? Tendo orgasmos múltiplos com eco. Pro prédio inteiro ouvir. E sabe como um amigo meu vai comemorar o Dia da Mulher? Comendo a própria.
E as sapatas comemoram o Dia Internacional da Minha Mulher. E as travecas vão comemorar o Dia da Mulheríssima!
E o Dourado do "BBB"? O tiro saiu pela culatra: a Globo queria um "BBB" da diversidade e quem tá liderando é um machão homofóbico! Ele tem cara de motim de presídio. Fugitivo da Febem. Eu acho que ele devia ser interditado pela Vigilância Sanitária. Rarará! E diz que o Capitão Nascimento entrou no "BBB" e quando viu o Dourado, pediu pra sair. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!