terça-feira, outubro 13, 2009

RUY CASTRO

Ao mestre, com desprezo

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/10/09


Em março, um professor de História, filho de um amigo meu, foi desacatado em sala por três alunos, num colégio em Moema, zona sul de São Paulo. O mestre deu queixa na diretoria. Esta apoiou os desordeiros. O professor pediu demissão e foi para casa, onde teve uma crise nervosa. Passa agora por uma síndrome do pânico. A orientadora da escola, única pessoa a apoiá-lo, foi demitida.

Este é um colégio de classe média, em que os alunos se sentem com privilégios pelo fato de pagar altas mensalidades. Mas, nas escolas públicas, a realidade é ainda pior. Mais de cem casos de alunos que desrespeitam professores são relatados diariamente à Secretaria Estadual da Educação de São Paulo por um sistema de registro de ocorrências do gênero. A maioria dos casos vem da região metropolitana de São Paulo.

São os alunos que desprezam a liturgia da escola, saem da sala sem autorização do professor e o ofendem verbalmente quando ele ousa protestar contra a zorra. Usam toda espécie de aparelho eletrônico durante a aula, de celular a ipod, e, certos da impunidade, destroem equipamentos ou instalações da escola na frente dos colegas e funcionários. Uma das principais diversões é pôr fogo nas lixeiras.

É o terror. As escolas cogitam instalar câmeras em suas dependências, para ter provas documentais contra os vândalos e padronizar as informações, o que permitirá estabelecer estratégias de combate à violência. Mas nada impede que os cafajestes – difícil chamá-los de alunos – roubem também as câmeras e riam das estratégias.

Os jovens valentões que agrediram o professor em Moema (aliás, com o apoio da classe) foram expulsos do colégio meses depois. Mas não por indisciplina. Deixaram-se apanhar traficando drogas dentro das instalações.

TODA MÍDIA

Desesperado?

NELSON DE SÁ

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/10/09


"Dear president Lula", caro presidente. Era David J. Harris, diretor do Comitê Judaico Americano, ontem em carta aberta na home do Huffington Post, contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. "Senhor presidente, por favor, reconsidere. Você é um líder amplamente admirado... O Brasil, sob a sua liderança, emergiu no palco global. Por que conferir seu prestígio a Ahmadinejad?"
No topo do agregador de notícias da Slate, "Lula está tão desesperado por amigos?", linkando um post da "Newsweek" que abria dizendo que "O presidente do Brasil está virando estrela global ao preço de alianças comprometedoras" como Ahmadinejad.
No domingo, da Folha Online à China, ecoou notícia da agência iraniana Fars, com o anúncio da visita ao Brasil, no final de novembro.

ELDORADO CARIOCA
Fechando a semana do IPO recorde do banco Santander no Brasil, o espanhol "El País" deu neste domingo uma série com editorial, artigos e reportagens. Entre os enunciados, "América Latina recobra o alento" com "A pujança do Brasil e a alta das matérias primas"; "Rio 2016, uma oportunidade para as empresas espanholas"; e "Eldorado carioca", sobre a "centena e meia" de empresas que já "falam brasileiro".
No texto de maior repercussão nos sites brasileiros, de Francho Baron, "Premiado com os Jogos Olímpicos e convertido em uma potência econômica, o Brasil assume o desafio de erradicar a pobreza".

"EL CONSEGUIDOR"
Jornais espanhóis, do país basco à Catalunha, foram na mesma linha do madrilenho "El País" e publicaram longos textos com enunciados como "O poderio do Sul" e "Lula, el conseguidor", de louvor ao presidente brasileiro.

"GRANDES LIGAS"
E ontem foi o argentino "La Nación" que fez editorial, com eco na home do UOL, entre outros. Sob o título "Brasil nas grandes ligas", afirmou que o presidente Lula projeta o país a "líder regional e ator global de primeira ordem".

"COMEBACK"
O "New York Times" de domingo publicou em longa reportagem que os "Emergentes realizam retorno", com destaque para a recuperação no preço das commodities e a reação do Brasil. Com imagem de colheita de soja, sublinhou aposta na Petrobras

CHINA VS. EUA
Na manchete on-line do "Wall Street Journal", ontem à noite, a americana Exxon venceu a disputa com a chinesa Cnooc e assinou um contrato para a exploração de uma "descoberta significativa de petróleo" no mar de Gana, na África Ocidental -que se mostrou disputada depois que o "Brasil anunciou recentemente que criaria uma estatal para administrar seus achados". O "Financial Times" já postou análise do episódio e da crescente "Competição sino-americana por petróleo".
Ao fundo, o portal Exame trazia ontem como seu texto "+ lido" um perfil dos acionistas americanos minoritários da estatal brasileira, sob o enunciado "Yes, a Petrobras também é minha".

OBAMA E A OPOSIÇÃO
Com imagem do âncora Bill O'Reilly e do assessor David Axelrod, de Obama, o "NYT" destacou ontem que está se "intensificando" o confronto entre o canal republicano e a Casa Branca. Esta anunciou por telefone ao jornal que, "como a Fox abriu guerra contra Obama e não precisamos fingir que é atitude legítima de uma organização de mídia, vamos tratá-los como a um opositor"

CORRIDA INÉDITA
Na "Veja" desta semana, "a televisão brasileira é palco de uma corrida inédita em sua história: disputando entre si, quatro emissoras têm conseguido audiência de dois dígitos nas noites de domingo". Avisa que a Globo "ainda lidera por boa margem, mas Silvio Santos, Gugu Liberato e o "Pânico" vêm marcando pelo menos dez pontos no Ibope".

MÍRIAM LEITÃO

Ruralismo ambiental

O GLOBO - 13/10/09


Imagine um mesmo ministério que juntasse ambientalistas e ruralistas. O ministro inglês Hilary Benn, do Meio Ambiente e Agricultura, acha que unir os dois faz todo o sentido por um motivo simples: “Poderíamos produzir alimento sem água, sol, terra, chuvas, biodiversidade?” Ele vem ao Brasil em novembro com uma agenda que tem contatos nas duas áreas e para conversar sobre Copenhague.

Por outro lado, o ministério dele não cuida de mudança climática, que fica com o ministro da Energia, Ed Miliband. Perguntei se é possível tratar hoje em dia de meio ambiente separado de mudança climática: — Melhor ter dois ministros verdes num governo que apenas um. Nós dois trabalhamos muito juntos.

Energia e mudança climática têm que estar juntos.

Sobre agricultura e meio ambiente, não tem que haver competição entre as duas áreas. Elas são interdependentes.

Por exemplo: as abelhas estão morrendo, por uma série de razões.

Elas são fundamentais para polinizar as plantas. Se elas desaparecerem estaremos em sérios problemas aqui na Inglaterra. Há tensão, claro. De vez em quando fazendeiros me dizem: “Isso não tem nada a ver com meio ambiente, é produção.” Mas estamos muito perto do tempo em que o aquecimento global vai afetar nossa capacidade de produção. Acho que fica mais fácil conversar quando as duas áreas estão no mesmo ministério.

No verão de 2007 caíram chuvas torrenciais na Inglaterra que afetaram cerca de 500 mil pessoas, e Hilary Benn passou sua primeira noite no cargo no reduto eleitoral de Ed Miliband, em Doncaster North: — Ed e eu passamos a noite conversando com os eleitores dele. Vários nos perguntaram se aquilo era a mudança climática. Para dar uma resposta honesta, não há certeza. Mas os eventos que ocorrerão serão assim.

Tem gente que acha que dois graus de temperatura não é nada. Em 2003, tivemos um verão mais quente na Europa. Pessoas morreram por causa disso.

Na minha passagem por Londres, semana passada, fiz uma longa entrevista com o ministro Hilary Benn. Falante, expressivo, ele é um dos negociadores da Inglaterra na reunião de Copenhague.

Perguntei sobre o risco de a reunião não chegar a um resultado positivo.

— Eu não quero perder tempo agora pensando no fracasso. O que nós decidirmos lá, pode afetar o mundo pelos próximos 20 anos. Eu estava em Bali, quando parecia que ia ser fácil e não foi. É muito difícil negociar por conhecidas razões, mas o mundo estará lá e nós precisamos saber o que cada país tem para pôr na mesa. Temos que decidir o fluxo de financiamento para os países mais pobres. A mudança climática virá de qualquer maneira. Temos que nos preparar — disse.

Perguntei a ele o que pode acontecer na Inglaterra com a mudança climática: — Nós somos uma naçãoilha.

Estamos aqui no sexto andar, mas o primeiro-ministro mora no nível térreo.

Hoje, Londres vive protegida por barreiras construídas em 1953, que têm sido frequentemente elevadas.

Essas barreiras guardam oito milhões de pessoas e 200 bilhões de libras de ativos.

Se houver apenas 10% de probabilidade de as barreiras serem superadas, o que nos interessa são esses 10%, porque se as barreiras romperem nós estaremos em grande risco.

O Ministério acabou de lançar um novo guia para as empresas fazerem a contabilização do carbono, um aperfeiçoamento do processo.

Naquele mesmo dia ele havia tido uma reunião com empresários. Sugeriu que eles se preparassem e perguntou como o aquecimento global afetará os negócios de cada um: se haverá aumento ou queda de demanda para seus produtos, se eles sabiam como suas operações internacionais serão atingidas e qual a situação da cadeia produtiva.

— Eu, se tivesse um negócio de fornecimento de água, estaria protegendo meus reservatórios. Nós tivemos, aqui no Reino Unido, dois verões muito secos e depois três verões com muita chuva, inclusive em 2007, na pior enchente que já tivemos. Em Gloucestershire, 300 mil pessoas ficaram sem água porque o reservatório foi atingido e ficou muito perto de afetar o fornecimento de energia.

Nós temos que nos organizar para estar preparados para qualquer cenário.

O ministro deu exemplos de que mudança climática é questão econômica: — Fui ao Panamá. Lá, vi que o canal hoje tem menos água, o que torna mais difícil a passagem dos navios.

Os custos do frete aumentaram e as empresas de seguro elevaram os prêmios.

E por que as águas diminuíram? Por causa do desmatamento.

Exemplo concreto do custo econômico da perda de bens ambientais.

Fui a Nairóbi e, no centro agroflorestal, vi a artemísia, uma planta que aumenta a potência das drogas atuais contra a malária.

Vi outra planta, a prunus africana, cujo chá da casca combate o câncer de próstata.

É desse valor econômico da floresta que eu estou falando.

Há dúvidas sobre biocombustíveis.

A Inglaterra está introduzindo combustível renovável no transporte, mas ele me falou de três dúvidas: acha que se for massificado o uso, isso tomará terra demais; o etanol de milho tem um balanço carbono quase tão ruim quanto os combustíveis fósseis; dependendo da maneira como o etanol é produzido, o impacto no meio ambiente pode ser muito alto. Um dos assuntos da visita dele ao Brasil será ver a nossa forma de produção de biocombustíveis. Um bom momento para convencêlo da qualidade dos nossos produtos. O Reino Unido é um grande mercado e como tenho dito aqui, está na frente de outros países na busca de uma economia e um consumo que ajudem a mitigar os efeitos da mudança climática.

ARI CUNHA

Respeite a água


Correio Braziliense - 13/10/2009

Neste século começa a falta d’água. O mundo cresceu e o líquido está sumindo. Em muitos lugares o homem destrói a mata ciliar. Os riachos desaparecem. O homem se sente infenso ao problema. Vai pagar mais caro, e com a própria vida. Em Nova Délhi, Índia, todos querem apenas um pouco de água. Sudaneses bebem água dos pântanos com tubos de plástico para filtrar as larvas flutuantes. Águas do delta do Rio Níger são usadas como latrinas, depósito de lixo e para tomar banho. Nós não temos cuidado com a água pura e límpida que sai das torneiras em Brasília. Muita gente lava carros e ruas. Jogamos fora metros cúbicos de saúde e preciosidade. Brasília é um oásis da água bem tratada do país. Respeite esse benefício para que todos vivam bem e sintam a vida.

A frase que não foi pronunciada

“Eu vim aqui para rezar.”
Frase não pronunciada pela ministra Dilma no Círio de Nazaré.


Rio Grande
O PT exerce pressão sobre o Rio Grande do Sul. Quer o governo de volta. Comissão da Assembleia Legislativa arquiva o pedido de impeachment da governadora. Oposição petista abandona o plenário. A rejeição à acusação de fraude deixou livre a governadora Yeda Crusius. Ela suspendeu viagem aos EUA temendo traição da política malsã. Pé fincado em Porto Alegre. A ausência se torna perigo de traição. É preciso evitá-la.

Radiação
O professor Álvaro Sales, do Rio Grande do Sul, entrevistado pela TV, condena a radiação da vida moderna. Celulares, computadores portáteis e outros produtos eletrônicos prejudicam a saúde. Há partes de São Paulo onde não se vê televisão. Interferência da radiação prejudica a vida. Em Brasília, uso mais intenso torna a Torre de TV um perigo para as imediações.

Privilégio
Diz Congresso em Foco que município de 20 mil habitantes administrado por filho do ex-ministro José Dirceu recebeu, proporcionalmente, mais recursos federais do que a capital paulista desde 2008. A média também supera a do Rio e de cidades do mesmo porte no Paraná.

Lex
Na dança das cadeiras, os partidos políticos estão se segurando para não precisar exercer o direito de reaver os mandatos de parlamentares infiéis. O balanço é o seguinte: na Câmara dos Deputados, 31 trocaram de legenda; no Senado, quatro; das 11 siglas que perderam parlamentares, só três entraram com recurso
no TSE.

Paim
Vai ser muito bom para o senador Paim se ele conseguir algum resultado positivo para as famílias que dependem de acordo com a Varig. Representantes do Ministério da Fazenda, da AGU e lideranças de aposentados da empresa se reuniram no gabinete de Paim para conversar sobre o assunto.

Negócios
Turquia, Uzbequistão e Cazaquistão. Uma delegação brasileira iniciou contato com os países em missão comercial. Encontros de negócios promovidos com a presença de 28 empresas brasileiras. Ivan Ramalho, do Ministério da Indústria e Comércio, liderou a comissão.

Avanço
Foi aprovado na Câmara o Programa de Assessoria Tecnológica Rural. Agora, o deputado Flávio Dino acompanha a votação no Senado e reforça a importância de incentivar a produção de alimento
no país.

Classe média
Nada ainda sobre o projeto que regulamenta a profissão de diarista e de empregados domésticos. O projeto é da senadora Serys Slhessarenko. O relator é o senador Lobão Filho.

Confisco
Hoje, a oposição vai apresentar requerimento para convocar o ministro Mantega para explicar no Senado o que houve com a restituição do Imposto de Renda. O senador Álvaro Dias lembra que a eficiência do governo ao cobrar poderia ser a mesma ao restituir.

Outro lado
Mantega já declarou que não haverá perda para o contribuinte. A restituição será feita com multas e juros pagos pelo atraso.

História de Brasília


A transferência das residências da Candangolândia para o Gama é uma garantia dos bons propósitos do prefeito Paulo de Tarso, no sentido de dotar aquela cidade-satélite de todo o conforto. Não cabe, no caso, o desejo dos moradores, que estão querendo transferir residências de madeira para o Setor de Residências Econômicas, que já é um bairro formado no Plano Piloto. (Publicado em 11/2/1961)

LUIZ GARCIA

Em cena aberta

O GLOBO - 13/10/09

Uma marca registrada da televisão americana é o formato peculiar dos programas noturnos de entrevistas. Os temas de cada dia podem ser os mais sérios, mas o entrevistador sempre tem algo a declarar. O que ele faz, geralmente, num monólogo de abertura, sempre carregado de ironia, quando não humorístico do começo ao fim.

Deve ser uma boa fórmula, ou não seria usada há décadas por todas as redes e muitas TVs independentes.

Hoje em dia, o mais popular programa do gênero nos EUA é o de Dave Letterman.

Seus monólogos costumam ter como tema o comportamento dos políticos americanos. Faz sentido: lá como cá, batidas e derrapagens dessa turma dão munição farta para crítica, sátira e cobrança.

Às vezes, Dave, em geral muito engraçado e inteligente, exagera.

Há alguns anos, fez uma pergunta grosseira a uma atriz de filmes pornô, e no dia seguinte sentiu-se obrigado a apresentar um longo pedido de desculpas. Mais recentemente, também passou dos limites numa entrevista com a ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin, e outra vez teve de fazer uma visita a Canossa, como se dizia antigamente.

O episódio mais recente é bem mais apimentado. Ele, que é casado, incluiu no seu monólogo de abertura do programa a confissão de que já tivera uma quantidade de casos amorosos com companheiras de trabalho.

A confissão não era produto de arrependimento espontâneo: fora a forma que encontrara para desarmar um chantagista que tentava lhe arrancar dois milhões de dólares.

Pode ter sido boa saída, financeiramente falando. Mas, em parte por isso mesmo, não se pode dizer que, do ponto de vista moral, limpou a pedra para o embaraçado Dave.

O episódio chama a atenção para um aspecto importante das relações entre profissionais como ele e o público. Artistas costumam, com razão, alegar que, longe de palcos e telas, sua vida lhes pertence e não têm qualquer obrigação de levar o espectador para casa. Exigem, com razão indiscutível, respeito por sua privacidade.

É evidente que o mesmo espectador tem igual direito a responder: “Você é pago para me entreter, não para me fazer confissões embaraçosas não solicitadas. Ligo a TV para me divertir. Portanto, deixe seus problemas em casa e comece a me fazer rir.” Concordo que parece um tanto cruel. Mas, se pega a moda da autoimolação em cena aberta, a televisão vai ficar chatíssima.

JOSÉ SIMÃO

Ueba! Tá tendo a Micareta do IPI!

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/10/09



E sabe o que o brasileiro fez nesse feriadão? Comprou geladeira, com redução de IPI


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
E sabe o que o brasileiro fez nesse feriadão? Comprou geladeira. Com redução de IPI. Eu fui ao Hiper Bom Preço em Salvador e estava tendo promoção de geladeira sem IPI, com transmissão ao vivo pela Rádio Bahia. Parecia Carnaval. Mais gente que no Carnaval. Micareta! Carnaval fora de época. Micareta do IPI!
Eu só queria uma coisa do Lula nesse feriadão: que fizesse sol!
E olha a placa na peixaria em Salvador: aqui até o peixe-espada é fresco! E a Bahia é tão animada que até em lan house tem música ao vivo. É verdade. Todo mundo no computador e o cartaz: sexta-feira música ao vivo. E sabe como se chama motel de alta rotatividade na Bahia? SOBE DESCE!
E adorei os comentários do Kibeloco sobre o Nobel do Obama. O Nobel da Paz do Obama caiu como uma bomba. O Iraque comemorou com tiros pro alto. E quem derrubou de uma vez só o Bush e a Sarah Palin já merece um Nobel.
E já imaginou se o Lula ganhasse o Nobel de Física? Aí é que ia dar merda. Rarará! Aliás, já tem gente dizendo que o Lula ganhou o Nobel da Sorte.
E os americanos lá no Afeganistão já avisaram as tropas que o Obama ganhou o Nobel da Paz? "Obama ganhou o Nobel da Paz? Vamos avisar as tropas!" Rarará!
E uma amiga foi pra Aparecida e almoçou na Churrascaria e Choperia Santuário dos Apóstolos. Sei. E no fundo tem um lugar reservado pra Santa Ceia?! Rarará!
E adorei o senador Mão Santa: "Não há VOO AÉREO internacional em Teresina!". É mole? É mole, mas sobe! Ou, como disse aquele outro: "É mole, mas trisca pra ver o que acontece!".
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heroica e mesopotâmica campanha Morte ao Tucanês. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. Sabe como se chama a Granja Comary dos chilenos? Complejo Deportivo Pinto Durán!
Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. O Orélio do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Fiança": companheiro que tem um monte de fio. No Dia da Fiança! Rarará!
E eu tenho uma teoria: no Brasil, todo mundo fala errado, mas todo mundo se entende. O lulês é mas fácil que o ingrêis. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

RUBENS BARBOSA

O Brasil e a (não) proliferação nuclear

O ESTADO DE SÃO PAULO - 13/10/09


A revelação recente da existência de uma unidade secreta de enriquecimento de urânio no Irã e a aprovação quase concomitante, pelo Conselho de Segurança da ONU, de resolução limitando mais rigidamente os arsenais e a proliferação de armas nucleares renovam a grande prioridade dessas questões na agenda internacional.
O Brasil já detém a sexta maior reserva de urânio do mundo, embora apenas 30% do território nacional tenha sido pesquisado. A pesquisa, a lavra, a produção, o enriquecimento e a comercialização de urânio são monopólio da União. A modificação de legislação para permitir a participação da iniciativa privada na prospecção e na exploração tornou-se urgente para aumentar rapidamente não só as reservas, como também a produção do minério no Brasil.

Quais as implicações desse fato, do ponto de vista do interesse brasileiro?
Em primeiro lugar, há o interesse estratégico de dispor da matéria-prima para atender a uma crescente demanda interna. O aumento do consumo ocorrerá pela expansão da capacidade do País de produzir energia nuclear pela construção de novas usinas, pela ampliação da pesquisa e do uso da energia nuclear para fins pacíficos e, no campo da defesa, pela construção de submarino a propulsão nuclear.
Em segundo lugar, o mercado internacional para o urânio enriquecido deverá crescer, com expressiva tendência de alta. Enquanto, em 2004, o preço do produto era de US$ 12, em outubro de 2009 subiu para US$ 42,50 por libra peso. Somente no mercado da América Latina, mais de sete usinas nucleares estão sendo programadas.
Em terceiro lugar, o programa de ampliação do nosso parque nuclear, que prevê a construção de oito centrais nos próximos anos, terá assegurado o combustível para seu funcionamento sem depender do beneficiamento externo. Até aqui, o Brasil, para beneficiar o urânio utilizado por suas duas centrais nucleares e em pesquisa para fins pacíficos, utiliza as facilidades de gaseificação no Canadá e de enriquecimento da Europa. Além de economizar mais de US$ 25 milhões, o Brasil terá receita crescente com a exportação do minério enriquecido e passará a competir com os EUA, a Europa e a Rússia para o seu fornecimento no mercado internacional.
Vale ressaltar que restrições constitucionais impedem ações visando à construção de artefatos nucleares. Em 1991, Brasil e Argentina puseram suas facilidades e laboratórios sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) e se comprometeram a desenvolver o uso da energia para fins pacíficos. O Brasil se tornou signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) em 1997, em decisão controvertida, especialmente depois de a Índia tornar-se potência nuclear. Não há duvida, portanto, sobre as motivações e os resultados do que se fez até aqui e sobre as finalidades dos ambiciosos programas projetados para os próximos anos, tanto na área civil quanto na área de defesa.
Em meados de 2008, com a entrada em funcionamento, em Rezende, de planta para o enriquecimento do urânio brasileiro a 4% - o que nos tornará autossuficientes -, o Brasil passou a deter o conhecimento do ciclo completo do combustível nuclear. Em dezembro de 2008, na nova Estratégia Nacional de Defesa, o governo brasileiro anunciou ter decidido não negociar o Protocolo Adicional ao TNP, que daria à AIEA autorização para inspeções ampliadas das instalações nucleares brasileiras.
O projeto de construção de um super-reator nuclear de pesquisa, ao custo de US$ 500 milhões, tornará o Brasil independente na produção de isótopos radioativos para medicina e será parte integrante do programa nuclear brasileiro.
Os acordos de cooperação com a China, com a Rússia, com a França e com a Ucrânia para o lançamento de satélites comerciais, a retomada dos entendimentos na área nuclear com a Alemanha e com a Índia, não só para o processamento de tório, mas também para o fornecimento de urânio enriquecido, e o projeto binacional com a Argentina para enriquecimento de urânio são alguns dos fatos recentes que indicam a alta prioridade que o governo brasileiro atribui a essa questão.
A entrada do País no rentável mercado de urânio enriquecido e os avanços no programa nuclear brasileiro poderão, na Conferência de Revisão do TNP em abril de 2010, colocar o Brasil no centro das discussões. As potências nucleares deixaram o desarmamento, um dos pilares do tratado, em segundo plano, e permitiram que quatro países - Israel, Índia, Paquistão e Coreia do Norte -, contrariamente ao disposto no TNP, avançassem em seus respectivos programas nucleares e se tornassem potências nucleares. Agora elas querem fechar as portas.
A ação do governo está explicitada na Estratégia Nacional de Defesa. É de nosso interesse, para a construção de um país com crescente projeção e responsabilidades externas, avançar, em todas as áreas, com programas que fortaleçam o poder nacional, a competitividade industrial e o domínio do conhecimento e da tecnologia, inclusive de uso dual, que possa levar à fabricação de artefato nuclear. O Brasil não pode abdicar dos meios para desenvolver os instrumentos necessários à garantia de sua segurança e soberania.
Cuidados adicionais deveriam ser tomados, em especial no tocante à aproximação com o Irã, cujo programa nuclear está sob cerrado ataque, apesar do controle pela AIEA. Declarações recentes comparando positivamente o programa nuclear iraniano ao do Brasil ou de apoio à construção da bomba atômica não ajudam a garantir a confiança que nosso país soube construir.
Resta saber se a desenvoltura do Brasil nessa área vai favorecer ou dificultar a pretensão do atual governo de buscar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Rubens Barbosa, consultor de negócios, é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp

PAINEL DA FOLHA

Sinais trocados

RENATA LO PRETE

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/10/09

Embora Ciro Gomes tenha feito sua parte no roteiro desenhado por Lula ao transferir o domicílio eleitoral para São Paulo, é do PT que o deputado está levando mais chumbo neste momento. No Ceará, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco, o partido ameaça lançar candidato ao governo, contra o PSB, se Ciro insistir em permanecer na disputa nacional. Em São Paulo, parcela expressiva da sigla resiste à ideia de não ter candidato próprio e apoiá-lo ao governo.
Paradoxalmente, há gente graúda no PSDB dizendo que seria melhor ter Ciro candidato ao Planalto. "Acabaria pegando no pé da Dilma e brigando com o PT", avalia o presidente do partido, senador Sérgio Guerra. José Serra já foi ouvido dizendo o mesmo.



Grandes... Um grupo de políticos de oposição convenceu o Bradesco a resistir às pressões do governo para tirar o executivo Roger Agnelli do comando da Vale. Argumentou-se que a ingerência abriria "precedente perigoso".

...negócios. Foi o jornalista Roberto D'Ávila o responsável por abrir as portas do Palácio do Planalto ao empresário Eike Batista, que agora negocia compra de participação na Vale e defende que o petista Sérgio Rosa, presidente da Previ, substitua Agnelli.

Há dois anos. Lula não conversa com o MST desde novembro de 2007, quando recebeu dirigentes na Granja do Torto. Os visitantes, João Pedro Stedile à frente, desceram o sarrafo no governo.

É só? O presidente ouviu tudo impassível. Quando acabaram, levantou-se, agradeceu a presença de todos e se retirou.

Agenda lotada. Desde então, nada. Na última marcha a Brasília, quando sem-terra ocuparam o Ministério da Fazenda, houve negociação e vários pontos foram atendidos, mas não o pedido de audiência com Lula.

Leão 1. A oposição estima ter votos suficientes para aprovar requerimento de Arthur Virgílio (PSDB-AM) convocando o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o secretário Otacílio Cartaxo (Receita) a explicar à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado a retenção das restituições do Imposto de Renda.

Leão 2. A CAE também deve votar projeto de César Borges (PR-BA) que permite ao contribuinte usar a restituição do IR para quitar débitos tributários. Se aprovado na comissão, o texto seguirá direto para a Câmara.

Link. Pernambuco, um dos Estados que Dilma Rousseff visitará nesta semana em sua incursão pelo Nordeste, criou um cadastro na página do governo na internet para adesão ao programa Minha Casa, Minha Vida, peça de resistência nos discursos da candidata.

Tempo real. Na esteira das recentes discrepâncias identificadas entre o que diz o site da Casa Civil e a agenda real de Dilma, a assessoria da ministra agora registra, ao lado dos compromissos, a ressalva "última modificação", com data e horário.

Maníacos da árvore. O caderno de encargos para a Olimpíada, que prevê o plantio de 24 milhões árvores no Rio até julho de 2016, virou motivo de piada com o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes. "Começando em novembro, serão 9.880 mudas por dia", calcula Chico Alencar (PSOL-RJ).

Presente. Paulo Skaf ainda não sabe se a variável Ciro Gomes vai lhe permitir realizar o sonho de concorrer ao governo paulista, mas, por via das dúvidas, o presidente da Fiesp fez programa de candidato ontem: assistiu à missa no santuário de Aparecida.

Ausente. Já Geraldo Alckmin (PSDB), frequentador assíduo do 12 de outubro em Aparecida, não foi neste ano. Está no exterior.

com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO


Tiroteio

Lula se acha inimputável. O governo dele falha feio, prejudica milhões de estudantes, e ele diz que o governo é que foi prejudicado. Do tucano EDUARDO GRAEFF , secretário-geral da Presidência no governo FHC, sobre o fato de Lula ter sugerido que a fraude no Enem visou prejudicar o governo; um dos acusados afirmou à revista "Época" que "todo mundo" tinha acesso à prova.

Contraponto

Para todos os gostos A bancada do PSDB na Câmara compareceu em peso ao evento promovido há duas semanas para recepcionar a colega Rita Camata (ES), que ingressou no partido depois de sair do PMDB. A ala feminina preparou um buquê, e coube a Júlio Semeghini (SP) abrir os discursos:
-Rita, seja bem-vinda! E note que, bem ao nosso estilo tucano, o ramalhete tem rosas de todas as cores...
Instalou-se um silêncio na sala, e a própria homenageada fez cara de quem não havia entendido, até que Semeghini resolveu arriscar uma explicação:
-Sabe como é... Não queremos correr o risco de errar...

ELIANE CANTANHÊDE

Brincadeira sem graça

FOLHA DE SÃO PAULO - 13/10/09



BRASÍLIA - Era domingo. Amanda, que havia meses estudava dias, noites, fins de semana e feriados, acordou cedo, vestiu-se e foi enfrentar o difícil e disputado concurso para o
Ministério da Justiça. Voltou tarde, exausta, mas satisfeita com o seu desempenho.
Filha de empregada doméstica, Amanda é uma moça de ouro. Estudiosa e determinada, formou-se em direito, passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil e estava animadíssima com o concurso. Mas deu no que deu: a prova foi anulada por irregularidades.
É ou não de matar de raiva? Recorre-se aqui ao caso da jovem Amanda para dar um nome e um exemplo em carne e osso para aqueles 4,1 milhões de estudantes que se viram frustrados, lesados e desamparados com a anulação da prova do Enem, e de uma maneira tão fácil que chega a dar arrepios: bastou que dois ladrõezinhos de galinha entrassem, pegassem cópias e saíssem, lépidos e fagueiros.
Se é possível ocorrer o que ocorreu, entre tantos outros exemplos, numa prova do MEC e num concurso do Ministério da Justiça, que é chefe da Polícia Federal, imagine-se só o que não acontece por aí. Ainda mais na era Lula, quando os concursos, contratações e nomeações são às dezenas por dia. Quantos mais eles são, maiores as chances de fraudes. E sem a menor garantia de fiscalização e de segurança.
Que o Enem de 2009 fique para sempre como alerta e como vergonha e renda lucros e dividendos daqui em diante, até para acabar com aquela vaga sensação de que, em alguns concursos, como no Senado e na Câmara, por exemplo, as provas não são para valer, só servem para "lavar" vagas para apadrinhados pré-escolhidos.
Tem alguma coisa errada nisso, e os 4,1 milhões do Enem devem ser mártires de uma boa causa: que se levem provas, exames e concursos públicos mais a sério. Eles não são de brincadeira. Ou melhor: não eram e não deveriam ser.

ANCELMO GÓIS

1,8 bi de árvores

O GLOBO - 13/10/09


Lula, como se sabe, enfatizou ontem no programa “Café com o presidente” o plano do governo de diminuir o desmatamento em 80% até 2020.

A meta é um avanço importante.

Mas, ainda assim, é considerada modesta por entidades como o Greenpeace, que defende o chamado desmatamento zero em 2015.

Na ponta do lápis...

Para o Greenpeace, a diferença entre sua proposta e a de Lula é equivalente a aceitar que, neste intervalo de tempo, o país ponha no chão de 1,5 bilhão a 1,8 bilhão de árvores na Amazônia.

Travesseirobol
Júlio César, o goleiro da seleção, perdeu para a Bolívia, em La Paz, mas manteve a gaiatice.
Na volta, no voo fretado para Campo Grande, onde o time enfrenta a Venezuela, amanhã, comandou uma guerra de travesseiros.
A grande vítima foi o meia Elano, acertado várias vezes.

Cabral olímpico
Agora que as Olimpíadas já estão no papo, Sérgio Cabral, para o sossego do nosso coleguinha Jorge Bastos Moreno, deve diminuir o ritmo de viagens ao exterior.
Mas o governador, para tratar do projeto Rio Olímpico 2016, irá em fevereiro a Vancouver, no Canadá, onde assistirá à abertura dos Jogos de Inverno.

Boi na tela
O JBS Friboi, maior frigorífico de gado bovino do mundo, é um dos patrocinadores do filme “Lula, o filho do Brasil

‘Gracias a la vida’
Martinho da Vila vai cantar em ritmo de samba “Agradeço à vida”, dia 20 agora, em Santiago, no Chile.
Será uma homenagem à argentina Mercedes Sosa, a grande cantora que morreu recentemente.

A NATUREZA VENCEU o concreto, o asfalto e o rio de aço dos ônibus em plena Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Veja a foto. Como um grito da primavera, este belo exemplar de cássiarosa floresce perto da esquina com a Rua Djalma Ulrich. Que Deus o proteja

Kuarup vive
Sexta, a Kuarup foi vendida por R$ 1 a um investidor paulista e, assim, escapou da extinção.
A gravadora fez, por décadas, um bom resgate da MPB, mas estava à morte, com dívidas contraídas na concorrência inglória contra a pirataria e a internet.

Rufino e Carolina
Joel Rufino dos Santos entregou à Garamond os originais de uma biografia de Carolina Maria de Jesus, negra e favelada que abalou nos anos 1960 com suas memórias, “Quarto de despejo”.
Rufino a descreve não só como ativista, mas como escritora de grande valor, mas ainda não reconhecida pela academia.

Trabalhadores x Anac
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) enviou um ofício a Lula cheio de queixas contra a Anac.
Reclama da “desnacionalização da aviação comercial” e do “desmonte da administração da infraestrutura aeroportuária”.

ZONA FRANCA

Será inaugurada hoje a primeira fase da Capela de N. S. de Fátima, no Recreio, com missa e procissão.

A Dermatus Leblon abre inscrições para curso dirigido por Eliane Brenner.

É hoje a missa de 7odia de Octávio Sagrista de Souza, às 19h, na Igreja de Santa Margarida Maria.

Hoje, às 19h, tem visita guiada à mostra de Angelo Venosa na Laura Alvim, com Lígia Canongia. É grátis.

O Sinfrerj aniversaria e promove palestra dia 21 com Jorge Picciani.

Deborah Costa estará na exposição Tributo a Villa-Lobos, na ONU.

Kotobuki lança exclusivo Oyster Bar, na Barra e em Botafogo.

Dadá Coelho faz show no Conversa Fiada, em Ipanema, dias 15 e 29.

A peça “Psicopatas” estreia quinta na Casa Laura Alvim.

Calma, santa
De Zito, prefeito de Caxias, RJ, para o coordenador do grupo ArcoIacute;ris, Cláudio Nascimento, sobre sua decisão de proibir a parada gay na cidade, domingo: — Aqui não tem veado e sapatão suficientes para passeata! Estes vêm de fora fazer baderna! É. Pode ser.

Calma, gente
Quinta, duas brigas de mulheres agitaram a Boate Boox, em Ipanema, no Rio.
Numa, quatro moças, acredite, saíram no tapa por causa de um rapaz. Na segunda, uma jovem espatifou um copo na cabeça de outra, que levou 20 pontos.
O caso foi parar na 14ª DP.

Mãos ao alto
Este ator e diretor alemão Ulli Lommel, que veio para a mostra de filmes de Fassbinder no Rio e em São Paulo, teve uma recepção desagradável no Galeão.
A mala de sua namorada, Pia, teria sido aberta entre o avião da Air France e a esteira do aeroporto.
A moça ficou sem três óculos de grife e um iPod, num preju de mais de US$ 4 mil.

Cadê as vilas?
No planejamento de 2010 a 2013 enviado por Eduardo Paes à aprovação dos vereadores, não há previsão de construção de nenhuma vila olímpica, apesar de o prefeito ter anunciado dez até o fim de seu governo.

CR$?!
O real já até debutou. Mas, em Copacabana, um salão na Rua Francisco Sá parece ainda não saber da troca da moeda.
Na entrada, um cartaz anuncia: “Pé e mão por CR$ 14.”

SACUDIRAM
O pé de moça bonita na festa de aniversário do DJ Zé Pedro, no Hotel Fasano, organizada por Cláudia Jimenez e enfeitada pelas musas Giovanna Antonelli, Danielle Winits e Carolina Dieckmann

NATÁLIA GUIMARÃES, a ex-Miss Brasil, posa com a Miss Minas, Débora Lyra, em desfile beneficente no Copacabana Palace. A mais bela é... não sei

PONTO FINAL

Ou, como se diz em Frei Paulo, a ministra acendeu uma vela para Deus — no caso, Nossa Senhora de Nazaré — e outra para o diabo.
Com todo o respeito.

DORA KRAMER

No bambolê do PMDB

O ESTADO DE SÃO PAULO - 13/10/09


Os aliados da candidatura Dilma Roussef já não têm com o que se preocupar: aquele problema da falta de jogo de cintura ao qual aludiu certa vez o PMDB oferecendo à ministra de presente um bambolê, está devidamente resolvido.

Maleabilidade é o que a ministra-chefe da Casa Civil mais exibe ultimamente. Reza em qualquer altar - seja católico, evangélico, do Senhor do Bonfim ou do Círio de Nazaré -, defende José Sarney com desenvoltura, elogia Jader Barbalho com veemência pedindo mais respeito no trato que se dá ao PMDB e, prova definitiva de que já dança ao ritmo da música exigida, aderiu ao princípio de que aos amigos do poder tudo é permitido.

"Acho que cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém", pontificou com originalidade a respeito das gravações da Polícia Federal, reproduzidas pela Folha de S. Paulo, mostrando como parentes e amigos do presidente do Senado, José Sarney, mandam e desmandam na agenda do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

"No Brasil", lecionou, "nós temos o hábito de pegar uma denúncia qualquer e sair condenando."

Inadmissível, não é verdade? "Pegar uma denúncia qualquer" que a Polícia Federal qualifica de tráfico de influência e ilustra em inquérito com as vozes do ex-ministro Silas Rondeau (afastado do cargo por suspeita de corrupção) e do empresário Fernando Sarney (há dois anos investigado pela PF) e "sair condenando" realmente é uma leviandade.

Ainda mais que o ministro em questão fornece uma justificativa bem consistente. Segundo ele, Rondeau e Sarney marcam reuniões e encontros diretamente com a secretária do gabinete do titular da pasta porque os três têm "uma relação de amizade".

E, com isso, evidentemente ninguém está em condições de condenar Edison Lobão por dar a liberdade aos amigos de "sugerir" audiências, visitas de empresários, temas a serem abordados, caminhos a serem adotados na administração da pasta de Minas e Energia.

Se são amigos, qual é o mal? Estranho é se fossem inimigos. Como se sabe, só os hipócritas, os fariseus, os falsos moralistas, os célebres udenistas invocam o respeito ao princípio da impessoalidade.

Os descolados, modernos, ativos, trabalham com outros conceitos. São regidos pela regra mor caciques redivivos, acostumados a usar o Estado como quem dispõe de um patrimônio privado. A essa concepção de administração pública parece ter aderido a ministra, outrora tida com rigorosa gestora.

Ante a explicitação do novo modelo é de se perguntar à ministra se, uma vez eleita, governará o Brasil conforme as convicções que lhe fizeram a fama de gerente com austeridade e competência, se o figurino atual visa apenas à criação de uma ilusão de ótica para não dispersar os aliados ou se, ganhando a Presidência da República, render-se-á à batida do samba e a manemolência do bambolê que lhe deu de presente o PMDB.

Em qualquer das hipóteses há um risco: de Dilma perder as características antigas, adquirir com as novas feições de caricatura e, com isso, agradar aos companheiros de aliança, mas desagradar profundamente ao cidadão de bem que anda farto de demagogia, leniência e dissolução ética.

Cilada

O termo chantagem seria muito forte. Até impróprio por enquanto. Mas digamos que entre os potenciais aliados do PT na eleição presidencial exista uma pressão para que o partido abra mão de suas conveniências político-eleitorais, sob pena de haver um êxodo na "base" com o pretexto de que os petistas são "egoístas".

Se Dilma subir nas pesquisas, tudo corre pacificamente. Se não subir, correm todos para outros caminhos dizendo que não tiveram outra escolha porque foi o PT que os rechaçou.

É uma sinuca: se não atender às exigências, o PT corre o risco de esvaziar o "entorno" de Dilma Rousseff. Se atender a todas elas, o perigo é esvaziar a si próprio nos Estados.

Exatamente como aconteceu com o partido no Rio de Janeiro, por causa da opção preferencial feita anos atrás pela direção nacional de ceder à política de alianças sem pensar na política do partido.

Ganhou eleições, brigou com todos os aliados durante o governo e transformou-se numa sublegenda das conveniências do eixo São Paulo-Palácio do Planalto.

"Déjà-vu"

Análise do cientista político italiano Luigi Bonanate, da Universidade de Turim, a respeito do sucesso do primeiro ministro Silvio Berlusconi, apesar de todos os pesares.

"Berlusconi conseguiu manter sua base de apoio intocável. Seu discurso é claro: ele joga parte da culpa nos comunistas, nos opositores, na mídia, imputando-lhes o rótulo de verdadeiro problema da sociedade italiana. Isso faz efeito, porque nenhum escândalo abala seu respaldo."

Para Bonanate, o "verdadeiro problema da Itália é a falta de oposição".

CLÁUDIO HUMBERTO

“É um trabalho de articulação política”
ASPONE MARCO AURÉLIO “TOP-TOP” GARCIA, FALANDO O ÓBVIO SOBRE A CAMPANHA DE DILMA

INCRA DÁ R$ 44 MILHÕES A ONG PETISTA PRÓ-MST A ONG
Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais, em Botucatu, ganhou do Incra R$ 44 milhões nos últimos três anos para prestar “assistência técnica e capacitação de assentados em São Paulo”, ou seja, dar uma mãozinha ao MST. É uma ação entre “cumpanhêros”: um dos diretores da Fepag é Osmar Bueno, professor da Unesp, ex-presidente do PT e candidato à prefeitura da cidade.
SHOW DE MILHÕES
De pouco mais de R$ 15 milhões repassados em 2008 pelo Incra em São Paulo, R$ 11,6 foram para a ONG. Em 2005, pegou R$ 35 milhões.
SEM LÓGICA
A lógica técnica e econômica exigiria licitação de ONGs capacitadas para a tarefa, o que não é o caso da Fepag, como o próprio nome diz.
ENCOLHEU
Mais curioso é que o número de desapropriações e, em consequência, de assentados, no governo Lula, é bem menor que no governo FHC.
VASSOURADA CARA
O Ministério da Cultura contratou empresa de limpeza para cuidar do jardim. A vassourada vai custar R$ 902 mil. Quase R$ 1 milhão.
NA PINDAÍBA, DEFESA GASTA R$ 1,2 BI NOS 5º JOGOS
Enquanto o Exército decreta meio expediente para economizar comida nos quartéis e utiliza veículos e equipamentos sucateados e armamentos obsoletos, o Ministério da Defesa vai gastar R$ 1,27 bilhão nos 5º Jogos Mundiais Militares, de 17 a 24 de julho de 2011, no Rio de Janeiro. O governo vai gastar mais com os jogos do que para concluir o programa nuclear da Marinha, estimado em R$ 1,04 bilhão.
NOVA VILA
Para receber os atletas de 104 países, serão construídos 67 blocos de apartamentos. A vila do Pan do Rio, na Barra, não será usada.
RIO VENCERÁ
O Ministério da Defesa compara os 5º Jogos Mundiais Militares à Copa do Mundo e às Olimpíadas, e aposta no incremento do turismo no Rio.
NOTÍCIA DO SERPENTÁRIO
A terra de Roberto Micheletti e Manuel Zelaya merece o apelido? No serpentário do Itamaraty, chamam o pais de “Honduras penas”.
INIQUIDADES FISCAIS
É como o ex-secretário da Receita Everardo Maciel classificava ideias que surgem no Congresso, em véspera da eleição, de anistias fiscais, repatriação de capitais, aumento de gastos e efetivação de servidores.
VALE INDENIZAÇÃO?
Ao comentar o incidente do presidente Lula em um hotel, um leitor gaúcho põe a mão na cumbuca: ou foi demonstração de sua incrível habilidade como torneiro mecânico ou acidente com o copo na mão.
DIREÇÃO DO VENTO
Com o ministro Nelson Jobim (Defesa) duvidando da transferência total de tecnologia dos caças franceses Rafale e militares da FAB fazendo o mesmo com os Hornet, dos EUA, os suecos da Gripen “decolam”.
PRESIDENTE ABELHA
Conduzindo um jornalista ao hotel, em Brasília, o taxista passava diante do Palácio Alvorada quando avisou: “Aqui mora o presidente abelha”. O passageiro não entendeu e o motorista explicou, divertido: “É que Lula faz cera de manhã, voa de tarde e mé de noite...”
PREVENINDO O APAGÃO
Funcionários Agência Nacional de Aviação Civil estão proibidos de tirar férias entre 15 e 31 de dezembro. A presidente Solange Vieira quer todo mundo a postos no fim do ano, para evitar novo apagão aéreo.
FEUDO
Ex-embaixador Paes de Andrade despacha todos os dias, sem falta, no Instituto Ulysses Guimarães, do PMDB, onde é diretor-financeiro. Mas o presidente, deputado Eliseu Padilha (RS), trata o órgão como feudo.
CANELADAS
Do pescoço para baixo tudo é canela no PT do Amazonas: o senador João Pedro quer fechar com o ministro Alfredo Nascimento (Transportes), do PR. O deputado Sinézio apoia o vice-governador.
TROCO TUCANO
Para compensar o impacto da filiação ao PMDB do presidente do BC, Henrique Meirelles, o PSDB-GO atraiu empresários pesos pesados, como José Batista Junior, do Frigorífico Friboi, o maior do mundo.
LIÇÃO DE HISTÓRIA
Hoje é a Descoberta da América. Mas não foi “o cara” quem descobriu, foi a América quem descobriu “o cara”.

PODER SEM PUDOR
DIA DE SENADOR
O deputado estadual mineiro Célio Moreira (PL) acompanhava a acalorada discussão sobre as obras paralisadas no metrô de Belo Horizonte, na Comissão de Infraestrutura do Senado, e se empolgou:
– Pela ordem, senhor presidente!
O ex-senador José Jorge (PFL-PE), que presidia a sessão, pôs ordem na casa:
– Epa, aqui, só quem pede ‘pela ordem’ somos nós, os senadores.
Como bom mineiro, o deputado fechou-se em silêncio.

TERÇA NOS JORNAIS

- Globo: Lula assume reduzir em 80% desmatamento na Amazônia


- Folha: Programa do MEC prevê subsídio para uniforme


- Estadão: Governo garante caixa com fundos especiais


- JB: Caravana acirra disputa eleitoral


- Correio: Sai lista de imóveis para servidores do GDF


- Valor: Plano de inclusão digital atingirá 4.245 municípios


- Estado de Minas: Onde está o emprego que você procura