quinta-feira, junho 26, 2008

DE QUADRILHA

Que fique bem claro. É quadrilha junina.
A festança vai ser no Clube de Engenharia, amanhã 27 de junho. Pelas informações da rádio corredor, dizem que o capacete vai voar, pois tem umas engenherinhas que levantam qualquer estrutura. Lá, vai ter ainda, Mestre de Obra, Carpinteiro, Eletricista, Encanador etc. Estarei presente, por medida de segurança, levarei um rolo de VEDA ROSCA.

INFORMAÇÕES: TEL. 84 3211-1229
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MUDANÇA DE FOCO

Imprensa de Natal, se faz de morta para comer o cu do (e)leitor.

Passada duas semanas, que o chefe da quadrilha, o elemento Lauro Maia, foi preso junto com a sua gangue, os jornais de Natal não tocam mais no assunto. A mãe do marginal, a governadora Wilma Faria, inventou uma mudança no secretariado para tirar o foco da roubalheira do seu filho, irmãos e genro. Os jornais, bem, os jornais precisam de publicidade oficial.
O (e)leitor, foda-se.
INDEPENDENTE, MAS NEM TANTO

Presidência pede foco no longo prazo, e Ipea suspende projeções trimestrais

CIRILO JUNIORda Folha Online, no Rio
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) não divulgará mais, a cada trimestre, as projeções para o cenário econômico. A ordem é da diretoria do órgão, que é subordinado à secretaria de Planejamento de Longo Prazo, dirigida pelo ministro Mangabeira Unger.
Técnicos do Ipea afirmaram que as novas projeções, que seriam divulgadas neste mês, já estão feitas, mas a ordem da diretoria é que não sejam anunciadas.
(...)Questionado sobre a decisão de não divulgar mais as projeções trimestrais, Sicsú explicou que ela foi tomada pelo colegiado do Ipea, que é independente mas segue orientação da Presidência para focar pesquisas de médio e longo prazo, uma vez que os indicadores presentes indicam estabilidade..
REINALDO AZEVEDO

RUTH CARDOSO 1 - Como não sou político, jamais deixo de lado a política

Em dois dos posts que escrevi sobre a morte da professora e antropóloga Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lembrei, claro, do dossiê que foi tramado contra ela e o marido na Casa Civil, cuja titular é Dilma Rousseff. Alguns petralhas reclamaram indignados: “Nem numa hora como essa você deixa de falar sobre política, seu...” Não! Eu não sou e não serei político. Por isso jamais deixo a política de lado. Entenderam?
Os profissionais da área podem fazê-lo. Eu não. Lula é um que vive acusando os outros de “fazer política”. O homem determinou o reajuste dos valores do Bolsa Família. E ai de quem reagir, sugerindo que ele deveria fazê-lo depois das eleições de outubro. Ele diria que a pessoa está... “fazendo política”. O Babalorixa só pensa no bem das pessoas, ora essa. Esta estupidez perigosa — negar a política fazendo política — está na moda. Querem um exemplo? Barack Obama nos EUA. Parte de seu charme, para quem o acha charmoso, deriva de ele parecer um não-político acusando os adversários de... mesquinharias políticas
.Mas volto ao ponto. Sim, eu lembrei, sim, a obra do ministério de Dilma Rousseff, que teve o mau gosto de comparecer ao velório. E lembrarei outras vezes. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso conserva um papel institucional mesmo fora do poder. Ademais, é um homem civilizado. E não lhe cabia outro papel que não receber as condolências de Lula e seus ministros. É o que lhe recomendaria a sua parceira, mulher e amiga de mais de 56 anos. Na verdade, ele e Ruth se conheceram em 1948.
A morte de Ruth Cardoso nos surpreendeu a todos e, por algum tempo ao menos, parece ter tirado o país de uma espécie de transe. E nos demos conta, de súbito, de que chegava ao fim a trajetória de uma intelectual que, nos oito anos em que o marido foi presidente da República, comportou-se com uma elegância e discrição ímpares, sem, no entanto, deixar de fazer o seu trabalho: quem quer faça a genealogia honesta dos programas sociais em curso vai chegar às iniciativas de Ruth à frente do Comunidade Solidária. Mas uma lição da professora, no entanto, foi esquecida: ela tinha horror ao assistencialismo. Aliás, não custa anotar à margem: o governo FHC tinha uma espécie de vergonha de fazer propaganda de seus programas de transferência de renda. O lulismo, ao contrário, faz publicidade até da renda que não transfere.
Aos 77 anos, podendo viver uma vida confortável, dedicar-se apenas a seus livros, aos netos, às viagens que eventualmente fazia em companhia do marido em palestras mundo afora, Ruth, não obstante, trabalhava pra valer na ONG Comunitas, sucessora do Comunidade Solidária. E com recursos que buscava na iniciativa privada — aliás, era o que fazia também o Comunidade Solidária. A ONG de Ruth era mesmo “não-governamental”. Desde que se fez professora, no Brasil ou no exílio, jamais deixou de trabalhar. E a morte a encontrou, perto dos 80 anos... trabalhando! Não é espantoso? Ruth, sozinha, era um verdadeiro Partido dos Trabalhadores.
Sua frugalidade era notável e notória. Em tudo: dos gestos à vestimenta, do comportamento às palavras. Tinha uma incompatibilidade que parecia inata com o espetaculoso, o vulgar, o mundano. Media as palavras e ouvia educadamente o outro, sempre atenta ao sentido exato do que se dizia, cobrando precisão. Era, em suma, uma pessoa admirável.
Não é que certa estirpe hoje no poder ousou envolver o nome desta senhora exemplar numa tramóia para livrar o governo de revelar seus desatinos com os cofres públicos? A canalha comprometida com o dossiê sabe muito bem que o trabalho de plantação de notinhas em jornal sugerindo que FHC e Ruth viviam como nababos já havia começado. Sim, dossiê clandestino, mas forjado nos porões da Casa Civil. Quando as pegadas do comando já não podiam mais ser escondidas, então se inventou uma nova desculpa: aqueles gastos não eram mais sigilosos.Não, eu não sou político. Também não preciso, felizmente, sustentar nos ombros o papel institucional de FHC. E por isso reitero: a senhora Dilma Rousseff deveria ter alegado uma indisposição qualquer. De fato, poderia ter ficado em Brasília, reunida com Franklin Martins e José Múcio — também presentes ao velório —, todos eles personagens com algum grau de participação no — como é mesmo, Dilma? — “banco de dados” criado na Casa Civil.
Que as Erínias se encarreguem dos covardes que praticaram a lambança. Eu só ajudo com a memória. O ex-presidente está institucionalmente obrigado a poupá-los. Eu não estou. Três meses antes de Ruth morrer — trabalhando, aos 77 anos —, eles tentaram assassinar a sua reputação. Uma trama palaciana. Onde há um chefe inequívoco.
Morta, Ruth sobreviveu. Mesmo vivos, espero que eles não sobrevivam.
QUINTA NOS JORNAIS

-FOLHA: Bolsa Família sobre acima da inflação em ano de eleições
-O ESTADÃO: BC eleva estimativa da inflação para 6%
-Jornal do Brasil:TRE autoriza obras na Providência
-O Globo: Bolsa Família sobe acima da inflação em ano eleitoral
-Gazeta Mercantil: Citigroup reestrutura o comando no Brasil
-Valor Econômico: Toyota decide construir fábrica de US$ 1 bi em SP
-Estado de Minas: Bolsa-família sobe 8% e passa inflação
-Jornal do Commercio: BC eleva projeção de inflação para 6% no ano