OLHA AÍ, PALHAÇO
Essa é uma pequena amostra dos últimos dias
-PF prende 19 em operação contra lavagem .de dinheiro no Ceará
-Operação contra fraude em SC e SP prende delegados da PF e da Receita
-PF prende 40 acusados de integrar quadrilha de contrabando
- Receita e PF prendem 17 suspeitos por fraude de R$ 2 bi no setor de cana
-Receita e PF desmontam esquema que fraudou R$ 3 milhões no IR
-PF prende quatro em operação contra doleiros em SP
-Empresário é preso em SC acusado de lavagem de dinheiro
-Filho da governadora do RN é preso
-PF prende 18 por fraude de R$ 25 mi em financiamento de veículos
-Justiça Eleitoral embarga obras no morro da Providência
-Teixeira teve mais reuniões com Lula que com ministros
terça-feira, junho 24, 2008
23/06/2008
Lula sabe o que fez
Fernando Canzian
Folha de são Paulo
O advogado Roberto Teixeira é amigo do presidente Lula há mais de 25 anos. Nessas duas décadas e meia prestou vários serviços ao presidente, pessoais e financeiros.
Além de ser padrinho de Luís Cláudio, filho mais novo do presidente, Roberto Teixeira tem a sua filha Valeska como afilhada de Lula. Por oito anos, Teixeira também cedeu à família Lula da Silva (sem cobrar nada) uma casa para que ela pudesse morar.
Quando Lula finalmente decidiu comprar um imóvel em 1996 (uma cobertura em São Bernardo do Campo), foi Teixeira quem o ajudou a fechar o negócio. O advogado chegou a comprar um carro de Lula para que o presidente pudesse "inteirar" a compra do imóvel. Outros dois apartamentos de Lula também já pertenceram a uma empresa que foi de Roberto Teixeira.
Após tanta generosidade, ficamos sabendo agora que Teixeira embolsou vários milhões de dólares para intermediar a venda da Varig à VarigLog. É um negócio cercado de suspeitas e possivelmente fora da lei, já que a legislação brasileira impede que grupos estrangeiros controlem uma empresa aérea nacional.
Com a ajuda de Teixeira, a VarigLog passou para as mãos do fundo estrangeiro Matlin Patterson. Outros três sócios brasileiros que entraram no negócio seriam apenas uma fachada para não caracterizar a ilegalidade.
Segundo a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, partiu do próprio Palácio do Planalto a decisão de dispensar os sócios na transação de comprovarem a origem do dinheiro para o negócio.
Lula já disse no passado que sua relação com Teixeira é só de amizade e que não é casado em comunhão de bens com o advogado. Disse também não saber quem são os clientes dele.
Não é verdade. No caso específico da VarigLog, o presidente não apenas sabia quem eram os clientes de Teixeira como se deixou fotografar com todos eles dentro do Palácio do Planalto. Nesse caso, o presidente não tem como negar, como já fez no passado, que não conhecia os clientes do advogado. Clientes que, por sinal, devem ter ficado muito impressionados com o acesso que Teixeira tem ao seu amigo presidente.
Teixeira também não conta toda a verdade sobre o caso. Na semana passada, enrolou senadores em Brasília ao dizer que recebeu apenas US$ 350 mil da VarigLog para dar uma força no negócio. Quatro dias depois, reportagem do 'Estado' revelou que Teixeira recebeu pelo menos US$ 3,2 milhões. Agora, o próprio Teixeira admite que o contrato tem um valor total de US$ 5 milhões (R$ 8 milhões).
Em 2005, Lula afirmou que não sabia e que não foi avisado sobre o maior escândalo de seu governo, o mensalão. No caso da VarigLog, o presidente também pode negar que tenha tomado conhecimento das suspeitas de irregularidade que cercam o negócio, como a preponderância do capital estrangeiro no controle da empresa.
Mas não há dúvida sobre o que o presidente sabe: onde morou de graça nos oito anos financiados por Teixeira e o que estava fazendo naquela foto.
Lula sabe o que fez
Fernando Canzian
Folha de são Paulo
O advogado Roberto Teixeira é amigo do presidente Lula há mais de 25 anos. Nessas duas décadas e meia prestou vários serviços ao presidente, pessoais e financeiros.
Além de ser padrinho de Luís Cláudio, filho mais novo do presidente, Roberto Teixeira tem a sua filha Valeska como afilhada de Lula. Por oito anos, Teixeira também cedeu à família Lula da Silva (sem cobrar nada) uma casa para que ela pudesse morar.
Quando Lula finalmente decidiu comprar um imóvel em 1996 (uma cobertura em São Bernardo do Campo), foi Teixeira quem o ajudou a fechar o negócio. O advogado chegou a comprar um carro de Lula para que o presidente pudesse "inteirar" a compra do imóvel. Outros dois apartamentos de Lula também já pertenceram a uma empresa que foi de Roberto Teixeira.
Após tanta generosidade, ficamos sabendo agora que Teixeira embolsou vários milhões de dólares para intermediar a venda da Varig à VarigLog. É um negócio cercado de suspeitas e possivelmente fora da lei, já que a legislação brasileira impede que grupos estrangeiros controlem uma empresa aérea nacional.
Com a ajuda de Teixeira, a VarigLog passou para as mãos do fundo estrangeiro Matlin Patterson. Outros três sócios brasileiros que entraram no negócio seriam apenas uma fachada para não caracterizar a ilegalidade.
Segundo a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu, partiu do próprio Palácio do Planalto a decisão de dispensar os sócios na transação de comprovarem a origem do dinheiro para o negócio.
Lula já disse no passado que sua relação com Teixeira é só de amizade e que não é casado em comunhão de bens com o advogado. Disse também não saber quem são os clientes dele.
Não é verdade. No caso específico da VarigLog, o presidente não apenas sabia quem eram os clientes de Teixeira como se deixou fotografar com todos eles dentro do Palácio do Planalto. Nesse caso, o presidente não tem como negar, como já fez no passado, que não conhecia os clientes do advogado. Clientes que, por sinal, devem ter ficado muito impressionados com o acesso que Teixeira tem ao seu amigo presidente.
Teixeira também não conta toda a verdade sobre o caso. Na semana passada, enrolou senadores em Brasília ao dizer que recebeu apenas US$ 350 mil da VarigLog para dar uma força no negócio. Quatro dias depois, reportagem do 'Estado' revelou que Teixeira recebeu pelo menos US$ 3,2 milhões. Agora, o próprio Teixeira admite que o contrato tem um valor total de US$ 5 milhões (R$ 8 milhões).
Em 2005, Lula afirmou que não sabia e que não foi avisado sobre o maior escândalo de seu governo, o mensalão. No caso da VarigLog, o presidente também pode negar que tenha tomado conhecimento das suspeitas de irregularidade que cercam o negócio, como a preponderância do capital estrangeiro no controle da empresa.
Mas não há dúvida sobre o que o presidente sabe: onde morou de graça nos oito anos financiados por Teixeira e o que estava fazendo naquela foto.
LULA: O CORRUPTO
24/06/2008
Teixeira fez ao menos seis reuniões com Lula no Planalto
da Folha Online
A Presidência reconheceu que Roberto Teixeira esteve ao menos seis vezes no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu compadre, desde 2006, em encontros não registrados na agenda pública de Lula. A informação está na reportagem de Letícia Sander e Alan Gripp na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
O advogado é acusado de influir na aprovação da venda da VarigLog ao fundo Matlin Patterson e a três sócios brasileiros, em junho de 2006.
Ao menos dois desses encontros estão relacionados diretamente com o negócio, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em junho de 2006. No mês seguinte, a VarigLog adquiriu a Varig.
A assessoria de Teixeira diz que as demais visitas foram apenas de cortesia ao amigo Lula. O Planalto argumenta que nem todos os compromissos do presidente são divulgados.
24/06/2008
Teixeira fez ao menos seis reuniões com Lula no Planalto
da Folha Online
A Presidência reconheceu que Roberto Teixeira esteve ao menos seis vezes no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu compadre, desde 2006, em encontros não registrados na agenda pública de Lula. A informação está na reportagem de Letícia Sander e Alan Gripp na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
O advogado é acusado de influir na aprovação da venda da VarigLog ao fundo Matlin Patterson e a três sócios brasileiros, em junho de 2006.
Ao menos dois desses encontros estão relacionados diretamente com o negócio, aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em junho de 2006. No mês seguinte, a VarigLog adquiriu a Varig.
A assessoria de Teixeira diz que as demais visitas foram apenas de cortesia ao amigo Lula. O Planalto argumenta que nem todos os compromissos do presidente são divulgados.