quinta-feira, fevereiro 14, 2008

VAI TU Charge do Amarildo
GOSTOSA CLIQUE NA FOTO.

Olhem só o que eu vi, essa gata estava ontem em Ponta Negra. É gostosa.

BRASILEIRO: POVO INTELIGENTE E CRIATIVO

O brasileiro, cantado em prosa e verso como um povo criativo e inteligente, acaba de dar uma prova de sua capacidade criativa.
Na semana passada a União Européia decretou um embargo a carne brasileira, alegando falhas na fiscalização sanitária e quebra de normas estabelecidas anteriormente, entre elas uma relação de 300 fazendas que seriam autorizadas a exportar para a Europa. O govêrno sempre pronto a enganar o povo, tentou ludribiar a UE e mandou um relação com 2.681 fazendas pesando que a UE iria engolir. Resultado decretou suspenção de toda compra de carne.
Ontem o Ministro da agricultura informou que o Brasil exportou carne, sem fiscalização e sem rastreamento.
Esse é mais um exemplo da nossa criatividade. PRÊMIO NOBEL, nós não ganhamos, em educação estamos na rabeira. Agora em maracutaia e safadeza nós ganhamos diiiiiiissssparado.
LULA - NOTAS FRIAS
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre uma viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ponta Porã (MS), em março de 2003, encontrou 27 notas fiscais frias na prestação de contas do aluguel dos carros usados pela comitiva presidencial. Pago com os cartões corporativos do governo, o aluguel foi muito mais barato do que o valor que consta nas notas, o que levanta a suspeita de uso irregular de dinheiro público por meio dos cartões – mais uma vez.
Lula visitou a região naquele ano para inaugurar um assentamento de sem-terra. De acordo com as 27 notas apresentadas pelo Planalto ao TCU, a comitiva do presidente teria gasto 206.000 reais no aluguel de veículos. O dono da empresa que prestou o serviço, no entanto, revelou ao jornal Folha de S. Paulo que cobrou apenas 40.000 reais da Presidência – menos de um quinto da quantia declarada.

André Petry

OS NOSSOS MALANDROS


"Na nossa política, os caciques fazem parecerestupidez ingênua consultar seus filiados, umbando de anônimos que desconhecem os labirintosda política e as engrenagens das campanhas"

As eleições primárias que democratas e republicanos fazem nos Estados Unidos para definir os candidatos presidenciais são um carnaval caótico, com regras que mudam de estado para estado e formam um caleidoscópio tão confuso que ninguém entende direito. Os números finais de delegados para cada candidato a candidato resultam de cálculos matemáticos tão tortuosos que todo mundo fica à espera de que algum gênio os traga à luz – e, quando dois gênios o fazem, apresentam números diferentes. Uma coisa, porém, é cristalina: as primárias americanas são um show de democracia de dar arrepios em qualquer morubixaba.
Agora mesmo, nas três principais capitais brasileiras, como se discute a escolha dos candidatos a prefeito? Em São Paulo e no Rio de Janeiro, tudo se desdobra numa guerra surda entre patrões a que a platéia só tem acesso pelas frestas. Em São Paulo, depenam-se os tucanos. No Rio, conflagram-se duas alas do PMDB. Em Belo Horizonte, o processo é inverso, mas a natureza é idêntica. Ali, dá-se um conchavo afável em que manda-chuvas tucanos e petistas se adulam para selar uma aliança, mas a ninguém ocorreu tomar uma providência básica, transparente e democrática: ouvir os filiados.
A imagem-símbolo dos curacas nacionais é o jantar de quatro talheres no Massimo, reduto gastronômico paulistano, em fevereiro de 2006. À mesa, a cúpula tucana discutiu quem seria o candidato presidencial. Cena tão elitista, na forma e no conteúdo, que o governador mineiro Aécio Neves, um dos presentes ao célebre jantar, pediu que o novo candidato seja decidido num bandejão. Muda a forma, mantém-se o conteúdo.
O PT tem feito melhor, com suas prévias. Para as eleições municipais, seu candidato à prefeitura de Porto Alegre será escolhido em consulta aos filiados. É melhor que jantar no Massimo ou almoçar em bandejão, mas é só um começo. Em 2002, quando o senador Eduardo Suplicy se atreveu a disputar prévias para escolher o concorrente do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, como bom tuxaua, encheu-se de muxoxos, sapateou e só topou a disputa depois de garantir que dela levaria algo próximo da aclamação. Levou.
Nas primárias do Partido Democrata, Hillary Clinton e Barack Obama já fizeram dezoito debates na televisão. Dezoito. Ela dorme três horas por noite. Obama começou sua campanha indo atrás de dinheiro, agora é o dinheiro que vai atrás de sua campanha. Se não desmente, ao menos fragiliza o argumento de que tudo não passa de um show para milionários. O republicano Mitt Romney, mórmon riquíssimo, tirou do próprio bolso 35 milhões de dólares para viabilizar-se candidato. Acaba de desistir da disputa.
Na nossa política, os caciques fazem parecer uma estupidez ingênua consultar um bando de anônimos que desconhecem os labirintos da política e as engrenagens afiadas de uma campanha. Na verdade, é discurso para encobrir a esperteza malandra de coronel partidário. E, claro, acumular poder – de mando, de ganho e de chantagem.
As primárias americanas são repletas de defeitos. São alvo freqüente de chicanas e não eliminam o poder dos barões, que têm influência nas decisões e podem, em situações determinadas, dar a cartada final. Não é um processo acabado. Mas é melhor que jantar, almoço ou prévia para aclamação. O eleitor brasileiro acha que é enganado depois que o eleito toma posse.
Talvez o engano comece antes.

Fonte: Revista VEJA