JOSÉ NEGREIROS*
artigo
O novo milagre brasileiro
Nas duas últimas semanas, o presidente Lula e ministros da área econômica festejaram os bons resultados da economia brasileira no ano passado, especialmente o elevado estoque de reservas e do fluxo de capitais.
Como bons prestidigitadores, atribuíram tal desempenho às virtudes da política econômica do governo, que seria baseada em inovadores princípios de gestão monetária e fiscal. Nesse tipo de análise, presidente e equipe econômica foram socorridos por economistas governistas e palpiteiros conhecidos.
Em nenhum momento, contudo, eles citam qual ingrediente da política econômica foi responsável pelo abastecimento excepcional de dólares que o país experimenta desde 2003. O argumento mais utilizado é a clarividência de Lula e a determinação do PT, qualidades que, mesmo com generosidade, não consigo identificar no governo.
Economistas da qualificação de Raul Velloso, Eliana Cardoso e Gustavo Franco atribuem o sucesso econômico do país à China, que desde 2003 tornou-se o principal destino das nossas exportações de commodities, especialmente minérios e alimentos.
Em recente artigo no Valor, Eliana demonstra por meio de gráfico como o resultado da balança comercial está associado às vendas de soja e ferro para os chineses e especula sobre a influência da recessão americana nos preços desses produtos e no crescimento da economia em 2008.
Conhecido consultor sugere, brincando, que ao lado da fotografia do presidente Lula, os gabinetes do governo deveriam ostentar fotografia do presidente da China, Hu Jintao, como forma de agradecer patrioticamente o papel estratégico que Pequim tem desempenhado na performance econômica brasileira.
Para a maioria dos especialistas, tão cedo essa situação não se alterará, até porque a China não tem espaço para crescimento de fronteira agrícola e a política de industrialização que depende de minérios é coisa para mais de uma década. O que Lula e ministros deveriam fazer, em vez de ocultarem a verdadeira razão do boom econômico, é tirar partido dele, investindo, por exemplo, corretamente em educação. Consulte o desempenho do Brasil nessa matéria para saber onde foram parar os superávits dos últimos cinco anos.
*José Negreiros é jornalista (josenegreiros@terra.com.br)
Publicado no blog do Noblat
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
PÊNIS ROUBADO EM NATAL
"Próteses penianas desaparecem da SMS
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga o sumiço de pelo menos 10 próteses penianas de silicone usadas em kits de educação sexual reprodutiva e prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aids. O material desapareceu de dentro do almoxarifado da SMS, localizado no edifício Ducal, onde foi aberto procedimento interno para apurar o caso."
Quando li essa notícia no jornal fiquei imaginando quem poderia ter roubado os "PAUS". Primeiro pensei em algum enfermeiro, pois a viadagem nessa categoria é grande. Mas antes que eu esquentasse a cabeça, cheguei a conclusão de que foram algumas funcionárias; Como? Elementar meu caro papudinho. Voce já reparou como só tem muéi feia e mal amada na Secretaria de Saúde? Pois foi a "SECURA' que fez as "meninas" levarem o cacete literalmente.
Para saber quem fez, é SÓ esperar a chegada das funcionárias segunda-feira. Aquelas que estiverem com a cara de felicidade, disposição para trabalho e sendo cortês com o público, pode mandar prender!!!!!
"Próteses penianas desaparecem da SMS
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investiga o sumiço de pelo menos 10 próteses penianas de silicone usadas em kits de educação sexual reprodutiva e prevenção a doenças sexualmente transmissíveis (DST) e aids. O material desapareceu de dentro do almoxarifado da SMS, localizado no edifício Ducal, onde foi aberto procedimento interno para apurar o caso."
Quando li essa notícia no jornal fiquei imaginando quem poderia ter roubado os "PAUS". Primeiro pensei em algum enfermeiro, pois a viadagem nessa categoria é grande. Mas antes que eu esquentasse a cabeça, cheguei a conclusão de que foram algumas funcionárias; Como? Elementar meu caro papudinho. Voce já reparou como só tem muéi feia e mal amada na Secretaria de Saúde? Pois foi a "SECURA' que fez as "meninas" levarem o cacete literalmente.
Para saber quem fez, é SÓ esperar a chegada das funcionárias segunda-feira. Aquelas que estiverem com a cara de felicidade, disposição para trabalho e sendo cortês com o público, pode mandar prender!!!!!
SEXTA NOS JORNAIS
- JB: Furto na Petrobras foi crime comum
- FOLHA: PF prende 4 e diz que furto na Petrobras foi crime comum
- ESTADÃO: Governo restringe crédito para fazendas na Amazônia
- GLOBO: Furto na Petrobras foi crime comum e não espionagem
- GAZETA MERCANTILl: Menos de 106 fazendas podem exportar à UE
- CORREIO: País nunca empregou tanto num início de ano
- VALOR: Municípios temem perdas com a reforma tributária
- JB: Furto na Petrobras foi crime comum
- FOLHA: PF prende 4 e diz que furto na Petrobras foi crime comum
- ESTADÃO: Governo restringe crédito para fazendas na Amazônia
- GLOBO: Furto na Petrobras foi crime comum e não espionagem
- GAZETA MERCANTILl: Menos de 106 fazendas podem exportar à UE
- CORREIO: País nunca empregou tanto num início de ano
- VALOR: Municípios temem perdas com a reforma tributária
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
QUINTA NOS JORNAIS
- JB: Mínimo vai injetar R$ 14 bi na economia
- FOLHA: Acordo dá presidência da CPI dos Cartões à oposição
- ESTADÃO: Governo quer mudar IR em paralelo à reforma
- GLOBO: Ministro cancela convênios suspeitos e diz que não sai
- GAZETA MERCANTIL: Novo mínimo injeta R$ 21 bi na economia
- CORREIO: Ladrão do BC vendia carro para lavar dinheiro no DF
- VALOR: Governo muda plano e vai privatizar Infraero
- JB: Mínimo vai injetar R$ 14 bi na economia
- FOLHA: Acordo dá presidência da CPI dos Cartões à oposição
- ESTADÃO: Governo quer mudar IR em paralelo à reforma
- GLOBO: Ministro cancela convênios suspeitos e diz que não sai
- GAZETA MERCANTIL: Novo mínimo injeta R$ 21 bi na economia
- CORREIO: Ladrão do BC vendia carro para lavar dinheiro no DF
- VALOR: Governo muda plano e vai privatizar Infraero
QUARTA NOS JORNAIS
- JB: Lula: "Porrada não educa"
-FOLHA: Sem CPMF, arrecadação sobe R$ 9,6 bi
- ESTADÃO: Mesmo com fim da CPMF arrecadação aumenta 20%
- GLOBO: Arrecadação bate recorde mesmo com fim da CPMF
- GAZETA MERCANTIL: Ganhos dos bancos sobem 43% em 2007
- CORREIO: Maior assaltante do país se escondia no DF
- VALOR: Lucros sobem e receita bate recorde mesmo sem CPMF
- ESTADO DE MINAS: Juro ao consumidor dispara
- JB: Lula: "Porrada não educa"
-FOLHA: Sem CPMF, arrecadação sobe R$ 9,6 bi
- ESTADÃO: Mesmo com fim da CPMF arrecadação aumenta 20%
- GLOBO: Arrecadação bate recorde mesmo com fim da CPMF
- GAZETA MERCANTIL: Ganhos dos bancos sobem 43% em 2007
- CORREIO: Maior assaltante do país se escondia no DF
- VALOR: Lucros sobem e receita bate recorde mesmo sem CPMF
- ESTADO DE MINAS: Juro ao consumidor dispara
terça-feira, fevereiro 26, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
PALOCCI É DENUNCIADO AO STF
25/02/2008 - 20h40
Procuradoria denuncia Palocci ao STF por quebra de sigilo funcional
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o deputado Antonio Palocci (PT-SP) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por quebra de sigilo funcional no episódio envolvendo o caseiro Francenildo Costa --ocorrido em 2006. A denúncia, que será relatada pelo ministro Gilmar Mendes, chegou ao Supremo na última sexta-feira. Palocci passará a responder em ação penal no STF se a denúncia for acatada pela Corte.
O ex-ministro da Fazenda é acusado de ordenar diretamente ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para que violasse o sigilo bancário do caseiro --depois que Francenildo revelou publicamente ter presenciado visitas de Palocci em uma casa alugada em Brasília, onde seus assessores Rogério Buratti e Vladimir Poleto eram acusados de fazer negociações com lobistas.
No extrato do caseiro, foram encontrados depósitos na conta de Francenildo. O assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto, se apressou, na época, em divulgar os extratos para tentar comprovar que o caseiro teria recebido dinheiro em troca de revelar as denúncias contra Palocci.
Francenildo, porém, comprovou que os recursos foram depositados de forma legal em sua conta. O episódio resultou no afastamento de Palocci do Ministério da Fazenda, quando foi substituído no cargo pelo atual ministro Guido Mantega.
Apesar de não confirmar oficialmente, a expectativa é que Mattoso e Neto também tenham sido denunciados pela PGR ao STF.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, não foi localizado para comentar a decisão da Procuradoria.
25/02/2008 - 20h40
Procuradoria denuncia Palocci ao STF por quebra de sigilo funcional
GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou o deputado Antonio Palocci (PT-SP) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por quebra de sigilo funcional no episódio envolvendo o caseiro Francenildo Costa --ocorrido em 2006. A denúncia, que será relatada pelo ministro Gilmar Mendes, chegou ao Supremo na última sexta-feira. Palocci passará a responder em ação penal no STF se a denúncia for acatada pela Corte.
O ex-ministro da Fazenda é acusado de ordenar diretamente ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para que violasse o sigilo bancário do caseiro --depois que Francenildo revelou publicamente ter presenciado visitas de Palocci em uma casa alugada em Brasília, onde seus assessores Rogério Buratti e Vladimir Poleto eram acusados de fazer negociações com lobistas.
No extrato do caseiro, foram encontrados depósitos na conta de Francenildo. O assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto, se apressou, na época, em divulgar os extratos para tentar comprovar que o caseiro teria recebido dinheiro em troca de revelar as denúncias contra Palocci.
Francenildo, porém, comprovou que os recursos foram depositados de forma legal em sua conta. O episódio resultou no afastamento de Palocci do Ministério da Fazenda, quando foi substituído no cargo pelo atual ministro Guido Mantega.
Apesar de não confirmar oficialmente, a expectativa é que Mattoso e Neto também tenham sido denunciados pela PGR ao STF.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, não foi localizado para comentar a decisão da Procuradoria.
FALTA DE ASSUNTO
"Devo tanto que, se eu chamar alguém de meu bem...o Banco toma!"
"Pra que levarmos a vida a sério, se nascemos de uma gozada."
"Pelo menos os sem teto nunca levam desaforo pra casa.
"Nada é tão ruim que não possa piorar
"A ordem dos tratores não altera o viaduto"
Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. “É melhor acreditar naquilo que um dia pode ser concreto”
"Devo tanto que, se eu chamar alguém de meu bem...o Banco toma!"
"Pra que levarmos a vida a sério, se nascemos de uma gozada."
"Pelo menos os sem teto nunca levam desaforo pra casa.
"Nada é tão ruim que não possa piorar
"A ordem dos tratores não altera o viaduto"
Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. “É melhor acreditar naquilo que um dia pode ser concreto”
RONALDO
"O que eu fiz para merecer isso!!!??"
Essa indagação do Ronaldo pode ser respondida, apenas voce vendo o seu fisíco atual. Procure comparar as fotos de Ronaldo a dez anos atrás com às de hoje. Vejam a massa muscular como aumentou, aí o joelho não aguentou. Como foi que ele consegui? Segundo Bernardino Santi, médico da seleção brasileira, Ronaldo tomava anabolizantes para "pegar" massa muscular no período que jogava no AJAX da holanda. Depois dessa declaração Bernardino foi demitido da CBF. Sobre parar de jogar, Ronaldo já parou e não sabe, desde de 1984 Ronaldo não joga uma sequência de seis jogos seguidos.
O Flamengo livrou-se de uma roubada. Vai pro Vasco Ronaldo.
"O que eu fiz para merecer isso!!!??"
Essa indagação do Ronaldo pode ser respondida, apenas voce vendo o seu fisíco atual. Procure comparar as fotos de Ronaldo a dez anos atrás com às de hoje. Vejam a massa muscular como aumentou, aí o joelho não aguentou. Como foi que ele consegui? Segundo Bernardino Santi, médico da seleção brasileira, Ronaldo tomava anabolizantes para "pegar" massa muscular no período que jogava no AJAX da holanda. Depois dessa declaração Bernardino foi demitido da CBF. Sobre parar de jogar, Ronaldo já parou e não sabe, desde de 1984 Ronaldo não joga uma sequência de seis jogos seguidos.
O Flamengo livrou-se de uma roubada. Vai pro Vasco Ronaldo.
domingo, fevereiro 24, 2008
JOÃO UBALDO RIBEIRO
O QUE FIZ NAS FÉRIAS
ponto de vista
hoje no ESTADÃO
Regresso da minha movimentada estada anual em Itaparica com o ânimo elevado, não só pelo que lá vi como pelo que vejo cá. O que vi lá procurarei relatar adiante, mas o que tenho visto cá é quase plácida pasmaceira. Tem esse negócio aí de cartão corporativo, ou que outros nomes cabalísticos lhe dêem, mas sabemos por experiência que é tudo brincadeirinha, como sempre, e já estão combinando o resultados das investigações, o governo felicíssimo e todo mundo mais também felicíssimo, até porque talvez certas molezas sejam retiradas (e transferidas para outras práticas, nunca extintas), mas o cartão permanecerá, sob os mais fartos elogios, não só do presidente como de sua leal oposição. O desfecho é invariavelmente um sábio ''''não muda nada aí'''', até porque o povo não liga e é chegado a um cabresto curto desde as origens. Mudar isso seria um grande abalo em nossa busca de uma identidade nacional.
E o clima que tenho percebido, não posso negar, é de geral contentamento e felicidade. Desfiam-se números róseos para a economia, com aumento de empregos formalizados, consumo acelerado, inflação sob controle e apenas um problemazinho lá e cá, para dar graça. Todo mundo tem problema e o governo não é exceção. O que interessa é que o País se transformará num gigantesco canteiro de obras, a coisa está boa por tudo quanto é canto - a começar pelas culminâncias da popularidade do presidente - e falastrões maledicentes e agoureiros, do meu tipo, devem agora pelo menos ter a decência de reconhecer que erraram em tudo.
Faço isso com prazer, adoro ser politicamente correto. Ao que parece, errei em tudo e este ano será para todos um rosário de triunfos. Claro, não retiro nada do que escrevi. Uma coisa é reconhecer que se errou, outra coisa é desdizer-se. Talvez sejam manias d''''artista, maluquices de escritor, má vontade ou o que for lá, mas continuo, digamos, pensando errado. Até torço, pois, afinal, se trata de meu país e de meus compatriotas, para continuar errado ou mesmo erradíssimo e, vindo a deflagrar-se a revolução cultural já por muitos ansiada, envergarei com o garbo possível as orelhas de burro que me destinarem e darei o melhor de mim no desempenho das tarefas de limpador de estábulos da fazenda onde me submeterão a indispensável processo reeducativo.
Quanto à ilha, continua em posição de vanguarda no pensamento político e filosófico, que condiz perfeitamente com o clima ora vigente no País. Já não contamos com a Escola Filosófica do Sorriso de Desdém, aqui amiúde mencionada e jamais esquecida, nem temos mais um filósofo do porte do finado Luiz Cuiúba, mas, por exemplo, está em pleno funcionamento, sob a liderança de um peixeiro amigo meu que sempre roubou no peso (um para comprar, outro para vender; aquele mais leve, este mais pesado) e que por enquanto prefere manter seu nome em segredo, o Círculo de Estudos Santa Luzia. Designação duplamente adequada, pois o Mercado Municipal tem o nome dessa santa e ela é a padroeira dos que padecem da visão. Na opinião majoritária dos membros do grupo, o mal do Brasil é justamente não vermos o óbvio.
O agitador Zeca Harfush, conhecido na ilha como Zecamunista, devido a seu passado bolchevique, o mais respeitado quadro intelectual do Grupo, me concedeu uma breve entrevista, na qual, entre cusparadas de fumo de rolo mascado e breves surtos de exacerbação, me explicou sua posição, que, esperam ele e seus companheiros de pensamento e ação, virá a ser em breve a postura assumida de todos os brasileiros.
- Nós somos realistas - explicou-me o lendário subversivo. - E chegamos a nossas conclusões através de métodos rigorosamente lógicos e científicos. Partimos de um axioma básico que, certamente por motivos voluntaristas, moralistas, hipócritas, reacionários e colonizados, todos destituídos de qualquer fundamento na realidade, persistimos em negar, quando sua aceitação plena é a base para nossa afirmação como grande potência.
- Interessante, muito interessante. Que axioma é esse?
- Somos todos ladrões! - exaltou-se ele repentinamente. - Ladrões e trambiqueiros! Quando finalmente aceitaremos essa verdade cristalina, para assumir nosso papel de destaque no concerto das nações? É da nossa natureza meter a mão em qualquer grana que esteja dando sopa e procurar imediatamente se fazer, assim que chega a um cargo público. Qualquer um de nós é assim! O erro é, em vez de canalizar isso para nosso próprio benefício, querer combatê-lo, à custa de tanta mentira e sofrimento inúteis. O Grupo de Estudos Abra o Olho, que é o nome popular oficial de nosso movimento, tem como proposta básica a aceitação integral de nossa condição de povo de ladrões. Violentar a nossa natureza é que nos faz um mal terrível.
- Compreendo. É curioso que já ouvi essa opinião em outros lugares. Isso se aplica a esse problema dos cartões, não?
- É óbvio! Quanto tempo está sendo perdido com essa conversa mole dos cartões? Você sabe o que mais chateia o brasileiro nessa história? É que não deram um cartão a ele! Se tivessem dado, ele era todo a favor, a realidade é essa! Nosso lema é em latim, para impressionar o povão: ''''Hodie mihi, cras tibi'''', primeiro o meu! Que graça tem o sujeito se sacrificar para chegar ao poder e não se fazer? É para isso que o Estado existe, vamos deixar de ser burros! Colonizados! Moralistas de merda! Chega de querer prender ladrão, o certo é prender otário! Ladrões do Brasil, desuni-vos, a não ser para formação de quadrilhas! Nós somos bons mesmo é de maracutaia!
- E vocês pretendem levar esses ideais adiante, nas próximas eleições?
- Com certeza. A depender de quem compre os nossos votos, é claro.
O QUE FIZ NAS FÉRIAS
ponto de vista
hoje no ESTADÃO
Regresso da minha movimentada estada anual em Itaparica com o ânimo elevado, não só pelo que lá vi como pelo que vejo cá. O que vi lá procurarei relatar adiante, mas o que tenho visto cá é quase plácida pasmaceira. Tem esse negócio aí de cartão corporativo, ou que outros nomes cabalísticos lhe dêem, mas sabemos por experiência que é tudo brincadeirinha, como sempre, e já estão combinando o resultados das investigações, o governo felicíssimo e todo mundo mais também felicíssimo, até porque talvez certas molezas sejam retiradas (e transferidas para outras práticas, nunca extintas), mas o cartão permanecerá, sob os mais fartos elogios, não só do presidente como de sua leal oposição. O desfecho é invariavelmente um sábio ''''não muda nada aí'''', até porque o povo não liga e é chegado a um cabresto curto desde as origens. Mudar isso seria um grande abalo em nossa busca de uma identidade nacional.
E o clima que tenho percebido, não posso negar, é de geral contentamento e felicidade. Desfiam-se números róseos para a economia, com aumento de empregos formalizados, consumo acelerado, inflação sob controle e apenas um problemazinho lá e cá, para dar graça. Todo mundo tem problema e o governo não é exceção. O que interessa é que o País se transformará num gigantesco canteiro de obras, a coisa está boa por tudo quanto é canto - a começar pelas culminâncias da popularidade do presidente - e falastrões maledicentes e agoureiros, do meu tipo, devem agora pelo menos ter a decência de reconhecer que erraram em tudo.
Faço isso com prazer, adoro ser politicamente correto. Ao que parece, errei em tudo e este ano será para todos um rosário de triunfos. Claro, não retiro nada do que escrevi. Uma coisa é reconhecer que se errou, outra coisa é desdizer-se. Talvez sejam manias d''''artista, maluquices de escritor, má vontade ou o que for lá, mas continuo, digamos, pensando errado. Até torço, pois, afinal, se trata de meu país e de meus compatriotas, para continuar errado ou mesmo erradíssimo e, vindo a deflagrar-se a revolução cultural já por muitos ansiada, envergarei com o garbo possível as orelhas de burro que me destinarem e darei o melhor de mim no desempenho das tarefas de limpador de estábulos da fazenda onde me submeterão a indispensável processo reeducativo.
Quanto à ilha, continua em posição de vanguarda no pensamento político e filosófico, que condiz perfeitamente com o clima ora vigente no País. Já não contamos com a Escola Filosófica do Sorriso de Desdém, aqui amiúde mencionada e jamais esquecida, nem temos mais um filósofo do porte do finado Luiz Cuiúba, mas, por exemplo, está em pleno funcionamento, sob a liderança de um peixeiro amigo meu que sempre roubou no peso (um para comprar, outro para vender; aquele mais leve, este mais pesado) e que por enquanto prefere manter seu nome em segredo, o Círculo de Estudos Santa Luzia. Designação duplamente adequada, pois o Mercado Municipal tem o nome dessa santa e ela é a padroeira dos que padecem da visão. Na opinião majoritária dos membros do grupo, o mal do Brasil é justamente não vermos o óbvio.
O agitador Zeca Harfush, conhecido na ilha como Zecamunista, devido a seu passado bolchevique, o mais respeitado quadro intelectual do Grupo, me concedeu uma breve entrevista, na qual, entre cusparadas de fumo de rolo mascado e breves surtos de exacerbação, me explicou sua posição, que, esperam ele e seus companheiros de pensamento e ação, virá a ser em breve a postura assumida de todos os brasileiros.
- Nós somos realistas - explicou-me o lendário subversivo. - E chegamos a nossas conclusões através de métodos rigorosamente lógicos e científicos. Partimos de um axioma básico que, certamente por motivos voluntaristas, moralistas, hipócritas, reacionários e colonizados, todos destituídos de qualquer fundamento na realidade, persistimos em negar, quando sua aceitação plena é a base para nossa afirmação como grande potência.
- Interessante, muito interessante. Que axioma é esse?
- Somos todos ladrões! - exaltou-se ele repentinamente. - Ladrões e trambiqueiros! Quando finalmente aceitaremos essa verdade cristalina, para assumir nosso papel de destaque no concerto das nações? É da nossa natureza meter a mão em qualquer grana que esteja dando sopa e procurar imediatamente se fazer, assim que chega a um cargo público. Qualquer um de nós é assim! O erro é, em vez de canalizar isso para nosso próprio benefício, querer combatê-lo, à custa de tanta mentira e sofrimento inúteis. O Grupo de Estudos Abra o Olho, que é o nome popular oficial de nosso movimento, tem como proposta básica a aceitação integral de nossa condição de povo de ladrões. Violentar a nossa natureza é que nos faz um mal terrível.
- Compreendo. É curioso que já ouvi essa opinião em outros lugares. Isso se aplica a esse problema dos cartões, não?
- É óbvio! Quanto tempo está sendo perdido com essa conversa mole dos cartões? Você sabe o que mais chateia o brasileiro nessa história? É que não deram um cartão a ele! Se tivessem dado, ele era todo a favor, a realidade é essa! Nosso lema é em latim, para impressionar o povão: ''''Hodie mihi, cras tibi'''', primeiro o meu! Que graça tem o sujeito se sacrificar para chegar ao poder e não se fazer? É para isso que o Estado existe, vamos deixar de ser burros! Colonizados! Moralistas de merda! Chega de querer prender ladrão, o certo é prender otário! Ladrões do Brasil, desuni-vos, a não ser para formação de quadrilhas! Nós somos bons mesmo é de maracutaia!
- E vocês pretendem levar esses ideais adiante, nas próximas eleições?
- Com certeza. A depender de quem compre os nossos votos, é claro.
ALEX MEDEIROS
Colunista: Alex Medeiros
E-mail: alexmedeiros@interjato.com.br
E-mail: alexmedeiros@interjato.com.br
A GENEALOGIA DOS COVARDES
Segundo a mitologia cristã, originária no livrão grosso de Javé, os homens descendem de Adão, as mulheres são filhas da serpente e os covardes herdaram o código genético de Caim, o sacripanta que matou o irmão, gerando até hoje o fratricídio civil.
Minha geração, que vestiu calça comprida no segundo tempo da ditadura militar, aprendeu com a geração anterior a classificar o criminoso torturador como o maior e mais safado dos covardes. Montaigne dizia que "a covardia é a mãe da crueldade".
Não precisa filosofar muito diante da frase do filósofo francês, nem repeti-lo em ensaios, para entender que a vil genitora pariu muitos filhos, vários arquétipos de crueldade, na manjedoura irracional do gênero humano.
Hoje eu já não coloco aquele torturador dos porões de antanho na cabeça do ranking da covardia. Seus atos, por mais hediondos, continham as digitais dos autores ideológicos de tais crimes, por mais que na pele da vítima ficassem as marcas da sua própria tara.
Sim, porque o torturador é - antes de ser um covarde - um tarado, aquele que falsifica a coragem numa atitude furtiva e de prévia proteção dele mesmo. O poeta Goethe bem definiu tal tipo de covarde: aquele que só ameaça quando se acha em segurança.
Era assim o torturador pau-mandado dos ditadores. Na segurança de um covil, na proteção dos chefes e na coragem escondida num capuz, era fácil abater sua presa. Mais havia um covarde maior que o torturador, exatamente o patrocinador da covardia, o mandante do crime.
Bingo! Eis aí a terminologia correta para o maior de todos os covardes. O mandante do crime, esse termo tão comum no linguajar das delegacias e nas pautas das editorias de Polícia. É o líder disparado do ranking das podridões humanas, o rei da covardia.
O profeta Maomé, das santas escrituras e risíveis caricaturas, ensinava que "a pior forma de covardia é testar o poder na fraqueza do outro". Perfeito. Na fraqueza de caráter dos assassinos subsiste e persiste a maldade dos covardes, a falsa valentia do mentor intelectual dos crimes.
O inseto que se veste com pele e vísceras humanas, conhecido no popular como mandante do crime, não tem na essência moral a verdadeira coragem do enfrentamento frontal. Se vale de outro infeliz, um grau abaixo dele na escala periódica da covardia, para praticar o que não ousa fazer.
Como os ditadores do passado e seus asseclas de malvadezas, que determinavam aos torturadores o ato de que não tinham coragem de executar, o covardão-mandante é uma figura menor, subnutrida de ética e que se esconde nos muitos medos que lhes atormentam.
No enorme clube do primeiro de todos os covardes tem carteirinha carimbada o marido traído, o machão frouxo que entende nos chifres um problema maior do que seus deslizes morais e sociais. O chifrudo que manda matar um pé-de-lã é também o mais ridículo dos covardes.
No desespero de manter incólume sua pseudo-honra masculina, imagina que sua condição de corno não atingirá o estágio de fama se o pé-de-lã que usufruiu de seus lençois for enterrado antes. Acha que enterrará junto o prazer que a esposinha sentiu em outros braços.
O corno vingativo que encomenda o assassinato do rival é a essência e excrescência do covarde. Jamais encontrará coragem ou hombridade para ficar frente a frente com aquele que, por ventura, tantas vezes encarou (de frente e de costas) a razão do seu raivoso e doentio ciúme.
Tal tipo de zé mané sofre por antecipação ao imaginar fitar nos olhos quem lhe arrebatou a maior de todas as conquistas. Mais fácil para sua covardia é terceirizar a histeria sileciosa. E então goza na bala dos outros a ira covarde dos que por não saber gozar foi trocado à revelia.
Voltando à literatura de Javé, foi Jesus quem decretou bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a Terra. Já esse escriba, farto da maldade humana, declara que aventurados sejam os cornos mansos, e que os cornos vingativos herdem as galhadas do inferno. (AM)
publicado no Jornal de Hoje
DOMINGO NOS JORNAIS
- JB: A maior emergência da América Latina
- FOLHA: Brasileiros são os mais barrados pelo Reino Unido
- ESTADÃO: Investimento em produção acelera ritmo de importações
- O GLOBO: Falta de pessoal e máquinas pode atrasar obras do PAC
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
- JB: A maior emergência da América Latina
- FOLHA: Brasileiros são os mais barrados pelo Reino Unido
- ESTADÃO: Investimento em produção acelera ritmo de importações
- O GLOBO: Falta de pessoal e máquinas pode atrasar obras do PAC
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
sábado, fevereiro 23, 2008
VEJA E LEIA
J. R. Guzzo
11 000 JUSTOS
"Nada é mais eficaz para combater o pecado do queeliminar a tentação. Deixou de existir qualquer vestígiode corrupção nos bancos estaduais, para ficar numexemplo só, porque deixaram de existir os bancosestaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança"
Em casos em que fica demonstrado o mau uso de dinheiro público existe, pelo mundo afora, um entendimento básico. As autoridades encarregadas de lidar com esse dinheiro têm ou não têm responsabilidade pelo que aconteceu de ilegal e, de acordo com a alternativa que for comprovada entre essas duas, são culpadas ou são inocentes. Se são culpadas, não são inocentes. Se são inocentes, não são culpadas. No Brasil, os governos têm uma abordagem diferente para esse tipo de coisa. Aqui, em casos semelhantes, não há inocentes nem culpados. Culpa sempre existe, é claro, já que o dinheiro do Erário não sai por aí se gastando sozinho. Mas as autoridades dão a questão por resolvida com um raciocínio que, tirando o palavrório habitual, sustenta o seguinte: "Algo lamentavelmente errado aconteceu, mas a culpa não é de ninguém – e principalmente não é nossa".
O poder público brasileiro, com o tempo, tem conseguido resultados notáveis no aperfeiçoamento desse sistema. Desenvolveu, por exemplo, o conceito segundo o qual a pessoa é inocente mesmo quando é culpada. A personagem-símbolo desse entendimento é a ex-ministra Matilde Ribeiro, musa no atual espetáculo estrelado pelos cartões de crédito do governo federal até ser superada pelo barulho contínuo de episódios mais interessantes e mais graúdos que o dela. Matilde, como se sabe, foi demitida do cargo, o que faria supor que é culpada – mas sai com uma declaração de que é inocente, já que o governo e seu partido garantem que ela realizou um trabalho "brilhante". Outra novidade, também aplicada às situações sem esperança como a dela, é a teoria do "erro administrativo". O dinheiro do público foi gasto em benefício pessoal? Sim, mas foi só um "erro administrativo" – como se o responsável tivesse assinado um despacho em seis vias, quando o certo seria assinar em sete. Muito avanço se obteve, enfim, na utilização desse sistema todo como arma de ataque e não apenas de defesa. Seu recurso mais comum, empregado em praticamente 100% das denúncias feitas contra o governo, é dizer que qualquer malfeitoria ora em apreciação já foi praticada antes e já foi praticada por outros, sobretudo pelos adversários. Qual é o problema, então? Sombriamente, pergunta-se "a quem interessa" a divulgação das denúncias.
É lógico que, quando as coisas ficam assim, vai se colher cada vez mais do mesmo. O Brasil seria um país de sorte se esse modelo de gestão pelo qual a propriedade do patrimônio público é do estado, mas o seu usufruto é privado, se limitasse aos 78 milhões de reais que o governo federal gasta por ano em seus cartões corporativos. A festa se espalha, hoje em dia, por governos dos estados e municípios, pelo Judiciário e pelo Legislativo. Para enriquecer a lista surgiu de repente a universidade, e, mais precisamente, a Universidade de Brasília. Ali o reitor Timothy Mulholland foi capaz de gastar 470.000 reais de dinheiro público, incluindo-se nesse total um espetacular saca-rolhas de 859 reais, na redecoração do seu "apartamento funcional". O mais interessante, no caso, não é o montante, nem mesmo o saca-rolhas; é a oportunidade de observar de que maneira funciona a cabeça de funcionários do estado como o reitor da UNB. Para ele, as despesas feitas no apartamento deixam muito bem impressionados os sábios de peso mundial convidados a Brasília, e, com isso, a ciência brasileira ganha prestígio. Ao ouvir suas explicações, vem a dúvida: será que o homem está falando sério? Logo fica claro, infelizmente, que está.
Tanto a oposição como o governo, além de muita gente de bem, têm passado os últimos dias defendendo o uso dos cartões do governo. Para a oposição, o problema está nas pessoas que os utilizam no momento; se e quando chegar ao governo, trocará todas elas por funcionários virtuosos e a situação ficará resolvida. Para o governo, o problema está em falhas nos controles, que naturalmente serão corrigidas a partir de agora – não se sabendo, nesse caso, por que passaram cinco anos sem ser percebidas. A primeira atitude é uma lenda. Sua receita só pode dar certo se, uma vez chegando lá, a oposição distribuir os cartões a 11.000 justos. E quem seria capaz de encontrar 11.000 justos de uma vez só? Nada comprova isso tão bem, justamente, quanto o sucedido com o PT, que prometia eliminar a corrupção no Brasil com a simples colocação da companheirada no governo; o resultado está aí. A segunda merece tanto crédito quanto a primeira. Controles sobre o uso de cartões são perfeitamente conhecidos, há décadas, por toda organização gerida com um mínimo de prudência. Mas só funcionam por uma razão: não são escritos pelos funcionários que serão controlados por eles.
Pessoas e intenções podem ser muito boas, mas a experiência comprova que nada é mais eficaz para combater o pecado do que eliminar a tentação. Não dá para fazer isso o tempo todo e em tudo. Mas, quando dá, o resultado sempre acaba aparecendo. Deixou de existir qualquer vestígio de corrupção nos bancos estaduais, para ficar num exemplo só, porque deixaram de existir os bancos estaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança.
Revista Veja
J. R. Guzzo
11 000 JUSTOS
"Nada é mais eficaz para combater o pecado do queeliminar a tentação. Deixou de existir qualquer vestígiode corrupção nos bancos estaduais, para ficar numexemplo só, porque deixaram de existir os bancosestaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança"
Em casos em que fica demonstrado o mau uso de dinheiro público existe, pelo mundo afora, um entendimento básico. As autoridades encarregadas de lidar com esse dinheiro têm ou não têm responsabilidade pelo que aconteceu de ilegal e, de acordo com a alternativa que for comprovada entre essas duas, são culpadas ou são inocentes. Se são culpadas, não são inocentes. Se são inocentes, não são culpadas. No Brasil, os governos têm uma abordagem diferente para esse tipo de coisa. Aqui, em casos semelhantes, não há inocentes nem culpados. Culpa sempre existe, é claro, já que o dinheiro do Erário não sai por aí se gastando sozinho. Mas as autoridades dão a questão por resolvida com um raciocínio que, tirando o palavrório habitual, sustenta o seguinte: "Algo lamentavelmente errado aconteceu, mas a culpa não é de ninguém – e principalmente não é nossa".
O poder público brasileiro, com o tempo, tem conseguido resultados notáveis no aperfeiçoamento desse sistema. Desenvolveu, por exemplo, o conceito segundo o qual a pessoa é inocente mesmo quando é culpada. A personagem-símbolo desse entendimento é a ex-ministra Matilde Ribeiro, musa no atual espetáculo estrelado pelos cartões de crédito do governo federal até ser superada pelo barulho contínuo de episódios mais interessantes e mais graúdos que o dela. Matilde, como se sabe, foi demitida do cargo, o que faria supor que é culpada – mas sai com uma declaração de que é inocente, já que o governo e seu partido garantem que ela realizou um trabalho "brilhante". Outra novidade, também aplicada às situações sem esperança como a dela, é a teoria do "erro administrativo". O dinheiro do público foi gasto em benefício pessoal? Sim, mas foi só um "erro administrativo" – como se o responsável tivesse assinado um despacho em seis vias, quando o certo seria assinar em sete. Muito avanço se obteve, enfim, na utilização desse sistema todo como arma de ataque e não apenas de defesa. Seu recurso mais comum, empregado em praticamente 100% das denúncias feitas contra o governo, é dizer que qualquer malfeitoria ora em apreciação já foi praticada antes e já foi praticada por outros, sobretudo pelos adversários. Qual é o problema, então? Sombriamente, pergunta-se "a quem interessa" a divulgação das denúncias.
É lógico que, quando as coisas ficam assim, vai se colher cada vez mais do mesmo. O Brasil seria um país de sorte se esse modelo de gestão pelo qual a propriedade do patrimônio público é do estado, mas o seu usufruto é privado, se limitasse aos 78 milhões de reais que o governo federal gasta por ano em seus cartões corporativos. A festa se espalha, hoje em dia, por governos dos estados e municípios, pelo Judiciário e pelo Legislativo. Para enriquecer a lista surgiu de repente a universidade, e, mais precisamente, a Universidade de Brasília. Ali o reitor Timothy Mulholland foi capaz de gastar 470.000 reais de dinheiro público, incluindo-se nesse total um espetacular saca-rolhas de 859 reais, na redecoração do seu "apartamento funcional". O mais interessante, no caso, não é o montante, nem mesmo o saca-rolhas; é a oportunidade de observar de que maneira funciona a cabeça de funcionários do estado como o reitor da UNB. Para ele, as despesas feitas no apartamento deixam muito bem impressionados os sábios de peso mundial convidados a Brasília, e, com isso, a ciência brasileira ganha prestígio. Ao ouvir suas explicações, vem a dúvida: será que o homem está falando sério? Logo fica claro, infelizmente, que está.
Tanto a oposição como o governo, além de muita gente de bem, têm passado os últimos dias defendendo o uso dos cartões do governo. Para a oposição, o problema está nas pessoas que os utilizam no momento; se e quando chegar ao governo, trocará todas elas por funcionários virtuosos e a situação ficará resolvida. Para o governo, o problema está em falhas nos controles, que naturalmente serão corrigidas a partir de agora – não se sabendo, nesse caso, por que passaram cinco anos sem ser percebidas. A primeira atitude é uma lenda. Sua receita só pode dar certo se, uma vez chegando lá, a oposição distribuir os cartões a 11.000 justos. E quem seria capaz de encontrar 11.000 justos de uma vez só? Nada comprova isso tão bem, justamente, quanto o sucedido com o PT, que prometia eliminar a corrupção no Brasil com a simples colocação da companheirada no governo; o resultado está aí. A segunda merece tanto crédito quanto a primeira. Controles sobre o uso de cartões são perfeitamente conhecidos, há décadas, por toda organização gerida com um mínimo de prudência. Mas só funcionam por uma razão: não são escritos pelos funcionários que serão controlados por eles.
Pessoas e intenções podem ser muito boas, mas a experiência comprova que nada é mais eficaz para combater o pecado do que eliminar a tentação. Não dá para fazer isso o tempo todo e em tudo. Mas, quando dá, o resultado sempre acaba aparecendo. Deixou de existir qualquer vestígio de corrupção nos bancos estaduais, para ficar num exemplo só, porque deixaram de existir os bancos estaduais. O resto é muita CPI e nenhuma mudança.
Revista Veja
NIVER
POSTAGEM PESSOAL
Ô seus caraias, este post é pessoal, não aceito comentários(nunca tem mesmo). Vou sair da impessoalidade da A VARANDA.
Hoje é o aniversário da minha PROPRIETÁRIA, a didinha, a dona Marta. Que vou dizer? Parabéns? Muitos anos de vida? Não, não, não vou desejar muitos anos de anos de vida, pois ela é vida, ela terna e eterna. O que faço então? Calo-me? Mando um beijo? Também não, afinal ela tem todos os meus beijos e os abraços também. O que darei pra minha musa?
Ô Marta eu não vou lhe dar nada. Eu vou pedir. Eu quero voce junto de mim, eu quero sua mão, o seu corpo, o seu carinho, a sua humilde, o seu caráter.
Dona Marta, o que posso pedir mais?
Que vamos continuar a nossa caminhada? A Nossa luta? As nossas dificuldades?
Não, não vou pedir pois voce sempre foi parceira e solidária.
Um último pedido:
Deixe-me continuar amando voce
Bebebebebebebebebeijos
Ela não lê o blog
Ô seus caraias, este post é pessoal, não aceito comentários(nunca tem mesmo). Vou sair da impessoalidade da A VARANDA.
Hoje é o aniversário da minha PROPRIETÁRIA, a didinha, a dona Marta. Que vou dizer? Parabéns? Muitos anos de vida? Não, não, não vou desejar muitos anos de anos de vida, pois ela é vida, ela terna e eterna. O que faço então? Calo-me? Mando um beijo? Também não, afinal ela tem todos os meus beijos e os abraços também. O que darei pra minha musa?
Ô Marta eu não vou lhe dar nada. Eu vou pedir. Eu quero voce junto de mim, eu quero sua mão, o seu corpo, o seu carinho, a sua humilde, o seu caráter.
Dona Marta, o que posso pedir mais?
Que vamos continuar a nossa caminhada? A Nossa luta? As nossas dificuldades?
Não, não vou pedir pois voce sempre foi parceira e solidária.
Um último pedido:
Deixe-me continuar amando voce
Bebebebebebebebebeijos
Ela não lê o blog
SABADO NOS JORNAIS
- JB: Lula nega gás a Cristina
- FOLHA: Brasil e Argentina assinam pacto de cooperação nuclear
- ESTADÃO: Brasil rejeita ceder gás boliviano à Argentina
- O GLOBO: Casa vazia será arrombada para combater à dengue
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
-DÍARIO DE NATAL:RN é o segundo em casos de dengue no Nordeste
- JB: Lula nega gás a Cristina
- FOLHA: Brasil e Argentina assinam pacto de cooperação nuclear
- ESTADÃO: Brasil rejeita ceder gás boliviano à Argentina
- O GLOBO: Casa vazia será arrombada para combater à dengue
- GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
-DÍARIO DE NATAL:RN é o segundo em casos de dengue no Nordeste
PIADA DO DIA
CRIAÇÃO
Quando criou o homem, Deus chamou-o e disse:
- Homem, eu tenho uma boa e uma má notícia para lhe dar.
E o homem respondeu:
- Senhor, dai-me primeiro a notícia boa!
E Deus disse:
- Quando eu te criei, fiz-te com dois órgãos muito importantes: Uma cabeça e um pênis.
O homem então perguntou:
- Mas então, Senhor, qual é a má notícia?
Deus respondeu:
- O sangue é pouco, por isso só funcionará um de cada vez...
Em compensação, quando Deus criou a primeira mulher, disse-lhe:
- Mulher, tenho uma boa e uma má notícia^...
- Qual é a boa meu Deus?
- A boa é que você foi criada com dois órgãos importantes: O cérebro e a vagina.
E qual é a ruim, meu Deus?
- O sangue em seu corpo será muito, como não usarás o primeiro órgão, então vazarás pelo segundo todo mês.
CRIAÇÃO
Quando criou o homem, Deus chamou-o e disse:
- Homem, eu tenho uma boa e uma má notícia para lhe dar.
E o homem respondeu:
- Senhor, dai-me primeiro a notícia boa!
E Deus disse:
- Quando eu te criei, fiz-te com dois órgãos muito importantes: Uma cabeça e um pênis.
O homem então perguntou:
- Mas então, Senhor, qual é a má notícia?
Deus respondeu:
- O sangue é pouco, por isso só funcionará um de cada vez...
Em compensação, quando Deus criou a primeira mulher, disse-lhe:
- Mulher, tenho uma boa e uma má notícia^...
- Qual é a boa meu Deus?
- A boa é que você foi criada com dois órgãos importantes: O cérebro e a vagina.
E qual é a ruim, meu Deus?
- O sangue em seu corpo será muito, como não usarás o primeiro órgão, então vazarás pelo segundo todo mês.
QUEM AVISOU, AMIGO FOI
Dora Kramer
A Comissão de Ética Pública bem que tentou avisar o presidente da República e evitar mais um problema de desvio de conduta entre seus auxiliares. Há meses pondera, em vão e ao custo de desmoralização pública, que existe potencial conflito de interesses no fato de um ministro ser ao mesmo tempo presidente de um partido.
Poderia se comportar com isenção, mas poderia também não resistir à tentação de, de alguma forma, usar dos instrumentos do cargo para favorecer a sua agremiação. Mais riscos potenciais existiriam se, como no caso de Carlos Lupi, o ministro estivesse no posto não por qualificação específica, mas por ser presidente do partido integrante da coalizão de governo.
Claro como a água limpa das nascentes. Este, porém, não foi o entendimento do ministro, de seu partido, das centrais sindicais, e até da Advocacia-Geral da União, posta no problema de forma indevida, já que a questão não é legal, é ética.
A respeito do que pensa o presidente da República nada se sabe, visto que Luiz Inácio da Silva tem ignorado a recomendação de sua Comissão de Ética, instância de assessoramento posta no mesmo patamar da AGU, de acordo com o organograma da Presidência da República.
Pois bem, a cada dia surgem novas informações dando conta de repasses de verbas do Ministério do Trabalho para entidades e amigos do PDT. Uma dessas transferências, de R$ 14 milhões a entidades ligadas à Força Sindical, controlada pelo partido presidido por Lupi, foi feita à revelia do parecer da consultoria jurídica do ministério.
Agora, a Folha de S. Paulo noticia que 12 convênios no valor de R$ 50 milhões foram assinados com entidades e políticos ligados ao PDT. Se isso não se configura favorecimento em virtude de o ministro presidir o partido privilegiado e daí se estabelecer nitidamente o conflito de interesses, que deixou de ser potencial para ser real, então de fato vale qualquer coisa.
Houve também o caso de um outro convênio para treinamento de mão-de-obra - de novo para instituição da área de influência da Força Sindical, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos -, cujo orçamento constante no pedido era 100% superior a serviços da mesma natureza prestados no governo do Estado de São Paulo.
Diante dos protestos, reduziu-se em 30% o montante do pleito, mas ficou patente a intenção de tirar proveito em forma de superfaturamento.
Tudo isso poderia ter acontecido com Carlos Lupi à frente ou não do ministério.
No governo passado houve alentada investigação da então Corregedoria-Geral da República (hoje Controladoria-Geral), comandada pela ministra Anadyr de Mendonça. Denunciou desvios de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), foi chamada de mal-amada pelo mal-educadíssimo presidente da Força, então vice na chapa presidencial de Ciro Gomes e hoje candidato do PDT a prefeito de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, e tudo por isso mesmo.
A presença do presidente do PDT no comando do ministério, entretanto, envolve o presidente em mais uma situação eticamente questionável - inclusive porque o problema já não é só o conflito entre partido e ministério, mas justamente os acertos resultantes da convergência entre um e outro - e demonstra que a Comissão de Ética Pública faz a sua parte, mas prega no deserto.
É tratada como se merecesse condenação, enquanto o ministro do Trabalho é defendido até por figuras de respeitabilidade, como o senador Cristovam Buarque, que, aliás, resolveu emprestar sua credibilidade também à defesa do reitor da UnB, Thimothy Mulholland.
Segundo Cristovam, seu único pecado foi cometer "um grande equívoco de prioridades".
No caso, o "equívoco" foi dar prioridade à aplicação de recursos na decoração de luxo dispensável da estupenda cobertura para servir de moradia ao Magnífico reitor.E por que citar o nome do senador Cristovam, já que não foi o único a defender Mulholland e Lupi?
Porque ele tem, ou deveria ter, compromisso com sua pregação em prol da educação como prioridade número um do Brasil. Promover educação, sabe o senador, não é só garantir escola. É também patrocinar valores de legalidade, legitimidade e civilidade.
Dora Kramer
A Comissão de Ética Pública bem que tentou avisar o presidente da República e evitar mais um problema de desvio de conduta entre seus auxiliares. Há meses pondera, em vão e ao custo de desmoralização pública, que existe potencial conflito de interesses no fato de um ministro ser ao mesmo tempo presidente de um partido.
Poderia se comportar com isenção, mas poderia também não resistir à tentação de, de alguma forma, usar dos instrumentos do cargo para favorecer a sua agremiação. Mais riscos potenciais existiriam se, como no caso de Carlos Lupi, o ministro estivesse no posto não por qualificação específica, mas por ser presidente do partido integrante da coalizão de governo.
Claro como a água limpa das nascentes. Este, porém, não foi o entendimento do ministro, de seu partido, das centrais sindicais, e até da Advocacia-Geral da União, posta no problema de forma indevida, já que a questão não é legal, é ética.
A respeito do que pensa o presidente da República nada se sabe, visto que Luiz Inácio da Silva tem ignorado a recomendação de sua Comissão de Ética, instância de assessoramento posta no mesmo patamar da AGU, de acordo com o organograma da Presidência da República.
Pois bem, a cada dia surgem novas informações dando conta de repasses de verbas do Ministério do Trabalho para entidades e amigos do PDT. Uma dessas transferências, de R$ 14 milhões a entidades ligadas à Força Sindical, controlada pelo partido presidido por Lupi, foi feita à revelia do parecer da consultoria jurídica do ministério.
Agora, a Folha de S. Paulo noticia que 12 convênios no valor de R$ 50 milhões foram assinados com entidades e políticos ligados ao PDT. Se isso não se configura favorecimento em virtude de o ministro presidir o partido privilegiado e daí se estabelecer nitidamente o conflito de interesses, que deixou de ser potencial para ser real, então de fato vale qualquer coisa.
Houve também o caso de um outro convênio para treinamento de mão-de-obra - de novo para instituição da área de influência da Força Sindical, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos -, cujo orçamento constante no pedido era 100% superior a serviços da mesma natureza prestados no governo do Estado de São Paulo.
Diante dos protestos, reduziu-se em 30% o montante do pleito, mas ficou patente a intenção de tirar proveito em forma de superfaturamento.
Tudo isso poderia ter acontecido com Carlos Lupi à frente ou não do ministério.
No governo passado houve alentada investigação da então Corregedoria-Geral da República (hoje Controladoria-Geral), comandada pela ministra Anadyr de Mendonça. Denunciou desvios de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), foi chamada de mal-amada pelo mal-educadíssimo presidente da Força, então vice na chapa presidencial de Ciro Gomes e hoje candidato do PDT a prefeito de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, e tudo por isso mesmo.
A presença do presidente do PDT no comando do ministério, entretanto, envolve o presidente em mais uma situação eticamente questionável - inclusive porque o problema já não é só o conflito entre partido e ministério, mas justamente os acertos resultantes da convergência entre um e outro - e demonstra que a Comissão de Ética Pública faz a sua parte, mas prega no deserto.
É tratada como se merecesse condenação, enquanto o ministro do Trabalho é defendido até por figuras de respeitabilidade, como o senador Cristovam Buarque, que, aliás, resolveu emprestar sua credibilidade também à defesa do reitor da UnB, Thimothy Mulholland.
Segundo Cristovam, seu único pecado foi cometer "um grande equívoco de prioridades".
No caso, o "equívoco" foi dar prioridade à aplicação de recursos na decoração de luxo dispensável da estupenda cobertura para servir de moradia ao Magnífico reitor.E por que citar o nome do senador Cristovam, já que não foi o único a defender Mulholland e Lupi?
Porque ele tem, ou deveria ter, compromisso com sua pregação em prol da educação como prioridade número um do Brasil. Promover educação, sabe o senador, não é só garantir escola. É também patrocinar valores de legalidade, legitimidade e civilidade.
SEXTA NOS JORNAIS
- JB: Mercado brasileiro recupera as perdas da crise dos EUA
- FOLHA: Brasil passa de devedor a credor externo
- ESTADÃO: Brasil vira credor internacional
- O GLOBO: Brasil reúne recursos para pagar toda dívida externa
-GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
- ESTADO DE MINAS: Reforma tributária vai aliviar folha de empresas
-DIÁRIO DE NATAL:Edital do superaeroporto deve sair hoje
- JB: Mercado brasileiro recupera as perdas da crise dos EUA
- FOLHA: Brasil passa de devedor a credor externo
- ESTADÃO: Brasil vira credor internacional
- O GLOBO: Brasil reúne recursos para pagar toda dívida externa
-GAZETA MERCANTIL: Sabesp busca mercados em outros países
- ESTADO DE MINAS: Reforma tributária vai aliviar folha de empresas
-DIÁRIO DE NATAL:Edital do superaeroporto deve sair hoje
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
LIBERDADE RESTAURADA
Notícias STF
quinta-feira - 21 de fevereiro de 2008
Ministro defere liminar para suspender aplicação de artigos da Lei de Imprensa
O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais ou de qualquer outra medida que versem sobre alguns dispositivos da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67). A decisão liminar, deferida parcialmente, deverá ser referendada pelo Plenário do Supremo.
Com essa descisão fica suspensa as ações movidas pelos CANALHAS da Igreja Universal contra a Folha, Estadão e outros jornais.
Notícias STF
quinta-feira - 21 de fevereiro de 2008
Ministro defere liminar para suspender aplicação de artigos da Lei de Imprensa
O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos e os efeitos de decisões judiciais ou de qualquer outra medida que versem sobre alguns dispositivos da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67). A decisão liminar, deferida parcialmente, deverá ser referendada pelo Plenário do Supremo.
Com essa descisão fica suspensa as ações movidas pelos CANALHAS da Igreja Universal contra a Folha, Estadão e outros jornais.
PIADA NA VARANDA
A PULGA
Uma pulga está tomando sol na praia, toda bronzeada, embaixode um guarda-sol. Nisto, chega outra pulga, branca e morta de frio.
A primeira lhe pergunta:
- O que aconteceu?
-É que eu quis vir à praia, tomar um solzinho e entao subino bigode de um motociclista que vinha pra cá. Acontece que o caraveio a 200 km/h e eu quase congelei de frio!
A pulga bronzeada responde:
- Pô, você tem que fazer como eu: esconda-se no banheirofeminino e quando entrar uma garota, esconda-se na calcinha dela.Naqueles pelinhos macios, você viaja quentinha e segura!No fim de semana seguinte, voltam a encontrar-se na praia:A primeira, bronzeadíssima e a segunda branca e morta defrio.
- E agora, o que aconteceu? Não fez como eu disse?
- Claro que fiz. Me escondi no banheiro e quando a garota entrou e baixou a calcinha, eu me acomodei ali muitíssimo bem e dormi..
- Então, por que você está assim?
- Não faço a menor idéia. Quando acordei estava de novo a200 km/h no bigode do motociclista!
Colobaração enviada por Apolo.
A PULGA
Uma pulga está tomando sol na praia, toda bronzeada, embaixode um guarda-sol. Nisto, chega outra pulga, branca e morta de frio.
A primeira lhe pergunta:
- O que aconteceu?
-É que eu quis vir à praia, tomar um solzinho e entao subino bigode de um motociclista que vinha pra cá. Acontece que o caraveio a 200 km/h e eu quase congelei de frio!
A pulga bronzeada responde:
- Pô, você tem que fazer como eu: esconda-se no banheirofeminino e quando entrar uma garota, esconda-se na calcinha dela.Naqueles pelinhos macios, você viaja quentinha e segura!No fim de semana seguinte, voltam a encontrar-se na praia:A primeira, bronzeadíssima e a segunda branca e morta defrio.
- E agora, o que aconteceu? Não fez como eu disse?
- Claro que fiz. Me escondi no banheiro e quando a garota entrou e baixou a calcinha, eu me acomodei ali muitíssimo bem e dormi..
- Então, por que você está assim?
- Não faço a menor idéia. Quando acordei estava de novo a200 km/h no bigode do motociclista!
Colobaração enviada por Apolo.
QUINTA NOS JORNAIS
- JB: Rio é campeão da dengue
- FOLHA: Petrobras foi alvo de dois furtos, diz relatório
- ESTADÃO: Bovespa e BM&F negociam fusão e ações disparam
- O GLOBO: Dados roubados eram de megacampo da Petrobras
- GAZETA MERCANTIL: Fusão Bovespa-BM&F pode superar a Nyse
- ESTADO DE MINAS: Menor engravida na cadeia
- JB: Rio é campeão da dengue
- FOLHA: Petrobras foi alvo de dois furtos, diz relatório
- ESTADÃO: Bovespa e BM&F negociam fusão e ações disparam
- O GLOBO: Dados roubados eram de megacampo da Petrobras
- GAZETA MERCANTIL: Fusão Bovespa-BM&F pode superar a Nyse
- ESTADO DE MINAS: Menor engravida na cadeia
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
TOLICES E CELEBRIDADES NO BRASIL
Por MURILLO ARAGÃO*
Muitas celebridades se acham no direito de dar opinião sobre o que não sabem. É o dia-a-dia do Brasil. Tudo sob o respeitoso estímulo da imprensa que precisa delas para ocupar espaço. São muitos tolos falando tolices. Outras celebridades, para ocupar espaços e dar um polimento em suas imagens, adotam causas humanitárias. Assim, além de dar opinião sobre tudo, se vestem com o manto do “bom mocismo”. Tolice e “bom mocismo” são ingredientes perigosos para a verdade.
O debate sobre a transposição das águas do Rio São Francisco tem uma trinca “parada dura” de celebridades do “bom mocismo” inconseqüente: o bispo Dom Cappio, a atriz Leticia Sabatela e o ator Osmar Prado. Letícia, em seu papel de heroína de causas populares, se vê como salvadora dos povos ribeirinhos do São Francisco. Omar Prado chega para reforçar a trupe. Já o Bispo Dom Cappio pode até acreditar que chegará aos céus com a sua campanha. Quem sabe, virar santo. Acho que não. Até mesmo o Frei Genebro de Eça de Queiróz ficou pelo purgatório.
Vejam bem, chegar aos céus não é questão de boas intenções. Pior ainda quando elas parecem que são boas, mas não são. Infelizmente, dentro da abominável superficialidade que predomina em muitos debates no país, atitudes aparentemente honestas, revestidas de boas intenções e salpicadas de temperos éticos e regadas ao messianismo religioso ganham indevido espaço e respeito na mídia. Pior, atravancam o debate sério que deveria se instalar em torno de questões terríveis como a seca do Nordeste. Antes de ser contra a transposição do rio São Francisco, dom Cappio deveria ser o paladino da busca da verdade.
A postura de celebridades que buscam causas para aplacar o seu bom mocismo deveria ser objeto de profunda crítica no Brasil. Lamentavelmente, o que se passa é o contrário. A imprensa termina se alimentado do comportamento pueril, as vezes até histérico, de celebridades, em favor de “boas”causas para preencher seus espaços. No final das contas, a opinião “abalizada” da esclarecida Letícia Sabatela vale muito mais do que de pessoas que estudam os problemas e tentam encontrar respostas concretas para os desafios colocados a nossa frente.
Como atriz, Letícia Sabatela é até razoável. Como defensora de causas humanitárias, erra feio na postura. Prado vai de carona. Este sim, um extraordinário ator cuja humanidade na representação de seus papéis poderia ensejar uma reflexão desapaixonada dos problemas nacionais. A questão do rio São Francisco e, sobretudo, da seca do Nordeste são temas que merecem ampla reflexão e um debate em bases científicas. Infelizmente, prevalece o lado espetaculoso da questão. De que vale a ciência, se a vigorosa Sabatela é contra. Para poupar verbas públicas, poderíamos colocá-la como oráculo dos grandes problemas nacionais.
Parte da classe artística vive pendurada em benefícios estatais. São financiamentos e patrocínios que alimentam uma relação espúria onde o que é bom se destaca e o que é ruim da esfera pública se ignora. No entanto, existem questões óbvias que mereceriam o engajamento das celebridades. Por exemplo, ver a dupla Sabatela-Prado gritando e chorando na Praça dos Três Poderes contra o uso indiscriminados dos cartões corporativos. Será que aceitariam o desafio? Creio que não. Não tem o charme e o glamour de campanhas épicas e messiânicas como a questão do rio São Francisco.
Poderiam fazer uma campanha contra o uso de drogas no meio artístico já que, como se sabe, as drogas impulsionam um mundo subterrâneo de maldades, crimes, assassinatos, corrupção e muita violência. Será que topariam o desafio? Creio que não. Ao final das contas, fumar um baseado não é politicamente incorreto no meio artístico. A lógica é a de que tem tanta gente roubando e matando, por que deveriam se preocupar com o meu baseado? Outros dizem que estão fumando ou cheirando sem incomodar ninguém. Será que não incomodam? O certo é que a classe artística é omissa com relação à questão das drogas.
Defender o rio São Francisco é politicamente correto e garante espaço na mídia. Mesmo que o objetivo da dupla Sabatela-Prado não seja o de aparecer, até mesmo por que sendo globais teriam outras oportunidades, muitos precisam de ideologias e bandeiras para viver. A mídia, pelo seu lado, deveria ser mais responsável. Dar espaço ao lado sério da questão. Chega de Dom Cappios, Sabatelas e Prados! A opinião deles é inútil. Assim como a minha também. Em tempo, não sou nem contra nem a favor da transposição pelo simples fato de que não tenho informação suficiente para fazer um juízo de valor. Como não sou celebridade, minha opinião – graças a Deus – não faz a menor diferença.
*Murillo de Aragão é mestre em ciência política e doutor em sociologia pela UnB. É presidente da Arko Advice – Análise Política (Brasília – Porto Alegre – São Paulo – Belo Horizonte – Nova York).
Publicado no blog do Noblat
Por MURILLO ARAGÃO*
Muitas celebridades se acham no direito de dar opinião sobre o que não sabem. É o dia-a-dia do Brasil. Tudo sob o respeitoso estímulo da imprensa que precisa delas para ocupar espaço. São muitos tolos falando tolices. Outras celebridades, para ocupar espaços e dar um polimento em suas imagens, adotam causas humanitárias. Assim, além de dar opinião sobre tudo, se vestem com o manto do “bom mocismo”. Tolice e “bom mocismo” são ingredientes perigosos para a verdade.
O debate sobre a transposição das águas do Rio São Francisco tem uma trinca “parada dura” de celebridades do “bom mocismo” inconseqüente: o bispo Dom Cappio, a atriz Leticia Sabatela e o ator Osmar Prado. Letícia, em seu papel de heroína de causas populares, se vê como salvadora dos povos ribeirinhos do São Francisco. Omar Prado chega para reforçar a trupe. Já o Bispo Dom Cappio pode até acreditar que chegará aos céus com a sua campanha. Quem sabe, virar santo. Acho que não. Até mesmo o Frei Genebro de Eça de Queiróz ficou pelo purgatório.
Vejam bem, chegar aos céus não é questão de boas intenções. Pior ainda quando elas parecem que são boas, mas não são. Infelizmente, dentro da abominável superficialidade que predomina em muitos debates no país, atitudes aparentemente honestas, revestidas de boas intenções e salpicadas de temperos éticos e regadas ao messianismo religioso ganham indevido espaço e respeito na mídia. Pior, atravancam o debate sério que deveria se instalar em torno de questões terríveis como a seca do Nordeste. Antes de ser contra a transposição do rio São Francisco, dom Cappio deveria ser o paladino da busca da verdade.
A postura de celebridades que buscam causas para aplacar o seu bom mocismo deveria ser objeto de profunda crítica no Brasil. Lamentavelmente, o que se passa é o contrário. A imprensa termina se alimentado do comportamento pueril, as vezes até histérico, de celebridades, em favor de “boas”causas para preencher seus espaços. No final das contas, a opinião “abalizada” da esclarecida Letícia Sabatela vale muito mais do que de pessoas que estudam os problemas e tentam encontrar respostas concretas para os desafios colocados a nossa frente.
Como atriz, Letícia Sabatela é até razoável. Como defensora de causas humanitárias, erra feio na postura. Prado vai de carona. Este sim, um extraordinário ator cuja humanidade na representação de seus papéis poderia ensejar uma reflexão desapaixonada dos problemas nacionais. A questão do rio São Francisco e, sobretudo, da seca do Nordeste são temas que merecem ampla reflexão e um debate em bases científicas. Infelizmente, prevalece o lado espetaculoso da questão. De que vale a ciência, se a vigorosa Sabatela é contra. Para poupar verbas públicas, poderíamos colocá-la como oráculo dos grandes problemas nacionais.
Parte da classe artística vive pendurada em benefícios estatais. São financiamentos e patrocínios que alimentam uma relação espúria onde o que é bom se destaca e o que é ruim da esfera pública se ignora. No entanto, existem questões óbvias que mereceriam o engajamento das celebridades. Por exemplo, ver a dupla Sabatela-Prado gritando e chorando na Praça dos Três Poderes contra o uso indiscriminados dos cartões corporativos. Será que aceitariam o desafio? Creio que não. Não tem o charme e o glamour de campanhas épicas e messiânicas como a questão do rio São Francisco.
Poderiam fazer uma campanha contra o uso de drogas no meio artístico já que, como se sabe, as drogas impulsionam um mundo subterrâneo de maldades, crimes, assassinatos, corrupção e muita violência. Será que topariam o desafio? Creio que não. Ao final das contas, fumar um baseado não é politicamente incorreto no meio artístico. A lógica é a de que tem tanta gente roubando e matando, por que deveriam se preocupar com o meu baseado? Outros dizem que estão fumando ou cheirando sem incomodar ninguém. Será que não incomodam? O certo é que a classe artística é omissa com relação à questão das drogas.
Defender o rio São Francisco é politicamente correto e garante espaço na mídia. Mesmo que o objetivo da dupla Sabatela-Prado não seja o de aparecer, até mesmo por que sendo globais teriam outras oportunidades, muitos precisam de ideologias e bandeiras para viver. A mídia, pelo seu lado, deveria ser mais responsável. Dar espaço ao lado sério da questão. Chega de Dom Cappios, Sabatelas e Prados! A opinião deles é inútil. Assim como a minha também. Em tempo, não sou nem contra nem a favor da transposição pelo simples fato de que não tenho informação suficiente para fazer um juízo de valor. Como não sou celebridade, minha opinião – graças a Deus – não faz a menor diferença.
*Murillo de Aragão é mestre em ciência política e doutor em sociologia pela UnB. É presidente da Arko Advice – Análise Política (Brasília – Porto Alegre – São Paulo – Belo Horizonte – Nova York).
Publicado no blog do Noblat
QUARTA NOS JORNAIS
- JB: Fidel sai - Cuba busca novo caminho
- FOLHA: Fidel renuncia após 49 anos
- ESTADÃO: Fidel Castro renuncia, após 49 anos de poder em Cuba
- O GLOBO: Saída de Fidel abre espaço para transição em Cuba
- GAZETA MERCANTILl: Empresas vão à Justiça contra cálculo do Refis pela Receita
- ESTADO DE MINAS: Fidel sai de cena
- JB: Fidel sai - Cuba busca novo caminho
- FOLHA: Fidel renuncia após 49 anos
- ESTADÃO: Fidel Castro renuncia, após 49 anos de poder em Cuba
- O GLOBO: Saída de Fidel abre espaço para transição em Cuba
- GAZETA MERCANTILl: Empresas vão à Justiça contra cálculo do Refis pela Receita
- ESTADO DE MINAS: Fidel sai de cena
terça-feira, fevereiro 19, 2008
ARNALDO JABOR
ESTADÃO 19/02/07
O BRASIL PROGRIDE ENQUANTO DORME
A política brasileira me causa arrepios periódicos. Sempre que estamos na soleira de novos tempos, rolam-me tremores na espinha. Não quero bancar o sensitivo, mas esta era Lula está me arrepiando também, porque parece se estiolar numa mesmice de procedimentos políticos que parecem véspera de alguma explosão.
A roda viciada desse governo é sempre a mesma: anúncio de medidas não tomadas, radicalizações e indignações ''''verbais'''' do Executivo, seguidas de pressões dos aliados e corruptos, que conseguem vantagens, voltas atrás e acochambramentos, tudo amenizado por sorrisos carismáticos com covinha e piadinha de Lula. E, pronto, nada muda.
Graças à boa situação da economia mundial ainda, graças à macroeconomia da herança bendita, talvez até o jogo ''''vaselínico'''' de Lula seja melhor que se ele se deixasse levar por arroubos. Pelos menos o status quo fica intocado, enquanto o Banco Central segura as pontas.
Mas, até quando esse chove-não-molha vai agüentar?
Nada de real acontece neste país. Tudo se dissolve no ar. O mensalão se dissolveu, o Dirceu enriqueceu, botou cabelo, o Valério também cresceu cabelo, o Delúbio sorri, o Renan reina, os cartões corporativos viraram uma competição micha de cuspe-em-distância entre oposição e governo, enquanto os bilhões são postos em risco como nas indicações a Furnas, nos Fundos de Pensão, enquanto a Amazônia arde e depois os desmatadores são afagados e premiados, enquanto Marina Silva, mulher de bem, é abandonada. E nada se faz, nada termina.
Estamos precisando mais do que de ''''ação''''. Estamos precisando de fatos. Este governo está desmoralizando os fatos. Os acontecimentos não acontecem, se diluem, morrem. Lemos os jornais atolados de denúncias, de descobertas encobertas, de investigações que duram o espaço de uma manhã, como as rosas. Quando veremos um projeto aprovado, uma reforma, um ato de gestão importante? Quando veremos discussões no Congresso acima de negociações e puxa-saquismo para conseguir favores do Executivo? Quando? Esse Congresso que, no dizer do Garibaldi Alves com seu charme de raposa velha, foi transformado no quarto de despejo do Planalto. Ele disse que há uma espécie de ''''absolutismo presidencialista''''. É verdade, sim, mas ''''absolutismo relativo e malandro'''', pois a ideologia do Governo é o radicalismo do ''''tanto faz''''
...Lula usa a brutal resistência do ''''Atraso'''' como caldo de cultura para manter seu prestígio alto. Não fez um gesto de modernização; mas sabe muito bem manipular a sordidez que antes, de boca, condenava. E aí, navega no lodo, limpinho.
Estamos assistindo a uma nítida deterioração das instituições, quando ninguém teme mais nada, pois todos, do Renan ao reitor, todos descobriram que delitos e corrupção ''''não têm bronca'''', não têm ''''pobrema'''', não têm ''''mosquito''''; tudo acaba bem e esquecido. O que antes se fazia com vergonha e até com mais parcimônia, agora é feito às claras, com uma tácita aprovação do Executivo
.Trata-se da institucionalização da amoralidade útil, da desmoralização dos escândalos. Vivemos na República do ''''é assim mesmo''''. Os jornais estão cheios de crimes esquecidos, de eventos inconclusos, e o desencanto nos invade, perdendo o gás até para nos horrorizar.
E tudo isso é muito sutil, tudo adoçado pelo charme de ''''Maquiavel Macunaíma'''' do presidente; tudo fica invisível quase, tudo fica desmentido pela inesperada diminuição do desemprego, pelo aumento da produção industrial e pela estabilidade monetária. Que ótimo! A economia vai bem... Como explicar, se ninguém faz nada, a não ser o Banco Central e, obviamente, competências técnicas isoladas na máquina? Como bem disse o Oswaldo Aranha, há 60 anos, ''''O Brasil progride enquanto dorme''''
.Na minha pobre vida, já tive vários arrepios de pavor na véspera de desastres políticos.
Meu primeiro arrepio foi em 54, menino, ao lado do rádio, quando ouço o Repórter Esso: ''''O presidente Vargas acaba de se suicidar com um tiro no peito!''''
Depois, estou no estribo de um bonde, em 61. ''''Jânio Quadros renunciou!'''', grita um sujeito de chapéu e sem dentes. Gelou-me a alma. Eu já tivera uns arrepios quando ele proibira biquínis nas praias e inventara terninhos safári para funcionários públicos. Tínhamos eleito um louco!
Em 64, eu estava no comício da Central do Brasil. Clima de vitória do socialismo, sob as tochas dos bravos operários da Petrobrás. Jango discursando. Volto para casa e, do ônibus, vejo uma vela acesa em cada janela da classe média, em sinal de luto pelo comício da Esquerda. Outro arrepio. ''''Não vai dar certo'''' - foi a certeza brutal que me baixou.
Na capa da revista O Cruzeiro, um baixinho feio, vestido de verde-oliva, me olha. Quem é? É o novo presidente, Castelo Branco. Arrepio na alma: minha vida adulta seria corroída por aquele dia. Foram 21 anos.
Tancredo no hospital e o sorriso deslumbrado dos médicos de Brasília, amparando o presidente como um boneco de ventríloquo para a opinião pública. ''''Vai morrer!'''' - arrepiei-me. O jaquetão do Sarney, deslumbrado e contristado, me arrepiou. A foto sorridente de Collor, na capa da Veja, com o título ''''Caçador de Marajás'''' me deu pavor.
Em 94, com a vitória do Brasil na Copa e um intelectual da nova esquerda subindo ao poder, tive esperança. Mas, quando vi que a Academia em peso o sabotaria por inveja e rancor, sem dar-lhe apoio nenhum em sua tentativa de reformar o Estado patrimonialista, vi que a barra era mais pesada, que o atraso estava dentro de belas cabeças.
E agora, que arrepio é este que sinto?
Acho que algo muito ruim está cozinhando em banho-maria nosso avanço político. Há alguma coisa ''''não acontecendo'''' no Brasil que me dá arrepios.
ESTADÃO 19/02/07
O BRASIL PROGRIDE ENQUANTO DORME
A política brasileira me causa arrepios periódicos. Sempre que estamos na soleira de novos tempos, rolam-me tremores na espinha. Não quero bancar o sensitivo, mas esta era Lula está me arrepiando também, porque parece se estiolar numa mesmice de procedimentos políticos que parecem véspera de alguma explosão.
A roda viciada desse governo é sempre a mesma: anúncio de medidas não tomadas, radicalizações e indignações ''''verbais'''' do Executivo, seguidas de pressões dos aliados e corruptos, que conseguem vantagens, voltas atrás e acochambramentos, tudo amenizado por sorrisos carismáticos com covinha e piadinha de Lula. E, pronto, nada muda.
Graças à boa situação da economia mundial ainda, graças à macroeconomia da herança bendita, talvez até o jogo ''''vaselínico'''' de Lula seja melhor que se ele se deixasse levar por arroubos. Pelos menos o status quo fica intocado, enquanto o Banco Central segura as pontas.
Mas, até quando esse chove-não-molha vai agüentar?
Nada de real acontece neste país. Tudo se dissolve no ar. O mensalão se dissolveu, o Dirceu enriqueceu, botou cabelo, o Valério também cresceu cabelo, o Delúbio sorri, o Renan reina, os cartões corporativos viraram uma competição micha de cuspe-em-distância entre oposição e governo, enquanto os bilhões são postos em risco como nas indicações a Furnas, nos Fundos de Pensão, enquanto a Amazônia arde e depois os desmatadores são afagados e premiados, enquanto Marina Silva, mulher de bem, é abandonada. E nada se faz, nada termina.
Estamos precisando mais do que de ''''ação''''. Estamos precisando de fatos. Este governo está desmoralizando os fatos. Os acontecimentos não acontecem, se diluem, morrem. Lemos os jornais atolados de denúncias, de descobertas encobertas, de investigações que duram o espaço de uma manhã, como as rosas. Quando veremos um projeto aprovado, uma reforma, um ato de gestão importante? Quando veremos discussões no Congresso acima de negociações e puxa-saquismo para conseguir favores do Executivo? Quando? Esse Congresso que, no dizer do Garibaldi Alves com seu charme de raposa velha, foi transformado no quarto de despejo do Planalto. Ele disse que há uma espécie de ''''absolutismo presidencialista''''. É verdade, sim, mas ''''absolutismo relativo e malandro'''', pois a ideologia do Governo é o radicalismo do ''''tanto faz''''
...Lula usa a brutal resistência do ''''Atraso'''' como caldo de cultura para manter seu prestígio alto. Não fez um gesto de modernização; mas sabe muito bem manipular a sordidez que antes, de boca, condenava. E aí, navega no lodo, limpinho.
Estamos assistindo a uma nítida deterioração das instituições, quando ninguém teme mais nada, pois todos, do Renan ao reitor, todos descobriram que delitos e corrupção ''''não têm bronca'''', não têm ''''pobrema'''', não têm ''''mosquito''''; tudo acaba bem e esquecido. O que antes se fazia com vergonha e até com mais parcimônia, agora é feito às claras, com uma tácita aprovação do Executivo
.Trata-se da institucionalização da amoralidade útil, da desmoralização dos escândalos. Vivemos na República do ''''é assim mesmo''''. Os jornais estão cheios de crimes esquecidos, de eventos inconclusos, e o desencanto nos invade, perdendo o gás até para nos horrorizar.
E tudo isso é muito sutil, tudo adoçado pelo charme de ''''Maquiavel Macunaíma'''' do presidente; tudo fica invisível quase, tudo fica desmentido pela inesperada diminuição do desemprego, pelo aumento da produção industrial e pela estabilidade monetária. Que ótimo! A economia vai bem... Como explicar, se ninguém faz nada, a não ser o Banco Central e, obviamente, competências técnicas isoladas na máquina? Como bem disse o Oswaldo Aranha, há 60 anos, ''''O Brasil progride enquanto dorme''''
.Na minha pobre vida, já tive vários arrepios de pavor na véspera de desastres políticos.
Meu primeiro arrepio foi em 54, menino, ao lado do rádio, quando ouço o Repórter Esso: ''''O presidente Vargas acaba de se suicidar com um tiro no peito!''''
Depois, estou no estribo de um bonde, em 61. ''''Jânio Quadros renunciou!'''', grita um sujeito de chapéu e sem dentes. Gelou-me a alma. Eu já tivera uns arrepios quando ele proibira biquínis nas praias e inventara terninhos safári para funcionários públicos. Tínhamos eleito um louco!
Em 64, eu estava no comício da Central do Brasil. Clima de vitória do socialismo, sob as tochas dos bravos operários da Petrobrás. Jango discursando. Volto para casa e, do ônibus, vejo uma vela acesa em cada janela da classe média, em sinal de luto pelo comício da Esquerda. Outro arrepio. ''''Não vai dar certo'''' - foi a certeza brutal que me baixou.
Na capa da revista O Cruzeiro, um baixinho feio, vestido de verde-oliva, me olha. Quem é? É o novo presidente, Castelo Branco. Arrepio na alma: minha vida adulta seria corroída por aquele dia. Foram 21 anos.
Tancredo no hospital e o sorriso deslumbrado dos médicos de Brasília, amparando o presidente como um boneco de ventríloquo para a opinião pública. ''''Vai morrer!'''' - arrepiei-me. O jaquetão do Sarney, deslumbrado e contristado, me arrepiou. A foto sorridente de Collor, na capa da Veja, com o título ''''Caçador de Marajás'''' me deu pavor.
Em 94, com a vitória do Brasil na Copa e um intelectual da nova esquerda subindo ao poder, tive esperança. Mas, quando vi que a Academia em peso o sabotaria por inveja e rancor, sem dar-lhe apoio nenhum em sua tentativa de reformar o Estado patrimonialista, vi que a barra era mais pesada, que o atraso estava dentro de belas cabeças.
E agora, que arrepio é este que sinto?
Acho que algo muito ruim está cozinhando em banho-maria nosso avanço político. Há alguma coisa ''''não acontecendo'''' no Brasil que me dá arrepios.
NOBLAT DEU
Dessa vez Lula não foi bobo. Foi leviano
Há ocasiões em que Lula se limita a dizer bobagens. Do tipo: "Quando minha mãe nasceu era analfabeta". Ou "o sistema de Saúde do Brasil é quase perfeito". Tudo bem. Estamos acostumados.
Mas não foi uma bobagem o que ele disse hoje ao comentar as dezenas de ações impetradas na Justiça por fiéis da Igreja Universal contra o jornal Folha de S. Paulo e a jornalista Elvira Lobato.
Lula disse:
- A liberdade de imprensa pressupõe isso. Se escreve o que quer e se ouve o que não quer.
Dessa vez Lula não foi bobo. Foi leviano.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem de Elvira Lobato sobre o império empresarial construído pelo bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal. Macedo se sentiu ofendido. E o que fez? Acionou seus auxiliares, que por sua vez acionaram fiéis da igreja em duas dezenas de Estados.
De uma ponta à outra do país, valendo-se dos mesmos argumentos e muitas vezes das mesmas expressões, dezenas de fiéis entraram na Justiça contra o jornal e a jornalista se dizendo ofendidos pela reportagem. E pedindo indenizações.
O jornal está empenhado em tentar reunir todas as ações em um único fórum para poder se defender delas. Ainda não conseguiu. Por ora, despacha a repórter e advogados para audiências marcadas do Acre ao Rio Grande do Sul. Se perde uma das audiências, arrisca-se a perder a causa.
No caso, não se trata de uma instituição, pessoa ou grupo de pessoas que processa um jornal e uma jornalista por alguma ofensa de que foi vítima. É clara a tentativa da Igreja Universal de intimidar o jornal, a jornalista e quem mais ouse escrever ou publicar o que possa desagradá-la.
Só não vê isso quem não quer ver.
Lula não quer ver. Por que é cego, desinformado? Não. Por que é bobo? Também não. Porque a liberdade de imprensa é um valor que ele só costuma exaltar da boca para fora, e em discursos e solenidades oficiais. Lula não gosta de notícia, como admitiu certa vez. Gosta de publicidade.
Há ocasiões em que Lula se limita a dizer bobagens. Do tipo: "Quando minha mãe nasceu era analfabeta". Ou "o sistema de Saúde do Brasil é quase perfeito". Tudo bem. Estamos acostumados.
Mas não foi uma bobagem o que ele disse hoje ao comentar as dezenas de ações impetradas na Justiça por fiéis da Igreja Universal contra o jornal Folha de S. Paulo e a jornalista Elvira Lobato.
Lula disse:
- A liberdade de imprensa pressupõe isso. Se escreve o que quer e se ouve o que não quer.
Dessa vez Lula não foi bobo. Foi leviano.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem de Elvira Lobato sobre o império empresarial construído pelo bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal. Macedo se sentiu ofendido. E o que fez? Acionou seus auxiliares, que por sua vez acionaram fiéis da igreja em duas dezenas de Estados.
De uma ponta à outra do país, valendo-se dos mesmos argumentos e muitas vezes das mesmas expressões, dezenas de fiéis entraram na Justiça contra o jornal e a jornalista se dizendo ofendidos pela reportagem. E pedindo indenizações.
O jornal está empenhado em tentar reunir todas as ações em um único fórum para poder se defender delas. Ainda não conseguiu. Por ora, despacha a repórter e advogados para audiências marcadas do Acre ao Rio Grande do Sul. Se perde uma das audiências, arrisca-se a perder a causa.
No caso, não se trata de uma instituição, pessoa ou grupo de pessoas que processa um jornal e uma jornalista por alguma ofensa de que foi vítima. É clara a tentativa da Igreja Universal de intimidar o jornal, a jornalista e quem mais ouse escrever ou publicar o que possa desagradá-la.
Só não vê isso quem não quer ver.
Lula não quer ver. Por que é cego, desinformado? Não. Por que é bobo? Também não. Porque a liberdade de imprensa é um valor que ele só costuma exaltar da boca para fora, e em discursos e solenidades oficiais. Lula não gosta de notícia, como admitiu certa vez. Gosta de publicidade.
TERÇA NOS JORNAIS
- JB: Ministério escondeu cartões do Congresso
- FOLHA: Receita aperta o cerco a dependentes
- ESTADÃO: Incra fará pente-fino em fazendas na Amazônia
- O GLOBO: Projeto do governo proíbe fumo em locais fechados
- GAZETA MERCANTILl: Reajuste do minério preocupa a indústria
- ESTADO DE MINAS: As novas regras e o calendário do IR 2008
- JB: Ministério escondeu cartões do Congresso
- FOLHA: Receita aperta o cerco a dependentes
- ESTADÃO: Incra fará pente-fino em fazendas na Amazônia
- O GLOBO: Projeto do governo proíbe fumo em locais fechados
- GAZETA MERCANTILl: Reajuste do minério preocupa a indústria
- ESTADO DE MINAS: As novas regras e o calendário do IR 2008
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
SÃO MIGUEL DOS MILAGRES -AL
PARAÍSO AMEAÇADO
São Miguel dos milagres é uma cidade importante no litoral de Alagoas e que tem praias paradisíacas. Além da sua beleza natural, São Miguel, conta com algumas fontes de água mineral com água de ótima qualidade e que, como bem público, deve ser preservada.
Acontece que em São Miguel tem um chafariz municipal que abastece parte da cidade e alguns distritos entre eles Porto de Pedras, Lages, Roque e Marcineiros. Esse chafariz está ameaçado pela construção de uma casa, a mais ou menos 05 (cinco) metros de distância. Como praticamente não existe saneamento em São Miguel será construída na casa, uma fossa séptica, que poderá comprometer a qualidade d’água dessa fonte e conseqüentemente o abastecimento desses distritos. Pedimos a atenção da Prefeitura do Ministério Público contra esse atentado à população dessa região.
São Miguel dos milagres é uma cidade importante no litoral de Alagoas e que tem praias paradisíacas. Além da sua beleza natural, São Miguel, conta com algumas fontes de água mineral com água de ótima qualidade e que, como bem público, deve ser preservada.
Acontece que em São Miguel tem um chafariz municipal que abastece parte da cidade e alguns distritos entre eles Porto de Pedras, Lages, Roque e Marcineiros. Esse chafariz está ameaçado pela construção de uma casa, a mais ou menos 05 (cinco) metros de distância. Como praticamente não existe saneamento em São Miguel será construída na casa, uma fossa séptica, que poderá comprometer a qualidade d’água dessa fonte e conseqüentemente o abastecimento desses distritos. Pedimos a atenção da Prefeitura do Ministério Público contra esse atentado à população dessa região.
SAÚDE
IMPORTANTE
POR FAVOR PRESTE ATENÇÃO
Isto é muito importante e pode salvar a vida de uma pessoa
Isto pode ser útil
Durante um churrasco uma amiga tropeçou e caiu no chão suavemente.
Ela garantiu aos presentes que estava bem (aos que se ofereceram para chamar por socorro) e que havia tropeçado no ladrilho por causa dos seus sapatos novos.
Os seus amigos ajudaram -na a levantar-se e trouxeram-lhe um novo prato de comida, enquanto ela parecia um pouco aturdida, tentando desfrutar da festa durante o resto da tarde.
Mais tarde o marido ligou para os seus amigos informando-os que sua mulher havia sido levada ao hospital onde veio a falecer. Havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante o churrasco.
Se seu esposo e amigos soubessem como reconhecer um AVC. Talvez hoje ela estivesse viva.
-Reconhecer um AVC
Um neurologista afirma que se o chamarem dentro das primeiras 3 horas, os efeitos de um AVC podem ser revertidos totalmente. Afirma que é crucial diagnostica-lo e prestar assistência ao paciente nas três horas subsequentes.
Lembre-se dos "3" passos.
Leia e aprenda!
Atualmente os médicos estabeleceram uma regra para reconhece-lo mediante três simples perguntas:
1-Peça que a pessoa sorria
2-Peça que a pessoa levante ambos os braços
3-Peça que a pessoa pronuncie uma frase simples(coerente)Exemplo: Hoje está um dia ensolarado
Se ele apresentar dificuldades numa destas três questões, chame imediatamente o socorro e descreva os sintomas.
É importante voce aprender essa técnica de identificação do AVC e passar para outras pessoas. Voce pode salvar uma vida.
Coloboração de Apolo.
POR FAVOR PRESTE ATENÇÃO
Isto é muito importante e pode salvar a vida de uma pessoa
Isto pode ser útil
Durante um churrasco uma amiga tropeçou e caiu no chão suavemente.
Ela garantiu aos presentes que estava bem (aos que se ofereceram para chamar por socorro) e que havia tropeçado no ladrilho por causa dos seus sapatos novos.
Os seus amigos ajudaram -na a levantar-se e trouxeram-lhe um novo prato de comida, enquanto ela parecia um pouco aturdida, tentando desfrutar da festa durante o resto da tarde.
Mais tarde o marido ligou para os seus amigos informando-os que sua mulher havia sido levada ao hospital onde veio a falecer. Havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante o churrasco.
Se seu esposo e amigos soubessem como reconhecer um AVC. Talvez hoje ela estivesse viva.
-Reconhecer um AVC
Um neurologista afirma que se o chamarem dentro das primeiras 3 horas, os efeitos de um AVC podem ser revertidos totalmente. Afirma que é crucial diagnostica-lo e prestar assistência ao paciente nas três horas subsequentes.
Lembre-se dos "3" passos.
Leia e aprenda!
Atualmente os médicos estabeleceram uma regra para reconhece-lo mediante três simples perguntas:
1-Peça que a pessoa sorria
2-Peça que a pessoa levante ambos os braços
3-Peça que a pessoa pronuncie uma frase simples(coerente)Exemplo: Hoje está um dia ensolarado
Se ele apresentar dificuldades numa destas três questões, chame imediatamente o socorro e descreva os sintomas.
É importante voce aprender essa técnica de identificação do AVC e passar para outras pessoas. Voce pode salvar uma vida.
Coloboração de Apolo.
sábado, fevereiro 16, 2008
SOCIEDADE
O fim do casamento de Pelé
Pelé, de 67 anos, anuncia o fim de seu casamento com Assíria e já curte a vida de solteiro. Para ele a decisão é definitiva, mas ela acha que não.
Ô seu Pelé, cria juízo, esse negócio de ficar casa- separa-casa-separa, não tá legal. Casamento é até que a morte nos separe.
Eu já morri três vezes.
hahahahahahhahahahahahahahah
O fim do casamento de Pelé
Pelé, de 67 anos, anuncia o fim de seu casamento com Assíria e já curte a vida de solteiro. Para ele a decisão é definitiva, mas ela acha que não.
Ô seu Pelé, cria juízo, esse negócio de ficar casa- separa-casa-separa, não tá legal. Casamento é até que a morte nos separe.
Eu já morri três vezes.
hahahahahahhahahahahahahahah
JORNAIS DE HOJE
-JB: Furto na Petrobras foi obra de espiões
- FOLHA: Furto na Petrobras é questão de Estado, acredita Planalto
- ESTADÃO: CPI dos cartões terá controle do governo
- O GLOBO: Petrobras não avisou nem aos sócios do roubo de notebooks
- GAZETA MERCANTILl: Reajuste de 5.000% em Cumbica preocupa aéreas
- CORREIO: Intervenção na Finatec. Diretoria é afastada
-DIÁRIO DE NATAL:Polícia investiga bando de irmãos pistoleiros
-TRIBUNA DO NORTE:Lula autoriza privatização do aeroporto de São Gonçalo
-JB: Furto na Petrobras foi obra de espiões
- FOLHA: Furto na Petrobras é questão de Estado, acredita Planalto
- ESTADÃO: CPI dos cartões terá controle do governo
- O GLOBO: Petrobras não avisou nem aos sócios do roubo de notebooks
- GAZETA MERCANTILl: Reajuste de 5.000% em Cumbica preocupa aéreas
- CORREIO: Intervenção na Finatec. Diretoria é afastada
-DIÁRIO DE NATAL:Polícia investiga bando de irmãos pistoleiros
-TRIBUNA DO NORTE:Lula autoriza privatização do aeroporto de São Gonçalo
CORJA
Cora Ronai em O Globo
o governo não está nem aí para o que nós, imbecis também conhecidos como contribuintes, achamos ou deixamos de achar. Quando o sangue me ferve nas veias (vale dizer todos os dias, quando pego o jornal), brinco de faz-de-conta: tento acompanhar o noticiário como se morasse em outra galáxia. O diabo é que há coisas que não há Star Trek que resolva. Agora mesmo, não sei o que me deixa mais perplexa e indignada na farra dos cartões corporativos, se o roubo descarado do nosso dinheiro, ou o contorcionismo mental de colegas, que já considerei gente de boa reflexão, tentando defender essa nojeira.Os argumentos são espantosos. Aquela ex-ministra racista, que acha tão normal negros odiarem brancos, está, obviamente, sendo vítima de pessoas que não a conhecem; ora, se até o Zé Dirceu já garantiu que ela não agiu por má-fé! Roubou sem querer, a coitada, e a Grande Imprensa, branca e machista, lá, nos seus calcanhares. O outro comprou uma tapioca de míseros oito reais, e a Grande Imprensa, uivam os jornalistas amestrados, dá o fato em manchete. Como se o que estivesse em discussão não fosse o como, mas o quanto. Para não falar na eterna ladainha do governo, repetida como um press-release que, a essa altura, sequer tem o benefício da novidade: “na época do FhC era a mesma coisa”. Mas, perdão: não foi para isso que a atual corja foi eleita?! Para mudar tudo o que estava errado?! Para implantar um sentido ético no trato da coisa pública?!
Cora Ronai em O Globo
o governo não está nem aí para o que nós, imbecis também conhecidos como contribuintes, achamos ou deixamos de achar. Quando o sangue me ferve nas veias (vale dizer todos os dias, quando pego o jornal), brinco de faz-de-conta: tento acompanhar o noticiário como se morasse em outra galáxia. O diabo é que há coisas que não há Star Trek que resolva. Agora mesmo, não sei o que me deixa mais perplexa e indignada na farra dos cartões corporativos, se o roubo descarado do nosso dinheiro, ou o contorcionismo mental de colegas, que já considerei gente de boa reflexão, tentando defender essa nojeira.Os argumentos são espantosos. Aquela ex-ministra racista, que acha tão normal negros odiarem brancos, está, obviamente, sendo vítima de pessoas que não a conhecem; ora, se até o Zé Dirceu já garantiu que ela não agiu por má-fé! Roubou sem querer, a coitada, e a Grande Imprensa, branca e machista, lá, nos seus calcanhares. O outro comprou uma tapioca de míseros oito reais, e a Grande Imprensa, uivam os jornalistas amestrados, dá o fato em manchete. Como se o que estivesse em discussão não fosse o como, mas o quanto. Para não falar na eterna ladainha do governo, repetida como um press-release que, a essa altura, sequer tem o benefício da novidade: “na época do FhC era a mesma coisa”. Mas, perdão: não foi para isso que a atual corja foi eleita?! Para mudar tudo o que estava errado?! Para implantar um sentido ético no trato da coisa pública?!
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
PIADA DO DIA
Enviada por Apolo
MINERIM DE MURIAÉ
Dois cumpadres, lá na praça nova de prefeitura do Zé Brás, pitavam o
cigarrim de paia e proseavam.
Um deles pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mermo aquela coisa que as muié tem (faz um
sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, vermeia e
que come terra?
- Uái... (Olha para o sinal das duas mãos) Quentim... Vermeia...? A gente
gosta? Uái, sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!
O outro, dá uma pitada no cigarro....:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu três fazenda.
Enviada por Apolo
MINERIM DE MURIAÉ
Dois cumpadres, lá na praça nova de prefeitura do Zé Brás, pitavam o
cigarrim de paia e proseavam.
Um deles pergunta:
- Ô cumpadre, cumé que chama mermo aquela coisa que as muié tem (faz um
sinal com as duas mãos), quentim, cabeludim, que a gente gosta, vermeia e
que come terra?
- Uái... (Olha para o sinal das duas mãos) Quentim... Vermeia...? A gente
gosta? Uái, sô, só pode ser xoxota. Mas eu num sabia que comia terra, sô!
O outro, dá uma pitada no cigarro....:
- Pois come, cumpadre. Só di mim, cumeu três fazenda.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
BRASILEIRO: POVO INTELIGENTE E CRIATIVO
O brasileiro, cantado em prosa e verso como um povo criativo e inteligente, acaba de dar uma prova de sua capacidade criativa.
Na semana passada a União Européia decretou um embargo a carne brasileira, alegando falhas na fiscalização sanitária e quebra de normas estabelecidas anteriormente, entre elas uma relação de 300 fazendas que seriam autorizadas a exportar para a Europa. O govêrno sempre pronto a enganar o povo, tentou ludribiar a UE e mandou um relação com 2.681 fazendas pesando que a UE iria engolir. Resultado decretou suspenção de toda compra de carne.
Ontem o Ministro da agricultura informou que o Brasil exportou carne, sem fiscalização e sem rastreamento.
Esse é mais um exemplo da nossa criatividade. PRÊMIO NOBEL, nós não ganhamos, em educação estamos na rabeira. Agora em maracutaia e safadeza nós ganhamos diiiiiiissssparado.
O brasileiro, cantado em prosa e verso como um povo criativo e inteligente, acaba de dar uma prova de sua capacidade criativa.
Na semana passada a União Européia decretou um embargo a carne brasileira, alegando falhas na fiscalização sanitária e quebra de normas estabelecidas anteriormente, entre elas uma relação de 300 fazendas que seriam autorizadas a exportar para a Europa. O govêrno sempre pronto a enganar o povo, tentou ludribiar a UE e mandou um relação com 2.681 fazendas pesando que a UE iria engolir. Resultado decretou suspenção de toda compra de carne.
Ontem o Ministro da agricultura informou que o Brasil exportou carne, sem fiscalização e sem rastreamento.
Esse é mais um exemplo da nossa criatividade. PRÊMIO NOBEL, nós não ganhamos, em educação estamos na rabeira. Agora em maracutaia e safadeza nós ganhamos diiiiiiissssparado.
LULA - NOTAS FRIAS
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre uma viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ponta Porã (MS), em março de 2003, encontrou 27 notas fiscais frias na prestação de contas do aluguel dos carros usados pela comitiva presidencial. Pago com os cartões corporativos do governo, o aluguel foi muito mais barato do que o valor que consta nas notas, o que levanta a suspeita de uso irregular de dinheiro público por meio dos cartões – mais uma vez.
Lula visitou a região naquele ano para inaugurar um assentamento de sem-terra. De acordo com as 27 notas apresentadas pelo Planalto ao TCU, a comitiva do presidente teria gasto 206.000 reais no aluguel de veículos. O dono da empresa que prestou o serviço, no entanto, revelou ao jornal Folha de S. Paulo que cobrou apenas 40.000 reais da Presidência – menos de um quinto da quantia declarada.
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre uma viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Ponta Porã (MS), em março de 2003, encontrou 27 notas fiscais frias na prestação de contas do aluguel dos carros usados pela comitiva presidencial. Pago com os cartões corporativos do governo, o aluguel foi muito mais barato do que o valor que consta nas notas, o que levanta a suspeita de uso irregular de dinheiro público por meio dos cartões – mais uma vez.
Lula visitou a região naquele ano para inaugurar um assentamento de sem-terra. De acordo com as 27 notas apresentadas pelo Planalto ao TCU, a comitiva do presidente teria gasto 206.000 reais no aluguel de veículos. O dono da empresa que prestou o serviço, no entanto, revelou ao jornal Folha de S. Paulo que cobrou apenas 40.000 reais da Presidência – menos de um quinto da quantia declarada.
André Petry
OS NOSSOS MALANDROS
"Na nossa política, os caciques fazem parecerestupidez ingênua consultar seus filiados, umbando de anônimos que desconhecem os labirintosda política e as engrenagens das campanhas"
As eleições primárias que democratas e republicanos fazem nos Estados Unidos para definir os candidatos presidenciais são um carnaval caótico, com regras que mudam de estado para estado e formam um caleidoscópio tão confuso que ninguém entende direito. Os números finais de delegados para cada candidato a candidato resultam de cálculos matemáticos tão tortuosos que todo mundo fica à espera de que algum gênio os traga à luz – e, quando dois gênios o fazem, apresentam números diferentes. Uma coisa, porém, é cristalina: as primárias americanas são um show de democracia de dar arrepios em qualquer morubixaba.
Agora mesmo, nas três principais capitais brasileiras, como se discute a escolha dos candidatos a prefeito? Em São Paulo e no Rio de Janeiro, tudo se desdobra numa guerra surda entre patrões a que a platéia só tem acesso pelas frestas. Em São Paulo, depenam-se os tucanos. No Rio, conflagram-se duas alas do PMDB. Em Belo Horizonte, o processo é inverso, mas a natureza é idêntica. Ali, dá-se um conchavo afável em que manda-chuvas tucanos e petistas se adulam para selar uma aliança, mas a ninguém ocorreu tomar uma providência básica, transparente e democrática: ouvir os filiados.
A imagem-símbolo dos curacas nacionais é o jantar de quatro talheres no Massimo, reduto gastronômico paulistano, em fevereiro de 2006. À mesa, a cúpula tucana discutiu quem seria o candidato presidencial. Cena tão elitista, na forma e no conteúdo, que o governador mineiro Aécio Neves, um dos presentes ao célebre jantar, pediu que o novo candidato seja decidido num bandejão. Muda a forma, mantém-se o conteúdo.
O PT tem feito melhor, com suas prévias. Para as eleições municipais, seu candidato à prefeitura de Porto Alegre será escolhido em consulta aos filiados. É melhor que jantar no Massimo ou almoçar em bandejão, mas é só um começo. Em 2002, quando o senador Eduardo Suplicy se atreveu a disputar prévias para escolher o concorrente do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, como bom tuxaua, encheu-se de muxoxos, sapateou e só topou a disputa depois de garantir que dela levaria algo próximo da aclamação. Levou.
Nas primárias do Partido Democrata, Hillary Clinton e Barack Obama já fizeram dezoito debates na televisão. Dezoito. Ela dorme três horas por noite. Obama começou sua campanha indo atrás de dinheiro, agora é o dinheiro que vai atrás de sua campanha. Se não desmente, ao menos fragiliza o argumento de que tudo não passa de um show para milionários. O republicano Mitt Romney, mórmon riquíssimo, tirou do próprio bolso 35 milhões de dólares para viabilizar-se candidato. Acaba de desistir da disputa.
Na nossa política, os caciques fazem parecer uma estupidez ingênua consultar um bando de anônimos que desconhecem os labirintos da política e as engrenagens afiadas de uma campanha. Na verdade, é discurso para encobrir a esperteza malandra de coronel partidário. E, claro, acumular poder – de mando, de ganho e de chantagem.
As primárias americanas são repletas de defeitos. São alvo freqüente de chicanas e não eliminam o poder dos barões, que têm influência nas decisões e podem, em situações determinadas, dar a cartada final. Não é um processo acabado. Mas é melhor que jantar, almoço ou prévia para aclamação. O eleitor brasileiro acha que é enganado depois que o eleito toma posse.
Talvez o engano comece antes.
Agora mesmo, nas três principais capitais brasileiras, como se discute a escolha dos candidatos a prefeito? Em São Paulo e no Rio de Janeiro, tudo se desdobra numa guerra surda entre patrões a que a platéia só tem acesso pelas frestas. Em São Paulo, depenam-se os tucanos. No Rio, conflagram-se duas alas do PMDB. Em Belo Horizonte, o processo é inverso, mas a natureza é idêntica. Ali, dá-se um conchavo afável em que manda-chuvas tucanos e petistas se adulam para selar uma aliança, mas a ninguém ocorreu tomar uma providência básica, transparente e democrática: ouvir os filiados.
A imagem-símbolo dos curacas nacionais é o jantar de quatro talheres no Massimo, reduto gastronômico paulistano, em fevereiro de 2006. À mesa, a cúpula tucana discutiu quem seria o candidato presidencial. Cena tão elitista, na forma e no conteúdo, que o governador mineiro Aécio Neves, um dos presentes ao célebre jantar, pediu que o novo candidato seja decidido num bandejão. Muda a forma, mantém-se o conteúdo.
O PT tem feito melhor, com suas prévias. Para as eleições municipais, seu candidato à prefeitura de Porto Alegre será escolhido em consulta aos filiados. É melhor que jantar no Massimo ou almoçar em bandejão, mas é só um começo. Em 2002, quando o senador Eduardo Suplicy se atreveu a disputar prévias para escolher o concorrente do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, como bom tuxaua, encheu-se de muxoxos, sapateou e só topou a disputa depois de garantir que dela levaria algo próximo da aclamação. Levou.
Nas primárias do Partido Democrata, Hillary Clinton e Barack Obama já fizeram dezoito debates na televisão. Dezoito. Ela dorme três horas por noite. Obama começou sua campanha indo atrás de dinheiro, agora é o dinheiro que vai atrás de sua campanha. Se não desmente, ao menos fragiliza o argumento de que tudo não passa de um show para milionários. O republicano Mitt Romney, mórmon riquíssimo, tirou do próprio bolso 35 milhões de dólares para viabilizar-se candidato. Acaba de desistir da disputa.
Na nossa política, os caciques fazem parecer uma estupidez ingênua consultar um bando de anônimos que desconhecem os labirintos da política e as engrenagens afiadas de uma campanha. Na verdade, é discurso para encobrir a esperteza malandra de coronel partidário. E, claro, acumular poder – de mando, de ganho e de chantagem.
As primárias americanas são repletas de defeitos. São alvo freqüente de chicanas e não eliminam o poder dos barões, que têm influência nas decisões e podem, em situações determinadas, dar a cartada final. Não é um processo acabado. Mas é melhor que jantar, almoço ou prévia para aclamação. O eleitor brasileiro acha que é enganado depois que o eleito toma posse.
Talvez o engano comece antes.
Fonte: Revista VEJA
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
JORNAIS DE HOJE
- JB: Abin sacou R$ 26 milhões dos cartões em cinco anos
- FOLHA: Ministros embolsam verba de mudança sem precisar
- ESTADÃO: Inflação cai e Mantega diz que juros não devem subir
- GLOBO: Planalto luta para ter comando total da CPI
- GAZETA MERCANTIL: Itaú supera o Bradesco com lucro de R$ 8,5 bi em 2007
- ESTADO DE MINAS: Alívio na crise dos EUA
- JB: Abin sacou R$ 26 milhões dos cartões em cinco anos
- FOLHA: Ministros embolsam verba de mudança sem precisar
- ESTADÃO: Inflação cai e Mantega diz que juros não devem subir
- GLOBO: Planalto luta para ter comando total da CPI
- GAZETA MERCANTIL: Itaú supera o Bradesco com lucro de R$ 8,5 bi em 2007
- ESTADO DE MINAS: Alívio na crise dos EUA
SEGURANÇA NACIONAL
-Botox é segurança nacional?
-Motel é segurança nacional?
-Tapioca é segurança nacional?
-Mesa de sinuca é segurança nacional?
-Implante dentário é segurança Nacional?
-Lipo é segurança nacional?
-Lifting é segurança nacional?
-Picanha é segurança nacional?
Quer dizer que botar no rabo do povo é segurança nacional?
-Botox é segurança nacional?
-Motel é segurança nacional?
-Tapioca é segurança nacional?
-Mesa de sinuca é segurança nacional?
-Implante dentário é segurança Nacional?
-Lipo é segurança nacional?
-Lifting é segurança nacional?
-Picanha é segurança nacional?
Quer dizer que botar no rabo do povo é segurança nacional?
terça-feira, fevereiro 12, 2008
PT-GOVÊRNO DOS BANQUEIROS?
LUCRO DO ITAÚ BATE RECORDE
da Folha Online
O lucro líquido consolidado do banco Itaú em 2007 foi de R$ 8,474 bilhões, um crescimento de 96,66% em relação ao resultado de 2006, quando lucrou R$ 4,309 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira. Com o resultado de hoje, o Itáu supera o Bradesco (que teve em 2007 um lucro de R$ 8,010 bilhões) e estabelece um novo recorde para um banco no país.
KKKKKKK, KKKKKK, KKKKKK, KKKKKK
LUCRO DO ITAÚ BATE RECORDE
da Folha Online
O lucro líquido consolidado do banco Itaú em 2007 foi de R$ 8,474 bilhões, um crescimento de 96,66% em relação ao resultado de 2006, quando lucrou R$ 4,309 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira. Com o resultado de hoje, o Itáu supera o Bradesco (que teve em 2007 um lucro de R$ 8,010 bilhões) e estabelece um novo recorde para um banco no país.
KKKKKKK, KKKKKK, KKKKKK, KKKKKK
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
A PAQUERA
Segunda feira de Carnaval estava no município de Pureza, onde tem uma nascente muito bonita. Entre um mergulho e outro fiquei no boteco tomando cerveja e olhando o movimento vendo se aparecia umas meninas gostosas. Tô nesse árduo trabalho quando na mesa ao lado senta um grupo de pessoas, entre elas uma mulher, não muito bonita até feioza, ela ficou o tempo todo olhando pra mim. Eu sem saber se ela estava acompanhada ou não, fiquei na mutuca, eu olhava de vez em quando e lá estava ela com os olhos grudados aqui no careca, confesso que fiquei um pouco encabulado.
Mas, cerveja vai cerveja vem, fui dominado pelos pensamentos do meu fiel parceiro, que até esse momento estava dormindo bem encolhido no meio das pernas. Com "ele" acordado passamos a discutir, eu dizia que devia ser mais prudente, pois ela poderia ser casada, "ele" falava pra dá um jeito de tira-la da mesa pois sabia que ela estava afim. Fui facilmente convencido pelo "sem juízo", afinal é carnaval, minha mulher está viajando, aqui ninguem me conhece...
Fiquei todo animado e começamos a bolar um plano para falar com ela. Vou esperar ela ir tomar um banho ou ir ao banheiro, afinal ela também está tomando cerveja e vai ter que dar uma mijadinha, nesse momento disfaço vou junto e jogo o blá blá blá pra cima dela, no mínimo eu pego seu telefone.
Nessas horas o tempo não passa, deu 30, 40 minutos,1 hora, e ela lá, sempre com o olhar grudado em mim, comecei a ficar preocupado pois na sua mesa tinha uns quatro homens e eles deviam está notando que ela não tirava os olhos de cima de mim, afinal ela nem piscava, depois de mais ou menos uma hora eles pedem a conta e eu fico na moita, vendo se ela passa o telefone pra o garçom, nada.
Afinal eles se levantam para ir embora e nesse momento meu queixo caiu, um dos rapazes e uma moça, vem ajuda-la se levantar e fico sabendo que ela é CEGA, ela passa por mim amparada pela moça e com o olhar fixo para frente, sempre pra frente.
Pode? passei quase duas horas paquerando uma cega.
Mas, cerveja vai cerveja vem, fui dominado pelos pensamentos do meu fiel parceiro, que até esse momento estava dormindo bem encolhido no meio das pernas. Com "ele" acordado passamos a discutir, eu dizia que devia ser mais prudente, pois ela poderia ser casada, "ele" falava pra dá um jeito de tira-la da mesa pois sabia que ela estava afim. Fui facilmente convencido pelo "sem juízo", afinal é carnaval, minha mulher está viajando, aqui ninguem me conhece...
Fiquei todo animado e começamos a bolar um plano para falar com ela. Vou esperar ela ir tomar um banho ou ir ao banheiro, afinal ela também está tomando cerveja e vai ter que dar uma mijadinha, nesse momento disfaço vou junto e jogo o blá blá blá pra cima dela, no mínimo eu pego seu telefone.
Nessas horas o tempo não passa, deu 30, 40 minutos,1 hora, e ela lá, sempre com o olhar grudado em mim, comecei a ficar preocupado pois na sua mesa tinha uns quatro homens e eles deviam está notando que ela não tirava os olhos de cima de mim, afinal ela nem piscava, depois de mais ou menos uma hora eles pedem a conta e eu fico na moita, vendo se ela passa o telefone pra o garçom, nada.
Afinal eles se levantam para ir embora e nesse momento meu queixo caiu, um dos rapazes e uma moça, vem ajuda-la se levantar e fico sabendo que ela é CEGA, ela passa por mim amparada pela moça e com o olhar fixo para frente, sempre pra frente.
Pode? passei quase duas horas paquerando uma cega.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
O PT E OS BANQUEIROS
Voces lembram como Lula e seus PeTelhas tratavam os banqueiros? Que o govêrno de FHC era uma mãe para eles? Que os banqueiros eram os exploradores do povo brasileiro? Sabem aquela ladainha de comunista safado?
Pois bem, foi divulgado em cima do carnaval e por isso não houve repercussão.Vejam o lucro do Bradesco Cz$ 8.01 BILHÕES em 2007, o aumento em relação a 2006 foi de 58,5 %.
Banco Santander lucro 2007 C$ 1.80 BILHÕES 48% maior que 2006.
Ai PETRALHAS nenhuma palavrinha.
Nunca na história de país os bancos tiveram lucros tão grande como no govêrno do PT.
hahahahahahaha
Voces lembram como Lula e seus PeTelhas tratavam os banqueiros? Que o govêrno de FHC era uma mãe para eles? Que os banqueiros eram os exploradores do povo brasileiro? Sabem aquela ladainha de comunista safado?
Pois bem, foi divulgado em cima do carnaval e por isso não houve repercussão.Vejam o lucro do Bradesco Cz$ 8.01 BILHÕES em 2007, o aumento em relação a 2006 foi de 58,5 %.
Banco Santander lucro 2007 C$ 1.80 BILHÕES 48% maior que 2006.
Ai PETRALHAS nenhuma palavrinha.
Nunca na história de país os bancos tiveram lucros tão grande como no govêrno do PT.
hahahahahahaha
O RABO DA GALEGA É SEGURANÇA NACIONAL?
Alô Gato félix quanto custou as plásticas da "galega"? Aí babacas, voce está doido pra fazer uma remodelada na cara e não pode? Chore seu palhaço, voce tá pagando o esticamento da vagabunda do planalto.
O BLOG quer saber quantas pregas tem no rabo da "galega", e se a prega mestra foi restaurada.
Afinal o RABO DA "GALEGA" é segurança Nacional?
Alô Gato félix quanto custou as plásticas da "galega"? Aí babacas, voce está doido pra fazer uma remodelada na cara e não pode? Chore seu palhaço, voce tá pagando o esticamento da vagabunda do planalto.
O BLOG quer saber quantas pregas tem no rabo da "galega", e se a prega mestra foi restaurada.
Afinal o RABO DA "GALEGA" é segurança Nacional?
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
JORGE FELIX
GENERAL DO RABO PRESO
O ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Félix, disse que a família do presidente tem direito por lei à segurança 24 horas por dia. E que não houve nenhuma irregularidade nos gastos.
Por falar em Félix lembrei-me do gato. Afinal a formação do gato Félix permite somente que ele abane o rabo para o seu patrão, o rato Lula.
O Gato Canalha Félix, com sua tradição de milico afirma que vai censurar os gastos dos Ratos alegando seguraça nacional. É um canalha!
No Brasil o gato é covarde, tem medo do rato.
GENERAL DO RABO PRESO
O ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Félix, disse que a família do presidente tem direito por lei à segurança 24 horas por dia. E que não houve nenhuma irregularidade nos gastos.
Por falar em Félix lembrei-me do gato. Afinal a formação do gato Félix permite somente que ele abane o rabo para o seu patrão, o rato Lula.
O Gato Canalha Félix, com sua tradição de milico afirma que vai censurar os gastos dos Ratos alegando seguraça nacional. É um canalha!
No Brasil o gato é covarde, tem medo do rato.
sábado, fevereiro 02, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
DEU NA VEJA
André Petry
Adão deixa o Carnaval
"A pílula do dia seguinte não é abortiva. É o que mostram todos os estudos sérios. Os homens de batina não ligam a pílula ao aborto por ignorância. Fazem-no de propósito. Eles entendem de fé e agem com má-fé"
Adão é como eu: nunca passou o Carnaval no Recife, nem em Olinda. Nunca fez parte da multidão de 1,5 milhão de pessoas que sai a dançar no Galo da Madrugada, festejado como o maior bloco carnavalesco do mundo. Adão, tal como eu, agora já faz planos de ir ao Carnaval do Recife. A novidade é que, se a Arquidiocese de Olinda e Recife estiver certa, quase todo mundo que for ao Carnaval de lá vai fazer sexo. Sexo sem proteção, ainda por cima. Será a maior orgia do mundo. A maior orgia do mundo sem camisinha. Vale a pena conferir?
Talvez não, porque talvez a Arquidiocese de Olinda e Recife não esteja certa. O pessoal da arquidiocese ficou uma arara com a iniciativa da prefeitura do Recife de distribuir a pílula do dia seguinte durante o Carnaval – uma iniciativa sensata, correta e que deveria ser copiada por todo administrador de saúde responsável. A Igreja Católica é contra a pílula do dia seguinte. Entre outras coisas, diz que estimula o sexo. Que até estimula o sexo sem camisinha... Na sua cruzada de agora, a arquidiocese mandou carta ao prefeito do Recife lembrando que a 13ª Conferência de Saúde reafirmou que o aborto é crime e não deve ser legalizado. É verdade. A conferência cometeu mesmo essa asneira. Mas só isso é verdade.
A capciosa associação da pílula do dia seguinte com o aborto, como faz a arquidiocese na carta, é apenas mais uma rasteira que os homens de batina aplicam na honestidade intelectual. A pílula do dia seguinte não é abortiva. Ingerida até 72 horas após uma relação sexual desprotegida, impede a fecundação do óvulo. Se o óvulo já estiver fecundado, não tem efeito. Não é o que diz Adão, nem eu. É o que mostram todos os estudos científicos sérios no Brasil e no exterior. Ou seja: os homens de batina não associam a pílula ao aborto por ignorância. Fazem-no de propósito, movidos por milênios de ojeriza à liberdade sexual. Entendem de fé, como se supõe, e agem com má-fé, como se vê.
Na cruzada, a arquidiocese mobilizou uma entidade para entrar na Justiça contra a distribuição da pílula. A tal Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) cumpriu a tarefa, mas se deu mal. A Justiça, com serenidade e autoridade, manteve a distribuição. A Aduseps apresentou-se como quem quer apenas defender seu público. Lorota. A presidente e fundadora, Renê Patriota, é católica, participa da Pastoral Carcerária. Só se meteu no rolo por motivo religioso. Mas, claro, nada disse sobre sua real motivação. A dedução não é de Adão, nem minha. Na sua autopropaganda, a Aduseps diz: "O conceito de saúde, adotado pela Aduseps, segue a definição da Organização Mundial de Saúde". Não diga!? A OMS é entusiasta da pílula do dia seguinte. Em seus documentos, disponíveis na internet, a OMS afirma que a pílula não é abortiva e ainda recomenda enfaticamente seu uso.
Diante da acurácia dos conceitos da arquidiocese e sua força auxiliar, Adão desconfia que o Carnaval do Recife não será aquela orgia. Como queria pôr à prova sua histórica incapacidade para resistir à sedução feminina, Adão decidiu que não vai ao Carnaval do Recife. Nem eu. Adão diz que só vai no dia em que o Carnaval virar o apocalipse sexual de rua que a Igreja alardeia todos os anos. Eu estou pensando. Tenho tempo de sobra.
Escreva para o autor no endereço
Talvez não, porque talvez a Arquidiocese de Olinda e Recife não esteja certa. O pessoal da arquidiocese ficou uma arara com a iniciativa da prefeitura do Recife de distribuir a pílula do dia seguinte durante o Carnaval – uma iniciativa sensata, correta e que deveria ser copiada por todo administrador de saúde responsável. A Igreja Católica é contra a pílula do dia seguinte. Entre outras coisas, diz que estimula o sexo. Que até estimula o sexo sem camisinha... Na sua cruzada de agora, a arquidiocese mandou carta ao prefeito do Recife lembrando que a 13ª Conferência de Saúde reafirmou que o aborto é crime e não deve ser legalizado. É verdade. A conferência cometeu mesmo essa asneira. Mas só isso é verdade.
A capciosa associação da pílula do dia seguinte com o aborto, como faz a arquidiocese na carta, é apenas mais uma rasteira que os homens de batina aplicam na honestidade intelectual. A pílula do dia seguinte não é abortiva. Ingerida até 72 horas após uma relação sexual desprotegida, impede a fecundação do óvulo. Se o óvulo já estiver fecundado, não tem efeito. Não é o que diz Adão, nem eu. É o que mostram todos os estudos científicos sérios no Brasil e no exterior. Ou seja: os homens de batina não associam a pílula ao aborto por ignorância. Fazem-no de propósito, movidos por milênios de ojeriza à liberdade sexual. Entendem de fé, como se supõe, e agem com má-fé, como se vê.
Na cruzada, a arquidiocese mobilizou uma entidade para entrar na Justiça contra a distribuição da pílula. A tal Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps) cumpriu a tarefa, mas se deu mal. A Justiça, com serenidade e autoridade, manteve a distribuição. A Aduseps apresentou-se como quem quer apenas defender seu público. Lorota. A presidente e fundadora, Renê Patriota, é católica, participa da Pastoral Carcerária. Só se meteu no rolo por motivo religioso. Mas, claro, nada disse sobre sua real motivação. A dedução não é de Adão, nem minha. Na sua autopropaganda, a Aduseps diz: "O conceito de saúde, adotado pela Aduseps, segue a definição da Organização Mundial de Saúde". Não diga!? A OMS é entusiasta da pílula do dia seguinte. Em seus documentos, disponíveis na internet, a OMS afirma que a pílula não é abortiva e ainda recomenda enfaticamente seu uso.
Diante da acurácia dos conceitos da arquidiocese e sua força auxiliar, Adão desconfia que o Carnaval do Recife não será aquela orgia. Como queria pôr à prova sua histórica incapacidade para resistir à sedução feminina, Adão decidiu que não vai ao Carnaval do Recife. Nem eu. Adão diz que só vai no dia em que o Carnaval virar o apocalipse sexual de rua que a Igreja alardeia todos os anos. Eu estou pensando. Tenho tempo de sobra.
Escreva para o autor no endereço
REVISTA VEJA