segunda-feira, abril 11, 2016

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

TSE NÃO TEM DATA PARA JULGAR DILMA E TEMER

A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do processo contra Dilma e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral, não tem prazo para apresentar o parecer que pode cassar a chapa PT-PMDB. A presidente e seu vice respondem a uma representação, duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, considerada a peça acusatória mais completa de todas.

RETARDAMENTO
O caso é, na prática, retardado pelo PSDB. A cada novo aditamento, engrossando as denúncias, reabre-se prazo para defesa.

PREOCUPAÇÃO EXTRA
O Planalto não está otimista. Além do processo, o TSE será presidido até 2018 por Gilmar Mendes, que não teme criticar o PT e o governo.

NA RETA FINAL
O relatório do caso pode não ser apresentado pela ministra-relatora Maria Thereza: seu mandato no TSE expira em 2 de setembro.

VAI DEMORAR
Caso o TSE cancele o registro da chapa Dilma-Temer e, portanto, sua vitória em 2014, o processo ainda será julgado no Supremo.

PETROBRAS INSISTE EM MAU NEGÓCIO NA ARGENTINA
Centro do escândalo do petrolão, a Petrobras insiste em outro negócio prejudicial à empresa, estendendo por 30 dias a “negociação exclusiva” com a empresa argentina Pampa Energia para vender ativos a preço de banana: 30 blocos de exploração, refinaria, quase 300 postos e participações em térmica, hidrelétrica e petroquímica. O controlador da Pampa é Marcelo Mindlin, ligado à ex-presidente Cristina Kirchner.

COINCIDÊNCIA INCRÍVEL
O valor de US$1,2 bilhão pelo qual a Petrobras Argentina será vendida é o exato valor (superfaturado) só da refinaria de Pasadena, nos EUA.

OUTRO MAU NEGÓCIO
Este será o segundo mau negócio da Petrobras na Argentina: em 2010, vendeu por apenas US$110 milhões, uma refinaria e 360 postos.

ENDEREÇO MANJADO
A refinaria e 360 postos foram vendidos a Cristóbal Lopes, o “Carlinhos Cachoeira da Argentina”, que virou empresário na era Kirchner.

NO MURO, COMO SEMPRE
A adesão do PSDB a eventual governo Michel Temer (PMDB) não será automática. Tucanos conversam com o vice, mas querem “avaliar a aceitação” do político do PMDB antes de descer do muro.

NA HORA CERTA
Michel Temer tem evitado a ebulição de Brasília e se refugiado em São Paulo. Mas na votação do parecer da comissão do impeachment será diferente. Ele pretende sentar praça (e articular) no Palácio do Jaburu.

OTIMISMO
O experiente deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez as contas e concluiu que o impeachment será aprovado com 38 votos na comissão processante e ao menos 350 votos no plenário da Câmara.

SEM COMPROMISSO
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), garante que não fez promessa de votos contra o impeachment, ao contrário do que o governo diz, tampouco solicitou outro ministério para chamar de seu.

MEIRELLES NÃO QUER
Amigos de Henrique Meirelles contam que o ex-presidente do Banco Central não topa assumir o Ministério da Fazenda, caso Lula o convide. Dirá sentir-se honrado, coisa e tal, mas “não”.

DIREITOS CORTADOS NA CONAB
Diretor da Conab ligado ao PT, João Intini causa revolta por lá. É que, diretor de Política Agrícola, assumiu a área de Gestão de Pessoas após o rompimento do PMDB com o governo. Intini é acusado pelos servidores de suprimir direitos, incluindo aviso prévio e horas extras.

VELHO CONHECIDO
Em seu emocionado desfile na Câmara, dias atrás, após cumprir pena no mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson visitou gabinetes, mas evitou encontrar Eduardo Cunha, seu “bandido favorito”.

NÃO DÁ PARA GARANTIR
Gilberto Kassab, dono do PSD e ministro das Cidades, quer emplacar o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) no cargo de ministro do Turismo. Mas nem assim ele consegue garantir o apoio do partido a Dilma.

PENSANDO BEM...
...se não repetir lorotas do tipo “golpe”, Dilma vai dizer o quê sobre as denúncias de dinheiro roubado da Petrobras em sua campanha?

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