sexta-feira, abril 25, 2014

Um partido que subjuga um país - JUDAS TADEU GRASSI MENDES

GAZETA DO POVO - PR - 25/04

Aos poucos os brasileiros estão acordando para os males que o PT está nos fazendo, ao colocar os órgãos públicos e as estatais a seu serviço. O esquema vem sendo construído desde 2003 e o mensalão era apenas uma das facetas mais evidentes. Nada pior do que um partido colocar órgãos públicos e estatais a seu serviço, espalhando seus tentáculos para atingir benefícios econômico-financeiros e obcecado pelo poder. Vejamos apenas alguns poucos exemplos, pois este pequeno espaço não permite enumerar tudo.

As estatais estão a serviço do PT, formando uma verdadeira privataria petista. A Petrobras, na gestão petista, teve o seu valor reduzido pela metade, e transformou-se na empresa com o maior endividamento no mundo; agora, saem as estarrecedoras informações de que Dilma aprovou a compra de uma refinaria sucateada nos EUA, que valia pouco mais de US$ 40 milhões, por mais de US$ 1 bilhão, numa das transações mais intrigantes já vistas.

Não custa lembrar que o dinheiro que movimentou parte do esquema de pagamento de deputados do mensalão saiu do Banco do Brasil (Pizzolato, que fugiu para a Itália, foi diretor do BB). O Banco do Nordeste teve ligações com o famoso caso do “dinheiro na cueca”, cujas operações fraudulentas ultrapassaram R$ 1 bilhão. E Erenice Guerra, à época braço direito da presidente Dilma, transformou-se em influente lobista, em especial para liberar recursos do BNDES – um empresário disse que teve de pagar R$ 5 milhões em propina.

Outra face da privataria petista vem dos sindicatos e organizações não governamentais. Hoje em dia as ONGs se sustentam basicamente dos milhões de reais que recebem da mesada estatal. Somente de 2003 a 2007 o governo Lula repassou R$ 12,6 bilhões para 7,7 mil ONGs. Trata-se de um caso típico de esquema de “compra” de ONGs. Somente em 2011 as centrais sindicais receberam R$ 124 milhões. A simbiose entre os sindicatos e o governo é total. Mas o mais prejudicial são as oligarquias sindicais que pressionam o governo e estão mandando nos fundos de pensão ligados a empresas estatais. E até a UNE está cooptada, pois tem recebido milhões de reais dos governos petistas. Pode-se dizer que a UNE foi estatizada e deixou de criticar o governo, como fazia no passado.

Mas, além das estatais, das ONGs, da UNE e dos sindicatos, outro instrumento da privataria petista é a ocupação de órgãos do Estado como se fossem braços partidários. É a tal da privatização do Estado. As agências reguladoras viraram prêmio de consolação para petistas derrotados em eleições, sem nenhum preparo técnico. Até mesmo o STF está sob o contágio petista, ao ter como ministro um sujeito sem “notório saber jurídico”, pois já havia sido reprovado duas vezes em concursos para juiz. É por isso que Joaquim Barbosa sentenciou: “Isso é apenas o começo”. O futuro será ainda pior.

Por último, o partido está a serviço de grandes empresas, que doam milhões para o PT em troca de favores, como o de acesso aos empréstimos do BNDES, a juros abaixo da inflação. É o dinheiro mais cobiçado. O BNDES vem despejando bilhões para poucas empresas, como JBS e as agora falidas companhias de Eike Batista. Até Lulinha levou R$ 5 milhões na primeira “investida” nesta área.

Enfim, estamos falando de bilhões de reais a serviço de um partido, que não se contenta apenas dentro do país e por isso apoia governos como o da Venezuela e de Cuba (onde torrou milhões num porto), e o caso dos médicos cubanos que recebem migalhas é apenas uma das aberrações. Para onde vai o resto do dinheiro dos médicos?

Temos o direito de perguntar. Este artigo serve apenas para abrir os olhos dos brasileiros. Está na hora de nos espelharmos nos ucranianos, que ficaram dois meses em praça pública, sob temperaturas abaixo de zero. Nós só ameaçamos em junho de 2013 e depois nos acomodamos. Acorda, Brasil.

2 comentários:

matuto disse...

Toda essa hegemonia levam a um só objetivo:
"O PENSAMENTO ÚNICO"!
BRAZIL, PAÍS RICO...DE UNITARISMO!!!

roma disse...

Faltou mencionar os gastos com cartōes corporativos e o bloqueio ao acesso de informaçōes sobre esses gastos. RP