quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Primeiros passos - DENISE ROTHENBURG


CORREIO BRAZILIENSE - 06/02

O novo líder da minoria, Domingos Sávio (PSDB-MG), abriu as portas a todos os partidos que não fazem parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Pedirá, inclusive, ao líder do PSB, Beto Albuquerque, que indique um nome para compor o colegiado oposicionista, da mesma forma que existe hoje o colegiado da oposição. Não está descartado, embora não esteja confirmado, um flerte com o PMDB nessa seara, se o partido entregar os cargos no governo Dilma.

O convite ao PSB, que está certo, é visto como algo, mas é o primeiro mais forte no sentido de preparar o terreno para, num futuro próximo, ou seja, em outubro, juntar todas essas legendas no provável segundo turno da eleição presidencial. Não é à toa que os petistas jogarão todas as fichas para reeleger Dilma em uma única rodada. Sabem que, se vier segundo turno, eles não terão novidade a apresentar ao eleitor.

O curinga...
Bastou o nome do ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa aparecer como futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, para os governistas contrários a Guido Mantega aumentarem a pressão para que Dilma coloque Barbosa no Ministério da Fazenda.

...e o charada
Barbosa deixou o governo depois de bater de frente com o secretário Arno Agostin, que passou um tempo na ribalta, mas, hoje, diante das dificuldades que o país atravessa, há quem diga que começou a perder terreno.

O gladiador
O Distrito Federal foi objeto de uma reunião à parte do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em sua passagem por Brasília. Na capital da República, ele terá como candidato, o senador Rodrigo Rollemberg reconduzido ao cargo de líder do partido no Senado justamente para polemizar com a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Ontem, os dois tiveram o primeiro embate em plenário. O objetivo é não deixar que Aécio Neves e o PSDB desfilem sozinhos no papel de oposição.

O candidato
O presidente do PSDB do DF, Eduardo Jorge Caldas Pereira, conversava animadamente ontem com o deputado tucano Luiz Pitiman. A ordem é ter um nome do próprio ninho tucano local para concorrer ao Governo do Distrito Federal.

Começou/ O atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deflagrou a mudança de auxiliares. O ex-secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Alessandro Teixeira (foto) deixa em breve um cargo por ali para cuidar da campanha de Dilma Rousseff no Rio Grande do Sul.

Malhação/ Para quem não lembra, Alessandro Teixeira é aquele que, em maio do ano passado, foi exonerado do MDIC por causa da reportagem do Correio que o flagrou chegando a uma academia de ginástica em um carro oficial.

E o Pizzolato, hein?/ A brincadeira ontem na Câmara era a de que José Dirceu guardaria um lugarzinho para Henrique Pizzolato em sua cela. Mas nem vai precisar. Ninguém na Polícia Federal acredita que ele será extraditado.

Ver para crer/ A reunião em que o PMDB prometeu entregar os cargos foi vista mais como uma ameaça do que algo para valer. Afinal, quem for candidato tem de deixar o governo mesmo até abril. Ou seja, se era para mostrar raiva, veio tarde.

Santinho!/ Dilma vê no atual líder do PMDB, Eduardo Cunha, um dos motivos de instabilidade da bancada. Ela, entretanto, sabe que, hoje, Eduardo Cunha tem mais influência sobre os deputados do que o vice-presidente da República, Michel Temer.

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