quarta-feira, fevereiro 19, 2014

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 19/02

Mercado de imóveis com um quarto continuará aquecido
Depois de um crescimento significativo em 2013, o mercado de apartamentos compactos com um dormitório deve continuar aquecido em São Paulo neste ano, na avaliação de executivos do setor.

"Há uma tendência de que esse segmento se mantenha [perto do nível do ano passado]", afirma Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor).

Em 2013, o lançamento e a comercialização de apartamentos com um quarto dobraram em relação a 2012.

Além da entrada de novos compradores, a demanda também é puxada por investidores interessados no espaço para locação.

"O fato de ter escasseado os lançamentos de salas para escritórios, que antes eram um foco maior dos investidores, colaborou para o crescimento", diz Bernardes.

Mudanças no Plano Diretor, que está em discussão na Câmara, poderão impulsionar ainda mais o segmento. Uma delas é a liberação de prédios sem garagem em eixos perto de corredores de ônibus e estações de metrô.

"Há demanda para isso. Em empreendimentos que têm metrô perto ou que estão em bairros de uso misto, muitos moradores já não utilizam carros", diz Rafael Rossi, dono da incorporadora Huma e um dos herdeiros da Rossi.

A retirada das garagens poderá baratear o custo dos imóveis menores, afirma ele.

Em março, a Huma vai lançar um edifício com apartamentos compactos no Itaim Bibi, com 123 unidades. Será o segundo projeto do gênero.

BEM COMPACTO
A incorporadora You, Inc criou uma marca para apartamentos compactos, cuja metragem vai de 33 m² a 41².

A motivação veio do bom resultado com prédio de unidades desse tamanho, lançado em dezembro, no bairro paulistano de Santa Cecília, segundo o diretor-executivo Eduardo Muszkat.

Como You Now, o empresário lançará neste semestre outro edifício com o mesmo perfil, de apartamentos que custam entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, em um único ambiente, na Aclimação. Nos dois empreendimentos, o investimento foi de R$ 20 milhões, apenas com terrenos, marketing e incorporação. A empresa tem de outros dois projetos, ainda sem local definido.

Os apartamentos têm varanda, mas a lavanderia fica no térreo. "Com música e wi-fi, será uma área de convívio", diz. As unidades terão garagens.

"Será bom se o Plano Diretor permitir edifício sem elas, que são dos elementos mais caros na obra e ocupam muito espaço."

A empresa tem cerca de 23 empreendimentos, entre lançamentos, projetos em obra e já entregues.

Companhia de gás natural do RS vai ampliar rede de dutos
A Sulgás, distribuidora de gás natural que tem como sócios o governo do Rio Grande do Sul e a Petrobras, vai construir 127 km de gasodutos neste ano para ampliar a rede no Estado. O investimento é estimado em R$ 45 milhões.

A maior parte será para elevar o número de clientes na área urbana de Porto Alegre, com foco em consumidores residenciais e comerciais, segundo o presidente da empresa, Roberto da Silva Tejadas.

Hoje, a companhia tem 15,9 mil clientes --96% são do segmento residencial, mas que consomem menos de 1% do total distribuído.

O volume de gás recebido atualmente pelo Estado é suficiente para a expansão para casas e comércios, de acordo com o executivo.

"Se houver demanda de um grande consumidor industrial termointensivo, no entanto, vamos ter dificuldades para atender", afirma.

O motivo é que há limitação na quantidade entregue por meio do gasoduto Brasil-Bolívia, que chega ao Rio Grande do Sul com volume de 2,8 milhões de metros cúbicos por dia --a Sulgás já distribui cerca de 2 milhões.

Importação de químicos fecha janeiro com estabilidade
As importações brasileiras de produtos químicos movimentaram cerca de US$ 3,5 bilhões no mês de janeiro, um acréscimo de 1,3% em relação a dezembro de 2013, segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

Na comparação com janeiro do ano anterior, houve queda de 1,5%.

"Essa estabilidade é um sinal de cautela dos importadores, que preferem reduzir a compra de produtos do exterior e aguardar para ver como ficará o câmbio", afirma Fernando Figueiredo, presidente da entidade.

O grupo de produtos mais importados continua sendo o de intermediários para fertilizantes, que representaram em janeiro US$ 426,5 milhões, 12% do montante total.

As exportações também se mantiveram estáveis, com US$ 1,2 bilhão, uma redução de 1,5% em relação a janeiro do ano anterior.

O deficit na balança da industria foi de US$ 2,3 bilhões no primeiro mês do ano.

"Se não houver uma política de estímulo aos investimentos, não teremos melhoras."

Verão... O Inmetro encontrou irregularidade em 2% dos produtos têxteis de banho e moda praia fiscalizados em uma operação de verão feita neste mês em todo o país.

...irregular Cerca de 12 mil artigos não tinham informações de fabricante ou importador, CNPJ, e tamanho das peças, em português, como exige a regulamentação.

Nova fórmula A Coca-Cola Brasil relança neste mês seu energético Burn com nova fórmula. A bebida passará a ter mais taurina e cafeína.

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